Mar de sonhos: biólogo construiu barco fast-trawler de 30 pés no quintal de casa
Ao lado da família, Antonio Carlos Osse deu vida a uma bela embarcação em São Paulo, em uma jornada de cinco anos
Ao contrário do que muitos tem como propósitos grandiosos de vida, existe algumas pessoas no mundo que planejam metas bem mais simples no valor material, porém enormes quando falamos no sentimental. Esse é o caso que Antonio Carlos Osse nos contará agora, sobre a construção do seu fast-trawler.
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“A lista clássica de propósitos de vida para uma pessoa se sentir realizada — plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho — sempre nos pareceu muito curta e, por isso, decidimos incluir um novo item: construir um barco com as próprias mãos!
O resultado você já pode ver nas imagens que ilustram esta reportagem, mas vale a pena retroceder uns 40 anos para entender melhor como tomamos essa decisão. Boa parte da adolescência passei no Saco da Ribeira, em Ubatuba, reduto de uma enorme quantidade de marinas.
Ficava lá por horas, admirando os barcos ancorados e sonhando com viagens em volta do globo, mergulhos em águas transparentes e paisagens sem igual. Entre crescer, namorar e casar, não mudou muita coisa, apenas passamos a sonhar a dois! Sim, encontrei minha alma gêmea com os mesmo sonhos náuticos! Uma grande sorte, sei disso!
Entretanto, o dia a dia da vida real não dá muito espaço para sonhos e sortes. Como quaisquer mortais, seguimos pressionados pela realidade do trabalho e das contas a pagar, enquanto o tic-tac do tempo insistia em seguir sem parar.
Por outro lado, nesse meio tempo, cumprimos aquelas etapas mais “básicas” da vida: três livros, muitas árvores plantadas e, a melhor parte, criar nossas duas filhas (Marina e Carolina).
Começa uma aventura
Para fazer curta uma longa história, aceleramos de volta aos cinquenta e poucos anos de idade, aquela fase da vida em que as prioridades começam a mudar e, se bobearmos, vemos a lista de “obrigações” se transformar em uma triste lista de desejos esquecidos.
Ou seja, chegou a hora de conquistar aquele barco para viajar o mundo. Por que não? Para a realização desse sonho, o modo mais “simples” é comprar um barco. Obviamente é preciso ter o orçamento disponível, seja para uma pequena embarcação de 20 pés ou para um iate de 20 metros.
Mas, o fato é que a compra significa ter um resultado imediato: no dia seguinte você está na água se quiser! Já para quem não tem o capital necessário, diga-se, a maioria dos sonhadores, automaticamente surge a ideia de construir o seu barco em casa, de economizar na mão de obra, ter um fluxo de despesas de longo prazo, etc.
Além de poder ter um barco único, feito sob medida por (e para) você. Para quem é do mar, poucas coisas podem nos dar mais prazer na vida do que lançar à água um barco feito com as próprias mãos. Mas, preste muita atenção, isso pode ou não dar certo.
Há quem diga que, para cada dez barcos construídos em casa e que foram efetivamente lançados, outros cem estão abandonados, inacabados e juntando poeira em alguma garagem perdida por aí. Não sei de onde tiraram essa proporção, mas sinto um quê de verdade nela.
Construção de um fast-trawler: passo a passo
Depois de cinco anos trabalhando muito (muito mesmo!) no nosso projeto, acho que podemos até compreender os principais motivos para isso acontecer. Então é aqui que podemos contribuir um pouco para quem pretende enfrentar esse desafio, contando nossa experiência do início ao fim.
A primeira etapa, a decisão propriamente dita, foi um momento revigorante! A combinação da experiência de vida dos 50 anos com aquela vontade da adolescência. Tomar a decisão baseada em fatos, não apenas sonhos. Colocar tudo na ponta do lápis e — acima de tudo — entender que o processo é tão (ou mais) importante que o objetivo.
Se você quer resultados imediatos, nunca inicie a construção “doméstica” de um barco acima de 14 a 16 pés! Para qualquer passo maior, você terá que estar disposto a dedicar todos os seus momentos de folga, durante anos seguidos, à construção do barco.
Família em ação
Também é muito importante conseguir a total adesão de sua família. Sem isso seu projeto nunca dará certo, pois não vai demorar muito para sua esposa se referir ao barco como “a sua amante dos fins de semana”!
Quando você acordar no domingo às 6 da manhã para colar uma peça da quilha ou laminar isso ou aquilo, é bom que sua família acorde junto e vá te ajudar! Caso contrário, vão ser muitas caras feias te esperando no retorno à noite!
Nossa experiência foi que o projeto teve muito apelo para toda a família durante os três primeiros anos. A virada do casco, por exemplo, foi um momento épico para todos! Já nos últimos dois anos, tivemos um mix de paixão e obrigação em vários momentos, especialmente entre as meninas, que já entravam na adolescência e, naturalmente, tinham outros interesses.
Escolhido a dedo
Tomada a decisão, todos de acordo, seguimos para a escolha do projeto. Sempre adorei uma frase que diz: “o barco ideal é aquele onde seis pessoas bebem, quatro comem e duas dormem”! Não sei se é verdade, mas essa máxima serviu de parâmetro para a nossa procura por um barco menor e mais simples que o inicialmente previsto.
De outra fonte adotamos o conceito de que “velocidade é segurança no mar”, ou seja, algo como poder chegar mais rápido a um abrigo em caso de um evento climático crítico se aproximando. Isto nos levou à escolha de um barco motorizado, com capacidade de semi planeio, porém com autonomia para médias travessias (até 500 milhas) em velocidade de cruzeiro.
Embora nossas experiências e sonhos sempre estiveram ligados aos veleiros, a praticidade do motor acabou nos convencendo. E, por hora, vamos tentar fingir que isso não tem nenhuma relação com a nossa idade mais avançada também, certo?!
Com o encolhimento do mundo pela Internet, em três cliques compramos, de um renomado arquiteto naval nos EUA, um detalhado projeto que, no dia seguinte, já estava a caminho de nosso endereço.
Esse é aquele momento onde as pessoas sempre nos perguntam: “mas vocês já sabiam construir barcos?”. A resposta mais correta seria “não”, embora trabalhemos no ramo fabricando canoas canadenses há mais de 25 anos.
Fast-trawler ganhando forma
O fato é que esse seria nosso primeiro barco grande, motorizado, cabinado, com hidráulica, elétrica, eletrônicos etc. Um universo bem diferente daquele a que estamos acostumados no dia a dia.
Por outro lado, experiência com máquinas, madeira, resinas epóxi, laminação de vidro, carbono e aramida nós temos de sobra, o que tira muitas dúvidas dos ombros de quem se lança nessa empreitada pela primeira vez.
Como o método de construção já estava definido (madeira + epóxi), o lote de chapas de compensado naval e as pranchas de madeira maciça já estavam aqui quando os desenhos chegaram. Também já estava pronto o local para a construção, uma estrutura metálica “temporária” de 8×11 metros que nós mesmos fizemos.
Sim, um pouquinho de experiência com solda também facilita as coisas e gera economia na conta final. É sabido que entre aquelas centenas de barcos que não vingam, para muitos isso acontece pela falta de um local adequado de trabalho.
Às vezes a pessoa até aluga um bom galpão mas, quando percebe que entrou no quarto ano de construção (com mais N pela frente!), dá aquele desespero, pois só o custo deste aluguel já extrapolou em muito o orçamento previsto.
Não muito tempo atrás vi um jovem oferecendo um belo casco semipronto pelo simples custo do material, pois precisava desocupar com urgência o local onde estava. Quanto tempo e dinheiro perdidos! Com isto em mente, concluímos ser essencial ter o nosso próprio galpão, em nosso próprio terreno!
Sem esse custo fixo mensal o cronograma fica bem menos estressante. A instalação se pagará duas ou três vezes ao longo dos anos, e ainda haverá outras utilidades para ela ao final da construção. Você pode até alugar para algum incauto sonhador querendo construir o próprio barco, certo? (há-há-há).
Outro conselho é não comprometer uma parte de uso comum de sua casa para o projeto, geralmente a garagem. Mais cedo ou mais tarde alguém vai soltar o tradicional “e aquele barco juntando poeira e empacando a garagem? Quando é que vai sair de lá, hein?”.
Operação fast-trawler
Daí em diante começa a aventura. Muito trabalho, praticamente todos os dias e fins de semana comprometidos com a “obrigação” de cumprir alguma nova etapa. Mas calma! Objetivo estará sempre ali, visível, palpável! É só respirar, apreciar o caminho e seguir em frente!
Para quem curte fazer coisas com as próprias mãos, estudar e aprender muito, não conseguimos imaginar algo mais prazeroso que construir um barco. Nossa biblioteca cresceu rapidamente com títulos sobre mecânica de motores a diesel, instalações elétricas em 12 volts, instalações sanitárias, navegação costeira a motor, viver a bordo de pequenos barcos, etc., etc.
Aliás, um bom conselho é investir em boa literatura técnica. Ao ler três ou quatro fontes diferentes sobre um mesmo tópico será possível combinar soluções e chegar a um resultado ainda melhor. Já grupos e fóruns na internet exigem mais cuidado.
Ali qualquer um fala qualquer coisa, mas, com o tempo, você aprende a selecionar fontes mais seguras. E, obviamente, o porto mais seguro frente a pequenas e grandes dúvidas é o seu projetista, além de pessoas que já construíram o mesmo modelo de barco pelo mundo afora.
De qualquer forma, a ferramenta mais importante para todo o processo é o seu bom senso. Nosso lema virou “dormir sobre um problema e acordar com a solução!” Por milhares de vezes nos vimos com uma dúvida angustiante que, pouco depois, se transformava no prazer de criar uma solução “mágica”!
Mas, entenda bem: não há nada de magia aí. Apenas experiência se acumulando. É verdade que no Brasil é mais difícil construir um barco caseiro? Bem, se compararmos com o que se vê nos EUA ou na Inglaterra, pode parecer desanimador.
Construído na raça
Por outro lado, ter tudo mastigadinho e com receitas prontas nos tiraria boa parte do prazer. Por lá você compra a resina tal, a mesma que todo mundo usa, segue a receita do fabricante e pronto. Aqui você pesquisa entre 10 alternativas, conversa com dúzias de fornecedores e testa 50 possibilidades.
Ao final sabe mais sobre epóxi que muito engenheiro químico por aí. Bons materiais também são difíceis de encontrar. O mais provável é que você vai ter que buscar em inúmeras fontes e testar tudo antes de usar. Por outro lado, conhecerá cada mínimo detalhe de seu barco.
Pontos fortes e pontos fracos. Não deu para comprar aquele carregador de baterias sueco de 3 mil dólares? Já sabe que o de 300 reais vai te deixar na mão mais cedo que o esperado (não me pergunte como eu sei disso!). Falando em materiais, não perca muito tempo com discussões sobre se esse ou aquele material e/ou método construtivo é o melhor.
Após as suas pesquisas e testes, adote aqueles com os quais você se sente mais confortável para experimentar e criar soluções. Para todos eles sempre há vantagens e desvantagens. Escolha feita, ponto final. Não olhe para trás e nem para os lados.
“Nossa praia” sempre foi madeira revestida com epóxi/vidro/aramida; não iríamos nos meter em fazer um casco de alumínio, certo? Ou melhor, até poderíamos tentar, mas seria uma nova curva de aprendizagem, testes, erros e prejuízos.
Quanto custou isso?
No final daria certo, sempre dá se você se empenhar, mas a aventura seria mais arriscada. Ao nos aproximarmos do final, a pergunta que mais ouvimos é a clássica: “quanto vocês gastaram, em tempo e dinheiro?” Para os dois temas nós temos respostas muito precisas.
Em termos de custo, cada centavo gasto foi lançado em uma planilha e convertido para dólares do dia da compra; ou seja, dá para ter uma ideia precisa e a qualquer momento de quanto o nosso barco custou — em materiais! Para mão de obra não houve um único lançamento, pois fizemos o barco 100% sozinhos!
Quanto ao tempo, começamos no dia 20 de março de 2017 e declaramos terminado no dia 15 de maio de 2022, ou seja, 5 anos e dois meses. Porém, observe que nenhuma dessas informações será de grande valia para quem pretender seguir este caminho.
Nós não tínhamos um relógio de ponto para entrada e saída. Lembro de dias que trabalhamos das 6h da manhã até as 8h da noite laminando o casco. E, certamente, tivemos dias em que viajamos ou ficamos em casa para receber amigos. Nem vimos o barco.
Quanto ao custo, a variação de escolha de materiais e equipamentos pode ser exatamente como a citada acima para o carregador de baterias. Diferenças de dez a dez mil para um “mesmo” item na planilha. Ok, já posso imaginar sua cara de decepção com essa resposta tão vaga e sem graça.
Então vamos detalhar um pouco mais. De tudo que acompanhamos com outros construtores e da nossa experiência pessoal, calcule dois mil dólares por pé para embarcações de 27 a 30 pés. Quanto ao tempo gasto, calcule dois meses de trabalho firme, sem preguiça, quatro dias por semana, por pé, para embarcações de 27 a 30 pés. Lembre-se de que, em embarcações, tudo cresce exponencialmente.
A nossa experiência diz respeito a um 30 pés motorizado! Sem mastreação, sem estaiamento, sem velas, mas com um maravilhoso motor Volvo Penta D4 de 270 hp, e uns poucos itens de conforto. Médias, por definição, incluem erros, desvios. Como dito antes, as variações podem ser enormes.
Outro exemplo real: quando fomos encomendar as janelas, tivemos um orçamento em inox de 35 mil reais pelo conjunto. Fechamos em alumínio com outro fornecedor por 11 mil reais. Se gostaríamos de ter as de inox no barco? Claro! Mas, será que fazia sentido pagar a diferença de 320%? Não para o nosso bolso, já esgotado. Escolhas, são muitas escolhas, o tempo todo.
Um evento interessante de citar foi a produção dos tanques, tanto de combustível (diesel) quanto de água potável, águas servidas e de contenção de esgoto do vaso sanitário. Se você procurar, sempre vai encontrar quem faz, quem importa, quem vende…
Aí tem que colocar na balança os custos de materiais, o tempo para fazer, o risco de fazer bobagem, a vantagem de fazer exatamente o que quer ou precisa, sem precisar se adaptar ao pré-disponível.
Para o tanque de combustível, em seu formato esquisito para se adaptar ao porão entre anteparas, a 1ª opção era metal. Aí começam as variações: inox ou alumínio? Com conexões roscadas ou soldadas? Com divisórias internas assim ou assado… Diferenças de 8 vezes nos orçamentos eram comuns, acredite se quiser.
Vem a desconfiança…
E, como sempre, vem aquela dúvida brasileiríssima: será que esse cara vai fazer o combinado e vai ficar exatamente como eu quero? Vou gastar uma fortuna e ainda vou ter que brigar no fim? O resultado é que resolvemos fazer todos os tanques do barco, com fibra de vidro e resina estervinílica derakane.
Todos moldados “in loco”, ajustes perfeitos, com anteparas internas excedendo as mais rigorosas normas. Essa brincadeira custou pelo menos quatro meses de tempo extra, mas reduziu muito o custo e o estresse com eventuais problemas. Mas, a melhor parte não foi a economia.
Foi a descoberta de como se faz um bom tanque, como se calcula a espessura das paredes, qual a resina correta a usar, como definir a ventilação, os diâmetros das conexões, e tantos outros detalhes. Por isso, voltamos a insistir: o importante é curtir muito o processo.
O resultado vai chegar, só demora um pouco. Aliás, os tanques ficaram perfeitos. Em meados de abril/maio de 2022 tínhamos o barco pronto em nosso galpão no alto de uma serra, em Barueri, na Grande São Paulo. A próxima aventura era transportá-lo para Caraguatatuba, onde faríamos a instalação do motor em uma autorizada Volvo Penta.
Por um bom tempo pensei em fazer a instalação do motor sozinho, mas, dado o processo de garantia (5 anos!) em relação a um produto tão valioso, achamos por bem seguir o protocolo da marca à risca. Tirar o barco do galpão e colocar sobre a carreta foi uma manobra e tanto, milimetricamente calculada.
Imagine se não seguimos o caminhão por 300 km até o destino? Claro que sim. Cada curva na serra era uma gota de suor frio! Como eu já havia passados todos os cabos de comando eletrônico e elétricos, bem como instalado todos os sensores, relógios e acessórios do motor, em apenas dois dias sua montagem foi feita.
Quase plug&play! Um incrível sistema de ajuste a laser para alinhar o motor à rabeta e, consequentemente aos berços que fizemos, revelou uma precisão que me deixou muito orgulhoso de todo o trabalho no compartimento do motor.
Parcerias valiosas
Aliás, cabe aqui ressaltar que tivemos um apoio sem igual do departamento de engenharia da Volvo Penta Brasil e toda a equipe da empresa em Curitiba. Recebemos desenhos muito detalhados das medidas a serem seguidas e até uma visita técnica especial para aferição de tudo.
Passamos com louvor e mérito. O resultado se mostrou na montagem: literalmente uma luva! Nenhum ajuste de última hora necessário. Outro processo obrigatório e que levanta muitas dúvidas é o licenciamento do barco junto à Capitania dos Portos.
Não é complicado, mas nessa hora recomendo os serviços de um despachante, pois envolve um vai e volta tradicional de muitos papéis. Não importa nem um pouco se o projeto que você usou foi feito por pessoa A ou B.
A embarcação precisa de um laudo detalhadíssimo emitido por um engenheiro naval brasileiro. Em tese ele vai até o seu barco, olha tudo, confere e produz o laudo, que então será analisado na Capitania.
Também incluirá vários dados do motor (tudo disponível na nota fiscal) e uma declaração genérica de responsabilidades do proprietário. Em 30 dias recebemos nosso documento com número de registro e estávamos prontos para a saída de testes. A emissão de nossas novas carteiras de Mestre Amador aconteceu na mesma semana, tudo certo.
Fast-trawler com final feliz
Bem, após anos de trabalho, chegou o grande momento. Hora se levar o Osseanic (esse é o nome do barco) para a água. Será que o casco vai ficar equilibrado? Vai pender para um lado, para a frente, para trás? Será que vamos escutar um enorme “craack” e vai tudo rachar em duas partes? Vamos afundar em 3 segundos? O espelho de popa vai trincar com o esforço e o motor vai pular do berço junto com a rabeta?
É muito tenso este momento. Tudo é colocado à prova e nada vai ter uma segunda chance. Tanque de diesel cheio até a boca, tanques de água cheios até a boca, oito pessoas a bordo. Tudo no máximo. Aliás, parte do teste também é colocar o motor em rotação máxima, ou seja, vamos atingir uma velocidade realmente alta (27 nós) logo no primeiro dia. Pense em pessoas tensas… Multiplique por dez agora!
Bem, o fato é que tudo correu muito bem. Ninguém acreditava que chegaríamos a tal velocidade, pois o estilo do barco lembra mais um trawler do que uma lancha. Batemos os 27 nós. Nada quebrou, nada soltou, nada vazou, nada queimou…
Hoje, alguns meses depois do batismo, realizamos diversas saídas de treinamento para o próximo grande objetivo da família Osse: levar o barco até o Alasca! Sim, você leu certo. Fazer o barco já passou, agora precisamos começar outra aventura! Fiquem atentos às novidades.”
* Antonio Carlos Osse, em depoimento à Revista Náutica
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