No último final de semana na Represa de Guarapiranga em São Paulo tivemos a Copa São Paulo de Jet, válida pela quarta etapa do Brasileiro de Jet. Com uma presença maciça de pilotos vindos da Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás a Associação Brasileira de Jet (BJSA) conseguiu reunir muitos competidores para os dois dias de competição. Entre eles Cristiano Magarão, oriundo do fresstyle veio com a equipe Magarão Racing trazendo quatro embarcações, e claro, subindo ao pódio.
A estrutura montada na Prainha estava digna de world finals, com uma ampla área de box, arquibancadas, banheiros, restaurante, área VIP, segurança dia e noite, uma sonorização impecável e um staff de tirar o chapéu. Nenhum acidente aconteceu durante o evento, apenas quedas normais dos pilotos, até mesmo porque a represa estava com as águas bem mexidas, sem falar no domingo que o forte vento levantou marolas bem altas.
Inclusive o vento forte e a chuva forçaram a direção de prova a terminar o evento mais cedo, adiando as baterias da Super Course para a próxima etapa, que acontecerão nos dias 20 e 21 de setembro.
Um desabono e não é ao evento, mas sim as operadoras de telefonia celular, foi o fraco sinal ou quase nenhum da tecnologia 3G, deixando muitos pilotos sem sinal e impedindo a postagem de fotos e informações nas redes sociais, serviço fundamental nos dias de hoje.
No campo competitivo vimos a supremacia da Yamaha com os novos modelos SVHO, quando tivemos um vislumbre em Boa Esperança, Minas Gerais, com o retorno da equipe Jetco ao cenário das competições, ficando atrás da Sea-Doo em apenas um único troféu. Em São Paulo a diferença se inverteu, enquanto que os japoneses faturaram 15 troféus, os canadenses da Bombardier apenas 5, e a Kawasaki apenas um. Isso em se tratando das 3 primeiras colocações.
O gaúcho Israel Pereira é daqueles pilotos de “tirar o chapéu”, único competidor no Brasil a utilizar o novo Kawasaki Ultra 310R vem aperfeiçoando sozinho o desempenho de seu equipamento. Sem nenhum tipo de apoio da fábrica, ele e seu preparador Krikri, vem conseguindo bons resultados, e sempre subindo ao pódio.
A Sea-Doo sofre a ausência de seu grande nome no Brasil, Deninho Casarini e equipe. Além de excelente piloto, um líder, que quando corre traz consigo outros ótimos pilotos como Giuliano Casarini, Allan Douglas Raquel Mondelo. Valdir Scremin e Ibanez Zanette são os atuais e principais representantes da marca nas competições, e que vem representando muito bem estando na liderança em duas das principais categorias.
Mas o espetáculo também aconteceu na área dos boxes, com a presença dos melhores preparadores do Brasil como o famoso Luisão, o irreverente e talentoso Krikri além do conhecidíssimo Baiano e do arrojado Heraldo Estrella, profissionais que mantêm seus pilotos sempre nas primeiras colocações.
O evento também contou com a presença da vice-campeã mundial Renata Maynard que abrilhantou a todos com seu carisma e simpatia, depois de 6 anos longe das disputas, ela juntou-se aos amigos e no quintal de casa disputou a Runabout Turbo GP. Sem falar na grande Giseli Hattori, de Goiás, que veio com um jet Yamaha muito bem preparado, largando sempre na frente.
O presidente da BJSA Marcelo Pardal inovou nessa etapa, a instituição não cobrou inscrições dos pilotos, apenas alguns precisaram pagar a taxa de filiação. Atitudes como essa fortalecem o esporte, trazem mais competidores e deixam o circuito renovado e os “grids” mais extensos.
Esperamos todos os pilotos na segunda etapa da Copa São Paulo de Jet, e que outros competidores possam se juntar a essa grande família.
Ricardo Fuchs é fotógrafo da JetSkiNworld & Photojetski e viaja o mundo atrás das impressionantes imagens das competições de jets
