Humaitá: veja o novo submarino da Marinha do Brasil, com propulsão diesel-elétrica
Lançado na última sexta-feira (12), embarcação tem 71,6 metros e capacidade para 35 pessoas


Grande, tecnológico e poderoso: três palavras que definem bem o Humaitá (S41), novo submarino da Marinha do Brasil movido à propulsão diesel-elétrica. Entregue na última sexta-feira (12) ao Setor Operativo da Força, no Complexo Naval de Itaguaí, no litoral do Rio de Janeiro, o Humaitá chega com o objetivo de fortalecer a frota naval brasileira.
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A nova embarcação de 71,6 metros faz parte do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), em parceria com o governo da França.


O S41 é apenas o segundo dos quatro submarinos convencionais previstos pelo Prosub, que vêm sendo construídos desde 2008 no Complexo Naval. Além deles, está prevista a fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear: o SN-BR, que terá capacidade de operar por tempo indeterminado.
Conheça o Humaitá
Projetado pela empresa francesa Naval Group, com a participação de engenheiros e técnicos brasileiros, e construído pela Itaguaí Construções Navais (ICN), o Humaitá tem capacidade operativa para permanecer até 80 dias em patrulha.
Maior que um megaiate, o Humaitá já esteve nas águas em março de 2023, quando cumpriu um extenso e rigoroso calendário de Testes de Aceitação no porto e no mar.


Da Classe Riachuelo — embarcações derivadas dos submarinos franceses Classe Scorpène, em processo de construção no âmbito do programa Prosub –, o submarino chega com incríveis 71,6 metros de comprimento, suficientes para abrigar 35 pessoas, e capacidade de atingir os 300 metros de profundidade.


Entre suas missões, estará patrulhar as Águas Jurisdicionais Brasileiras, que formam a Amazônia Azul — por onde trafegam 95% das exportações e importações brasileiras — , e as áreas marítimas do entorno estratégico do País no Atlântico Sul. Para isso, a embarcação é capaz de deslocar 1.870 toneladas quando submerso, e alcançar velocidades de cerca de 37 km/h.


Além disso, o Humaitá leva em sua tecnologia uma capacidade de operação prolongada, o que permite que o submarino fique submerso por até cinco dias, sem necessidade de emergir.
Como um submarino da Marinha do Brasil, o Humaitá foi projetado com alta tecnologia de combate, com sensores acústicos, radares e sistemas de guerra eletrônica e de propulsão e geração de energia que, aliado aos recursos de redução de ruídos, trazem à embarcação um alto “poder de ocultação” — a principal característica de um submarino.


“As capacidades operativas do S41 o credenciam para a redução do controle exercido pelo oponente no mar, facilitando a atuação das demais Forças”, explicou Capitão de Fragata e comandante do Humaitá, Martim Bezerra de Morais Júnior.
Entenda mais sobre o Prosub
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ou Prosub) faz parte da Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008, que estabeleceu, segundo a Marinha do Brasil, que o país tivesse “força naval de envergadura”, com a inclusão até mesmo de submarinos com propulsão nuclear. Ainda em 2008, um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França foi firmado.
O Prosub também vai além dos submarinos, contemplando a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba os Estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no município de Itaguaí.
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