Fruto da colaboração entre grandes estaleiros holandeses, o Aquijo era tido, em 2018, como o maior ketch do mundo, com 86 metros. Um ketch é um tipo de veleiro com dois mastros: um mastro principal e um mastro de mezena, menor. As empresas envolvidas são a Vitters e a Oceanco, que, posteriormente, incluíram a Tripp Design.

Conforto e velocidade: esses eram os dois requisitos no briefing do design da embarcação. A construção, que aconteceu em Alblasserdam (com acesso direto ao mar) incluiu um casco inteiro de aço, de alta resistência, leve e totalmente otimizado.

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Seu tamanho até dificultou o manejamento do peso, mas as incontáveis inovações solucionaram quaisquer dificuldades possíveis: guinchos personalizados de 40 toneladas com velocidade ajustável da linha permitem o manuseio da vela em condições de vento variáveis; um sistema de âncora submarino exclusivo, com dois pesos de âncora definidos em locais otimizados, melhoram a navegação; e o sistema de direção desenvolvido internamente traduz a força hidrodinâmica nas lâminas do leme de fibra de carbono — para os maiores lemes de carbono de todos os tempos — diretamente nos volantes do flybridge, fornecendo ao timoneiro um feedback imediato.

A direção promete extremamente sensível para permitir que Aquijo atue como uma embarcação à vela muito menor.

O design externo e o layout foram influenciados pela necessidade de reduzir o vento e manter o centro de gravidade baixo. O Aquijo começou com 85 metros, mas foi ampliado no início da construção para melhorar as proporções da área do clube de praia, e garantir a instalação de uma plataforma de embarque melhor.

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O resultado foi um convés do proprietário de alta qualidade, com quarto voltado para a traseira da embarcação e vista de 270 graus. Esse andar foi alocado de forma que o ketch não parecesse muito alto, com o flybridge nivelada no topo e à frente da área do proprietário (ele fica meio convés acima do andar do proprietário).

A sala de máquinas foge do padrão “apertado e desordenado” de um veleiro, de acordo com o estaleiro, propondo espaços técnicos magistrais. Assim, ele se expande a partir do centro e percorre todo o comprimento da embarcação por baixo do alojamento, permitindo que as máquinas, as tendas e a arrumação sejam uniformemente espaçadas e pesadas.

O convés superior é a principal atração diurna do Aquijo: “Quando o vento está forte, você pode até usar a jacuzzi durante a navegação”, diz o proprietário. “No crepúsculo, há três bares onde gosto de tomar uma bebida: um no convés do proprietário, um no flybridge envolvendo a banheira de hidromassagem e um no grande convés principal”.

O design interior foi assinado pelo estúdio Dölker + Voges. O objetivo de todo o projeto, nessa porção, era equilibrar a essência de um pequeno veleiro com os luxos de um iate a motor. Ele é “contemporâneo e elegante, mas fresco e natural”, nas palavras de Robert Voges.

Um dos quesitos abordados pelos designers foi o layout que conecta áreas públicas e privadas. O intuito era uma conseguir uma criação eficiente de espaços polivalentes. Isso pode ser visto no convés principal, onde as áreas de estar do salão e do convés traseiro se fundem, com um bar central abrangendo os dois espaços.

As configurações de camarotes de hóspedes podem ser alteradas, incluindo desde suítes camarotes simples. O que é invariável é o clube de praia, acessível a todos os convidados no convés inferior. Ele coexiste com a área de spa em perfeita harmonia, onde também encontra-se uma piscina naturalmente iluminada por uma claraboia, fruto de um piso de vidro no andar acima.

Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.

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