1ª embarcação capaz de produzir seu próprio hidrogênio está prestes a finalizar volta ao mundo
Coberto por 202 m² de painéis solares, barco percorreu quase 63.040 milhas náuticas apenas com energias renováveis


Muito se fala na importância da energia renovável e, aos poucos, tecnologias como essa estão atracando no universo náutico. Mas como, na prática, isso funciona? Será que dá certo? Desde 2020 o barco laboratório Energy Observer está dando uma volta ao mundo, a fim de testar todas suas tecnologias de energia limpa a bordo. Agora, com o fim de sua viagem e o retorno à França, o setor deve ganhar respostas empolgantes.
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Primeira embarcação capaz de produzir seu próprio hidrogênio, o barco laboratório Energy Observer está se preparando para finalizar sua volta ao mundo, que começou ainda em 2020. Antes de retornar à França e concluir a viagem, o barco fará suas últimas escalas na Flórida, Washington, Nova York e Boston, todas nos Estados Unidos.


Ao todo, o barco que fez sua primeira expedição na França em 2017, já percorreu quase 63.040 milhas náuticas (cerca de 101.453 quilômetros), apenas com energias renováveis.
Tudo isso graças aos seus 202m² de painéis solares e sua célula de combustível que, trabalhando em conjunto com suas asas automatizadas de 12 metros de envergadura (as chamadas Oceanwings), permitem aumentar a velocidade de navegação, reduzir o consumo ou dedicar os motores à produção de hidrogênio.


A volta ao mundo a bordo do Energy Observer, aliás, não foi à toa. O projeto tem como objetivo, justamente, testar o desempenho das tecnologias de energia limpa da embarcação, além de compartilhar o que foi aprendido ao longo dos quatro anos em que o barco percorreu o globo. Inclusive, a embarcação passou por diversas condições climáticas, no Atlântico, Pacífico, Ásia, África e agora na América.


Durante uma parada em Fort Lauderdale, na Flórida, o capitão da embarcação, Marin Jarry, afirmou à AFP que “o resultado tem sido positivo. Aprendemos muito nessa viagem, tanto em tecnologia quanto em outras soluções.”
Durante o percurso, 40% da energia utilizada pelo barco foi eólica, outros 40% foram de fontes fotovoltaicas e 20% foram provenientes de hidrogênio. Vale ressaltar que o Energy Observer era, originalmente, um catamarã de regatas, com 30,5 metros de comprimento e 12,80 metros de largura.
O projeto do Energy Observer é liderado pelo navegador Victorien Erussard, que espera que o setor marítimo possa se inspirar em seus experimentos e avançar em matéria de energias limpas. As “Oceanwings”, inclusive, já estão sendo usadas em cargueiros como o Canopée, projetado para transportar partes do foguete Ariane 6 da Europa para o centro espacial da Guiana Francesa.
Um outro projeto do empresário, chamado Energy Observer 2, deve ganhar as águas em breve. Trata-se de um cargueiro de 120 por 22 metros, com capacidade de carga de 5.000 toneladas, que funcionará com hidrogênio líquido.
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