Tesouro chinês de 500 anos atrás é retirado de naufrágios nas profundezas do oceano
Descobertos a uma profundidade de 1500 metros, itens como porcelanas e cerâmicas revelam detalhes sobre a era da poderosa Dinastia Ming


O fundo do mar esconde tesouros que há muito fascinam o homem, mas recentemente, parte deles foi retirada das profundezas e trazida à tona por pesquisadores chineses. Trata-se de mais de 900 relíquias da época da Dinastia Ming, encontradas em dois navios naufragados.
Descoberta histórica: pesquisadores encontram navio de 1.400 anos antes de Cristo no Mar Mediterrâneo
Ilha paradisíaca recupera recife de corais de forma criativa e vira referência
Inscreva-se no Canal Náutica no Youtube
As peças centenárias estavam a 1500 metros de profundidade no mar do sul da China e incluem porcelanas, joias e até bebidas alcóolicas. As embarcações, encontradas em outubro de 2022, estavam cerca de 22 quilômetros uma da outra.


Conforme comunicado da Administração Nacional do Patrimônio Cultural da China (NCHA), as escavações começaram em maio de 2023 e terminaram neste mês. No ano passado, Yan Yalin, diretor do departamento de arqueologia da instituição, fez elogios ao patrimônio encontrado.
Os destroços estão relativamente bem preservados e revelaram um grande número de relíquias– Yan Yalin, em coletiva de imprensa
Poderosa, a Dinastia Ming durou mais de 270 anos, de 1368 a 1644. Ela governou a China depois da queda da Dinastia Mongol dos Iuã, que acabou com o período caótico iniciado por Sima Yan, em 263.
Por dentro do tesouro chinês
Investigar a região onde foram achados os navios demandou, segundo a NCHA, o uso inédito de tecnologias e equipamentos especiais. Entre eles, estão câmeras subaquáticas de alta definição e scanner a laser 3D, que permitiram que os pesquisadores visualizassem os artefatos em detalhes.
Ao que tudo indica, o primeiro naufrágio aconteceu por volta de 1506 e vitimou um barco de 37 metros de comprimento. Ele carregava peças pintadas de porcelana e cerâmica, além de moedas de cobre.


Alguns dos itens que compõem o tesouro chinês, inclusive, apresentam elementos culturais islâmicos, o que revela “o comércio de mercadorias e trocas culturais entre a China e o Sudeste Asiático, o Oceano Índico e até mesmo países do Oriente Médio em meados da Dinastia Ming”, aponta a NCHA.
Embora os pesquisadores não tenham detalhado a idade do segundo navio naufragado, estimam que não seja muito diferente da época do primeiro. Em seus 21 metros de comprimento, foram encontradas grandes quantidades de toras de madeira, bem como itens em porcelana, cerâmica e conchas.


Além de fornecer detalhes sobre as rotas de comércio chinês, os tesouros conferem importantes informações sobre a civilização e cultura da época — motivos pelos quais os arqueólogos continuarão a apostar em tecnologias para estudar o acervo.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Tags
Relacionadas
3ª Conferência da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável acontecerá no Rio de Janeiro
Vitrine estratégica para marcas, 3ª edição do maior evento náutico do Sul do país recebeu 22 mil visitantes
Com rodadas internacionais de negócios e visitas técnicas, evento se transformou em vitrine mundial para a indústria brasileira
Nove empresas aproveitaram o evento náutico para divulgar oportunidades de investimento imobiliário
Com espaços até sobre as águas, áreas de shopping ofereceram de equipamentos para barco a itens de decoração