E-combustíveis para o setor marítimo podem gerar 4 milhões de empregos, diz pesquisa

Estudo foi encomendado pelo Fórum Marítimo Global e indica que as vagas serão abertas até 2050

17/05/2024

O mercado de trabalho deve se juntar ao meio ambiente na lista de beneficiados com a transição de combustíveis fósseis para e-combustíveis dentro do setor marítimo. Isso porque estima-se que a tomada de um rumo mais sustentável seja capaz de gerar até quatro milhões de empregos até 2050.

A previsão é da multinacional inglesa Arup, encarregada de conduzir a análise encomendada pelo Fórum Marítimo Global. De acordo com o estudo, as vagas devem abranger as três principais áreas dessa cadeia de produção: geração de energia renovável, produção de hidrogênio e produção de e-combustível.

O cenário anima especialmente pela pressão que a indústria naval sofre para se descarbonizar. Afinal, o setor — que oferece 80% do comércio local — é responsável por cerca de 3% das emissões globais de CO₂.

 

É por isso que, em 2023, os estados membros da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) concordaram que, até 2050 — ou ao menos, em ano próximo –, combustíveis fósseis deixarão de ser utilizados.

E-combustíveis como solução

Diferentemente dos combustíveis fósseis, provenientes de fontes não-renováveis, os e-combustíveis são produzidos a partir da extração de hidrogênio da água, em um processo chamado eletrólise.

 

Em seguida, o hidrogênio é combinado com CO₂ retirado do ar e, com a ajuda de um catalisador, convertido no combustível líquido.


Para alcançar a meta definida em 2023, os países precisão de grandes volumes de e-combustível. De acordo com o estudo da Arup, as projeções indicam que a procura da alternativa para o transporte marítimo deve aumentar para mais de 500 milhões de toneladas até 2040 — e para 600 milhões de toneladas até 2050.

 

Permitir essa realização, claro, não sai barato. A análise aponta que o investimento deve beirar 3,2 bilhões de libras (equivalentes a R$ 20,7 bilhões, na conversão feita em maio de 2024), necessários para desenvolvimento de infraestruturas renováveis, produção de hidrogênio e instalações de produção de e-combustível para o setor marítimo.

 

Ainda de acordo com a pesquisa, os países ao sul propiciam as melhores condições para a produção devido ao clima, fator que ampliaria a oferta de emprego em tais locais e, consequentemente, ajudaria a reduzir as desigualdades entre o norte e o sul global.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    NÁUTICA Talks: confira as palestras do 1º dia de Rio Boat Show 2025

    Dois nomes abrem o ciclo de bate-papos na 26ª edição do salão náutico carioca

    Para começar a navegar: Rio Boat Show apresenta 16 lanchas de entrada

    Modelos de até 30 pés são ideais para quem busca contar as primeiras milhas no mar. Conheça os barcos

    Rio Boat Show atraca na Baía de Guanabara com 6 veleiros; confira modelos

    Já em sua 26ª edição, salão náutico começa neste sábado (26) e segue até 4 de maio, na Marina da Glória

    Lazer, cultura e oportunidades: saiba tudo o que dá para fazer no Rio Boat Show 2025

    Salão náutico reúne atrações como passeios a vela, mergulho e palestras, além de serviços da Marinha; veja lista

    Hoje tem! Rio Boat Show 2025 abre as portas neste sábado (26)

    Salão náutico movimenta as águas da Marina da Glória até dia 4 de maio. Acompanhe a NÁUTICA e fique por dentro de tudo