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A Marine Express, representante das principais marcas fornecedoras de produtos náuticos para embarcações de esporte, lazer e comerciais, participou da 23ª edição do São Paulo Boat Show. Entre os destaques da empresa, esteve o estabilizador Seakeeper 3, indicado para embarcações de 36 a 39 pés.
Estabilizador giroscópio com o funcionamento simples, o equipamento é encapsulado a vácuo com giro em altíssima rotação – alguns modelos chegam a 9700 rpm -, criando uma força a bombordo e boreste contrária ao balanço do barco, o que promete que até 95% do balanço lateral seja neutralizado.
Uma das grandes vantagens desse modelo é que ele só depende de energia DC para seu funcionamento, ou seja, só necessita de banco de baterias para que funcione, sem gerador ou tomada de cais conectados.
Outra grande vantagem do modelo é o volume e o peso reduzidos – pesa 250 kg e estabiliza embarcações de 11 toneladas, além de poder ser instalado em qualquer lugar a bordo, não necessariamente na linha de centro ou na praça de máquinas.
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O Campeonato Brasileiro de Vela de Oceano em Ilhabela (SP) – 20 anos da Copa Suzuki – que contou com 400 velejadores teve um participante especial. O sul-africano Ken Venn, de 50 anos, recordista de uma das mais importantes regatas do mundo, a Cape to Rio (Cidade do Cabo – Rio de Janeiro), que teve vitória brasileira em janeiro deste ano e terá sua especial em comemoração aos 50 anos com largada marcada para 2 de janeiro de 2023.
Venn é casado com uma brasileira, mudou-se para São Paulo pouco antes da pandemia e disputou apenas sua segunda competição no Brasil após participar anos atrás da Semana de Vela de Ilhabela. A participação na Copa Suzuki foi especial. Venn correu na classe IRC pelo barco Rudá/Blue Seal, que foi seu barco por 10 anos. Mario Martinez, atual comandante, convidou Venn para a disputa como navegador da tripulação: “Fantástico velejar aqui, o mar, o vento, a competição é excelente. Tenho uma longa história com esse barco , velejei com ele na Cidade do Cabo, o barco vem de lá, foi construído em Dubai, sei tudo sobre ele”, afirmou.
E ele tem muita experiência em grandes competições de Vela de Oceano. Já realizou uma vez a The Ocean Race, antiga Volvo Ocean Race, de volta ao mundo, entre 1997-1998 pelo Toshiba, barco americano de 60 pés, com tripulação de vários atletas espalhados pelo mundo. Já esteve na Americas Cup e por quatro vezes participou da Cape to Rio, com largada na Cidade do Cabo e chegada no Iate Clube do Rio de Janeiro, onde bateu o recorde com 7 dias 20 horas e 24 minutos no barco Love Water este ano (pelo tempo corrigido o vencedor foi o barco Mussulo 40, baseado em Ilhabela .
A Cape to Rio é uma das mais tradicionais e longas regatas de oceano do mundo. Ela completaria 50 anos em 2021, mas por conta da pandemia foi adiada para 2023 com o objetivo de colocar pelo menos 50 barcos na raia. Ken vem ajudando na divulgação da regata no Brasil.
“Para 2023 há uma expectativa de uma flotilha de 50 barcos talvez mais. Muitos anos atrás tínhamos cerca de 100 barcos na raia (129 em 1976), mas a última em 2020, tivemos 22. Para 2023 queremos mais barcos próprios vindos da Europa, EUA e Brasil. A regata acontece entre a The Ocean Race e grandes eventos do mundo, timing bom para vários barcos do mundo virem”, aponta o sul-africano que destaca o porquê da Cape to Rio ser uma das melhores regatas transoceânicas do mundo com cerca de 3 300 milhas náuticas navegadas.
“Alguém que queira fazer uma regata de oceano transoceânica talvez seja a melhor a se fazer pelas condições do tempo, a rota , a cidade onde se larga e onde se termina. É longa, mas não tão longa. Você vai beirando o trópico e o desafio não é o tanto de vencer o vento, mas sim os locais sem vento e onde achar . Você veleja em boas condições.Não existe tempo super ruim no Atlântico Sul. São ventos alísios, vento a favor de downwind, tempo mais quente, mas não tão quente, e um ambiente excelente. Chamamos de Champagne Sailing”, aponta Ken que destaca um paralelo que a Cape to Rio traz com os dias atuais de pandemia da Covid-19.
“Parte da navegação é a questão mental, o jogo mental. Por 15, 20 dias ter a atitude correta em sua cabeça. Em 2020 muita gente está trancada em casa por muito tempo pela pandemia com muita coisa a fazer, então na Cape to Rio é mais ou menos parecido, você fica no barco, e acaba aprendendo a lidar com situações muito facilmente. É um aprendizado para a vida toda.”
Ken acrescenta que disputar da Cape to Rio credencia o velejador e a tripulação, sejam amadores ou profissionais, a disputarem a Volta ao Mundo.
“Podemos comparar em dois níveis. Na perspectiva da regata que seria como velejar uma perna da The Ocean Race . Se você veleja nesse nível na Cape to Rio você tem o mesmo nível para estar na The Ocean Race. Se você é um amador é quer ter uma experiência similar da Volta ao Mundo, venha fazer a Cape to Rio, vai experimentar. E fica contigo a intensidade que vai colocar no barco, fica no cargo da tripulação”.
O barco Rudá/Blue Seal, da tripulação santista comandada por Martinez, terminou o Brasileiro IRC em quarto lugar e foi campeão no geral nas três etapas da Copa Suzuki ao longo do ano.
Mesmo ainda faltando mais de dois anos para a largada, a Cape to Rio 2023 já tem dois barcos inscritos e o barco brasileiro Minna, da comandante Elisa Mirow, se prepara para a disputa.
O Campeonato Brasileiro de Vela de Oceano em Ilhabela (SP) foi realizado durante os 20 anos da Copa Suzuki e teve a presença de cerca de 400 velejadores de todo o Brasil e barcos dos estados de SP, RJ, RS e ES.
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Robert Scheidt desembarcou em Portugal nesta quinta-feira (3) para um período de treinos e competição na classe Laser. É a chance de encerrar 2020 fazendo o que mais gosta, após um ano difícil, no qual a pandemia interrompeu boa parte da preparação e adiou o principal evento esportivo da temporada, a Olimpíada de Tóquio, transferida para o próximo ano, quando o velejador se tornará recordista brasileiro, com sete em participações nos Jogos.
Scheidt vai realizar a última etapa de preparação do ano em Vilamoura. Além de treinar, o bicampeão olímpico vai competir no 3rd Portugal Grand Prix – round 1, entre 8 a 12 de dezembro. “Espero que corra tudo bem. O objetivo é treinar contra os melhores da Europa e aproveitar o campeonato para ganhar ritmo. Este foi um ano totalmente atípico, no qual tive poucas chances de velejar e estou animado com a possibilidade de voltar a competir e terminar 2020 disputando regatas”, afirma o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios.
O bicampeão olímpico explica porque escolheu finalizar os treinos de 2020 na região do Algarve, no sul de Portugal. “Vilamoura é hoje um grande centro de treino de inverno em função da temperatura ser mais amena nos meses de inverno. Além disso, oferece boas condições de velejada, com mar aberto e ondas no oceano Atlântico. Com bom regime de ventos, os melhores atletas do continente costumam vir para a cidade nessa época do ano”, analisa Robert Scheidt.
O Portugal Grand Prix será a segunda competição de Scheidt desde o início da pandemia. Em setembro, o bicampeão olímpico conquistou o vice-campeonato italiano da classe Laser, em Follonica, na região da Toscana. O título não veio por apenas um ponto. Ele venceu a última regata do campeonato que reuniu 45 velejadores de oito países. Com isso, terminou com 12 pontos perdidos, enquanto o norte-americano Charlie Buckinghan, ficou em 11.
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A Garmin marcou presença no São Paulo Boat Show 2020, de 19 a 24 de novembro, por meio da Marine Group, distribuidora da marca no Brasil. Entre seus destaques para o evento, a empresa apresentou as cartas náuticas Bluechart G3 e G3 Vision, produtos nascidos da fusão entre a Garmin e a Navionics para levar aos usuários um alto nível de detalhamento em regiões onde a Navionics não tinha e a Bluechart tinha e vice-versa.
No evento, a Garmin disponibilizou dois modelos de carta: a Bluechart G3, que faz roteamento automático, mostra todas as zonas de cartografia, e parte de R$ 2 300; e a G3 Vision, que além de tudo o que a G3 possibilita, tem, ainda, as visões 3D, o mapeamento do fundo e o sombreamento avançado, custando a partir de R$ 2 700.
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Os velejadores franceses Kevin Escoffier e Jean Le Cam disputavam a regata mais difícil do mundo, a Vendée Globe, quando Escoffier teve seu barco dividido em dois por uma onda no Cabo da Boa Esperança, África do Sul. O acidente aconteceu na segunda-feira, 30, e depois de 11 horas à deriva em um bote salva-vidas, no litoral africano, o competidor foi resgatado por Le Cam, que desviou sua rota em socorro ao concorrente.
Kevin Escoffier
Os barcos participantes, que só podem ter um tripulante cada, devem percorrer 24 296 milhas náuticas para completar o percurso. Escoffier, de 40 anos, conta que “em quatro segundos, o barco mergulhou de frente e a proa dobrou a 90 graus. Eu entrei na cabine porque uma onda estava chegando. Tive tempo de enviar uma mensagem de texto antes que a onda fritasse o sistema elétrico. Foi uma loucura total”.
Kevin Escoffier antes do naufrágio
Ao receber a mensagem de socorro, os próprios organizadores notificaram Jean Le Cam para que fosse em missão de resgate, já que ele era o competidor mais próximo. Le Cam, de 61 anos, apesar de já ter feito contato visual e sonoro com Escoffier, precisou de várias tentativas até conseguir driblar os ventos fortes e grandes ondas até resgatar o náufrago. Eles tiveram êxito logo nas primeiras horas de terça-feira, 1, e Kevin Escoffier conta que não se assustou em momento algum.
“Eu disse a mim mesmo que ficaria de prontidão e esperaria pela luz do dia. Depois pensei que no escuro poderia ser mais fácil ver sua luz. Em um momento em que eu estava no convés, vi um clarão, mas na verdade era um reflexo que brilhava de uma onda. No entanto, quanto mais me aproximava da luz, mais eu a via. É incrível porque você passa do desespero para um momento irreal em um instante”, explica Le Cam.
Jean Le Cam já havia passado pela mesma situação, em 2009, depois de resistir a 16 horas em seu iate virado. No caso de Escoffier, os organizadores optaram por garantir o salvamento ao notificar mais três concorrentes do acidente. No entanto, todos eles foram liberados para retornar à corrida assim que Escoffier se encontrou em segurança. As horas perdidas serão deduzidas no tempo final de cada competidor.
Veleiro de Escoffier
“Estava escuro, as condições eram difíceis, mas finalmente o resultado foi quase um milagre. Não foi fácil pegar Kevin no meio da noite, Jean é um velejador extremamente experiente e sempre seguiu ao pé da letra nossas instruções. Tivemos muitas dúvidas, muitas opiniões diferentes. Tínhamos que ser positivos o tempo todo e acreditar nas coisas. Tivemos sorte, ela estava do nosso lado”, explica Jacques Caraes, o diretor da prova.
No vídeo abaixo, legendado em inglês, a Vendée Globe registra os relatos do resgate realizado por Jean Le Cam:
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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O Mediterrâneo é um dos melhores lugares para navegar na Europa. Águas azuis, costas fascinantes, pequenas vilas de pescadores e oportunidades em terra que envolvem arte e gastronomia fazem desta região um destino privilegiado. Mas, há também belos destinos tanto na Europa Ocidental quanto no Leste Europeu. Conheça alguns desses destinos:
Ilhas gregas
Céus azuis, águas claras, vilas totalmente brancas e tavernas à beira-mar: você está na Grécia. A melhor maneira de viajar por essas ilhas é de barco. Desembarque para ver as maravilhas antigas e deslumbre os novos portos que envolvem os conjuntos das ilhas gregas.
Barcos no antigo porto de Mykonos, Grécia
Ilha de Zakynthos
Açores, Portugal
São nove ilhas “jogadas” no Atlântico, a 1 500 quilômetros do continente, pequenas ilhas quase esquecidas na Corrente do Golfo, rodeadas de golfinhos e baleias. O meio de transporte até essas ilhas, em sua grande maioria, são barcos. Lá, as águas se juntam com a vida, enquanto em terra, há vulcões extintos e fontes termais para se banhar.
Praia Fajã Grande
Praia de Porto Pim
Devon, Inglaterra
O Sul da Inglaterra pode ter destinos náuticos surpreendentes no verão, e Devon é um dos melhores. A vela é a maneira perfeita de apreciar essas cidades costeiras e ribeirinhas repletas da história elisabetana.
Devon, Inglaterra
Sul de Devon
Sicília, Itália
A maior ilha do mediterrâneo, que fica próxima ao “dedo” da “bota” da Itália, é um dos lugares mais encantadores da Europa. É uma das regiões autônomas do país, e é rodeada de pequenas ilhas vulcânicas. Além de sua importância histórica, Sicília possui praias lindíssimas, e de ótimas navegação. Fora isso, a gastronomia é outro ponto forte, seguido, é claro, dos vinhos.
Isola Bella
San Vito Lo Capo
Costa da Dalmácia, Croácia
A Dalmácia abrange tanto territórios croatas quanto bósnios e é um prato cheio para quem ama navegar. Mar límpido, clima ameno de verão, aldeias pitorescas e cidades históricas – em outras palavras, é uma área de cruzeiro magnífica. Mais de 1000 ilhas pontilham a costa, fornecendo muitos ancoradouros e portos. O cenário em terra é lindo, desde altas montanhas até profundos desfiladeiros e cachoeiras.
Céus azuis, comida e vinho abundantes, pequenas cidades elegantes e lindas ilhas formam esta porção inspiradora do litoral sul italiano. Visite a Ilha de Capri, a Gruta Azul, Ischia, a espetacular costa de Amalfi, lugares lindos e ideais para diversão a bordo.
Vista panorâmica de Capri, com a Gruta Azul ao fundo
Costa de Amalfi
Bodrum, Turquia
Localizada na costa sudoeste da Turquia, que se estende até o mar Egeu, essa cidade é feita para a prática de vela. Além disso, a própria costa rochosa oferece inúmeras baías, portos protegidos e locais para mergulhar e nadar.
Bodrum, Turquia
Córsega, França
Uma ilha montanhosa no meio do mediterrâneo não deve ser tão atraente, certo? Errado. O “isolamento” de Córsega a manteve livre das hordas de turistas frenéticos e a deixou com um toque de atemporalidade. Existem pequenas vilas de pescadores e portos intocados intercalados ao longo de sua costa. Destino náutico “escondido” no meio do Mar Tirreno.
Veleiros e iates de luxo espalhados pelo arquipélago
Córsega, França
Baleares, Espanha
As ilhas de Maiorca, Ibiza e Formentera encontram-se no cruzamento das rotas marítimas do Mediterrâneo. Preservaram vestígios de muitas civilizações diferentes que desembarcaram em vários períodos no passado, como os mouros, bizantinos, gregos, romanos e cavaleiros franceses cruzados. Cercada de praias naturais e tranquilas, as Ilhas Baleares são um “point” náutico imperdível na Europa.
Entre lanchas e iates as Ilhas Baleares são ocupadas
Costa Azul, França
A Costa Azul (ou Riviera Francesa) é parte do litoral sul da França, no Mar Mediterrâneo, e corresponde à região de Provença. Muito champanhe e gastronomia refinada para quando o sol se pôr, mas antes, um passeio de iate por uma das costas mais bonitas da Europa, nada mal, não?
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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A AssoBRP, Associação Brasileira dos Concessionários Rodas e Náutica da BRP, divulgou seu apoio à 5ª edição da campanha Ação nas Areias, que visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida de comunidades que vivem isoladas no Ceará, Maranhão e Piauí.
Para este ano, o objetivo é arrecadar R$ 300 mil que serão usados para a aquisição de 1 mil kits de higiene, de materiais escolares, e de brinquedos, além de cestas básicas, assistindo cerca de 5 mil pessoas.
Além disso, os donativos também serão destinados a compra de 315 Bolsas Camelo, que permite a filtragem da água, tornando-a potável, pronta para o uso. Cada bolsa pode filtrar água para o consumo de até 5 famílias. O projeto da Bolsa Camelo foi desenvolvido na PUC-RJ e tem um custo de produção de aproximadamente R$ 300. O sistema de purificação é composto por uma mochila, um filtro portátil e um suporte de parede. Nas últimas semanas 30 unidades da bolsa filtrante foram entregues a algumas famílias.
“Alguns dos nossos associados já fazem parte dessa rede de auxílio à essas comunidades e, neste ano, a AssoBRP ampliou a participação da marca na Ação das Areias. Temos muito orgulho de contribuir com uma iniciativa tão relevante, que contribui para a melhoria de vida dessas comunidades carentes”, comentou Gerard Souza, Presidente da AssoBRP.
Sem estradas nas proximidades, a área onde vivem essas famílias é arenosa e de difícil acesso, até mesmo para veículos equipados com tração 4×4, limitando o desenvolvimento econômico e social da região. “Por isso, a Ação nas Areias funciona como uma expedição solidária que conta com a participação de veículos Can-Am nessa missão, desbravando essas regiões de grande contraste entre as belas paisagens e as dificuldades enfrentadas pelas comunidades”, diz o presidente da AssoBRP.
Para Fernando Alves, Country Manager BRP Brasil, ações como essa fazem parte dos valores da marca: “A BRP do Brasil e a AssoBRP compartilham valores importantes nessa relação da marca com as comunidades em que estamos inseridos, contribuindo positivamente para o seu desenvolvimento”.
As doações são recebidas por meio do Instituto Impacto, que organiza a Ação nas Areias.
Serviço
As contribuições para o Ação nas Areias podem ser feitas ao Instituto Impacto:
Banco do Brasil
Ag. 2727-8
C/C: 102193-1
CNPJ: 33.298.770/0001-11
Mais informações:
AssoBRP
Tel.: 11 5031-9334 ou (11) 98255-4210
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A Inovaleds é uma fabricante luzes de LED integradas ao mundo náutico, e chegou no São Paulo Boat Show 2020 com novidades. A empresa carioca, conhecida pelo seu trabalho com leds em embarcações, jets e piscinas, apresentou uma novidade no 23º salão náutico: o led bronze.
O novo produto é submergível, vem em duas cores — branca e azul — e possui 5 mil lumens. A diferença do carro chefe da empresa até agora (o Led Super Canhão), também submergível, é justamente a potência. Ele não possui a tecnologia RGB, um dispositivo que permite ao usuário mudar as cores com as luzes ligadas por controle remoto, presente no Super Canhão.
A empresa tem soluções de iluminação inteligentes para embarcações, jets e piscinas. Assim, essas inovações são adaptadas para as três opções, variando, inclusive, em tamanho. Nos leds de piscina, existe, ainda, uma tecnologia que permite instalar as luzes sem interferir na piscina já construída, já que as luzes são acopladas aos bocais de aspiração. Ele é rosqueado e não impede ou interfere na limpeza da piscina.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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“Obrigado amigos pela solidariedade. Me desculpem, mas não pude esperar mais. Cortei o mastro da Três Marias. Tinha que terminar a obra do museu. O mastro resistiu a todas as tempestades durante as três longas viagens de volta ao mundo sozinho, mas não resistiu à caneta do Iphan”.
Com essa mensagem, o velejador Aleixo Belov deu por encerrada sua aflitiva disputa com a Superintendência na Bahia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que não autorizou a instalação de uma gaiuta (claraboia) no teto do casarão em que ele está instalando o Museu do Mar de Salvador e que terá o Três Marias como atração principal.
Tombado pelo patrimônio histórico, o prédio no centro histórico da capital baiana tem pé-direito de 10 metros, altura insuficiente para abrigar o mastro de 13,20 metros do veleiro a bordo do qual Belov realizou as três primeiras de suas cinco voltas ao mundo.
Sabendo disso, o velejador consultou o Iphan sobre a possibilidade de manter uma abertura no teto do casarão, localizado no Largo Santo Antônio Além do Carmo. “Depois de permitir fazer a claraboia verbalmente, negaram por escrito”, lamentou Belov, que considera o corte do mastro uma mutilação. “Para um velejador, é quase tirar a alma!”.
Ao saber do impasse, NÁUTICA decidiu comprar a briga do velejador ucraniano de nascimento, baiano de coração, de 77 anos, 71 anos deles vividos em Salvador. Nem pensamos. Botamos a boca no mundo. Como pode, o Iphan, cuja missão é proteger e promover os bens culturais do país, sentenciar o Três Marias a perder parte de seu mastro?
Como resultado, Belov recebeu a solidariedade de dezenas de velejadores, que abraçaram a sua causa. Mas, premido pelo tempo — ele precisa terminar as obras do museu para inaugurá-lo no início de 2021 —, o próprio comandante do Três Marias decidiu fazer o corte, absorver o baque e tocar em frente. “Foi com dor no coração. A obra civil do museu está terminando. Esperei por um ano autorização para fazer uma claraboia. Não podia esperar mais”, diz, quase pedindo perdão.
“Como tem mais detalhes em cima e em baixo, cortei 3,5 metros no meio e emendei o primeiro e o terceiro pedaços”, explicou ele, acrescentando que deverá deixar pedaço cortado do mastro exposto no museu, ao lado do veleiro.
“Na semana que vem, vou ter que instalar o mastro com os estais cortados e as cruzetas relocadas no barco, que está dentro de uma escavação de 2,7 metros abaixo do piso, como se estivesse flutuando, com folga para se ver o casco todo”, complementou Belov.
Faltou bom senso por parte dos técnicos do Iphan. A solução deveria ser outra, construtiva e não destrutiva. Em países da Europa não faltam exemplos de como administrar essa situação. O mais eloquente está na cidade de Estocolmo, a memorável capital da Suécia: o Museu Vasa guarda o navio de guerra Vasa que naufragou em sua viagem inaugural em 1628. O detalhe que chama atenção é que os mastros do navio ficam expostos para cima do telhado.
O Três Marias é um veleiro m Bruce Robert de 36 pés. A primeira de suas três viagens de volta ao mundo foi iniciada em 16 de março de 1980, uma época em que não existia o GPS para navegação nem telefone global. A segunda, em 1986. A terceira, no ano 2000. O barco foi construído do zero pelo próprio velejador, no quintal de sua casa, na capital baiana, no fim dos anos 1970. O nome é uma homenagem à suas duas filhas Marias e à ex-mulher, Maria Belov.
Há cinco meses, o barco foi colocado no casarão onde o museu funcionará, no Centro Histórico de Salvador. Foi necessário um guindaste para erguer o veleiro, de 7,5 toneladas, e colocá-lo lá dentro.
No Museu do Mar de Salvador ficarão expostas diversas peças e conhecimento adquiridos durante as suas viagens (cartas náuticas, cronômetros, fotos dos lugares que visitou, búzios de todos os oceanos, objetos diversos e toda a sua biblioteca), além, é claro, do veleiro histórico com seu mastro mutilado.
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Um dos destaques da última edição do São Paulo Boat Show 2020, que aconteceu de 19 a 24 de novembro, foi a R300, do estaleiro paulista Lanchas Rossini. Baseada no casco desenhado pelo renomado projetista estadunidense Donald Aronow, esta lancha de 9,65 metros de comprimento foi projetada com foco na boa navegação.
De acordo com informações do estaleiro, conta com centro de gravidade baixo, casco longo e esguio, desenho de casco com “v” profundo da proa até o espelho de popa e baixo peso, visando um consumo de combustível mais baixo e melhor navegabilidade.
O cockpit da R300 é amplo e projetado para acomodar até 10 passageiros de dia, além de contar com espaço gourmet opcional e solário rebatível. Na cabine, uma cama de casal, uma cama de solteiro e um banheiro podem atender três pessoas em pernoite. Pode ser equipada com motor de centro-rabeta de 220 a 430 hp e seu valor parte dos R$ 298 mil.
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Em setembro de 2019, o MV Golden Ray, um navio de carga de 200 metros, naufragou em St. Simons Sound, perto do Porto de Brunswick, na Geórgia, nos Estados Unidos, com mais de quatro mil carros zero-quilômetro a bordo. Pouco mais de um ano depois, a equipe responsável por sua remoção finalmente concluiu o primeiro corte do cargueiro.
O “fatiamento” do navio começou no dia 6 de novembro, e a ideia é cortá-lo em oito partes. Toda essa operação é promovida por um guindaste flutuante, que corta o casco da embarcação em vários pedaços.
Como funciona o fatiamento – Imagem: Divulgação
Na medida que os cortes vão acontecendo, pedaços de metal e dos próprios carros vão caindo na água, mas os dejetos são recolhidos por uma equipe no local. A proa do cargueiro já se foi, agora, segundo as autoridades locais, os preparativos para o segundo corte já foram iniciados.
“Este é nosso primeiro grande marco na operação. Validamos o método geral de remoção enquanto continuamos a refinar nossas estratégias para aumentar a eficiência dos próximos seis cortes”, disse o Comandante Efren Lopez, Coordenador da Guarda Costeira dos EUA.
Apesar de toda operação ser friamente projetada e modelada, ela continua sendo altamente complexa e complicada, segundo o subcomandante Tom Wiker, da empresa Gallagher Marine Systems, que atua no local.
Os carros- Imagem: Departamento de Recursos Naturais da Georgia
Os carros também sofreram corrosão causada pelo contato prolongado com a água salgada. Havia carros da Kia e da Chevrolet, e o eventual destino desses automóveis era o Oriente Médio.
No entanto, suas peças, depois de retiradas do navio, serão enviadas para reciclagem em um estaleiro no Estado da Louisiana. A expectativa é que essa operação se alongue nos próximos dois meses.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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Obras de construção e requalificação estão em andamento em quatro marinas da Baía de Todos-os-Santos, maior baía de águas abrigadas do Brasil e uma das maiores do mundo – com 1223 km², 18 municípios, cerca de 50 ilhas, três pequenas baías e três bacias hidrográficas. O investimento é de aproximadamente R$ 63,7 milhões, com recursos do Prodetur.
Em Salinas da Margarida, no recôncavo sul, um antigo píer está dando lugar a uma grande e nova marina. Na Ilha de Itaparica, duas marinas estão sendo reformadas, uma delas em Cacha-Prego. Já em Salvador, a Marina da Penha, que estava abandonada, está sendo ampliada e completamente reconstruída. Nesta terça-feira, 1º, o secretário estadual do Turismo, Fausto Franco, fez uma visita técnica às obras na capital baiana.
“Estamos aqui na Marina da Penha, na Ribeira, que é uma das quatro marinas que estamos fazendo, junto com Itaparica, Salinas da Margarida e Cacha-Prego, além de diversos atracadouros. Isso vai dar uma nova dinâmica no turismo náutico do nosso estado, que é um vetor importante para o desenvolvimento da economia de todos os 18 municípios que servem à BTS. Isso vai impulsionar ainda mais o turismo e fazer isso de forma perene, durante o ano inteiro, não somente no verão”, disse Fausto.
O secretário afirmou ainda que estão sendo feitos diversos treinamentos e ações de conscientização com a população, incentivando para que eles se sintam pertencentes a esse projeto, desde pequenos artesanatos, até reparo de embarcações, de como montar uma pousada, um restaurante. Isto é, um impacto socioeconômico importante que visa dar uma guinada no turismo e na economia dos municípios que fazem parte da nossa querida Baía de Todos-os-Santos”.
O Museu Wanderley de Pinho e a revitalização do MAM são mais duas obras também do Governo do Estado. “Essas obras todas têm interligações não só para o turismo. A população também poderá ser transportada em barcos novos, seguros, modernos. Vamos ter uma nova dinâmica de transporte na BTS, como já foi no século passado, das pessoas chegarem em Salvador pelo mar de forma segura e muito mais agradável, vendo o Elevador Lacerda, o Mercado Modelo, a Igreja do Bonfim, o Farol da Barra, esses patrimônios do nosso estado”, ressaltou Fausto Franco.
Salinas da Margarida:
Salinas da Margarida nunca teve uma marina. Agora, a orla vai ganhar uma marina com 59 vagas secas, 60 vagas molhadas e posto de combustível, 12 lojas em área de intervenção total de 24 mil metros quadrados. As instalações incluem área de estar, café, lanchonete, banheiros, vestiários, administração, copa, quiosques com restaurantes e um módulo de serviços e estaleiro de manutenção. Outra edificação concentrará loja de conveniência e comércios e serviços voltados à demanda náutica e turística.
Itaparica:
Com investimento em torno de R$ 11 milhões, o projeto da marina do município de Itaparica contempla 36 vagas secas, 126 vagas molhadas e um posto de combustível, além de lojas e espaço para venda de alimentos e bebidas. O módulo é de marina flutuante. A área de intervenção total possui 4.744,03 metros quadrados. A marina costuma sediar muitas competições de vela e remo, além de passeios para Ilha dos Frades e Cacha-Prego.
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O São Paulo Boat Show encerrou na última semana na capital paulista com a venda de 215 embarcações. O estaleiro nacional Triton Yachts divulgou um crescimento de 40% no valor geral de vendas na edição deste ano da feira, em comparação com os resultados da sua participação no evento do ano anterior.
“Os brasileiros estão buscando embarcações cada vez maiores. Eles querem passar mais tempo no barco e aproveitar mais a experiência da navegação com a família. O reflexo foi percebido nesta feira, onde comercializamos um número menor de barcos, porém com um crescimento de vendas nas categorias com maiores dimensões, acima de 37 pés. O consumidor percebeu como a navegação pode oferecer muitas vantagens para o turismo”, explica Allan Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts.
Entre as lanchas mais procuradas, destacam-se os modelos com cabine para a pernoite a bordo, amplas áreas de lazer externas e de convivência. É o caso da Triton 470 FLY que visa unir conforto, espaço, design contemporâneo, tecnologia e acabamentos diferenciados. Tem capacidade para até 14 pessoas durante o dia e cinco em pernoite. Possui área de estar e jantar, cozinha e duas amplas suítes no interior, além de ambientes para convivência, refeições e relaxamento na área externa. Vem ainda com espaço gourmet com churrasqueira e pode ser equipada com plataforma de banho com acionamento elétrico, características que também conquistaram o público.
Durante os dias de feira, além da Triton 470 Fly, os visitantes tiveram a oportunidade de conferir de perto outros três modelos expostos pela marca, como a 250 Open. “Outro nicho importante de observar foram os interessados em embarcações menores, de entrada na marca. Um público que está ingressando no mercado náutico e que deseja comprar o seu primeiro modelo”, conclui Cechelero.
A Triton Yachts também expôs outros dois modelos de médio porte: a 300 Sport, com inovações no layout, e a 370 HT, um dos modelos mais vendidos pela marca no país.
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A Kapazi aproveitou o São Paulo Boat Show 2020, que aconteceu de 19 a 24 de novembro, para lançar o piso náutico Thermo Deck Comfort, que promete aliar a qualidade e durabilidade dos revestimentos tradicionais com uma base macia, permitindo um deslocamento mais confortável dentro da embarcação.
Projetado para atender um pedido dos navegadores que buscavam revestimentos mais macios para as embarcações, o Thermo Deck Comfort une a qualidade do piso teka sintética para barco, com a durabilidade do PVC e uma base em EVA, que garante a maciez. Com detalhes de acabamento, os frisos e as cores do produto podem ser personalizados de acordo com o interesse do consumidor.
Além de apresentar a inovação ao mercado, a Kapazi Náutica exibiu no evento novos padrões de cores da linha de EVA soft tech para jet e lanchas. Também foram apresentados produtos diversos e novos modelos para as áreas internas das embarcações, acessórios e revestimentos náuticos.
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Um veleiro com filmes solares no casco vem chamando atenção na Marina Itajaí. Nomeado de Nirvana IV (@nirvana_sail), a embarcação modelo RO 340 passou os últimos cinco meses sendo preparada para, quando totalmente finalizada, se jogar nas águas do Atlântico, navegar e construir sua própria história.
Seus 34 pés de comprimento (10 metros), somados aos 3,25 metros de boca e acoplado às placas com filme solar, dão um ar imponente ao veleiro construído pelo Skipper profissional Vanir Tiscoski, de 33 anos, natural de Florianópolis. Apesar de ser seu primeiro barco, Vanir se mostra confiante em seu projeto. “O Nirvana foi preparado e construído para que eu pudesse navegar sozinho, introduzir pessoas ao mundo da vela e fazer charter”, conta.
Nirvana IV navegando – Imagem: Vanir Tiscoski
Mas, por que Nirvana?
“Nirvana é um estado de ser. Vem do budismo. As pessoas só adquirem através das boas práticas, meditação, autoconhecimento e cultivo da paz. Conseguir o Nirvana é fazer desaparecer maus sentimentos. Quero poder levar isso para outras pessoas também, e que elas possam adquirir isso através da navegação. Está vinculado ao meu propósito de vida”, detalha.
Segundo Vanir, o Nirvana é o primeiro barco no mundo com a tecnologia OPV (do inglês, Organic Photovoltaics) para a geração de energia solar instalada no casco. E tudo começou há três anos, quando ele visitou a fábrica de filme fotovoltaico Sunew, em Belo Horizonte.
Placas solares ao longo do casco – Imagem: Vanir Tiscoski
“Tive a ideia de elaborar essa tecnologia. Parecia meio maluca, mas fomos evoluindo e instalamos em um Stand Up Paddle”, disse e fez. A “ideia maluca” foi validada, o Stand Up carregava o motor com a luz solar, e o mais importante: deu certo.
Portanto, com a ideia e o projeto mais sólidos, Vanir começou a trabalhar na embarcação do Nirvana quando só tinha o casco e o convés, depois fez hidráulica, elétrica, deck e móveis. Em seguida, passou a projetar e instalar os filmes no casco da embarcação. Um trabalho que envolveu laminador, engenheiro de materiais, eletricista, e pesquisas para que se tornasse uma solução sustentável, hidrodinâmica, segura e eficiente em geração de energia.
O interior do Nirvana é bem espaçoso. Além de dois camarotes, um na popa e um na proa, o veleiro tem um espaço interno de 18 m², o suficiente para acomodar até dez pessoas. Há também um banheiro logo atrás da mesa de navegação, além de uma cozinha, que apesar de não ter tantos utensílios, é essencial para longas navegações.
Parte social do interior do Nirvana
O benefício técnico da energia solar
De acordo com Vanir, o material produzido pela Sunew é orgânico e exige baixa demanda energética para ser produzido, além de emitir menos CO2. Ao todo, o sistema cobre uma área de 7,5 m². Apesar do projeto estar em fase de testes, é sabido que os filmes instalados geram em torno de 55 watts por metro quadrado.
“O barco já está na ativa, o sistema funciona e está 80% aprovado. Design, estética, aderência ao casco e produção de energia estão em ordem”, conta. No entanto, algumas dúvidas ainda perambulam na cabeça de Vanir, que ainda não sabe o quanto de energia é produzida e em quais situações.
Consequentemente, há dúvidas quanto a intensidade do sol, o reflexo da água, a energia produzida em dias nublados, com o barco navegando, adernado ou na marina. Além disso, há dúvidas quanto a durabilidade das placas a partir do contato com a água. Tudo isso ainda precisa ser testado, e só será possível saber quando o Nirvana IV cair de vez na água.
Em suma, a intenção é que o protótipo funcione e que essa tecnologia esteja mais presente. “Essa tecnologia sustentável busca dar autossuficiência energética nas embarcações, mantendo bom desempenho hidro e aerodinâmico. Assim que o protótipo for validado, buscamos disponibilizar essa tecnologia desenvolvida aqui no Brasil para o mundo, trazendo mais sustentabilidade para ao setor náutico”, finaliza.
Interior durante confecção
Camarote de proa
Camarote de popa
Cozinha
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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A Propspeed, empresa neozelandesa especialista na produção e comercialização de revestimento para hélices de barcos, aproveitou o 23º São Paulo Boat Show para lançar o Foulfree, produto que promete ajudar a promover a transmissão precisa do sinal subaquático.
O Foulfree é um anti-incrustante ecologicamente correto à base de silicone, não tóxico, utilizado para evitar a incidência de crescimentos marinhos (cracas) nos transdutores. A incrustação na face dos equipamentos pode reduzir a sensibilidade, diminuindo o retorno do eco. Isso prejudica a precisão com a qual o transdutor identifica a presença de peixes ao redor da embarcação.
O revestimento da Propspeed usa a tecnologia foul-release (auto-limpante), criando uma camada lisa de produto que impede a aderência de crescimento marinho; a durabilidade média do efeito é de 12 e 24 meses. Certificado pela Airmar, líder mundial em tecnologias de sensores ultrassônicos para aplicações marinhas e industriais, o Foulfree promete melhor desempenho sem causar efeitos adversos aos transdutores e sem prejudicar o ambiente marinho.
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Zimarine, marca fundada há 20 anos em São Paulo (onde possui sua fábrica), tem sua especialidade em “pisos em teca”, uma espécie de madeira. Nesse tempo em que está no mercado, a empresa vem atendendo aos principais estaleiros do Brasil e Estados Unidos.
Com opções em teca tanto para o interior quanto o exterior de embarcações, a empresa conta também com uma linha de acessórios e bancadas gourmet, além de produto especial para limpeza de teca.
A Zimarine chegou a 23ª edição do São Paulo Boat Show com um produto novo, o tampo de silicone com 100% teca. Produto que leva vantagem dos demais por ser muito duradouro, de acordo com seu fabricante, possuindo vida útil de mais de 80 anos sem nenhuma deformação na peça.
Sobre o produto destaque dessa edição, a empresa o faz totalmente sobre medida e por conta disso não possui um preço inicial já tabelado.
Por Amanda Ligório, sob supervisão do jornalista Maristella Pereira
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Por Tchello Brandão
A FF Marine com a presença de seu proprietário, Francisco Marrara Neto, apresentou o novo Fly Mormaii durante o São Paulo Boat Show 2020, que aconteceu pela primeira vez na água, tendo como palco a Raia Olímpica da USP.
A nova prancha de levitação aquática, também popularmente conhecida como “fly board” ou “hydro fly”, foi totalmente desenvolvida no Brasil e conta com os mais modernos recursos para o voo, tanto para prática recreativa como para os que se aventuram em grandes manobras.
Confeccionada em alumínio, braçadeiras em inox e mangueira de 18 metros emborrachada por dentro e por fora, a prancha promete resistência e durabilidade, além de pouca manutenção. Ela ainda possui um sistema que permite que os pés se movam independentes um do outro, o que possibilita mais manobras e um voo mais fácil.
O Fly é compatível com a maioria dos jets do mercado, bastando apenas desmontar a parte do direcionador e encaixando um kit que já vem pronto para cada modelo de jet. Também existe a possibilidade do uso de um engate rápido, caso o cliente queira andar com o jet sem ter que remontar o direcionador original.
Para usar o fly board, basta se equilibrar como em um skate parado, com a devida instrução, e em 5 minutos a pessoa voa em baixa altura, progredindo e subindo conforme a prática e confiança. É preciso uma profundidade mínima de 2 metros para que o equipamento seja utilizado. Existe um controle remoto via wireless pelo qual pode-se comandar sem ser necessário um piloto para o jet. Os profissionais, como no caso do Patrick Araújo, que se apresentou no Boat Show e roubou a cena com manobras ousadas, chegam a voar a uma média de 15 metros de altura.
O equipamento vem para popularizar o esporte, vendido por R$ 14 mil mais acessórios.
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Passeio ou corrida, qual jettem mais a sua cara?Paraquem acelera nas pistas, mas não abre mão dos passeios com os amigos (ou vice-versa), a escolha pode parecer uma decisão difícil. Para facilitá-la, a Sea Doo criou o RXP-X RS, um jetoriginalmente de performance (com motorde 300 hp ecasco desenhado para disputar corridas), mas quejá vem com um tanque de combustível de 70 litros (que permite ir mais longe, assim como o modelo GTX), sistema de som (imprescindível nos passeios) e banco de um lugar que pode facilmente ser substituído por um mais longo, para duas pessoas — na hora de correr, banco simples; na hora de passear, banco duplo.Uma combinação, enfim, tentadora.
Para apresentá-lo ao público, durante o São Paulo Boat Show 2020, a Bombardier escalou o piloto de automobilismo Nelsinho Piquet, que o acelerou na raia olímpica da USP. Ao final do teste, em depoimento a Guilherme Kodja,diretor técnico de Náutica, Nelsinho (que costuma andar de jetem expedições comandadas por seu pai, Nelson Piquet, como uma recente volta completa em torno da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis) deu suas impressões sobre oRXP-X RS.
“É um jetconfortável, estável, que faz curvas muito bem feitas eque acelera muito, ainda mais em uma água lisa, como essa. Você vira tudo e acelera. Acelera até o final da reta e vira. É preciso se segurar firme, para não cair fora dele”, contou Nelsinho. “Ao mesmo tempo, tem som (eu andei ouvindo música) e espaço para guardar muita coisa. Os jets de hoje têm muita tecnologia e conforto”, acrescentou o filho do tricampeão de F1.
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O mercado náutico acaba de ganhar um novo estaleiro: o AG Catamarans. Sob comando de Amilton Gutierrez que, desde 1981, já conta com a experiência de mais de 600 barcos construídos, a marca traz em seu portfólio o lançamento AG Cat Sail 48, um catamarã a vela com 14,6 metros de comprimento e 8 metros de boca, que será construído em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Criado pelo projetista argentino Alejandro Bottino, que participou de projetos como Wally 100 Alexia e Wally 130, o catamarã AG Cat Sail 48 será construído por infusão em compósito de fibra de vidro/carbono. “Dessa forma, o AG Cat Sail 48 será leve, resistente e oferecerá ótimo desempenho”, afirma Gutierrez.
O projeto apresenta ampla área envidraçada para possibilitar vista panorâmica do exterior e iluminação natural. Sua área externa contará com beach club que poderá ser montado na popa, com plataforma hidráulica; flybridge para até oito pessoas; e a proa, com um solário que poderá ser transformado em uma área de refeições mais informal, com uma mesa retrátil.
No interior, o salão principal terá uma cozinha que atenderá, também, à praça de popa. O catamarã contará, ainda, com opção de três ou quatro camarotes, com suítes e acomodações para o marinheiro.
A AG Catamarans pretende entregar a primeira unidade do AG Cat Sail 48 em abril de 2022, mas o novo estaleiro paulista já tem planos para expandir seu portfólio com um veleiro catamarã de 40 pés ainda em 2021.
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A Volvo Penta Inboard Performance System (IPS) é um exemplo de tecnologia que dá um passo confiante para aumentar a eficiência e reduzir as emissões, ao mesmo tempo que continua a melhorar o desempenho do produto. O IPS oferece capacidade de manobra e desempenho avançados, fácil manutenção e facilidade de manutenção, e é capaz de oferecer novos níveis de conforto a bordo. A empresa já vendeu 30 mil soluções Volvo Penta IPS em todos os setores marítimos e comemorou tal marca durante o último São Paulo Boat Show, que aconteceu de 19 a 24 de novembro, na Raia Olímpica da USP.
O Volvo Penta IPS foi uma revolução na tecnologia marítima quando foi lançado pela primeira vez no setor de lazer marítimo, em 2005. O design inovador e exclusivo do sistema tem hélices duplas contra-rotativas voltadas para a frente que ficam abaixo do casco para uma incrível ‘aderência’ de a água. Os drives IPS direcionáveis individualmente são vinculados à função de encaixe do joystick integrada. O joystick torna a atracação – considerada um dos aspectos mais estressantes da navegação – mais fácil. O Volvo Penta IPS oferece uma gama de benefícios que variam dependendo do tipo de instalação. Em comparação com as instalações de eixo interno tradicionais, a Volvo Penta IPS oferece:
A marca aproveitou para apresentar, ainda, o sistema Forward Drive, que tem hélices contrarrotantes, ou seja, elas ficam posicionadas para a proa do barco e não para a popa como nos sistemas de rabeta comuns.
A Volvo Penta FWD reduz significativamente o ruído, vibrações e praticamente elimina vapores no convés, uma vez que escape do motor fica debaixo do barco. Ele também oferece capacidade de resposta superior, aceleração, economia de combustível e versatilidade, permitindo uma variedade de atividades, incluindo wakesurfing e wakeboard.
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No estúdio flutuante de Náutica na raia olímpica da USP, durante o São Paulo Boat Show 2020, Guilherme Kodja,diretor técnico de Náutica, entrevistou o empresário Paulo Thadeu, presidente do Real Powerboats — estaleiro do Rio de Janeiro que já produziu mais de 12 mil lanchasem 34 anos de atividades e de cuja linha de produção saem atualmente 15 modelos de lanchas, de 22 a 60 pés, incluindo dois lançamentos: a Real 40 HT e a Real 40 Fly, que têm a mesma configuração de cabine e de cockpit; a diferença está na parte de cima:hard-top (teto solar) ou flybridge (a área mais aberta no topo do barco, que oferece uma visão panorâmica do mar).
Na conversa, o executivo da Real Powerboat disse que o Boat Show 2020 marcou a recuperação do mercado náutico, com números acima das expectativas. E comemorou a chegada ao setor de um novo público.“Os ventos voltaram a soprar a favor. E com muitos clientes novos. Em 25 anos que tenho de náutico, nunca vi um crescimento de novos clientes como neste ano. De 20 a 30% do total das vendas são para novos clientes”, destacou.
Ao mesmo tempo, segundo ele, aumentou a procura por barcos de tamanho médio para cima. “Neste o Boat Show, por incrível que pareça, as lanchas de 40 pés tiveram mais cotação do que a 22 pés, que é a nossa lancha de entrada, e do que a Real 330, que é a nossa campeã de vendas”. A explicação para isso talvez esteja na maturidade do setor. “Tem muita gente fazendo upgrade, pessoas que estão no terceiro ou quarto barco e que agora estão mudando de faixa de tamanho”, explicou Kodja.
“É verdade, mas não é só isso. Além dos critérios estéticos, o cliente está muito preocupado com o conforto e a funcionalidade”, observou Paulo Thadeu. “E aí, o fato de eu também ser navegador, e de passaros fins de semana em Angra dos Reis conversando com donos de barcos, me permite oferecer soluções práticas para o dia a dia a bordo”, disse ele.
“Por exemplo: a novas lanchas da Real têm tomadas USB e lixeiras embutidas espalhadas pelo no cockpit. Têm também petisqueira (uma pequena geleira rasa para ser usada como uma mesa de frios) e champanheira, que é uma geleira com fundo mais alto com encaixe para garrafas abertas, sem perigo do champanhe ou do Prosseco entornarem dentro do gelo”, acrescentou o executivo da Real Powerboats.
Quanto ao novo palco da exposição de barcos paulista, Paulo Thadeu foi só elogios. “Participei de todas as 23 edições do São Paulo Boat Show, e desta vez a sensação que temos é a de não estar em São Paulo. A energia foi outra, pelo fato de os barcos estarem dentro d’água. Aenergia da água mesmo faz com que a exposição seja diferente do que em um pavilhão fechado. Até a maneira de se vestir das pessoas foi diferente. Estava todo mundo com roupas mais descontraídas, sentindo-se mais à vontade”, avaliou o presidente da Real Powerboat. E concluiu: “O segredo de um vendedor é transportar o cliente para dentro do barco, no uso, no divertimento. Com o barco já dentro d’água, isso fica muto mais fácil”
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Encerramento da maior feira náutica da América Latina, realizada dentro das normas da vigilância sanitária, continua trazendo boas perspectivas econômicas e empregatícias para o setor
Após seis dias de evento, a 23º edição do São Paulo Boat Show terminou com saldo positivo. Mesmo diante de um ano atípico, sem precedentes e com menores números que ano anterior, a maior feira náutica da América Latina registrou boas perspectivas econômicas e na geração e manutenção de milhares de empregos para o setor.
Entre os dias 19 e 24 de novembro, respeitando todas as normas estipuladas por lei, pelo Plano SP e vigilância sanitária, o Boat Show recebeu aproximadamente 18 mil pessoas (até 1 990 pessoas simultaneamente) e movimentou R$ 155 milhões. Ao todo, foram comercializadas 215 embarcações e os negócios gerados na feira devem refletir pelos próximos três meses para os expositores e, consequentemente, para o segmento em geral. Isso inclui, principalmente, empregabilidade para os profissionais do setor, já que a cada nova embarcação vendida, a cadeia náutica emprega 5 pessoas diretamente e 3 indiretamente. Ou seja, a cada mil unidades construídas são 8 mil empregos diretos e indiretos, e 120 mil empregos em todo o Brasil, incluindo marinas, lojas, serviços e assistências técnicas.
Ao longo de seis dias, o Boat Show contou com a presença dos amantes de práticas náuticas, que vão desde atividades com canoas e pranchas até navegar em grandes embarcações. Neste ano, realizado pela primeira a céu aberto, na Raia do USP, o evento proporcionou aos visitantes diversas vivências na água, com mais de 1.000 pessoas experimentando atividades náuticas como caiaque, pedalinho, canoa havaiana e vela nas águas da universidade.
“Mesmo diante dos inúmeros desafios causados pela pandemia, sabemos que a feira é um dos principais pilares que fomentam o segmento náutico no país, girando a economia e empregando milhares de pessoas. Por isso, após a liberação dos órgãos governamentais, optamos por fazê-lo acontecer. Ao final, conseguimos levar a muitas pessoas, com segurança e responsabilidade, uma boa e inédita experiência”, comenta Ernani Paciornik, presidente do Boat Show.
O São Paulo Boat Show foi aprovado pela reitoria da USP, que recebeu um valor de aluguel da raia, melhorias na estrutura (balizamentos e troca de cabeamento) e preservação do espaço, além da doação de um barco de 18 pés, avaliado em 70 mil e 50% da renda do estacionamento do evento destinada à CEPEUSP.Com isso, somados esses investimentos, o Grupo Náutica, idealizador do evento, espera deixar um legado em torno de R$ 400 mil para a Raia da USP. Neste ano, feira ainda arrecadou mais de 100 mil reais para contribuir com a CUFA (Central Única das Favelas).
Sobre o Grupo Náutica
Com mais de 40 anos de atuação, o Grupo Náutica é a principal empresa relacionada ao fomento do setor náutico brasileiro, com frentes em comunicação, infraestrutura e eventos. O grupo é detentor da Revista Náutica, pioneira e líder absoluta; do Boat Show, maior evento náutico da América Latina, com edições em São Paulo e no Rio de Janeiro; da Metalu, uma das maiores construtoras de píeres do mundo; e da Ilha dos Coqueiros, espaço de eventos localizado na região da Costa Verde de Angra dos Reis, no RJ. É também iniciativa do Grupo Náutica as ações de responsabilidade social “Só Jogue na Água o que Peixe Pode Comer” e “Por Uma Cidade Navegável”, além dos principais guias de turismo náutico do país.
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O Três Marias, de 36 pés, é tão importante para Aleixo Belov — foi com esse veleiro que ele realizou as três primeiras de suas cinco voltas ao mundo — que o velejador, de 77 anos, decidiu eternizá-lo. Para isso, adquiriu um casarão histórico n e o transformou no Museu do Mar de Salvador, a ser inaugurado no início de 2021, no qual ficarão expostas diversas peças e conhecimento adquiridos durante as suas viagens (cartas náuticas, cronômetros, fotos dos lugares que visitou, búzios de todos os oceanos, objetos diversos e toda a sua biblioteca), além, é claro, do veleiro histórico, que foi construído pelo próprio Belov no quintal de sua casa, na capital baiana, no fim dos anos 1970.
“Cheguei à conclusão de que, se eu morresse, todo o meu acervo ficaria perdido. Estava com muito medo e quis fazer o museu para guardar todo o meu acervo. Se alguém um dia quiser aprender o que é preciso para fazer viagens como eu fiz, será muito mais fácil”, explica o velejador.
Há cinco meses, o barco foi colocado no casarão onde o museu funcionará, no Largo Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador. Foi necessário um guindaste para erguer o veleiro, de 7,5 toneladas, e colocá-lo dentro do museu. “Já está descansando”, comemorou Belov ao concluir a operação.
Porém, na hora de fechar aquela abertura no teto, o mastro armado não coube na nave (sobraram três metros). Para preservá-lo, seria necessário manter uma abertura no telhado. “Consultei a Superintendência do Iphan na Bahia sobre a possibilidade de atravessar uma claraboia no teto. Depois de permitir fazer a claraboia verbalmente, negaram por escrito”, lamenta o velejador.
E agora? Fazendo graça com a situação, o arquiteto e urbanista Lourenço Mueller, que preside a Fundação Aleixo Belov — que funciona como um centro de estudos, pesquisa, fomento e discussão de temas ligados à navegação em outro casarão histórico no centro de Salvador e responderá pela administração do museu do mar —, levantou uma polêmica:
“Mutila-se o barco em sua expressão fálica, cortando um pedaço do mastro, para caber no pé-direito, ou solicita-se à comissão que preside o museu permissão para atravessar uma claraboia?” Uma terceira hipótese seria manter o mastro intocado ao lado do veleiro. “Qual é a sua opinião?”, perguntou ele.
Era só uma brincadeira, pois Belov não quer nem ouvir falar em corte do mastro. “Seria uma mutilação”, protesta o velejador, que precisa terminar a obra para inaugurar o museu e torce pela uma mobilização dos velejadores em favor de sua causa.
“É preciso protestar contra esta ditadura. Como pode, uma arquiteta jovem, com poderes para mutilar o barco que deu três voltas ao mundo em solitário, uma preciosidade, um mito nacional”, diz ele, que lamenta ainda mais pelo fato de ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional caber justamente proteger e promover os bens culturais do País.
Criado em Salvador, cidade em que chegou quando tinha apenas 6 anos de idade, Belov considera-se meio ucraniano, meio baiano. Seus barcos em todas as suas cinco circum-navegações levaram a bandeira brasileira.
A primeira viagem do Três Marias foi iniciada em 16 de março de 1980, uma época em que não existia o GPS para navegação nem telefone global. A segunda, em 1986. O barco, um Bruce Robert de 36 pés e oito toneladas, foi construído do zero pelo próprio velejador. O nome é uma homenagem à suas duas filhas Marias e à ex-mulher, Maria Belov.
Agora, ancorado no piso do futuro Museu do Mar de Salvador (onde foi colocado para servir de inspiração a futuros velejadores), o barco precursor da saga de Belov em solitário pelos mares do mundo aguarda por uma efetiva proteção da Superintendência do Iphan na Bahia, por conta sua relevância histórica. E isso inclui a manutenção do velho mastro armado, com imponentes 13,20 metros de comprimento.
E vocês, o que acham? Vamos pressionar o Iphan para que autorize a instalação de uma gaiuta (claraboia) no museu? Vamos pegar está briga?
Antes da publicação desta matéria, Aleixo Belov nos pediu para fazer uma ressalva e um acréscimo. A correção é em relação à jovem arquiteta que teria exigido o corte do mastro do Três Marias: “A culpa não é dela e sim do seu chefe Bruno Tavares”. O adendo: “As casas do centro histórico de Salvador estão cheias de claraboias”.
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A partir desta terça-feira, dia 1º, Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino, dupla da classe Nacra 17 que representará o país nos Jogos de Tóquio, disputa a Copa Brasil de Vela na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
O evento, organizado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela ), contará com a participação de cerca de 200 atletas nas classes olímpicas, pan-americanas e vela jovem e será realizado na raia olímpica da Olimpíada de 2016 até domingo (06). Durante os treinos no RJ, Samuca e Gabi concentraram os treinos na mesma raia da competição, que será a primeira disputa do ano para a equipe.
“Estamos muito motivados, porque voltaremos a competir depois de um ano sem correr regatas. Neste tempo, pudemos investir no nosso aprimoramento técnico e tático, chegando para a competição bem afinados. Esse é um grande momento para a dupla”, afirma o timoneiro Samuel.
Samuel Albrecht, timoneiro, 39 anos, gaúcho de São Leopoldo e Gabriela Nicolino, proeira, 31 anos, fluminense de Niterói, são velejadores da classe Nacra 17, única classe mista da Vela. Será a primeira participação nos Jogos para a Gabi e é a terceira Olimpíada para o Samuca.
A dupla, além de ser atual campeã brasileira e sul-americana da Nacra, é medalhista de bronze da classe Nacra 17 dos Jogos Pan-americanos de Lima no Peru em 2019 e conta com o trabalho do treinador Paulo Roberto Ribeiro, técnico medalha de bronze na olimpíada de Pequim em 2008. A equipe conta com patrocínio da ENGIE Brasil e da Lojas Renner via Lei de Incentivo ao Esporte.
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Decisão do ministro Napoleão Nunes Maia, do Superior Tribunal de Justiça, anulou o embargo do Ibama em imóvel de 60 mil m² do estaleiro Schaefer Yachts em frente ao Rio Biguaçu, na cidade homônima, em Santa Catarina, onde seria construído um novo estaleiro.
Atuaram na defesa os advogados João José Ramos Schaefer e Nelson Schaefer Picanço. O relator destacou que a decisão do TRF-4 contrariou a prova dos autos e desconsiderou as perícias realizadas. Decisão transitada em julgado, ou seja, uma decisão da qual não se pode mais recorrer.
Vale lembrar que as obras da nova planta da Schaefer Yachts no terreno estavam embargadas desde 2010. A partir de agora, dez anos depois, com a decisão do Superior Tribunal de Justiça, o estaleiro catarinense poderá voltar ao plano original de usar o espaço para projetar e construir novos grandes projetos, já que o local fica em uma área de fácil acesso ao mar. O atual maior modelo da marca é o iate Schaefer 25 M, de 24,75 metros de comprimento. Com a vitória, barcos ainda maiores devem ser lançados em breve.
Em janeiro de 1881, há exatos 140 anos, a corveta Vital de Oliveira completava a primeira circum-navegação brasileira. Foi o primeiro navio incorporado pela Marinha Imperial do Brasil, e, partindo do Rio de Janeiro, visitou Lisboa, Gibraltar, Toulon, Malta, Port Said, Ismailia, Suez, Aden, Point des Galets, Singapura, Hong Kong, Nagasaki, Yokohama, San Francisco, Acapulco, Valparaiso, Port Otway, Punta Arenas e Montevideo.
A viagem durou 430 dias, sendo 268 de viagem e 162 nos portos, e percorreu 35 044 milhas. Além de completar a primeira volta ao mundo brasileira, a excursão tinha uma segunda missão: levar para a China a primeira missão diplomática brasileira que buscava trazer ao Brasil mão de obra chinesa, em substituição ao trabalho escravo.
Uma corveta, por definição, é um navio de guerra de porte médio, com boa mobilidade, movido a vela, de três mastros e com uma só bateria de canhões. A corveta Vital de Oliveira, de construção mista (casco de madeira e corpo de metal, movida a motor e a vela), tinha 66,66 m de comprimento, 11,22 m de boca e 4,15 m de calado. A propulsão auxiliar era um motor de 200 hp e atingia velocidade de 8,5 nós.
O navio era considerado um belo exemplar da nossa arquitetura naval, mas já contava com mais de doze anos de uso e não apresentava as condições ideais de navegação para enfrentar as fortes tempestades que acabaria encontrando pela frente.
Assim, surgiram muitos contratempos durante a travessia. Ao regressar ao Brasil, o barco se encontrava em péssimo estado, e a população, drasticamente reduzida. Seu casco foi mandado vender na administração do Dr. Antonio de Almeida, inicialmente em 24 de maio de 1883 e terminada em 6 de julho de 1884.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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A empresa brasileira Zigmo, que está há 5 anos no mercado, participou do São Paulo Boat Show 2020 apresentando os anodos de fabricação própria – a marca produz mais de 400 modelos do produto que tem a função de proteger as peças da embarcação contra a corrosão. Todos os anodos produzidos pela Zigmo são certificados pela norma ABNT.
A empresa conta, agora, com uma impressora 3D, que está sendo muito útil para customização de anodos, já que alguns barcos são diferenciados de todos os demais, otimizando assim, o tempo.
A Zigmo aponta seu diferencial para qualidade, com produtos específicos para cada tipo de água. Por exemplo, zinco para água salgada e magnésio para água doce, além de todas as peças serem fabricadas no país.
Por Amanda Ligório, sob supervisão do jornalista Maristella Pereira
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Com estande próprio e a presença do diretor e proprietário Carlos Borges, o Grupo Portobello apresentou os produtos e serviços que tornam seus empreendimentos referências para o segmento náutico na 23ª edição do São Paulo Boat Show, o maior evento náutico da América Latina, que aconteceu até 24 de novembro.
O portfólio de participação no evento incluiu os empreendimentos de Paraty, que contemplam a Marina, o Loteamento e a Pousada Porto Imperial, e os de Mangaratiba: Marina Portobello, Portobello Resort & Safári, além do condomínio, dos lotes de canal e da pista de pouso integrada à um píer privativo.
Entre os destaques do complexo em Mangaratiba, está a pista de pouso que atende ao projeto Fly Inn, utilizando asfalto ecológico com dimensões de 1270x30m. Com capacidade para operação de pouso e decolagem de aviões de até 45 lugares, o produto atende, também, à Marina Portobello, que dispõe de 40 vagas secas e vinte vagas molhadas para barcos de até 100 pés e 3 metros de calado na maré zero, e ao Portobello Resort & Safári.
A 23ª edição do São Paulo Boat Show foi realizada na Raia Olímpica da USP, oferecendo uma experiência única em um evento ao ar livre, paralelamente à marginal do Rio Pinheiros, no coração da maior cidade do país. O evento investe em todos os segmentos do mercado náutico brasileiro: luxo, lazer, mergulho, acessórios, inovações para navegação, entre outros.
A feira aconteceu dentro das normas estipuladas por lei, seguindo recomendações da Vigilância Sanitária e demais órgãos envolvidos, com protocolos de segurança que protejam a saúde e o bem-estar de todos os participantes.
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A empresa carioca Kelson’s levou ao São Paulo Boat Show sua linha de revestimentos desenvolvidos para estofamento náutico e, também, decoração externa.
A partir disso, pelos produtos possuírem ação antibacteriana, proporcionam facilidade para limpeza e, também, maior resistência e durabilidade — inclusive quando aplicados em áreas externas.
Para a feira deste ano, a marca, à pedido dos próprios estaleiros, apresentou como novidade uma nova gama de cores e de estampas diferenciadas, visto que anteriormente eram apenas estampas lisas.
Por Gustavo Baldassare, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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