‘Cemitério’ no meio do oceano será última morada de estação espacial da NASA

Habitada por astronautas há quase 24 anos, ISS deve ser enterrada no Ponto Nemo em 2030

02/07/2024
Foto: NASA/ Reprodução

Uma espécie de ‘cemitério’ de espaçonaves, localizado nas profundezas do oceano Pacífico Sul, será a última morada da Estação Espacial Internacional (ISS) da NASA, habitada por astronautas desde 2000.  

Maior estrutura já construída no espaço, com 430 toneladas, a ISS deve dar adeus à órbita em 2030 e encontrar seu descanso eterno no Ponto Nemo, considerado o pedaço mais isolado do mundo. Suas profundezas abrigam objetos espaciais sem utilidade, como satélites, espaçonaves e estações espaciais.

Localização do Ponto Nemo. Foto: Captura de tela do Google Maps / Reprodução

Quem transportará a ISS a esse ‘cemitério’ no oceano é a SpaceX, fundada pelo bilionário Elon Musk. A empresa foi selecionada pela NASA na última quarta-feira (26), quando ambas assinaram um contrato com valor potencial de US$ 843 milhões — equivalentes a R$ 4,71 bilhões, na conversão atual.

 

A missão da SpaceX envolve construir uma nave — batizada de ‘US Deorbit Vehicle’ — que será a responsável por trazer a ISS de volta à terra firme. O processo é necessário pois, segundo os engenheiros da NASA, ainda que parte do posto orbital vaporize ao reentrar na atmosfera, grandes pedaços devem sobreviver.

ISS. Foto: NASA/ Reprodução

De acordo com a NASA, a ISS conta com seis quartos , dois banheiros, uma academia e uma janela saliente com vista de 360º. Mais de 270 astronautas a visitaram, sendo que uma tripulação internacional de sete pessoas vive por lá, enquanto viaja a uma velocidade de oito quilômetros por segundo, orbitando a Terra a cada 90 minutos.

Como é o ‘cemitério’ no oceano

O Ponto Nemo fica longe de qualquer continente ou ilha, sendo que 2,7 mil quilômetros o separam da terra mais próxima. Os seres humanos que mais se aproximam dele são os que habitam a ISS. Quando sobrevoam o local, ficam a uma altitude de cerca de 415 quilômetros de distância.

Não há atividades humanas nas redondezas, incluindo transporte marítimo ou pesca. A presença de animais também é baixa, já que o vento quase não carrega matéria orgânica até lá.

 

Outro fator que contribui para a baixa taxa de habitantes é a posição do ‘cemitério’ no meio do Giro do oceano Pacífico Sul, onde há uma imensa corrente oceânica giratória, com águas superficiais de 5,8ºC, que bloqueiam a entrada de água mais fria e rica em nutrientes.


Apesar de isolado, o Ponto Nemo não é secreto. Situado entre a Nova Zelândia e o sul do Chile, pode ser encontrado pelo Google Maps com as seguintes coordenadas, fornecidas pelo National Ocean Service: 48°52’6″S 123°23’6″ W.

 

Programado para receber a ISS na próxima década, o ‘cemitério’ no oceano já conta com os despojos da Estação Espacial Mir, seis naves do programa Salyut, 140 veículos de reabastecimento da Rússia, seis veículos de transferência de carga lançados pelo Japão e cinco da Agência Espacial Europeia (ESA).

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Confira quem passou pelo lounge de NÁUTICA no 1º dia de Marina Itajaí Boat Show 2024

    Nesta quinta-feira (26), o espaço exclusivo da Revista Náutica recebeu nomes importantes do setor

    Com jet e barcos de 19 a 40 pés, Ventura celebra crescimento do Boat Show de Itajaí

    Marco Garcia, diretor comercial do estaleiro, também deu um spoiler do que vem por aí

    Intermarine comemora prosperidade do Marina Itajaí Boat Show com barcos de 45 a 81 pés

    Roberta Ramalho, CEO da marca, destaca importância do evento em águas catarinenses para o setor náutico

    Sessa exibe modelo open fabricado no Brasil e espera conquistar público mais esportivo

    Estaleiro participa do Boat Show de Itajaí até o próximo domingo, com quatro lanchas sobre as águas

    Com novidade para o fim do ano, Márcio Schaefer elogia Boat Show de Itajaí: “Veio para ficar”

    Presidente da Schaefer Yachts atracou no evento náutico com seis barcos, sendo a nova V44 o destaque da vez