NÁUTICA Trip: Confira em detalhes como foi navegar por Bahamas a bordo da Schaefer V33

Na companhia de Marcio Schaefer, percorremos 100 milhas náuticas entre Fort Lauderdale e as Ilhas Bimini

Por: Redação -
05/08/2024
Foto: Revista Náutica

A pouco mais de 80 quilômetros da Flórida, o arquipélago das Bahamas tem cerca de 700 ilhas e 2.000 ilhotas coralinas, formando um arco que vai da Flórida ao Haiti. Um dos destinos náuticos favoritos dos americanos, a região é um grande parque de diversões aquático, banhado pelo colorido fantástico do mar do Caribe, com incríveis tons de turquesa.

É claro que NÁUTICA Trip tinha de conferir o que significa navegar por essas paisagens. Para quem ainda não conhece, NÁUTICA Trip é um programa que explora destinos paradisíacos do mundo náutico, com imagens exibidas no Canal Náutica, no YouTube.

 

 

A bordo de uma Schaefer V33 — e dividindo o comando da lancha com ninguém menos que o presidente da Schaefer Yachts, Marcio Schaefer — a equipe de NÁUTICA encarou um bate-volta de aproximadamente 100 milhas náuticas entre Fort Lauderdale, no Sudeste da Flórida, e Bimini, uma minúscula ilha nas Bahamas.

Foto: Revista Náutica

Foram três dias de curtição, contato com a natureza e aprendizado. Entre outras diversões, a tripulação mergulhou em alguns dos pontos mais privilegiados do mundo para isso, inclusive ao lado do naufrágio do SS SAPONA (um navio de carga com casco de concreto, que encalhou perto de Bimini durante um furacão, em 1926).

 

O embarque aconteceu na moderna F3 Marina, ponto de partida privilegiado para cruzeiros pelo Caribe. A lancha, uma walk around esportiva cabinada com tudo o que é necessário para um dia perfeito na água, estava equipada com dois motores de popa de 300 hp cada, com os quais alcança quase 40 nós de velocidade máxima e consome uma média de 80 a 90 litros por hora em cruzeiro baixo, de 30 nós.

Foto: Revista Náutica

Conhecidas por sua rica história como uma antiga colônia inglesa, as Bahamas recebem turistas de todo o mundo em busca de suas praias paradisíacas e estrutura exemplar. Não é à toa que Nassau, capital e principal cidade, tem uma ilha chamada Paradise Island.

 

Nas praias, os diferentes matizes do azul do mar se convertem em transparentes debaixo das águas cristalinas, sob as quais é possível ver dos próprios pés a peixes passeando à beira-mar.

Foto: Revista Náutica

O nome do arquipélago é derivado da expressão castelhana “bajo mar”, ou mar raso. Ela teria sido criada por Ponce de León para designar as boas condições de ancoragem, quando por lá passou em busca da jamais encontrada fonte da juventude. Com o passar dos anos e com as deturpações da língua, a expressão deu nome às Bahamas.

 

A aproximação de Bimini é feita por Alice Town, onde foi feita a imigração dos tripulantes — para uma experiência ainda mais completa, a equipe teve um pernoite em um condomínio à beira-mar,  com direito a atracar na porta, disponível em plataformas de locação de imóveis.

 

O vai-e-vem de barcos na região é incessante, com embarcações de todos os tipos.

Foto: Revista Náutica

Bimini é um arquipélago formado por inúmeras ilhotas, como East Bimini, Gun Cay, Cat Cays, Victoria Cays, North e South — estas, as duas ilhas principais. A bordo da Schaefer V33, a dupla de navegantes contornou a Ilha South e depois explorou a pequena Cat Cays, onde fica o Yacht Club, com direito a ancorar e tomar banho de mar.

 

A poucos metros da costa, o azul arroxeado do oceano muda para o turquesa quase fosforescente e cristalino. A visibilidade debaixo d’água fica acima dos 50 metros e tudo o que você imagina encontrar em um destino de mergulho existe por aqui. Mas nem é preciso tanto para testemunhar uma história submersa: o navio SS Sapona.

Foto: Revista Náutica

Verdadeira relíquia do passado, o cargueiro que encalhou em 1926, após enfrentar a fúria de um furacão, tem boa parte de sua estrutura fora d’água. Já descendo cerca de cinco metros, os mergulhadores conseguem percorrer facilmente seus corredores submersos e admirar detalhes fascinantes da engenharia naval da época.

 

Chama a atenção o material usado na construção de seu casco: ferro-cimento, devido à escassez de aço durante a Primeira Guerra Mundial.

 

Navegando por Bimini, descobrimos que o arquipélago é repleto de histórias. Muitas delas relacionadas às lendas de Atlântida e ao Triângulo das Bermudas. Como a do Bimini Road, uma estranha formação rochosa linear de blocos de pedras submersos, semelhante a uma estrada.

Foto: Revista Náutica

De acordo com os místicos, essa estrada submersa é considerada vestígio de alguma civilização perdida. Os cientistas, porém, afirmam que o fenômeno não passa de um afloramento natural de rochas.

 

Alice Town, a única cidade do arquipélago, fica em North Bimini, que tem 11 km de extensão por 210 metros de largura e apenas duas ruas principais. Na “The Kings Highway”, que é a estrada principal que percorre todo o lado leste da ilha, concentram-se diversas marinas, hotéis, bares, restaurantes e todo o comércio local.


Durante a viagem da NÁUTICA Trip, Marcio Schaefer descobriu um lugar paradisíaco que parece um lago no meio do Atlântico: a ilha de Blue Lagoon. A associação aqui com o filme A Lagoa Azul é inevitável, por conta do incrível azul.

Foto: Revista Náutica

Dali, a Schaefer V33 virou a proa a Noroeste, rumo a Fort Lauderdale, uma derrota de 56,8 milhas. O relato completa pode ser conferido no programa NÁUTICA Trip, no Canal Náutica, no YouTube.

 

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