Teste Triton 250 Open Sport: lancha para começar a navegar com muito estilo

Modelo reúne recursos de sobra para agradar quem deseja fazer um upgrade ou está à procura da primeira lancha

Por: Redação -
02/06/2024
Foto: Victor Santos / Revista Náutica

No universo das chamadas lanchas de entrada (até 25 pés), ideais para quem quer começar a navegar, sempre chama atenção a chegada de uma embarcação como a nova Triton 250 Open Sport, que tem um grande solário na popa, banheiro fechado e, especialmente, uma plataforma de popa ampla que faz toda diferença — afinal, é nessa área que as pessoas gostam de ficar.

Mais indicada para simples passeios em águas abrigadas — ou ainda para quem gosta de barcos menores para a prática de esportes náuticos como esqui e wakeboard —, a Triton 250 Open Sport é repleta de soluções interessantes em relação às lanchas do seu porte.

 

 

Uma delas é ter banheiro fechado, apesar da proa aberta. Outra, possuir um sofá de popa que se converte em solário, além de convés autodrenante, paióis debaixo dos sofás e capacidade no cockpit para até 12 pessoas — o que significa levar a família inteira para navegar.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Detalhes que, somados, pesam muito a favor desta 25 pés do estaleiro paranaense Triton Yachts, primeiro barco testado por NÁUTICA no Lago de Itaipu, em Foz de Iguaçu, no oeste do Paraná, durante a 1ª edição do Foz Internacional Boat Show.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Com 7, 55 metros de comprimento e 2,60 m de boca, a Triton 250 Open Sport prova que barco pequeno não é sinônimo de barco sem recursos. Seu cockpit vem equipado com pia e geladeira. Conta também com banheiro para a maior comodidade dos passageiros que, mesmo não pernoitando no barco, podem ficar horas longe da terra.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Próximo ao posto de comando há uma poltrona de acompanhante, que facilita a interação com o piloto. Todos os sofás são confortáveis, com encostos acolchoados e assentos ergonômicos — há barcos maiores que não apresentam essa ergonomia.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Na proa, o conjunto de sofás acomoda de quatro a cinco pessoas sentadas, ou duas deitadas, com os sofás se transformando espreguiçadeiras. Ao lado dos sofás o projetista colocou quatro porta-copos (dois em cada bordo), além de providenciais pega-mãos (um em cada bordo).

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Além disso, embaixo de cada assento há um paiol, num total de três, sendo um grande em cada bordo e outro menor no bico de proa. Os dois cunhos de proa podem ser usados tanto para a amarra da âncora como para atracação.

 

Já à meia-nau, embaixo do posto de comando, há um bom armário, de fácil acesso, perfeito para guardar o material de salvatagem e os utensílios do barco. No outro bordo fica o banheiro, com pia com água pressurizada, armário, vaso sanitário e vigia com entrada de ar.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Na área de convívio, destaca-se o sofá em L, com a perna maior situada a bombordo. Paralelo ao posto de comando, fica o banco do acompanhante, que tem encosto rebatível. O pulo-do-gato é que, quando deslocado para frente, o encosto desse banco dá origem a um gostoso divã.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Já a boreste, atrás do posto de pilotagem, há um móvel (com um grande pega-mão à frente) que contém pia, geleira e uma cristaleira com suportes para copos e garrafas. A caixa de disjuntores e chave-geral fica ao lado. O sofá de popa também tem encosto rebatível, truque inteligente para a formação de um solário voltado para a plataforma, com espaço para até três pessoas.

 

A targa (invertida) permite o fechamento total do cockpit com capota. No centro da targa há um ponto de iluminação de led, mas o ideal é que houvesse pelo menos três, para uso noturno.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

O cockpit é autodrenante, quer dizer, toda água (da chuva ou de respingos) que entrar dentro dele é jogada automaticamente para fora, antes de chegar ao porão, o que significa maior segurança. Porém, as suas saídas de água poderiam ser um pouco maiores. Há ainda luzes de cortesia nas bases dos sofás, o que é muito bom.

 

Chama atenção o espaço generoso que a Triton 250 Open tem na popa. Por conta da motorização de centro, sua plataforma é uma grande área livre, com 2 metros de largura por 1,80 m de comprimento. Há um chuveirinho com água pressurizada a boreste, onde fica a portinha de acesso ao cockpit. A escada de retorno da água, de três degraus, está posicionada na diagonal.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

No costado do barco, a boreste, o bocal de gasolina ou diesel favorece o abastecimento num posto de combustível. Porém, a partir do cockpit, o alcance é difícil. O bocal de abastecimento de água fica a bombordo. Uma tampa no centro do cockpit dá acesso aos dois tanques. Essa tampa abre fácil; mas, por motivo de segurança, bem que ela poderia estar equipada com uma mola pneumática.

 

São 70 litros de água doce e 230 litros de combustível. Para um barco homologado para até 12 pessoas, seria desejável um tanque de água um pouco maior, na casa dos 100 litros.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

O piso, de material sintético, é macio, confortável e oferece boa aderência na pisada, mesmo com os pés molhados. Na unidade testada por Náutica, era de cor escura, imitando a madeira teca. Talvez fosse mais apropriada uma cor clara, que aquece menos nos dias de sol forte.


Na motorização, a Triton 250 Open vem equipada com um centro-rabeta de 250 a 300 hp. Para se chegar ao motor basta levantar o sofá de popa. A casa de máquinas tem revestimento acústico de fábrica e a caixa de baterias fica num nicho exclusivo, bem protegido contra impactos e a elevação da temperatura.

Navegação da Triton 250 Open

No teste de NÁUTICA no Lago de Itaipu, num dia de tempo encoberto com ventos de sete a oito nós, a lancha estava equipada com um motor Mercruiser 4.5 litros, gasolina, de 250 hp, potência de sobra para navegar numa represa ou no mar abrigado em simples passeios.

 

Para quem pretende puxar esqui ou wakeboard, um motor mais forte certamente cairá melhor. Mas este upgrade só vale a pena para quem costuma praticar esportes náuticos.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

No posto de comando, o painel tem espaço para a instalação de um eletrônico com tela grande e todos os instrumentos oferecem fácil leitura. O assento do piloto é rebatível e a visão da proa é muito boa, mesmo com o piloto sentado. À direita, abaixo do manche, há um bem-vindo porta-copos para o piloto.

 

Nas manobras, o casco se comportou bem, dentro dos padrões esperados para uma lancha de passeio deste porte, amortecendo bem o impacto ao cortar as próprias marolas, de cerca de 50 centímetros. A velocidade máxima chegou a 39,5 nós, uma marca e tanto para uma lancha open de 25 pés.

Foto: Victor Santos / Revista Náutica

Navegando na faixa entre 25 e 29 nós, com cerca de 4000 rpm, nas águas do Lago de Itaipu, com três pessoas a bordo, a Triton 250 oferece autonomia de cerca de 120 milhas.

 

Durante toda a navegação, o barco se manteve seco, quase sem respingos de água no cockpit, mesmo na área de proa, o que mostra o acerto do projeto. Enfim, uma boa opção para quem procura uma lancha de passeio diurno confortável e com ótimo conjunto casco e motor.

Saiba tudo sobre a Triton 250 Open

Pontos altos

  • Plataforma e solário de popa grandes;
  • Tem banheiro fechado;
  • Estilo esportivo do casco;

Pontos baixos

  • Tanque de água pequeno para a capacidade de pessoas;
  • Saídas de água no cockpit poderiam ser maiores;
  • Falta amortecedor na tampa de inspeção;

Características técnicas

  • Comprimento: 7,50 m;
  • Boca: 2,60 m;
  • Peso: 1400 kg (sem motor);
  • Capacidade (dia): 12 pessoas;
  • Combustível: 230 litros;
  • Água: 70 litros;
  • Motorização: centro-rabeta;
  • Potência: de 250 a 300 hp;
  • Velocidade máxima: 39,5 nós (a 5000 rpm);
  • Cruzeiro econômico: 29 nós (a 4000 rpm);
  • Aceleração: 8 segundos (até 20 nós);
  • Autonomia: 130 milhas (a 4000 rpm);
  • Motorização: 1 x centro-rabeta de 250 hp.

 

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