Recife artificial está ajudando a recuperar a vida marinha nos Estados Unidos; entenda
Localizado na costa do Texas, Rio Grande Valley está capturando carbono e abriga uma variedade de peixes
Formada por diversas embarcações afundadas, blocos de concreto e cerca de 11 quilômetros de trilhos de trem doados por uma ferroviária, o Rio Grande Valley — ou recife RGV — parece ser especial. Segundo pesquisadores, a estrutura artificial está capturando carbono.
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Fundamental para a sustentabilidade ambiental, o carbono encontrado ainda não foi o suficiente para concluir a quantidade exata e o impacto significativo dele. Porém, caso os resultados forem comprobatórios, isso poderá abrir caminho para a construção de mais recifes artificiais.
Localizado a 20 quilômetros da costa do Texas, nos Estados Unidos, o recife é uma estrutura composta por 76 milhões de toneladas de material — todas fabricadas pelo ser humano. Com quase 668 hectares, o local submerso se tornou, há 12 meses, fonte de pesquisa da Universidade do Texas do Rio Grande Valley.
Além de auxiliar na conservação e atuar como barreiras naturais contra e erosão costeira, os recifes artificias têm sido exaltados por seu potencial em aumentar a população de peixes, pois restauram habitats naturais que foram perdidos devido às mudanças climáticas.
Nem sempre foi assim
Segundo Curtis Hayungs, diretor da organização sem fins lucrativos Friends of RGV Reef, “não havia um único peixe à vista” quando sua equipe afundou o primeiro barco, ainda em 2015. Contudo, passados dois dias após o naufrágio, ele se viu gravando “milhares de peixes de 15 a 20 espécies diferentes”.
O tempo passou e, oito anos após seu início, a área se transformou em um ecossistema próspero, que abriga mais de 100 espécies de peixes e 300 mil pargos em apenas um dos diversos micro-habitats dentro do recife. Mas afinal, como existe carbono neste recife artificial?
Entenda como aconteceu
Não é todo dia que uma estrutura artificial captura CO2. Por isso, é importante compreender o papel que as espécies marinhas desempenham no ciclo do carbono. Assim como plantas e árvores os capturam pela fotossíntese e armazenam em sua biomassa, os peixes também o fazem.
Já que os peixes armazenam o carbono em seus tecidos, tecnicamente, o ciclo do CO2 existiria mesmo sem recifes. Mas como destaca Richard Kline, professor de ciências ambientais e marinhas na Universidade do Texas no Rio Grande Valley, eles precisam de um habitat para crescerem.
Os recifes artificias não atuam na captura, mas proporcionam um habitat fundamental aos anfitriões — já que podiam morrer de fome em águas abertas ou serem vítimas de predadores. Pode-se quiser que, quanto mais estruturas dessas existirem, mais peixes atrairão — logo, mais carbono será capturado.
Se puderem reter mais carbono, isso poderá nos ajudar a criar mais recifes e convencer as pessoas de que eles são realmente importantes– Richard Kline
Caso tenha pressa para os resultados conclusivos deste estudo, saiba que eles só estarão disponíveis daqui um ano. Mas nos resta esperar, pois se até no lixão nasce flor, o que impede que mais vida habite o fundo do mar?
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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