Navios da Marinha atracam no Rio, após operação na Antártica
Após cinco meses dando suporte ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), no continente antártico, duas embarcações da Marinha brasileira retornam ao Rio de Janeiro: o navio polar Almirante Maximiano — o “Tio Max”, como é conhecido por sua tripulação — e o navio de apoio oceanográfico Ary Rongel (o “Gigante Vermelho”).
A missão fez parte da Operantar 39, operação iniciada em 1982 e tida como uma das mais complexas e extensas realizadas pela Marinha do Brasil. “A Operação Antártica envolve um planejamento minucioso, para garantir a presença brasileira no continente antártico e assegurar a participação do Brasil nos processos decisórios relativos ao futuro daquele continente, sendo uma parte imprescindível do Programa Antártico Brasileiro (Proantar)”, informa a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha.
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“O Proantar é um programa relevante para o Brasil em virtude do papel da Antártica nos sistemas naturais globais, agindo como principal regulador térmico do planeta, controlando as circulações atmosféricas e oceânicas e influenciando o clima e as condições de vida na Terra”, destacou a DHN.
O “Tio Max” atracou no Rio de Janeiro neste domingo, dia 28. Na segunda-feira, 29, foi a vez do Ary Rongel. Durante a Operação, os dois navios contribuíram para o apoio logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), principalmente, no que tange ao transporte de materiais e abastecimento de óleo diesel, além de terem realizado levantamentos hidrográficos, visando a construção e a atualização de cartas náuticas que contribuem para a segurança da navegação naquela região.
Ao completar a 39ª Operantar — mesmo nesse cenário desafiador imposto pela pandemia da Covid-19 —, o Brasil renova o compromisso de se manter na Antártica, sustentando os acordos assumidos pelo país no Tratado da Antártica (1959).
A decisão de criar um Programa Antártico partiu do Almirante Maximiano da Fonseca, ministro da Marinha de 1979 a 1984. Daí o seu nome, hoje, estar no casco do maior e mais moderno navio polar do Brasil (93 m de comprimento).
A primeira Operação Antártica (Operantar 1) foi montada em 1982, com a participação do Navio de Apoio Oceanográfico “Barão de Teffé” e do Navio Oceanográfico “Professor Besnard”, da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo da missão era identificar um local para implantar uma estação brasileira permanente, condição para o país tornar-se membro do Tratado Antártico. O local escolhido foi a baía do Almirantado, na altura do paralelo 620
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Destruída por um incêndio em 2012, a Estação Antártica Comandante Ferraz foi reinaugurada em janeiro de 2020 com o mesmo nome, ao custo de US$ 100 milhões de dólares, no mesmo endereço da antecessora — a ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica. O prédio principal, com 4.500 m² e 18 laboratórios, pode abrigar 64 pesquisadores.
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