Conheça 5 espécies de animais marinhos atualmente ameaçados de extinção
Entre eles está um gigante dos mares, tradicionalmente associado ao oceano


Não é novidade que o descaso do ser humano para com o meio ambiente tem, cada vez mais, prejudicado a vida dos animais na Terra. Para ajudar a entender a dimensão do problema, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) listou cinco animais marinhos como ameaçados de extinção.
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Segundo a Fundación Aquae — organização não-governamental sediada na Espanha que se dedica à proteção do meio ambiente — , as três principais causas da lista que vem a seguir são: poluição do meio ambiente, pesca excessiva e a destruição de habitats naturais dos animais.
5 animais marinhos ameaçados de extinção
Foca-monge-do-havaí
A foca-monge-do-havaí, cientificamente conhecida como Neomonachus schauinslandi, é encontrada ao longo da costa do Havaí, nos EUA. Segundo o último levantamento divulgado pela IUCN, em 2014, há aproximadamente 632 animais da espécie, cujo estado de conservação está em constante mudança.
Estes mamíferos habitam áreas de pouca profundidade, e sofrem ameaças vindas da pesca, doenças — trazidas por espécies invasoras — , poluição e interferência humana em seu habitat natural, principalmente devido ao turismo.
Cavalo-marinho Hippocampus whitei
O Cavalo-marinho Hippocampus whitei vive na costa de New South Wales, na Austrália, e é protegido por lei. A espécie ameaçada se alimenta de pequenos crustáceos e vive, geralmente, nas macroalgas, corais e esponjas marinhas que se encontram a uma profundidade de apenas 12 metros.


Segundo a IUCN, o animal é uma espécie ovovivípara (que nasce de ovos retidos no corpo do animal) e se reproduz, geralmente, entre outubro e abril de cada ano — sendo que as fêmeas depositam os ovos na bolsa incubadora dos machos e eles carregam os filhotes até o momento do nascimento.
Ainda segundo a instituição, o cavalo-marinho tem sua espécie ameaçada devido à invasão humana em seus lares naturais, ao turismo, à água contaminada e aos resíduos agrícolas despejados no mar.
Baleia-azul
Muito conhecida no mundo inteiro e uma referência quando o assunto é oceano, a baleia-azul não foge da lista de animais marinhos ameaçados, mesmo abrangendo uma área de habitat que se estende por todos os oceanos do mundo.
Segundo a Fundación Aquae, o animal é, ainda, o maior cetáceo que existe e está entre os maiores animais que já habitaram a Terra. O mamífero da ordem Cetartiodactyla pode atingir 30 metros de comprimento e pesar um total de 150 toneladas.
No entanto, de acordo com dados registrados em 2018, apesar de estar na lista de animais ameaçados de extinção, a espécie apresenta uma tendência de crescimento populacional. Ainda assim, atualmente, o número estimado de indivíduos dessa espécie está entre 5 e 15 mil, com expectativa de vida de cerca de 30,8 anos.
As principais ameaças sofridas pelas baleias-azuis são a caça ilegal e a presença de atividades humanas em seu habitat natural. Como exemplo, a IUCN cita que os animais da espécie foram vistos colidindo com barcos e sofrendo ferimentos e traumas em um local próximo ao Sri Lanka, na Ásia.
Raia-diabo
Desde novembro de 2018, a raia-diabo, também conhecida como arraia-diabo ou manta-diabo (Mobula mobular), está categorizada como uma espécie em risco de extinção. O peixe cartilaginoso é natural dos oceanos Pacífico, Atlântico, Índico e do Mar Mediterrâneo e sofre, principalmente, com a pesca não intencional — as redes de pesca lançadas ao mar não as têm como alvo, mas são capturadas “sem querer”.
A população dessas raias está diminuindo, e, atualmente, não existem estimativas globais atualizadas sobre a sua presença, de acordo com a IUCN. As raias-diabo têm uma esperança de vida de quase 13 anos e habitam profundidades em torno de 50 metros.
Essa espécie realiza migrações em larga escala, cobrindo até 1.800 milhas diárias a velocidades mínimas de 63 milhas por hora, provavelmente em resposta a mudanças sazonais na disponibilidade de presas. – afirma a IUCN
Atum-rabilho-do-sul
Por fim, o último animal da lista é o atum-rabilho do sul. O animal tem como principal ameaça a pesca excessiva. Até o início da década de 1980, a comercialização mais comum do animal — altamente valorizado — , era o enlatamento, sendo o Japão o principal mercado para esse tipo de alimento.
Essa espécie habita profundidades de quase mil metros no mar e pode ser encontrada em águas próximas da Argentina, Brasil, Uruguai, Madagascar, Indonésia, África do Sul e Austrália.
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