Casal constrói casa flutuante e revela prós e contras de morar em lago
Dupla americana economizou nos custos da construção por ficar responsável pela maior parte do trabalho
Um casal decidiu montar uma moradia diferente na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ela flutua sobre o mar, mas não é um barco: trata-se de uma casa flutuante no lago. E o melhor de tudo: a residência levou dois meses para ficar pronta e custou “apenas” US$ 90 mil (cerca de R$ 447 mil, em conversão realizada em fevereiro de 2024).
Do aluguel à casa flutuante: conheça a história do jovem que pagou R$1,26 milhão em casa-barco no Canadá
Vida a bordo: britânica mostra como um narrowboat é sua casa flutuante nos Estados Unidos
Inscreva-se no Canal Náutica no Youtube
O valente casal que cumpriu essa missão foi Sarah Spiro, 27, e Brandon Jones, 40. Se hoje eles podem aproveitar da bela casa ao lado do cachorro Iko, é porque fizeram a maior parte do trabalho em dupla e economizaram nos custos da construção.
Como construíram uma casa flutuante?
Em bate-papo com o canal do YouTube Tiny House Giant Journey, o casal contou mais detalhes de como construíram a casa do zero na orla e terminaram na água. Como mencionado, Sarah e Brandon fizeram a maior parte do trabalho entre eles e pagaram o mínimo possível nos materiais, para economizar nos custos.
Um dos principais problemas, obviamente, seria a capacidade da casa se manter flutuante. Para cuidar disso, foram necessárias 24 horas de trabalho por dia — segundo eles — e quatro cordas de amarração em cada canto da estrutura até a terra firme.
Mesmo custando um valor considerável — financeira e fisicamente — , eles concordam que todo o processo e o resultado valeu a pena. Inclusive, Sarah diz que essa mudança melhorou drasticamente a qualidade de vida dela.
Adoramos ter acesso tão fácil à natureza ao nosso redor. Você realmente faz parte dessa natureza e está em sincronia com ela– Sarah Spiro
A casa flutuante no lago conta com uma sala de estar, uma cozinha, quarto principal, banheiro com lavanderia e um mezanino acessível através de uma escada, que funciona como quarto de hóspedes — embora nada impeça que o cachorro fique por lá.
Por falar no cachorro, Iko tem ainda 37 m² de espaço externo para aproveitar o deque — e tomar cuidado para não cair no lago. Entretanto, o cachorro já deve estar acostumado com casas exóticas, visto que o casal já morou numa cabana flutuante neste mesmo lago.
Gastos mensais da casa flutuante no lago
Com 33 m², as despesas mensais da casa flutuante no lago superam por pouco US$ 1 mil (quase R$ 5 mil). Os custos incluem bombeamentos da fossa séptica, gasolina para a máquina de lavar e dois botes, Starlink para conexão com a internet e um novo cilindro de propano.
Além disso, tem a taxa anual de amarração de US$ 5 mil (R$ 24 mil), no valor de US$ 416 (cerca de R$ 2 mil reais) por mês. Por um lado, o casal não paga eletricidade por contar com um painel de energia solar.
Para bancar esses custos, Brandon cuida do gerenciamento da Fontana Marina e Sarah trabalha de tempos em tempos como técnica florestal. Além disso, o casal complementa a renda com o dinheiro gerado nas redes sociais.
Nem tudo são flores
O casal não se arrepende em nada de ter construído uma casa flutuante. Entretanto, isso não impede que Sarah faça algumas postagens no Instagram sobre desvantagens em viver num lago. E uma das preocupações envolve o Iko — como era de se imaginar.
Sarah conta que as vezes é entediante “remar” com o cachorro até a praia para ir ao “banheiro”. Outra preocupação, segundo a mulher, é “deixar coisas cair no lago”. Ela diz que não importa o quão cuidadoso seja, ainda assim isso acontece de vez em quando.
Além disso, a manutenção da casa flutuante é mais uma desvantagem.
Definitivamente há mais manutenção envolvida em uma casa flutuante do que em uma casa normal. Qualquer coisa na água vai se deteriorar mais rapidamente– Sarah Spiro
E as dificuldades não param por aí. Sarah conta que não há serviço de entrega de comida disponível para a casa flutuante no lago e o casal não tem um endereço físico. A solução para este problema seria entregar as coisas na marina, mas nem sempre é possível.
Falando assim, parece que só há desvantagens. Mas o casal garante que a casa flutuante foi uma decisão acertada e que os prós compensam as dificuldades. Porém, a longo prazo, Sarah Spiro e Brandon Jones têm outros planos: pretendem passar “algumas décadas” navegando em alto-mar.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Equipamentos da tradicional marca japonesa prometem manutenção simples, com taxa abaixo de 3%
Dois grandes sucessos da marca atracarão no salão, de 28 de novembro a 1º de dezembro, no Lago de Itaipu
Espécie não era vista na costa de Washington desde 1970; um dos animais avistados é sobrevivente das capturas
Preparado em uma tradicional panela de barro, prato exclusivo é o carro-chefe do restaurante especializado em frutos do mar
Evento acontece em paralelo com o salão náutico, no dia 30 de novembro, no Iate Clube Lago de Itaipu