Só paraísos! Conheça os principais destinos entre Barra do Una e São Sebastião
Com lugares paradisíacos e ilhas pouquíssimas habitadas, confira os melhores roteiros do Litoral Norte de São Paulo
Os destinos entre Barra do Una e São Sebastião não são apenas os mais badalados do Litoral Norte de São Paulo, mas também do país. A empolgante sucessão de praias diferentes — cerca de 40 delas em pouco mais de 50 quilômetros — encanta a todos que conhecem ou conhecerão o local.
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É uma praia depois da outra, cada uma com seu estilo de vida — que, em alguns casos, já viraram pequenas cidades, como Juquehy e Boiçucanga. Além disso, a própria geografia das praias muda tanto que nem parece que fazem parte do mesmo litoral. Um trecho pequeno, mas absolutamente surpreendente.
Sendo assim, confira os principais roteiros e destinos entre a Barra do Una e São Sebastião!
As Ilhas – A Angra de São Sebastião
Apesar do nome no plural, “As Ilhas” são uma só. E se há um local para onde todos os barcos de São Sebastião e região vão é para esta linda ilha, que apesar de ser apenas uma é chamada de “As Ilhas”, no plural — embora não se trate de nenhum erro gramatical.
No passado, As Ilhas eram realmente duas, divididas por um filete d´água que cortava a praia. Hoje, isso não só desapareceu, unificando este naco de paraíso, como a praia cresceu. E segue aumentando, para delírio dos visitantes, mas deixando intrigados os pesquisadores — bom que cabe mais barcos.
Nas Ilhas, o mar é ainda mais verdinho, a areia branquinha, não há nenhuma casa à vista e, na parte de trás da principal praia, as ondas que estouram na costeira espirram para o alto, gerando um delicioso turbilhão, que vale por uma massagem em quem ficar do outro lado.
E o que é ainda melhor: a ilha fica quase colada ao continente e bem diante de Barra do Sahy, de onde partem barquinhos de caiçaras que levam os turistas até lá. Você nem precisa ter o seu próprio barco para aproveitar a ilha mais bonita do Litoral Norte paulista.
Barra do Una
Com água doce e salgada quase ao mesmo tempo, a Barra do Una tem uma praia diferente, e um visual arrebatador. Em formato de meia lua, o local conta com um rio escuro — porém limpíssimo — que oferece duas opções de banho aos banhistas, e praticamente no mesmo local.
Um dos principais destinos, Barra do Uma ainda tem um atrativo a mais para os donos de barcos: uma posição estratégica. Afinal, a praia fica na metade do caminho entre Bertioga e Ilhabela, e bem próximo às duas principais ilhas da região: Montão de Trigo e As Ilhas.
Além disso, o destino ainda permite passeios de caiaque ou pranchas de sup rio adentro, no sentido oposto ao do mar — numa tranquilidade raramente encontrada em praias mais movimentadas. O pôr do sol que avermelha o céu e a água são apenas a cereja do bolo.
Cambury
Não bastasse a beleza de suas duas praias, Cambury virou reduto da boa hospedagem e gastronomia. De tempos para cá, o local passou a rivalizar com Juquehy no quesito bem-bom da vida. Quase siamesa de Camburizinho, foram ganhando personalidade, e virou uma ótima opção de hospedagens e restaurantes.
Maresias
Em Maresias, o verão é sempre assim: praia cheia de dia e baladas lotadas à noite. Seja no mar de guarda-sóis do desencanado ou na pista de dança da icônica Sirena, a paisagem sempre embute muita gente. Os jovens se divertem tanto quanto os surfistas nas ondas perfeitas da linda praia.
Ilha dos Gatos
Talvez o nome mais curioso entre os destinos da Barra do Una e São Sebastião. Reza a lenda que, na década de 1950, o bilionário americano Nelson Rockfeller, que chegaria a ser vice-presidente dos Estados Unidos, passou a procurar um lugar para se abrigar no caso de um eventual conflito nuclear.
Segundo o folclore, Nelson Rockfeller escolheu — vejam só! — esta insólita ilha: a pequena Ilha dos Gatos, bem diante de Boiçucanga, que, por sua vez, na época, não passava de um povoado ignorado até pelos mapas. Porém, o local jamais pertenceu ao bilionário.
Mas a filha dele, Daisy Rockfeller, foi casada com o americano Richard Aldricht, que tinha negócios no Brasil, e foi para ele que o arquiteto Julian Penrose construiu uma grande casa, que, no entanto, pouco foi usada pelo casal — e jamais visitada pelo famoso sogro.
“O nome certo é ‘Ilha do Gato’, por causa do seu formato”, diz Caio Rodrigues Rego, de 60 anos, que foi caseiro original da ilha e até hoje passa mais tempo nela do que em Boiçucanga, porque gosta de ficar sozinho naquele pedaço de mata cercado de água por todos os lados, que ele chama de “paraíso”.
A ilha nada tem de misteriosa ou maldita, como o pessoal fala por aí. Pelo contrário, ela é linda– Caio Rodrigues Rego
Praias Bravas
Se há um nome de praia que aparece em qualquer canto é “Brava”. Praticamente, todo município litorâneo das regiões Sul e Sudeste tem uma. Pois São Sebastião tem duas: a Brava de Boiçucanga e a Brava de Guaecá — ambas lindas e preservadas, por estarem em áreas de difícil acesso.
É preciso não se importar com trilhas íngremes, estar com uma incontrolável vontade de conhecer uma praia linda ou apenas ser surfista para encarar a descida — e depois, a subida — até a Brava de Boiçucanga, considerada a mais bela deste trecho do litoral paulista e que, só por isso, vale o esforço.
Já quem vem pelo mar não sofre nada, e ainda tem o melhor visual destas duas praias com o verde intocado da Mata Atlântica ao fundo e que, a despeito do nome temeroso, nem sempre estão impraticáveis para os barcos. Muitas vezes, nem sequer “bravas” de fato.
A ilha dos Monteiros
Outro nome curioso entre os destinos da Barra do Una e São Sebastião. Curiosa não só pelo nome, mas também pelo formato — que lembra uma pirâmide — , a ilha “esconde” uma comunidade que vivem isoladas, com cerca de 40 pessoas, a cerca de dez quilômetros do continente.
Quem vive lá são os “Monteiros”, designação que parece sobrenome, mas que tem a ver “com os que vivem na Ilha do Montão”. São meia dúzia de famílias, quase todas descendentes dos sobreviventes de um antigo naufrágio de séculos atrás, e que vivem basicamente da pesca — já que não falta peixe por lá.
Embora não fique distante e seja bastante visitada pelos barcos de passeio, raríssimos são os visitantes que desembarcam na ilha. Afinal, lá não há praias e não tem como fazer isso sem passar algum susto no seu “portinho” — que não passa de uma série de troncos de água.
Em compensação, a parte de dentro da ilha é bem abrigada dos ventos e muito útil quando o mar vira ou para o pernoite de veleiros, que, por causa do maior calado, não conseguem entrar em nenhuma marina deste trecho do litoral. Para eles, o Montão é sempre a solução. E uma ótima opção.
Juquehy
Juquehy é uma espécie de capital deste trecho do litoral. Mas seu crescimento não aconteceu por acaso, já que surfistas, famílias, casais, adultos ou crianças gostam de lá. Sua deliciosa piscina natural, que ora está verde, ora azul — mas sempre limpíssimo — é um dos motivos.
Essa foi a primeira praia deste trecho do litoral a ser urbanizada, a ganhar bonitas casas, hotéis confortáveis, lojas de grifes, restaurantes de qualidade, frequentadores endinheirados e assumir ares de cidade, como uma espécie de sucursal praiana de São Paulo.
São Sebastião
Uma das grandes virtudes do trecho do litoral de São Sebastião é que, nele, o mar e a estrada correm lado a lado. É muito prático — e lindo! — , especialmente para quem vem de carro, já que as praias vão desfilando diante dos olhos. De Boracéia em diante, a estrada fica ainda mais bonita — pela proximidade do mar.
Mas o trecho mais cinematográfico é o que antecede a chegada a São Sebastião, após Toque-Toque Pequeno, onde uma serrinha cheia de curvas permite vistas deslumbrantes de praias e ilhas. Porém, ali não se pode parar nem estacionar. O caminho só pode ser feito a pé.
O maior tesouro do litoral
A ilha principal do arquipélago dos Alcatrazes é um magnífico maciço de rocha, com paredões que descem quase na vertical até o mar e cujo ponto mais alto passa dos 300 metros de altura — equivalente a um hipotético prédio de 100 andares.
Tem, também, muitas partes revestidas com o verde de árvores e palmeiras coalhadas de ninhos e filhotes, já que também abriga o maior berçário de aves marinhas da região Sudeste do país, com uma população estimada de 20.000 fragatas, atobás e outras tantas mais.
Quem se emociona com a simples visão de uma gaivota no mar custa a acreditar que possa haver tantas aves marinhas juntas, num só lugar — e tão pertinho assim do trecho mais movimentado do litoral paulista, já que o arquipélago fica a menos de uma hora de lancha de Barra do Una, por exemplo.
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