Hotéis apostam em superiates de luxo com viagens de mais de R$ 500 mil
Redes consolidadas entre público milionário criaram experiências exclusivas no mar, incluindo iates a vela


Luxuosas redes de resorts, referência entre o público milionário, decidiram unir o melhor das vivências terrestres com a exclusividade em alto-mar. O resultado: experiências hoteleiras em superiates ultrassofisticados, com modelos a vela e preços de cair o queixo — uma viagem de apenas sete dias pode facilmente ultrapassar meio milhão de reais.
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Dentre os grupos que agora apostam em cruzeiros de alto padrão estão o Four Seasons, Ritz-Carlton, Orient Express e Aman. Para justificar o preço, as empresas tentam ir além do convencional e ofertar serviços únicos, que vão de destinos paradisíacos a ambientes com spa e lojas de grife. E, claro, sem navios lotados — como costumam ser as viagens de cruzeiro comuns.


O superiate do hotel Aman, por exemplo, conta com 14 tripulantes para cuidar de apenas dez hóspedes. As expedições, feitas na embarcação a vela, passam por belas ilhas e locais protegidos pela Unesco.
Quem busca algo menos aventureiro também não fica na mão. O Evrima, do hotel Ritz-Carlton, tem spa, terraço privativo, adega e até uma marina.
Dentre as acomodações, há a possibilidade de se hospedar em uma suíte de 330 m², com banheira de hidromassagem. Uma viagem de oito dias saindo de Porto Rico, com escala no Caribe, custa a partir de US$ 7 mil por pessoa — cerca de R$ 35 mil (conversão feita em março de 2024).
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Embora ainda esteja em construção, a embarcação do hotel Four Seasons promete 95 suítes, terraços de até 457 m² e piscina de água salgada projetada para ser esvaziada rapidamente, de forma que um piso se eleve e a converta em um espaço de eventos.


Hotéis com superiates a vela
O Amandira, da Aman, garante uma experiência exclusiva a apenas dez hóspedes por vez, a bordo de um superiate de 170 pés. A tripulação inclui dois chefs, um mestre de mergulho e um massoterapeuta.




Inspirada nos antigos veleiros tradicionais da Indonésia, a embarcação de dois mastros foi construída à mão por artesãos Konjo, a partir de madeiras nobres. Conforme descrito no site, homenageia séculos de tradição marítima.
Com a possibilidade de viajar a vela ou a motor, o Amandira explora as ilhas remotas do Mar das Flores, na Indonésia, o Parque Nacional de Komodo, protegido pela Unesco, e a vida marinha de Raja Ampat, ficando a cargo do viajante a escolha do destino. Os fretamentos de sete dias custam, na versão mais básica, a partir de US$ 100 mil, equivalentes a cerca de R$ 498 mil. Ou seja, é possível que um cruzeiro no Amandira saia por mais de meio milhão de reais.
Quem também investiu em visuais a vela foi a Accor, sob a marca Orient Express. Serão dois navios, com estreias previstas para 2026 e 2027. Segundo o jornal britânico Daily Mail, um porta-voz afirma que “os navios serão mais exclusivos do que o Evrima do Ritz-Carlton e cobrarão o dobro das tarifas”.
O primeiro deles é o Orient Express Silenseas, que deve se tornar o maior navio a vela do mundo, com impressionantes 220 metros, três peças e mastros inclináveis. A estrutura incluirá duas piscinas, estúdio de gravação privado, sessões de meditação, spa, anfiteatro e suíte presencial de 900 m².




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