Fotos inéditas do Titanic prometem revelar detalhes nunca vistos dos destroços
Expedição ao naufrágio conta com dois robôs ultra tecnológicos, que farão imagens e mapeamentos 3D no fundo do oceano
Não importa quanto tempo passe, o Titanic segue despertando curiosidade por seus segredos ainda não revelados. A boa notícia é que os fascinados por um dos naufrágios mais famosos do mundo poderão, em breve, vê-lo como nunca, graças às fotos inéditas que uma nova expedição promete fazer.
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Comandada pela empresa norte-americana RMS Titanic Inc, a viagem aos destroços começou na sexta-feira passada (12), pouco mais de um ano da tragédia que vitimou os cinco passageiros do submarino da OceanGate.
A missão da RMS Titanic Inc, no entanto, não levou as equipes envolvidas até o fundo do oceano. Apenas dois robôs descerão a 3,8 mil metros de profundidade para capturar centenas de imagens em alta resolução e fazer modelos 3D do que sobrou.
Queremos ver os destroços com uma clareza e precisão nunca antes alcançadas– David Gallo, líder da expedição, à BBC
Produção das novas fotos do Titanic
Uma grande equipe está envolvida na expedição da empresa — que há 14 anos não realiza nada do tipo. Na lista, há especialistas em filmagem, oceanógrafos, historiadores, arquitetos navais e outros profissionais de renome mundial.
A ideia é que eles passem cerca de 20 dias em alto mar, a bordo do navio Dino Chouest — a base das operações no Atlântico Norte, parado logo acima dos destroços do Titanic. Junto com o time, estão dois veículos operados remotamente (ROVs), de seis toneladas cada.
Conforme divulgado pela BBC, um dos robôs está equipado com uma série de câmeras ópticas de alta definição e um sistema de iluminação especial. Já o outro tem um pacote de sensores que inclui um scanner LiDAR, que realiza mapeamento 3D com precisão.
Juntos, percorrerão uma seção de 1,3 km por 0,97 km do fundo do mar para realizar as fotos do Titanic. Veja abaixo um vídeo deles em operação:
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Embora a parte da proa e popa do Titanic tenham sido bem estudadas, outras áreas da carcaça só receberam uma atenção superficial — o que aumenta as expectativas acerca do que os veículos serão capazes de mostrar, ainda mais por conta da tecnologia nunca antes empregada com essa finalidade.
Em busca de ‘tesouros’ perdidos
Com sede em Atlanta, na Geórgia, a RMS Titanic Inc detém os direitos exclusivos sobre os destroços do naufrágio e já retirou mais de 5,5 mil objetos dos destroços. Com a nova viagem, espera analisar outros tantos que chamam a atenção.
Um exemplo é o candelabro elétrico que, na época, era algo bastante disruptivo. As caldeiras que se espalharam quando o navio se partiu ao meio e os restos de um segundo piano de cauda Steinway também estão na lista de desejos.
A empresa ainda espera recuperar pertences dos passageiros da embarcação, em especial as malas, conforme explicou à BBC Tomasina Ray, curadora da coleção de artefatos do Titanic.
“São os seus pertences — se conseguirmos recuperar mais no futuro — que ajudam a dar corpo às suas histórias. Para muitos passageiros, são apenas nomes numa lista e é uma forma de mantê-los significativos”, concluiu.
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