Peixe-lua encontrado em praia dos EUA pode ser o maior já registrado na história

Espécie rara de 2,2 metros foi encontrada já sem vida na cidade de Gearhart, no estado do Oregon

16/06/2024
Foto: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium / Divulgação

Corpo redondo, cinza e muito grande: essas são algumas das características que conferem ao Mola tecta o nome popular de peixe-lua — ou, ainda, peixe-lua-de-capuz. A espécie, considerada rara, foi encontrada já sem vida nas areias de uma praia no estado do Oregon, nos Estados Unidos. De acordo com uma pesquisadora, o achado pode ser o maior já registrado na história.

A tese quanto ao tamanho recorde do animal de 2,2 metros é de Marianne Nyegaard, pesquisadora da Nova Zelândia que estuda o peixe-lua.

Foto: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium / Divulgação

O animal, encontrado em 3 de junho, está sob os cuidados do Seaside Aquarium, entidade com a qual Marianne entrou em contato após ver as fotografias do peixe.

 

A especialista foi responsável por publicar, em 2017, uma pesquisa que revelou, por meio de amostras genéticas e observação, que o peixe-lua-de-capuz (Mola tecta) era uma espécie diferente do peixe-lua oceânico (Mola mola).

Peixe-lua oceânico (Mola mola). Foto: Ilse Reijs and Jan-Noud Hutten / Wikimedia Commons / Reprodução

Conheça mais sobre o peixe-lua-de-capuz

O peixe-lua encontrado nos EUA carrega o nome cientifico Mola tecta por um motivo em especial. A palavra em latim “tecta” significa oculto, escondido, e foi atribuída ao nome do peixe pelo fato de que o animal já se mistura com outras espécies de peixes-lua há muito tempo, e, ainda assim, só foi descoberto recentemente.

 

Para se ter uma ideia, um peixe-lua-de-capuz foi descoberto numa praia perto de Christchurch, na Nova Zelândia, em 2015, e se tornou a primeira nova espécie de peixe-lua a ser identificada em 130 anos. Marianne Nyegaard, inclusive, foi quem descreveu o animal pela primeira vez.

Tamanho do Mola tecta em comparação a um humano. Foto: Wikimedia Commons / Divulgação

A espécie costuma frequentar as águas temperadas do Hemisfério Sul, em territórios próximos a Austrália, Nova Zelândia, sul do Chile e da África. Sua dieta consiste em salpas (tunicado planctônico em forma de barril, da família Salpidae) e sifonóforos (classe de invertebrados marinhos do filo Cnidaria), ambos encontrados com frequência no trato digestivo do peixe.


Em comparação com o peixe-lua oceânico, por exemplo, o Mola tecta é mais magro, tem um corpo adulto mais elegante e não possui focinho saliente e protuberâncias ao longo da nadadeira caudal. Ainda assim, o animal pode pesar impressionantes duas toneladas.

 

De acordo com Nyegaard, os Mola tecta não são fáceis de estudar, uma vez que não são encontrados com facilidade. O enorme tamanho do animal ainda o torna difícil de armazenar, segundo a pesquisadora.

 

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