Veleiro feito de sucata leva restos de construção, madeira e até placas de rua
Ainda no plano das ideias, catamarã terá casco forte para navegar pelo mundo e jardim que garantirá alimentos para os passageiros


O que um dia foi lixo e sucata poderá, em breve, se transformar em um veleiro potente, capaz de atravessar oceanos e enfrentar tempestades. Essa é a meta do ator alemão Daniel Roesner, que contratou um estúdio de design para tirar do papel seu ousado projeto de embarcação sustentável.
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Quem comprou a ideia foi a iYacht, que projetou o catamarã com materiais recicláveis e reciclados. Batizado de Hu’chu 55, o veleiro de 17 metros terá 90% do casco feito de sucata de alumínio.


O metal será proveniente de uma série de itens, como placas de veículos, placas de trânsito, restos automotivos e de construção, latas de cosméticos e resíduos triturados em usinas de reciclagem. O Hu’chu 55 ainda incorporará madeira recuperada, cortiça reciclada e fibras naturais.
Segundo Daniel, o veleiro feito de sucata será usado para explorar o mundo, produzir filmes e conduzir pesquisas oceânicas, focadas em proteção ambiental. O ator também carrega o desejo de atuar em parceria com universidades
O barco será uma plataforma para pesquisa sustentável, aventura, filme e vida circular. Há muitos projetos inspiradores que me ajudaram a reunir ideias; espero que o Hu’chu 55 seja uma inspiração também– Daniel Roesner, à iYacht
Sustentável por dentro e por fora
Não é só a sucata usada na construção do casco que concederá a fama de amigo do meio ambiente ao veleiro. O catamarã também contará com um sistema de propulsão livre de emissões, composto por dois motores elétricos.


O conjunto de baterias será recarregado por painéis solares integrados ao barco e a energia limpa será usada para tudo — desde a alimentação dos equipamentos a bordo, como do estúdio de cinema que fará parte do veleiro, até o cultivo de vegetais em um amplo jardim.
Essa horta, inclusive, será responsável por fornecer alimentos aos passageiros do Hu’chu 55. Outro detalhe que vale menção é a ausência de ar-condicionado — escolha de Daniel para evitar o alto consumo de energia. No lugar, vidro isolante e sistemas de ventilação garantirão o conforto térmico de quem estiver a bordo.
Quanto à aparência, o exterior de metal deixará o veleiro com uma estética robusta, adequada ao propósito explorador que o conduzirá ao redor do mundo. Já o interior será decorado por tons de marrom e preto.
Segundo a iYacht, a embarcação corresponde a um dos desafios mais sustentáveis e atraentes realizados pela empresa, que entregou cerca de 200 projetos nas últimas duas décadas. Uma equipe multidisciplinar foi escalada para cumprir com todos os requisitos de Daniel.
Agora, o ator segue em busca de novos parceiros, patrocinadores e investidores que compartilhem do desejo de criar um veleiro feito de sucata. O próximo passo é encontrar estaleiros com experiência em alumínio, capazes de transformar a ideia em realidade.
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