Leonardo Chiavazzoli, proprietário da Lanchas Coral, é o convidado da vez no Loucos por Barcos. No bate-papo com Guilherme Kodja, o empresário conta que a empresa tem se dedicado a conquistar a certificação de seus produtos e da fábrica e comemora a segunda leva de barcos exportados para os Estados Unidos.
O estaleiro carioca, que tem 30 anos de mercado, começou suas exportações em 2022. Leonardo conta que três lanchas de 26 pés e uma de 33 pés já tiveram a Flórida como destino.
O empresário revela ainda que a Coral já possui uma programação para entregas de mais barcos para o mercado norte-americano. Confira abaixo a entrevista completa em vídeo:
Morador há mais de 20 anos da Ilha Grande — a maior da baía de Angra dos Reis, no Rio —, o mangaratibense Jota Barros conhece como poucos todos os cantinhos e segredos que esse aclamado paraíso náutico fluminense tem para oferecer para os navegadores.
Dos pequenos vilarejos a baías tranquilas; das enseadas escondidinhas a praias de ilhas exuberantes; das pousadas aos restaurantes à beira-mar.
A melhor maneira de conhecer a região é de barco – Jota Barros
Jota — batizado de Jorge — navega pelo menos uma vez por dia por Angra, alternando entre passeios turísticos de barco e passeios com a família — a mulher, Aline Resende, e o filho, o pequeno Joaquim.
“Angra e Ilha Grande têm lugares mágicos, de águas calmas e cores variando entre o azul e o verde, rodeados pela Mata Atlântica. O único problema é que, quando você acha que encontrou a praia mais bonita, logo surge outra ainda melhor”, brinca Jota Barros, que já perdeu a conta de quantas horas navegadas na ilha tem registrado.
Por consequência da sua reconhecida atuação de revelar, em fotos e vídeos nas redes sociais, os segredos de navegação das águas de Angra, Jota conquistou respeito e popularidade na Internet, com mais de 150 mil seguidores.
A partir de agora, ao entrar para o time Influenciadores NÁUTICA, Jota Barros compartilhará conhecimento e a paixão náutica, a fim de levar informações e seus melhores momentos por meio das redes sociais de Náutica e das contas @jotabarrosig, @barcomanguesecoig e @lanchasilhagrande. Bem-vindo ao time, Jota!
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Considerada a maior regata transoceânica do mundo, a The Ocean Race vai ter a largada no próximo dia 15 de janeiro, na cidade espanhola de Alicante. A competição de volta ao mundo na vela terá a cidade de Itajaí (SC), cidade referência náutica no Brasil, como uma das paradas.
Esta é a quarta vez que Itajaí recebe os competidores deste evento. Neste ano, a etapa que vem ao Brasil quebrará um recorde de distância: será a mais longa distância percorrida em uma única etapa, considerando os 50 anos do evento. Serão 12.750 milhas náuticas da Cidade do Cabo ao litoral catarinense, cruzando os oceanos Índico e Pacífico, para depois retornar ao Atlântico.
A estimativa é de que os velejadores levem por volta de um mês navegando entre a Cidade do Cabo e Itajaí.
E pela primeira vez em todos seus anos, a The Ocean Race receberá duas classes diferentes de embarcação. A IMOCA possui barcos de alto rendimento e além de disputarem o grande troféu do evento, farão a volta ao mundo.
Já os da VO65 navegarão apenas pela Europa, em um trecho mais curto. Contudo, mesmo em um espaço menor, a regata terá uma disputa mais acirrada.
No último sábado (7), a área que recebe os visitantes em Alicante foi aberta. Já no domingo (8), a In-Port Race reuniu os velejadores de cinco barcos da Classe IMOCA – categoria que terá a parada em Itajaí.
Outros seis barcos da Classe VO65 estarão na competição iniciada em Alicante, mas farão apenas o circuito europeu. No final desta semana, será dada a largada oficial dos velejadores partindo da Espanha até Cabo Verde, no continente africano.
Chegada em Itajaí
Para receber a The Ocean Race, a Marina Itajaí realizou investimentos pesados em infraestrutura e logística não apenas para atender as equipes que participam da corrida — que contarão com uma grande Race Village, com todo o aparato para se prepararem para as próximas etapas da competição — como para receber os turistas e apaixonados em geral por este esporte.
A movimentação na Marina Itajaí acontecerá entre os dias 29 de março e 23 de abril. A previsão de chegada dos velejadores em Itajaí é 1 de abril. Já no dia 21 do mesmo mês, eles farão a In-Port Race e em 23 de abril as embarcações partem para New Port, nos Estados Unidos.
Diversas atividades de lazer para todos os públicos, com entrada gratuita serão disponibilizados na Vila da Regata brasileira. Também são esperados atrações culturais, simuladores, brinquedos, e palestras, entre outras atividades no local.
Para o prefeito Volnei Morastoni, a realização de mais essa etapa da The Ocean Race consolida a cidade como polo náutico do Brasil, fortalecendo a economia do mar e o turismo de toda a região.
É um evento que leva o nome de Santa Catarina e do Brasil para o pódio mundial – Volnei Morastoni, prefeito de Itajaí
Pesaram a favor da escolha de Itajaí o sucesso das últimas edições, em 2012, 2015 e 2018, além do carinho dos catarinenses com os velejadores e a boa organização daquelas etapas — na edição passada, Itajaí recebeu o título simbólico de a mais receptiva entre todas as etapas da The Ocean Race.
Conheça o percurso da The Ocean Race
O ponto de partida da The Ocean Race é em Alicante, em 15 de janeiro e com previsão de chegar a Cabo Verde no dia 19 de janeiro. Outras paradas serão realizadas em Cidade do Cabo (África), Itajaí, New Port (EUA), Aarhus (Dinamarca), Haia (Holanda), seguindo para Genova (Itália), local da grande final.
A previsão é que a final da disputa aconteça em 25 de junho. Para conferir mais informações acerca das paradas e de todo o evento, acesse o site oficial da The Ocean Race.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
A empresa russa Baikal Yachts Group apresentou ao público seus novos projetos: dois megaiates de 86 metros. O mais curioso dessa história é que ambos serão entregues para um mesmo cliente.
As duas embarcações tem cerca de 282 pés e algumas pequenas diferenças no quesito conforto.
Os Baikal 86 Explorer e Baikal 86 Expedition são totalmente equipados para suas respectivas funções, ou seja, o modelo Explorer é capaz de navegar com muito conforto pelas águas das latitudes sul do mundo. Já o megaiate Expedition tem sua proposta voltada para a navegação nas latitudes norte.
A estrutura dos dois é toda feita de alumínio e tanto o posto de controle quanto o espaço do proprietário estão em lugares parecidos. Outras similaridades são os desenhos e a estética parecida no salão principal, nos escritórios e até no quinto deck.
Contudo, eles diferem no quesito área de lazer. O Baikal 86 Explorer tem mais espaços para os ocupantes aproveitarem o clima mais quente. Por isso, há uma piscina no deck principal e no deck do proprietário existem duas jacuzzis.
Já no Expedition, uma piscina coberta e no convés e soluções que servem para uma expedição tanto na água quanto na terra.
Para movimentar as duas embarcações, serão instalados dois sistemas unindo o diesel com eletricidade, gerando cerca de 4 mil hp. Porém, no modelo Expedition, haverá também um modo de condução parecido com um quebra-gelo.
Outra curiosidade é que ambos projetos foram desenhados, disponibilizando ao menos dois helipontos e no Explorer ainda há um terceiro espaço de pouso e decolagem dessas aeronaves.
A empresa, por enquanto, segue procurando um estaleiro para produzir os dois megaiates e estima que em até cinco anos eles poderão ser concluídos.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Batizada de Fang Song (que, em chinês, significa relaxar), a lancha funciona como uma casa flutuante e possui uma autonomia razoável, de acordo com suas funcionalidades.
Reprodução
O projeto feito sob medida tem 49 pés de comprimento e mais de quatro metros de largura. É indicado para navegação interior, em áreas abrigadas como lagos, lagoas, rios e canais.
Divulgação
Movido a energia solar, tem autonomia para percorrer até 50 km por dia. Os diretores da Fang Song ressaltam que viagens longas e sem paradas não são as ideais para essa embarcação.
Divulgação
Os ocupantes podem desfrutar de várias soluções um tanto criativas como: uma mesa acoplada ao armário e que pode ajudar na hora do apoio, um compartimento escondido sob o chão da sala feito especialmente para bicicletas e até uma lareira, que pode ser ativada por aplicativo.
Segundo a Crossboundaries, o dono da embarcação ainda quer instalar sistemas para purificar água e para tratamento biológico do esgoto. Dessa forma, estadias um pouco mais longas seriam possíveis.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Um dos melhores lugares para navegar no Brasil, a Represa de Furnas (considerada o mar de Minas) há anos é o quintal da mineira Maria Dias. Foi nessas águas que ela começou a navegar e se apaixonou pela vida náutica.
Desde então, não há um fim de semana sequer em que Maria Dias não está a bordo da sua moto aquática ou navegando em lanchas, desbravando o paraíso mineiro e as águas do Brasil.
Não me vejo longe das águas. Navegar é oxigênio para mim – Maria Dias
Mas o que era apenas diversão virou também profissão. Maria se transformou em influenciadora digital, compartilhando sua paixão e levando informações a milhares de seguidores, especialmente no universo náutico.
Com sua atuação navegando nas águas de Capitólio e sempre presente nos eventos náuticos, Maria Dias conquistou respeito e popularidade náutica nas redes sociais, com mais de 140 mil seguidores.
Agora, a “mineira das águas”, como ela se apresenta, se juntará ao time Influenciadores NÁUTICA para compartilhar seus conteúdos náuticos por meio das nossas redes sociais e no seu próprio Instagram @mariadiasneiva. Bem-vinda ao time, Maria!
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Para comemorar o Ano Novo em grande estilo, o heptacampeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton fretou o superiate Octopus e fez uma viagem até a região da Antárctica.
A embarcação, que já foi um dos maiores iates privados do mundo e pertenceu ao cofundador da Microsoft Paul Allen, é preparada para navegar nessas regiões mais remotas do mundo.
Junto ao piloto nessa viagem estão alguns amigos, como o medalhista olímpico de snowboard Shaun White, a atriz Nina Dobrev e o ator Jared Leto. A modelo brasileira Juliana Nalu — apontada como atual affair de Hamilton — também estaria entre os passageiros, segundo rumores nas redes sociais.
Vale lembrar que o Octopus foi vendido em 2021 e, desde o começo de 2022, ele está disponível para fretamento.
O roteiro de viagem tem pontos turísticos como o Estreito de Gerlache, Ilha Deception, Canal Lemaire, entre outros.
Para o público que quiser fretar a embarcação por uma semana deverá pagar cerca de 2,2 milhões de euros semanais (aproximadamente R$ 12,4 milhões, valores consultados em janeiro de 2023).
Com capacidade para 12 convidados, o Octopus possui 13 suítes. Outras comodidades oferecidas pelo modelo são: jacuzzi, piscina, cinema, estúdio de gravação e até dois helipontos. Há também espaço para abrigar motos aquáticas e até um submarino.
Com mais de 400 pés de comprimento, o estaleiro alemão Lurssen entregou a embarcação em 2003.
Graças às inovações instaladas na embarcação, ela já foi emprestada para alguns governos, com o intuito de recuperar os artefatos perdidos da Segunda Guerra Mundial em todo o oceano.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Sete meses após seu início em Tanger, no Marrocos, a regata de volta ao mundo Globe 40 – La Grande Route agora está a caminho do Brasil. A competição, que reúne veleiros da Classe 40, deu largada à etapa Recife no último domingo (8).
Após saírem de Ushuaia, na Patagônia argentina — extremo sul da América do Sul –, os velejadores deverão chegar à capital de Pernambuco a partir do dia 25 de janeiro. O público poderá acompanhar toda a movimentação.
Esta será a única parada no Brasil das embarcações da Globe 40, que vão passar de 10 a 15 dias em nosso país.
Também estão programadas várias atividades durante o período em que os competidores estiverem no Recife, como visita aos barcos (nos dias 28 e 29 de janeiro), regata in-shore no Marco Zero e apresentações culturais.
Haverá ainda eventos fechados para convidados, patrocinadores e competidores. A etapa Recife se encerra no dia 5 de fevereiro, com os barcos seguindo rumo a Granada, no Caribe — a sétima e última parada, antes da chegada final em Lorient, na França.
30 mil milhas náuticas em nove meses
A Globe 40 é uma regata de volta ao mundo de barcos da Classe 40, que garantem disputas acirradas. A competição tem, ao todo, 30 mil milhas náuticas, percorridas durante nove meses – desses, são 140 dias no mar.
Esse evento é a porta de entrada para que Pernambuco se torne uma parada de outras regatas internacionais de volta ao mundo, além de uma excelente oportunidade para o turismo náutico para a cidade – Yannick Ollivier, presidente da FPVela
A partida aconteceu em 26 de junho do ano passado, em Tânger, no Marrocos, com a chegada em Lorient (França) prevista para 13 de março de 2023. O percurso inclui paradas em Cabo Verde (África), Ilhas Maurício (Oceano Índico), Auckland (Nova Zelândia), Tahiti (Polinésia Francesa), Ushuaia (Patagônia), Recife (Brasil) e Granada (Caribe).
A Globe 40 é uma realização da empresa francesa Sirius Events, com suporte na organização da etapa de Recife da Federação Pernambucana de Vela (FPVela), apoio do Cabanga Iate Clube de Pernambuco e Consórcio Porto Novo, com patrocínio da Prefeitura do Recife, Qair Brasil e Marina Recife. Mais informações sobre a competição no site da Globe 40.
Um superiate para navegar pelo Caribe foi a aposta do ator Leonardo DiCaprio para curtir as férias neste início de ano. A estrela de Hollywood fretou o superiate Vava II para curtir as belezas de Saint Barth.
Construído pela Devonport Yachts, o modelo possui cerca de 318 pés de comprimento total. A parte externa foi toda desenhada por Redman Whitely Dixon. Já seu interior, foi projetado por Remi Tessier.
Com todo esse grande tamanho, a embarcação pode acomodar confortavelmente até 36 convidados e mais 34 tripulantes. Junto de DiCaprio nesta viagem pela ilha francesa do Caribe estão a modelo Victoria Lamas, apontada como namorada do astro, e o ator Tobey Maguire, entre outros amigos.
Para o lazer dos navegantes, o superiate conta com heliponto, uma piscina e até um beach club, com acesso ao mar. A luxuosa embarcação conta com quatro motores MTU a diesl e sua velocidade máxima é de 19 nós.
Esta não é a primeira vez que DiCaprio escolhe essa embarcação para curtir as férias. De propriedade do empresário bilionário Ernesto Bertarelli, o superiate Vava II é muito usado por celebridades. Até por esse motivo, não há muitos detalhes acerca do seu interior disponíveis ao público, para preservar a privacidade dos famosos.
O barco costuma navegar por Saint Barth durante as festas de Natal e de Ano Novo. Durante o verão do hemisfério Norte (de julho a setembro), celebridades aproveitam o superiate em Saint Tropez, na Riviera Francesa.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Entre os dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro de 2023 acontece a Copa da Juventude 2023, organizada pela CBVela (Confederação Brasileira de Vela). O local escolhido para sediar é o Yacht Club Santo Amaro.
A competição, que irá acontecer nas raias da Represa de Guarapiranga, terá competidores em cinco classes diferentes: 420, 29er, ILCA 6, Formula Kite e IQFoil.
Segundo a CBVela, são esperados mais de 130 concorrentes somente nesta etapa. Para a equipe organizadora, esta será uma chance de novos atletas serem descobertos.
Com uma nova parceria firmada, a CBVela e a YCSA irão disponibilizar diversas programações para os velejadores fora das regatas. Palestras e workshops serão organizados por uma equipe especializada.
Acredito que será uma disputa equilibrada, porque muitos atletas estão saindo do Optimist e vão querer mostrar sua capacidade de velejar – Walter Böddener, gerente de eventos da CBVela
Para fazer a inscrição, basta acessar o site oficial da Confederação. Já o público encontra informações detalhadas sobre a competição no site do Yacht Club.
Estamos esperando um grande número de oponentes participando desta etapa e, por isso, o Yacht Club Santo Amaro está preparando uma grande estrutura, tanto na água para a regata, quanto na terra, para os velejadores e seus convidados – Volnys Bernal, diretor do YCSA
Todos os anos, a Marinha do Brasil promove a Operação Verão, com ações de fiscalização do tráfego aquaviário, tanto no litoral, quanto em águas interiores.
A operação acontece em todo o território nacional, por meio dos nove Distritos Navais e das 68 Capitanias, Delegacias e Agências, todos com um único objetivo em comum: conscientizar condutores e passageiros a navegar com segurança.
Na maioria dos Distritos Navais, as ações de fiscalização concentram-se nos meses de dezembro a março, período do verão em que é observado expressivo aumento do tráfego das embarcações de esporte e lazer nas águas brasileiras, devido ao período de férias e às festividades típicas desta época do ano.
Com o objetivo de tornar a navegação mais segura, a campanha de conscientização é feita com base nos “10 mandamentos da Segurança da Navegação” para que, uma vez conscientes de seus deveres, condutores e passageiros escolham sempre navegar com segurança:
1) Conduza sua embarcação com prudência para evitar acidentes;
2) Se beber, passe o timão para alguém habilitado;
3) Mantenha a distância dos banhistas para evitar acidentes;
4) Mantenha os extintores de incêndio dentro da validade;
5) Tenha coletes salva-vidas para todos a bordo;
6) Tenha a bordo o material de salvatagem prescrito pela Capitania;
7) Faça a manutenção correta da sua embarcação;
8) Ao sair, informe o seu plano de navegação ao iate, marina ou condomínio;
9) Respeite a vida, seja solidário, preste socorro;
10) Não polua nossos mares e rios.
Seguindo essas regras simples, você ajuda a garantir a diversão e a segurança de todos a bordo.
Dividido pelo Canal do Panamá, o país faz fronteira com o Mar do Caribe, Colômbia e Costa Rica. Situado entre o Atlântico e o Pacífico, sua posição geográfica era perfeita para encurtar rotas mercantis que cruzavam o planeta, o que era cobiçado pelas potências mundiais.
No entanto, os Estados Unidos apoiaram a independência da então província do Panamá da Colômbia, em 1903, construíram o Canal em 1914 e receberam os direitos econômicos de sua exploração por 85 anos. Apenas em 1999 o Panamá passou a ter controle absoluto sobre seu Canal e sua importante receita.
Durante os anos 1930, a Grande Depressão e um golpe militar levaram a vários anos de instabilidade política e econômica. Em 1968, um regime militar tomou o poder e se manteve lá por mais de 10 anos, sucedido por uma turbulência política. Somente em 1994 o Panamá realizou as suas primeiras eleições democráticas.
Arborizada e contemporânea, a cidade do Panamá tem muito mais do que o típico chapéu e o famoso Canal, que é obra-prima da engenharia e liga o Oceano Pacífico ao Atlântico. É, de fato, a atração mais famosa, considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno — e vale a visita!
Construído para diminuir drasticamente o tempo de viagem dos navios entre o Oceano Pacífico e o Mar do Caribe, tem cerca de 83 quilômetros de comprimento e possui um sistema de eclusas para levantar navios em até 26 metros.
De Miraflores, é possível ver os navios em trânsito a poucos metros de distância e ainda assistir a um documentário sobre a história do Canal. Em Colón, no lado do Atlântico, do Centro de Visitantes de Água Clara, se vê as novas e maiores eclusas.
Colón, aliás, é uma cidade pequena, mas uma das mais visitadas do país, já que é porta de entrada para regiões caribenhas. Banhada pelo Mar do Caribe, fica a cerca de 80 quilômetros da capital.
O destino é perfeito para curtir praias paradisíacas e também explorar a cultura local, que tem influências africanas e espanholas. Ali vale um mergulho na história, explorando os fortes e a presença de piratas na cidade. Em 1980, a Unesco declarou o Fort San Lorenzo e Portobelo como Patrimônio da Humanidade, descrevendo as fortificações como “magníficos exemplos da arquitetura militar dos séculos 17 e 18”.
Não deixe de pegar o barco para visitar a Ilha Mamey, repleta de palmeiras e praias de águas mornas daquele azul turquesa bem Caribe, com áreas perfeitas para o mergulho e um lado próprio para o surfe.
Considerada centro econômico, financeiro e cultural do país, a cidade do Panamá é também uma das mais antigas da América. Não tem como não se apaixonar por essa metrópole moderna e, ao mesmo tempo, cheia de história.
Com um centro histórico muito rico, praias de areia branca e águas cristalinas, a cidade do Panamá, capital do país, atrai turistas de todo o mundo.
Aos brasileiros, a vantagem é que não precisam de visto para estadias de até 90 dias. Além disso, o país também tem um sistema de tax-free, ou seja, os turistas podem adquirir produtos e depois serem reembolsados de impostos locais.
Se cair na tentação das compras, prepare o cartão de crédito, pois a cidade do Panamá tem o apelido de “Nova Miami”.
Depois de se surpreenderem com uma cidade viva, cheia de avenidas largas e edifícios modernos, apreciarem o movimento da cidade pela Cinta Costeira — via moderna com calçadão e ótima vista para a orla — curtirem boas praias, conhecerem as construções milenares de Panamá Viejo (a primeira cidade do Panamá, fundada em 1519), ou explorarem o charmoso Casco Antiguo, bairro com ruelas estreitas de pedra e edifícios da arquitetura colonial espanhola, os visitantes ainda têm a noite pela frente.
Bares, baladas e uma grande variedade de restaurantes proporcionam experiências revigorantes.
Que tal assistir ao pôr do sol do 66º andar, com a bela vista da cidade e os drinques do Panaviera Sky Bar? Depois, seguir para um restaurante a fim de provar a típica gastronomia panamenha, que leva uma série de ingredientes fresquinhos vindos do mar e de plantações locais.
O tradicional El Trapiche, que funciona há mais de 30 anos, segue como referência máxima na gastronomia tradicional panamenha. O Fiesta Panameña é um pot porri das comidas mais típicas. O Azahar, por sua vez, tem peixes e frutos do mar com influências asiáticas.
Além dos limites da capital, também há boas surpresas. Spots como Santa Catalina e Bocas del Toro que, além de exuberante, é uma das principais regiões para a prática de mergulho; paisagens naturais de Veraguas, o território indígena nas belas Ilhas San Blas, os incríveis cenários caribenhos, observação de baleias em Los Santos e visita a projetos de conservação de tartarugas no Oceano Pacífico, são programas que valem a pena.
É terminantemente obrigatório visitar Bocas del Toro, uma cadeia de ilhas no Mar do Caribe. Como toda paisagem caribenha, praias de areia branca, águas cristalinas e um mar azul-esmeralda fazem lembrar o paraíso.
O local é bem conhecido entre os praticantes de mergulho, já que a região tem rica vida marinha — 95% das espécies de corais caribenhos são encontrados ali — e oferece boa visibilidade para a prática do esporte, tanto de cilindro como de snorkel ou o deepboard, que é uma espécie de mergulho motorizado.
Nem é preciso sorte para observar uma incrível variedade de criaturas de recifes tropicais, incluindo tubarões-lixa, arraias e muitas espécies de caranguejo e lagosta.
São três ilhas principais em Bocas Del Toro: a Colón, a Bastimentos, que é uma das maiores ilhas do Panamá, e a pequena Carenero. Colón é a ilha mais populosa do arquipélago e onde fica a cidade principal: a Cidade de Bocas.
Ali fica a Playa Estrella, também conhecida como a “Praia das Estrelas-do-mar”, um destino de ecoturismo protegido, onde se pode experimentar a cultura e a comida afro-caribenha da região. A Praia Bluff é ideal para surfe e também aprender sobre os esforços locais para conservar as tartarugas marinhas.
A Ilha Bastimentos oferece uma alternativa descontraída às ruas e bares movimentados do centro da Cidade de Bocas. A apenas 10 minutos de táxi aquático da ilha Colón, Bastimentos tem praias maravilhosas, incluindo a paradisíaca Wizard e Polo, com anéis de corais, águas calmas e poucos visitantes. Coral Cay é um dos melhores lugares para mergulhar com snorkel.
A praia Red Frog, batizada em homenagem à população de pequenos sapos vermelhos que habitam a floresta vizinha, abriga um famoso bar onde se pode tomar uma cerveja e passar o dia na praia. Na ponta oeste da ilha, entre a floresta e o mar, encontra-se o Old Bank, lar da comunidade afro-caribenha Guari.
Bocas Del Toro abriga um laboratório natural de estudos evolutivos e de mudanças climáticas, além do primeiro Mission Blue Hope Spot do Panamá, um programa focado na reabilitação e preservação do ecossistema marinho.
Coloque Veraguas no roteiro, uma região montanhosa cheia de charme e cenários naturais espetaculares. Suas temperaturas frescas nas montanhas, no norte, facilitam a caminhada até dezenas de cachoeiras, enquanto suas praias ensolaradas e intocadas, no sul, proporcionam vistas incríveis e a oportunidade de mergulhar ou surfar.
Se você gosta de temperaturas mais frias e caminhadas, não deixe de conhecer Santa Fé, uma pequena e autêntica vila panamenha situada nas montanhas, a 450 metros de altitude. A melhor experiência no Parque Nacional das Ilhas de Santa Fé é feita a pé, caminhando pelas montanhas e atravessando o rio Santa María para chegar a uma das 20 cachoeiras.
Localizada na costa do Pacífico da província de Veraguas, Santa Catalina era uma pequena vila de pescadores que tornou-se destino de surfe de renome mundial. É um vilarejo com poucos restaurantes e acomodações, além de uma mercearia e escolas de surfe. As praias de areia negra de Santa Catalina têm fortes ondas que podem ultrapassar nove metros e formar ótimos tubos.
Santa Catalina também é o ponto de partida para a maioria dos passeios ao Parque Marinho de Coiba, declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 2005. Antigamente uma colônia penal, o acesso à ilha era limitado, o que permitiu que grande parte dos recursos naturais permanecesse intocado.
O parque marinho possui grande diversidade biológica. Mergulhar ali é ter a chance de ver arraias, baleias e tubarões-martelo e, entre dezembro e abril, tubarões-baleia.
Na vizinha Chiriqui, na parte noroeste do país, perto da fronteira com a Costa Rica, se pode explorar quilômetros de praias desertas na costa do Pacífico, regiões montanhosas cênicas e Baru, o único vulcão do Panamá. A região é indicada para quem procura aventuras, rafting, caminhadas, tirolesa, snorkeling, pesca esportiva, escalada.
O Golfo de Chiriquí é o tesouro marinho da cidade, com encantadoras ilhas de areias brancas, um dos maiores recifes de coral do Pacífico e uma das florestas de mangue mais densas da América Central, bem como a maior ilha do Panamá, a Coiba.
O Parque Nacional Marinho do Golfo de Chiriquí engloba todas as ilhas do golfo, além dos recifes, manguezais e a vida animal. Esta área protegida do país é um dos maiores campos de pesca esportiva e de caça do mundo, especialmente no Hannibal Bank e na Ilha Montuosa.
As águas protegidas do Parque Nacional Marinho do Golfo de Chiriquí abrigam 25 ilhas e 19 recifes de coral.
O fácil acesso pela pequena cidade pesqueira de Boca Chica permite explorar ilhas tropicais repletas de vida selvagem e observar tartarugas, golfinhos e baleias durante a temporada. Seja a pé nas ilhas, passeando de caiaque ao longo das margens ou mergulhando em meio aos recifes, a experiência é inesquecível.
Há, ainda, as encantadoras ilhas Parida, Gamerz e Bolanos, ideais para passar o dia, e a Secas, para quem prefere praia privada e acomodações de luxo.
Kuna Yala, também conhecido como arquipélago de San Blas, é território indígena governado pela tribo nativa Kuna. Composto por uma estreita faixa de terra no lado caribenho do país, além de 365 ilhas, das quais apenas 50 são habitadas pelo povo Kuna, é considerado um dos principais destinos no Panamá graças à sua beleza natural bem preservada.
Provavelmente uma viagem a San Blas será diferente de tudo. Ali não há internet e não são aceitos pagamentos com cartão de crédito, apenas com dólar americano. A hospedagem é em cabanas de palha sem água aquecida ou em redes ou colchões infáveis colocados na areia.
Um dos lugares mais procurados para se hospedar é a bordo de um veleiro, que permite navegar de ilha em ilha. Se falta conforto para dormir, sobra sabor na gastronomia local, que inclui frutos do mar frescos preparados com especiarias e ingredientes regionais.
Ao nadar na bela água azul-turquesa cristalina e aprender mais sobre a cultura e as tradições dos Kuna, constata-se que a experiência vale a pena. Visite El Porvenir, a capital de Kuna Yala, e a Ilha Perro, para um mergulho incrível com snorkel na Praia Chichimei.
Uma das principais cidades da Califórnia, Santa Monica fica na costa oeste dos Estados Unidos, a apenas 26 quilômetros de Los Angeles e a meia hora de outras praias badaladas, como Malibu e San Diego.
Além de mais de 5 km de praia com longas faixas de areia, Santa Monica tem um dos mais famosos cartões-postais de Los Angeles: o Santa Monica Pier, inaugurado em 1909, após 16 meses de construção.
O píer de concreto de 1.600 pés de comprimento era então chamado Píer Municipal de Santa Mônica e, embora originalmente construído para satisfazer as necessidades de saneamento da cidade, logo atraiu a comunidade pesqueira, moradores e turistas.
O famoso fabricante de carrosséis Charles ID Looff construiu o Looff Hippodrome Carousel em 1922, com 44 cavalos esculpidos à mão, reconstruído em 1990. O píer sobreviveu ao longo das décadas, ao contrário de outros píeres famosos ao longo da Gold Coast que desapareceram.
Em 1973, o destino do Santa Mônica Pier parecia ser o mesmo de seus vizinhos, quando a Câmara Municipal programou sua destruição em favor de uma ilha artificial que abrigaria um hotel resort. Mas os cidadãos se mobilizaram com muito estardalhaço até que os planos foram cancelados.
Em 1983, a Mãe Natureza estava determinada a realizar o que a Câmara Municipal não conseguiu. Duas violentas tempestades de inverno destruíram mais de um terço da estrutura de concreto.
O píer parecia muito maltratado para sobreviver, mas a população se uniu mais uma vez e formou a Força-Tarefa de Restauração e Desenvolvimento do Píer: em 1990, ele estava reconstruído. Logo se tornaria um destino turístico reconhecido internacionalmente e um símbolo do estilo de vida do sul da Califórnia.
Em 1996, o Pacific Park foi inaugurado, dando ao píer sua primeira montanha-russa e seu primeiro parque de diversões completo. Em 2009, o Santa Mônica Pier foi consagrado como o terminal oficial da Rota 66, uma das estradas mais famosas do mundo, que começa em Chicago e termina ali, com uma placa da Rota 66 logo na entrada do píer.
Repleto de atrações, com atmosfera vibrante promovida por artistas de rua e músicos, o Santa Monica Pier — considerado o melhor parque de diversões da Califórnia e o único da Costa Oeste localizado em um píer — tem uma série de atividades que garantem diversão em um dia inteiro.
Do clássico carrossel à pesca de robalo e corvina, do Santa Monica Pier Aquarium para conhecer alguns dos habitantes da Baía de Santa Monica ao Playland Arcade com jogos eletrônicos e fliperamas, do Pacific Park onde fica uma das mais icônicas imagens de Los Angeles: a roda-gigante movida a energia solar à beira-mar, ao lugar ideal para assistir ao mais belo — e concorrido — pôr do sol.
E, claro, para encerrar o passeio, vale uma foto na placa da Rota 66. Tem ainda as lojinhas, galerias e feiras, o festival de cinema e o Twilight on the Pier, o festival de música ao ar livre, que é quase tão icônico quanto o próprio píer, com sua série de concertos.
Além da praça de alimentação no Pacific Park e dos carrinhos de comida localizados por toda parte, o Santa Monica Pier tem mais de 10 restaurantes, do fast food no Pier Burger aos requintados pratos à base de frutos do mar.
Um dos principais pontos turísticos da Califórnia e top 10 de cartões-postais dos Estados Unidos, o Santa Monica Pier recebe quase 9 milhões de visitantes por ano, de acordo com Jim Harris, autor de “Santa Monica Pier: A Century on the Last of the Pleasure Pier”.
De acordo com estudo divulgado pela plataforma CupomValido sobre o consumo de vinho no Brasil e no mundo, o brasileiro nunca bebeu tanto vinho como na pandemia.
Em média, foram 2,78 litros de vinho per capita, o que representa um aumento de mais de 30%, comparado com 2019. Dos 83 milhões de consumidores de vinho no país, 46% tomam a bebida pelo menos uma vez por semana, e 53% pelo menos uma vez por mês.
Foi-se o tempo em que o vinho e todas as peculiaridades que o envolve, como uvas, tempo de envelhecimento, produtor, região de origem e safra eram de interesse essencialmente masculino.
O mito de que as mulheres preferem bebidas mais leves, o que remete a espumantes, caiu por terra na pesquisa feita pelo economista e sommelier Mauro Salvo e publicada no livro “Visitando o que pensa o consumidor de vinho no Brasil: um olhar pela lente de um economista traduzido em estatísticas e gráficos”.
Com base em mais de 600 entrevistas, o resultado desfaz o mito de que mulheres preferem espumantes ao revelar que cerca de 70% delas optam por vinhos tintos.
Qual consumidora, ao entrar numa loja de vinhos, não ouviu como primeira oferta do vendedor um espumante, quando estava em busca de um tinto? – Mauro Salvo, sommelier
A grande diferença é que as mulheres levam a sério o provérbio de que o melhor vinho é aquele que agrada ao paladar. Além disso, pesquisa da revista Food Quality and Preference sugere que o sexo feminino conta com um paladar mais apurado, a ponto de sentir sabores que os homens não identificam.
Melhor ainda se for verdade o que disse a toda poderosa madame Pompadour, amante do rei Luis 15 da França: “O champanhe é o único vinho que deixa a mulher ainda mais bonita depois de beber”. Então, vamos a ele.
Marina Bufarah de Souza, sommelière da Wine, maior clube de assinatura de vinhos do mundo, sugere rótulos que combinam com mulheres clássicas, artísticas, aventureiras, românticas e gourmands. Abaixo, confira as dicas.
Undurraga T.H. [Terroir Hunter] D.O. Valle del Maipo Cabernet Sauvignon 2019
“Para as mais clássicas, a rainha das uvas tintas, a cabernet sauvignon, de um dos vales mais tradicionais e renomados para essa variedade, a Denominação de Origem Vale de Maipo”, sugere Marina.
O Undurraga T.H. [Terroir Hunter] D.O. Valle del Maipo Cabernet Sauvignon 2019 traz a melhor expressão dessa uva em terroir chileno, com complexidade, potência e elegância. Seus aromas são expressivos e revelam frutas vermelhas e negras, como cereja e groselha, notas de ervas e especiarias, toques de grafite e cedro. Um clássico que nunca sai de moda!
Costero Reserva D.O. Valle de Leyda Syrah 2019
“Para a mulher aventureira, que topa tudo e está sempre pronta para uma nova descoberta, indico o Costero Reserva D.O. Valle de Leyda Syrah 2019, que traz um novo perfil para a Syrah, seu cultivo em uma das mais incríveis regiões de clima frio do Novo Mundo, o Vale de Leyda, na costa chilena”, explica a especialista. Banhada pelo Oceano Pacífico, essa Denominação de Origem é acariciada pelas brisas que sopram do oceano em direção ao continente, preservando toda acidez e despertando nuances frutadas que vão aguçar a curiosidade e surpreender.
Carpineto D.O.C. Rosso di Montepulciano
“Se for daquelas que não perdem a oportunidade de harmonizar o vinho com um de seus pratos favoritos, vai amar o Carpineto D.O.C. Rosso di Montepulciano 2018”, afirma a sommelière.
Segundo ela, este é um vinho gastronômico no qual predomina a sangiovese, uva italiana de muito prestígio e internacionalmente reconhecida por sua versatilidade para acompanhar as mais diversas culinárias, com apreço especial pelas massas com molho vermelho.
Carpineto Dogajolo I.G.T. Toscano Rosato 2020
Para as mulheres que têm veia artística, criam e transformam em arte os mais simples objetos, a especialista acredita que o Carpineto Dogajolo I.G.T. Toscano Rosato 2020 é a escolha ideal. “Ele começa encantando na beleza do rótulo e desperta toda criatividade com seus aromas de frutas vermelhas frescas, como morango e groselha, associados aos toques florais. O plus final fica por conta da linda garrafa que pode decorar um cantinho da casa”, revela.
Le Rosé de S.I.G.P. Méditerranée Rosé 2019
“Para as apaixonadas, românticas por natureza, eu indico o Le Rosé de S. I.G.P. Méditerranée Rosé 2019, um vinho apaixonante, perfumado e delicado, perfeito para brindar os momentos mais amorosos e divertidos, construindo novas memórias que vão acompanhar toda sua história”, conta Marina.
Mionetto Prosecco Rosé DOC
Produzido a partir de uma combinação entre as melhores uvas glera e pinot noir, o Mionetto Prosecco Rosé DOC, do Grupo Henkell Freixenet, possui cor rosa clara, inspirada nas flores de pêssego, e seu sabor tem notas de toranja e frutas vermelhas.
O frescor marcante de Mionetto é intensificado pela longa maturação que dura em torno de 60 dias, proporcionando aroma de mel e crosta de pão. É ideal para acompanhar aperitivos diversos e pratos leves como saladas e frutos do mar preparados à moda mediterrânea, por exemplo.
Champagne Perrier-Jouët Belle Epoque
A icônica garrafa do Champagne Perrier-Jouët Belle Epoque, com as anêmonas japonesas desenvolvidas em 1902 por Emille Gallé, um dos maiores expoentes da Art Noveau, já agrada em cheio. Mas seu blend complexo e elegante não deixa por menos.
Brunello di Montalcino Vigna del Suolo
Brunello di Montalcino Vigna del Suolo, primeiro Cru da vinícola italiana Argiano, cujas vinhas estão entre as mais antigas da Toscana, é resultado de cultivo orgânico, sem fertilizantes ou pesticidas, colhido de forma artesanal. Com uvas 100% sangiovese, tem cor vermelho-rubi intenso e brilhante, aroma complexo e sabor denso e estruturado, que harmoniza com massas, risotos com funghi ou trufa, carnes vermelhas e queijos maduros.
No extremo norte do mundo, o Ártico é o epicentro das mudanças climáticas. No entanto, pouco se sabe o que realmente acontece por lá, como funciona a interação entre atmosfera e gelo, oceano e vida porque se trata de uma região inóspita e pouco acessível no inverno por causa da espessa camada de gelo no mar.
Na verdade, pouco se sabia, porque a Mosaic (Multidisciplinary drifting Observatory for the Study of Arctic Climate), maior expedição de pesquisa de todos os tempos no Ártico, passou um ano na região mais fria da terra realizando pesquisas científicas dos processos climáticos que unem a atmosfera, oceano, gelo marinho, biogeoquímica e ecossistema.
A diminuição do gelo marinho é um símbolo do aquecimento global em curso: no Ártico, sua extensão caiu quase pela metade no verão, desde que os registros de satélite começaram na década de 1980. Menos estudadas, mas igualmente relevantes são a espessura e outras propriedades do gelo.
A questão do que isso significa para o futuro do Ártico e como essas mudanças podem impactar o clima global foram o impulso para a histórica expedição Mosaic.
Seguindo os passos do veleiro de madeira Fram, com o qual o norueguês Fridtjof Nansen se aventurou pela primeira vez no oceano congelado, uma equipe de 500 pessoas de 20 países, incluindo 300 cientistas de diferentes disciplinas sob a liderança de Markus Rex, tendo como gestor o Alfred Wegener Institute da Alemanha (AWI), assumiu o desafio de partir, mais de 125 anos depois, para o Ártico no outono de 2019, a bordo do quebra-gelo de pesquisa Polarstern, carregado de instrumentos científicos, e apoiado por uma frota internacional de embarcações e helicópteros.
A beleza dessa expedição, que durou 389 dias, navega agora no Museu Marítimo Alemão (DSM) / Instituto Leibniz de História Marítima, com a exposição INTO THE ICE – The MOSAiC Expedition in pictures. Seis fotógrafos renomados e participantes da expedição Mosaic — Esther Horvath, Lianna Nixon, Jan Rohde, Steffen Graupner, Mario Hoppmann e Michael Gutsche exibem cenas capturadas na terra gelada.
Algumas fotos são apresentadas em grandes quadros de luz led, criando a impressão de imersão na noite polar. É possível admirar a imagem de uma mãe urso polar com seu filhote, de Esther Horvath, fotógrafa da AWI, que recebeu o prestigioso prêmio World Press Photo na categoria ambiental em 2020.
As fotografias nos apresentam o quebra-gelo Polastern, trazem vislumbres de luz para a noite eterna no norte, documentam a construção da cidade de pesquisa no gelo e deixam claro que a região do Ártico é mais sensível do que se supõe.
A partir de 1º de janeiro de 2023, todos os dados de pesquisa da Mosaic estarão disponíveis gratuitamente para estudantes, ONGs, partidos políticos, corporações, cidadãos comuns e, principalmente para cientistas de todo o mundo.
Afinal, essas informações vão fornecer uma base científica mais robusta para decisões políticas sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas e para a criação de uma estrutura para gerenciar o desenvolvimento do Ártico de forma sustentável.
Por enquanto, sabemos que a expedição Mosaic documentou uma perda sem precedentes de ozônio na estratosfera do Ártico. Segundo estudo do Alfred Wegener Institute, Helmholtz Center for Polar and Marine Research (AWI) em conjunto com a Universidade de Maryland e o Instituto Meteorológico Finlandês, a destruição do ozônio no vórtice polar do Ártico pode se intensificar até o final do século, a menos que os gases de efeito estufa globais sejam reduzidos de forma rápida e sistemática.
No futuro, isso também pode significar mais exposição à radiação UV na Europa, América do Norte e Ásia, quando partes do vórtice polar se deslocarem para o sul.
O Quebra-gelo
Research Vessel Polarstern, carro-chefe do Alfred Wegener Institute e ícone da pesquisa polar alemã e internacional, foi originalmente encomendado em 1982 e até hoje é um dos navios de pesquisa polar mais avançados e versáteis do mundo.
Entre 1999 e 2001, o navio foi completamente reformulado e agora carrega os mais recentes equipamentos e tecnologias disponíveis. É por isso que ele costuma operar 317 dias em média por ano, realizando pesquisas científicas e reabastecendo as estações de pesquisa administradas pelo Alfred Wegener Institute, como a Neumayer Station III, uma base antártica tripulada durante todo o ano.
O quebra-gelo não é apenas capaz de operar na área de gelo, mas devido ao seu casco duplo de aço e motores de 20 mil cavalos de potência, ele também pode facilmente quebrar gelo de 1,5 metro de espessura e superar gelos mais espessos por abalroamento.
Equipado para operações em temperaturas baixas, como no inverno do Ártico que faz até 50º negativos, o Polarstern não é tão frio em seu interior, onde cerca de 100 pesquisadores, técnicos e tripulantes da expedição Mosaic trabalharam e viveram.
Além de vários laboratórios científicos, carregou equipamentos, instrumentos e contêineres de laboratório, e até mesmo um guindaste adicional especial. Além disso, o Polarstern tinha vários veículos (helicópteros, motos de neve, Pistenbullies, etc.) a bordo, permitindo que os pesquisadores fizessem medições e coletassem dados não apenas no observatório central, no chamado campo de gelo próximo ao barco, mas também nos locais de observação em uma área de até de 50 km de distância do RV Polarstern.
Fim de semana de sol e um amigo convida você, marinheiro de primeiríssima viagem, para um passeio de barco.
Se não quiser criar nenhum constrangimento, fazer tudo certinho e ainda ser convidado muitas outras vezes para outros passeios com seu amigo (que dependendo do que acontecer a bordo, pode até virar ex-amigo), siga com atenção os 10 tópicos a seguir, que resumem bem o que todo convidado deve fazer ao entrar num barco.
Em barcos todo mundo deve entrar descalço. É uma questão de limpeza, porque barcos são brancos e esta cor não combina com solas de sapatos.
A exceção é para sapatos próprios para uso embarcado mas, mesmo assim, eles não podem andar por ai, fora do barco, ou trarão a mesma sujeira que qualquer outro!
Não leve o amigo junto
Barcos têm espaço limitado e o número de ocupantes não pode ultrapassar o máximo permitido. Imagine, então, se ele já estiver cheio e o último convidado a chegar for você e junto com mais alguém?
Pergunte como funciona o banheiro
Banheiros de bordo têm truques, especialmente nas descargas de vasos sanitários. Assim, antes de passar pelo constrangimento de ter que pedir ajuda numa situação embaraçosa, pergunte logo como a coisa funciona. É bem melhor antes do que depois.
Não passe bronzeador
Bronzeadores são oleosos e gordurosos. E nenhuma destas características combina com o casco branquinho dos barcos e muito menos com os estofamentos. Portanto, esqueça deles enquanto estiver a bordo.
Abuse do protetor solar
Ao contrário dos bronzeadores, protetores solares são absolutamente obrigatórios em qualquer barco. A razão é simples: barcos se movimentam e isso gera vento, que mascara o calor. Mas o sol continua a queimar.
Não exagere na bagagem
Barcos, como já se disse, têm espaço reduzido. Por isso, não leve para bordo absolutamente nada além do estritamente necessário.
E, ainda assim, acondicionado em pequenas sacolas ou bolsas macias, dessas que dá para acomodar em qualquer cantinho. Nada de malas rígidas e, muito menos, com rodinhas!
Economize água
Barcos têm tanques de água doce pequenos, por isso é fundamental não desperdiçar água. Deixar a torneira aberta enquanto lava a louça ou tomar longos banhos são coisas que não se deve fazer nem em casa. Que dirá num barco.
Previna-se contra enjoo
Se você tem propensão e sentir algum tipo de mal-estar no mar, tome logo algum medicamento preventivo, antes mesmo de embarcar.
Assim, você não estraga o seu passeio e o dos outros também, porque — lembre-se! — quando um vomita, todos vomitam.
Sempre consulte um médico antes de tomar qualquer substância contra enjoo e, feito isso, é consenso que eles funcionam bem quando tomados antes de dormir na véspera do passeio e, novamente, pela manhã, antes do embarque.
Ajude nas tarefas
Num barco, sempre há alguma coisa a fazer para ajudar na navegação — seja soltar um cabo ou prender uma boia. Especialmente nos veleiros, que sempre necessitam subir, descer e regular velas. Assim, na medida do possível, tente ajudar. Ou, pelo menos, se ofereça, caso necessário.
Não faça o que não sabe
Na ânsia de querer ajudar na navegação, passageiros leigos muitas vezes acabam criando situações de risco a bordo. Portanto, só se meta a fazer o que sabe.
E, se não souber, não tenha vergonha alguma de sempre perguntar ao comandante, que será sempre a única pessoa a ser ouvida a bordo.
Seguindo essas dicas você, com certeza, vai ser o convidado perfeito para navegar.
Cozinhar no barco é muito diferente de cozinhar em casa. Em primeiro lugar, tudo é menor, incluindo fogão, geladeira (caso tenha), pia, armários para mantimentos e até mesmo a lixeira.
Além disso, a água e a eletricidade podem ser limitados, porque um barco longe do cais é uma plataforma autossustentável e ficar sem combustível para cozinhar no meio de uma refeição pode significar que não há refeição.
Pensando nisso, NÁUTICA separou algumas das melhores dicas para te ajudar a cozinhar e comer bem a bordo. Confira:
17 dicas para cozinhar no barco
Para cozinhar a bordo não é preciso ter uma lancha com gerador. Basta ter um fogareiro de acampamento — e tem quem prefira cozinhar num fogareiro a gás do que em um fogão por indução;
Planejamento com antecedência é fundamental. Um barco longe do cais significa que você não pode simplesmente correr até a loja para pegar itens esquecidos;
Além disso, você precisará verificar quanto espaço você tem para guardar os mantimentos, especialmente se eles precisarem ser refrigerados;
Os menus escritos irão ajudá-lo a incorporar as sobras de uma refeição em partes de outra, economizando tempo, espaço e ingredientes;
Se várias pessoas estiverem cozinhando, é melhor ter um apontador que faça uma lista do que comprar, ou haverá muito para levar a bordo, guardar e sobras;
Em uma viagem longa, gaste alimentos que estragam rapidamente, deixando itens mais duradouros para serem usados posteriormente;
Prepare refeições com antecedência. Uma maneira de comer melhor em um barco é fazer alguns itens mais complexos em casa e congelá-los para usar mais tarde. Guisados, massas e até sobremesas podem ser feitos em casa. Isso resgata o cozinheiro de um tempo prolongado na cozinha, economiza água ao fazer os pratos e limita o número necessário de ingredientes separados, como temperos;
Outra dica é controlar o espaço. Não só as cozinhas são pequenas com espaço limitado no balcão, mas um barco em movimento e uma faca afiada podem ser uma combinação assustadora;
Experimente mover a tábua de corte para a mesa de jantar ou na cabine e deixe o cozinheiro da preparação sentado com segurança e fora do caminho do chef;
Lave os pratos enquanto cozinha, porque as pias dos barcos não aguentam muito;
Cozinhe em etapas, porque várias panelas grandes e fogões para barcos pequenos não são compatíveis. Você pode reaquecer rapidamente antes de servir;
Retire todos os ingredientes da geladeira juntos ou em lotes. Quanto mais você abrir a geladeira, mais energia da bateria será necessária para esfriá-la novamente;
Coloque os itens que você usará primeiro em cima e combine itens como carnes frias ou potes de iogurte em uma sacola para que itens individuais não desapareçam no fundo de uma geladeira;
Não é recomendado também economizar nas ferramentas adequadas, mas não espere ter todo o equipamento de casa, como um liquidificador, batedeira ou micro-ondas;
Invista em algumas facas boas e uma tábua de corte que não seja de madeira, porque os barcos são famosos por cultivar mofo e bactérias. Ferramentas de silicone dobráveis funcionam bem em armários de barco apertados, assim como tigelas e potes com alças removíveis;
Para cozinheiros que tendem a ficar enjoados, passar horas em uma cozinha balançando não será divertido, então considere dividir as tarefas com outras pessoas;
Do lado positivo, a comida tende a ter um gosto melhor no mar, então até refeições simples serão apreciadas e jantar ao ar livre sob as estrelas significa que você criará um ambiente perfeito com pouco trabalho além de acender um par de velas elétricas.
A Década dos Oceanos é uma iniciativa da ONU para mobilizar governos, setor privado, cientistas e todos nós em ações transformadoras baseadas em conhecimento científico em prol da saúde do oceano — e tem mobilizado muitas empresas.
Os oceanos concentram a maior biodiversidade do planeta e, embora o setor empresarial tenha investido em medidas sustentáveis para o meio ambiente, muito menos atenção é dada ao ambiente marinho. Por essa razão, a Organização das Nações Unidas – ONU declarou o período de 2021 a 2030 a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. A meta é ter um oceano limpo até 2030.
Também conhecida como Década dos Oceanos, a iniciativa propõe ações em prol da saúde oceânica por meio de cooperação internacional, incentivando a pesquisa científica e as inovações tecnológicas voltadas para a limpeza, segurança e sustentabilidade dos mares, oceanos e zonas costeiras.
Embora seja impactado por conta da pesca, poluição e perda de habitats, o oceano guarda a maior biodiversidade do planeta, e é também o maior potencial de novos negócios sustentáveis.
Além da manutenção dos ecossistemas, fluxo de energia, regulação climática, alimentos (17 a 50% do consumo de proteína animal mundial vem do oceano), bem-estar humano (lazer) e aspectos culturais, existe um enorme potencial de uso sustentável da biodiversidade marinha, em especial de aspectos biotecnológicos que trazem oportunidade de inovação e ampliação de negócios sustentáveis.
O Brasil possui a Amazônia Azul, com uma estimativa de que mais de 20% do PIB nacional venha do oceano e zona costeira. A economia azul necessita de ações interdisciplinares, que integre diferentes setores da sociedade e que desenvolva a ciência, tecnologia e inovação, como a inteligência artificial associada à coleta de dados, contribuindo para a conservação e uso sustentável do oceano.
Porém, existe muito sobre a biodiversidade marinha a ser descoberto, e as empresas podem investir neste conhecimento que será a base para o desenvolvimento sustentável.
Muitas ações têm sido realizadas, mas o Seabed 2030 é um programa emblemático da Década dos Oceanos. Trata-se de um projeto colaborativo entre a The Nippon Foundation e o General Bathymetric Chart of the Oceans (GEBCO) para fazer o mapeamento completo dos oceanos do mundo até 2030 e compilar todos os dados batimétricos no GEBCO Ocean Map, disponível gratuitamente. Lançado há 5 anos, o Seabed 2030 mapeou em alta resolução até agora 23,4% do fundo do mar.
“Apesar de cobrir mais de 70% do planeta, nosso conhecimento do que está abaixo da superfície azul foi severamente limitado. Sem essa informação crucial, não podemos ter um futuro sustentável — um mapa completo do fundo do oceano é a ferramenta que faltava para nos permitir enfrentar alguns dos desafios ambientais mais prementes do nosso tempo, incluindo as mudanças climáticas e a poluição marinha. Isso nos permitirá salvaguardar o futuro do planeta”, disse Mitsuyuki Unno, diretor executivo da The Nippon Foundation, durante a última Conferência da ONU, em Lisboa.
Um mapa completo do fundo do mar é necessário por uma série de razões, inclusive para o futuro da humanidade. O oceano impulsiona os sistemas globais que tornam a Terra habitável para nós — oxigênio, água potável, grande parte de nossa comida e o clima são, em última análise, regulados e fornecidos pelo mar.
A topografia do fundo do oceano também ajuda a identificar os perigos subaquáticos e informar a gestão sustentável dos recursos marinhos e o desenvolvimento de infraestrutura.
Enquanto a poluição por plásticos é a mais abordada na discussão atual, muitos outros poluentes, como fertilizantes, resíduos químicos, efluentes industriais, entre outros, impactam a zona costeira. Um desafio dado pela ONU é apresentar soluções inovadoras que integrem as ações empresariais em prol da biodiversidade às agendas globais e demandas sociais.
Empresas do mundo todo estão avaliando as oportunidades para assumir um papel de destaque nesse movimento global. No Brasil, inúmeras ações têm sido realizadas sob a liderança da Unesco e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações que envolvem desde políticas públicas a programas de engajamento social. Considerar o oceano, a biodiversidade costeira e marinha e a economia azul são oportunidades que farão a diferença ao longo dessa década.
A Panerai, por exemplo, assumiu o compromisso por uma relojoaria sustentável. À medida que as mudanças climáticas se firmaram como realidade, a sustentabilidade se tornou elemento orientador em todos os níveis da empresa. O prédio que abriga as operações da Panerai dá o tom para o cuidado com o meio ambiente e com as práticas conscientes em seu interior.
Trata-se de um edifício excepcionalmente moderno, que adere aos mais altos padrões para redução das emissões de dióxido de carbono a zero, com a implementação de diversos processos de reciclagem e o uso inteligente de recursos renováveis, como o reaproveitamento de água da chuva (economia de 225 mil litros por ano) e 100% da eletricidade no sistema hidrelétrico para alimentar o processo de fabricação.
Além disso, a Panerai está na vanguarda do desenvolvimento de materiais. O eSteel™ é um metal de última geração obtido a partir de sucata de aço 100% reciclada, proveniente de diferentes indústrias.
Em 2021, a Panerai apresentou o eLAB-ID™, um relógio conceitual com o mais alto percentual de material reciclado da história. Até 2025, 30% das coleções da empresa serão produzidas com materiais reciclados.
Como uma marca cujo legado está intimamente ligado à exploração submarina, a Panerai acredita ser fundamental melhorar a saúde dos oceanos, por isso firmou parceria com o COI-UNESCO – Instituto Oceanográfico Intergovernamental Comissão da UNESCO – para desenvolver o programa Ocean Literacy.
A colaboração de dois anos se concentrará na educação, ciência cidadã e envolvimento da indústria. O objetivo é explicar aos alunos de 100 das melhores universidades do mundo como uma marca de luxo como a Panerai pode ser uma força positiva contra as mudanças climáticas e a poluição dos oceanos e motivá-los a pensar sobre o oceano de forma diferente, mas principalmente para se tornarem agentes ativos de mudança.
A essência do programa Ocean Literacy é transformar conhecimento em ação. Além disso, alunos e professores terão a oportunidade de participar de um dia de coleta de plástico organizado em cada país pela marca para contribuir ativamente para a saúde ambiental do local onde vivem.
“Ocean Literacy é mais do que informar o público, capacita as pessoas a serem agentes ativos de mudança e sentirem-se capazes de traduzir o conhecimento em ação”, diz Francesca Santoro, especialista em Programas do COI.
“Empresas como a Panerai podem ter um grande impacto sobre o meio ambiente, mudando a forma como produzem bens, mas também convencendo o público da importância desses objetivos”.
Para o CEO da Panerai, Jean-Marc Pontroué, a responsabilidade é de todos: “Como empresa, temos a responsabilidade de estarmos ativos e apoiarmos a necessidade urgente de mudar e ajudar a proteger nosso Planeta, capacitando todos a tomar medidas diretas para cuidar disso também. Quanto mais trabalharmos juntos, melhor”.
Outro compromisso da Panerai vai contribuir para sua Iniciativa de Conservação do Oceano, desenvolvida em parceria com o COI-UNESCO. A empresa e a Razer, marca líder global de estilo de vida para gamers, firmaram parceria com a organização ambiental sem fins lucrativos Conservation International para apoiar a pesquisa de espécies marinhas.
A parceria se concentrará no monitoramento por satélite das arraias Manta e para coletar dados, incluindo temperatura, profundidade e localização. O programa das arraias Manta é liderado pelo renomado cientista e conservacionista marinho Mark Erdmann, da Conservation International.
“Os dados contínuos de nossa pesquisa sobre arraias Manta nos levou ao desenvolvimento de meios de vida sustentáveis com oportunidades para as comunidades locais, apoiar a criação de novas áreas de proteção e contribuir com informações para mudanças na política que protegem essas espécies e seu ambiente oceânico. Nós estamos animados para ampliar este programa junto com Panerai e Razer”, diz Erdmann.
A Razer também compartilha com a Panerai compromissos pela sustentabilidade, e lançou seu programa de 10 anos para proteger a natureza e preservar o meio ambiente, em 2021. Desde então, liderou a tarefa de tornar a sustentabilidade endêmica em seus jogos, oferecendo à sua comunidade de jogadores ainda mais maneiras de se envolver em suas causas verdes.
“O objetivo da preservação dos oceanos é uma consideração indispensável em tudo o que fazemos, na fábrica e além dela. Nossa parceria com a Razer e a Conservation International não é exceção e demonstra nossa abordagem de 360 graus para melhorar o ambiente marinho e o meio ambiente em geral. O projeto mostra de forma convincente que proteger a vida selvagem oceânica não é um jogo de soma zero. Em vez disso, ao proteger a Manta estamos apoiando um ecossistema saudável, incluindo as pessoas que fazem parte dele”, diz Jean Marc Pontroué, CEO da Panerai.
Fluxo do plástico
A cada ano, 242 milhões de toneladas de resíduos plásticos são gerados no mundo e, desse total, cerca de 8 milhões chegam aos oceanos. O Brasil é o 16º país que mais contribui para a poluição de plástico no oceano e, considerando a permanência do cenário atual, tende a dobrar até 2030.
As estimativas indicam que os resíduos gerados em terra contribuem com até 80% dos resíduos de plástico no ambiente marinho.
Para mudar essa situação, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU criou o Projeto Blue Keepers, iniciativa nacional que busca combater a poluição plástica nos oceanos no curto, médio e longo prazos, unificando esforços de empresas de todos os setores, diferentes níveis de governo e da sociedade civil.
O projeto conta com o patrocínio da Braskem, Alpargatas, Cetesb, Unibes Cultural, Firjan, Fundação Avina, Fundação Grupo Boticário e apoio da Universidade de São Paulo (USP), entre outras entidades.
Inicialmente, o foco é realizar um estudo para mapeamento das fontes de resíduos plásticos no Brasil, a fim de identificar quais são os focos de ação que irão nos levar aos melhores resultados em termos de volume de material recuperado.
Do barco para o pulso
Embaixador da Panerai e amigo da marca desde 2001, o velejador Mike Horn participou do desenvolvimento do primeiro relógio feito de materiais reciclados, quando um pedaço do eixo do barco Pangea que ele usa para circunavegar o mundo nas condições mais extremas foi reutilizado para produzir a caixa do relógio Panerai Submersible Eco Pangaea, em 2020.
Com edição limitada a apenas 5 unidades, os donos tiveram acesso a uma experiência única, guiada pelo explorador Mike Horn, que aconteceu no Polo Norte, baseada nos alicerces comuns à Panerai e a Mike Horn, como compartilhamento de valores de vida, paixão pelo mar e a consciência pela importância de salvar e defender nosso Planeta.
Niterói saiu na frente
Niterói foi a primeira cidade brasileira a lançar um site sobre a Década do Oceano. A plataforma Oceano Que Queremos reúne iniciativas desenvolvidas na cidade e ligadas aos mares e oceanos, já com 12 projetos cadastrados, e histórias de heróis do oceano, com pessoas que contribuem para a manutenção da qualidade ambiental das praias e do oceano em Niterói.
Qualquer pessoa pode inscrever a sua iniciativa e fazer parte da Agenda Municipal de Niterói. Basta preencher o formulário e se cadastrar.
A iniciativa faz parte da Agenda da Década da Ciência Oceânica do município e conta com informações sobre a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e tudo que abrange o assunto.
Paulistana acelerada, Gisela Schmitt trocou a vida urbana e corrida de São Paulo pelo sol de Paraty, no Rio de Janeiro. Aos 22 anos, ela já tinha trocado a carreira de publicitária durante uma temporada em Nova York, quando conseguiu um emprego no restaurante Barolo.
Apaixonada por gastronomia, deu sequência à experiência passando por outros restaurantes nos Estados Unidos e no Brasil, como Loulou, Cocotte, ABC Kitchen e Julia Cocina. Além disso, adicionou toques de cada cultura que vivenciou em suas viagens: do sertão de Minas Gerais ao Japão, do Uruguai à Noruega, de Berlim à África do Sul.
Gisela se dividia entre seu bufê na capital paulista e serviços de consultoria para restaurantes e bares em São Paulo e Praia da Pipa (RN), quando foi contratada para ajudar a montar um restaurante em Paraty. Assim começou sua história de amor com a charmosa cidade histórica fluminense. E também com o amor de sua vida.
Na ocasião, Gisela conheceu Miguel Borges, cuja família tem negócios na região, incluindo a marina Porto Imperial, e com quem se casou. O casal costumava reunir amigos na traineira de 50 pés, construída em 2009 por artesãos locais com madeira de reflorestamento.
Entre o nascimento da filha Gloria, em 2013, e do filho João Miguel, em 2015, Gisela vivia entre São Paulo e Paraty e começou a oferecer um serviço pioneiro de catering para barcos, em 2014. “Eu estava trabalhando muito e via os filhos das minhas amigas em São Paulo doentes por causa de poluição.
Um dia, na cozinha de casa, depois de fazer um carbonara, olhei para o meu marido e disse: vamos morar em Paraty de vez? Em 20 dias fizemos toda a mudança. Só da minha cozinha foram 65 caixas.”
Ancorada em Paraty, seu projeto Gastromar foi ampliado. Além de catering para embarcações, abriu o Restaurante & Empório Gastromar na Marina Porto Imperial, em 2017, e o barco da família passou a realizar passeios gastronômicos.
Sempre fui superurbana, mas em busca do sol – Gisela Schmitt
“Em São Paulo, amava a sensação de saber que tinha tudo 24 horas. Disso sinto falta. E de andar pelas ruas e respirar multidão, ideias, diferenças, contrastes. Mas isso também é o lado sufocante que me faz amar a escolha de me mudar para cá. Muita informação pode ser brutal pra quem quer viver bem.”
A bordo da traineira Sem Pressa, Gisela trabalha descalça, cozinha com ingredientes locais e sazonais para pequenos grupos de pessoas, que se divertem com mergulhos e passeios de stand-up paddle nas águas limpas da região e se deliciam com os pratos à base de frutos do mar frescos preparados pela chef ali, à vista de todos.
“A melhor parte de ter uma cozinha no mar é estar em contato com a natureza, com uma vista linda e mutável, cada dia um céu, um mar, um peixe. A pior é a tensão permanente da previsão do tempo”, diz Gisela.
Em 5 horas de passeio pela costa, regado com aperitivos e bebidas à vontade, a cada parada um prato é servido e, no final, um banquete de sobremesas encerra o programa. Quem disse que as pessoas querem ir embora?
Em sintonia com a vida caiçara, mas mantendo seu ritmo urbano, Gisela não para – mas vê os filhos crescerem, compra direto de quem pesca, prepara tudo com ingredientes fresquinhos.
Investiu na horta orgânica de 1.300 m² TerraMar, de onde extrai diversos ingredientes que vão diretamente para suas cozinhas. Em fevereiro, inaugurou o JapaMar, primeiro restaurante da Costa Verde com ingredientes da pesca artesanal local.
Debruçado sobre o mar, na Marina Porto Imperial, o Japamar reúne a experiência da chef Gisela e a técnica do sushiman Eduardo Diniz e, além de restaurante, possui o takeout para embarcações.
A chef, que já fez um trabalho sustentável e pontual com os pescadores de Paraty e pequenos produtores agrícolas, orgulha-se de propagar, por meio do restaurante, o consumo de peixes locais e superfrescos e conscientizar sobre os períodos da pesca, que devem ser respeitados.
Inaugurado em junho, um novo espaço na Marina Porto Imperial reúne o Empório Gastronomar, a loja Goia e, entre os dois, o jardim Goia, uma área perfeita para um drinque ou café.
A mais nova — e diferente — integrante do projeto Gastromar é a pequena balsa Brisa, que faz o traslado de 10 minutos entre o centro de Paraty e Marina Porto Imperial. A embarcação poderá ser customizada para eventos ao longo do ano, com drinques e charme.
Como se pode notar, a rotina da Gisela não nos remete à calma vida caiçara. Segundo ela, tudo se deve à atenção aos detalhes e à alegria de viver junto ao mar: “Dessa mistura autêntica e genuína, parcerias incríveis estão acontecendo”. Gisela se refere ao recente projeto com o canal National Geographic e também uma série para um canal de tv nacional.
Conforme diz o neon que decora a entrada do restaurante Gastromar e Gisela adora repetir: “Se a maré te trouxe, fica”.
A italiana Francesca Santoro, coordenadora do programa de cultura oceânica da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO, órgão da ONU encarregado de liderar a implementação da Década do Oceano, deu entrevista à NÁUTICA.
NÁUTICA: O principal objetivo do programa de alfabetização da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco é educar e engajar as crianças que serão adultos conscientes, mas a solução é mais urgente, não é?
Francesca Santoro: Sim, não temos muito tempo para agir. Estamos numa emergência oceânica, como disse o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres. Por essa razão, nosso programa não é direcionado apenas para crianças.
O Ocean Literacy começou como uma ferramenta para “apenas” introduzir mais conteúdo de ciências oceânicas nas escolas, mas se tornou um tópico e um objetivo para toda a sociedade. Organizamos regularmente cursos de treinamento para jornalistas, formuladores de políticas e para o setor financeiro porque queremos garantir que todos possam ter as ferramentas certas para transformar o conhecimento oceânico em ação.
NÁUTICA: Existe uma ação fundamental para salvar os oceanos, como extinguir o plástico, por exemplo?
FS: Como disse a famosa oceanógrafa Sylvia Earle, a maior ameaça ao oceano e, portanto, a nós mesmos, é a ignorância. Muitas pessoas não estão cientes do papel crucial do oceano para nossa sobrevivência nesse planeta.
O oceano produz entre 50 e 80% do oxigênio do planeta e é nosso melhor aliado contra a crise climática, pois absorve cerca de 25% do dióxido de carbono emitido.
Portanto, eu acredito que a ação fundamental para salvar nosso oceano é se informar melhor e investir em ciência e pesquisa oceânica. Só assim entenderemos melhor as questões em jogo e poderemos trazer as soluções certas para a mesa.
NÁUTICA: Qual é a importância de empresas, como a Panerai, apoiarem projetos da Unesco para a Década dos Oceanos?
FS: É absolutamente fundamental. Empresas como a Panerai podem, antes de tudo, dar o exemplo para outras empresas e incentivá-las a se tornarem mais sustentáveis.
Ao mostrar que é possível ser sustentável e ainda lucrar, você afasta as desculpas de quem não está disposto a agir. Além disso, a Panerai pode apoiar a Unesco no sentido de aumentar nossa visibilidade e nos ajudar a atingir um público que não é o habitual que acompanha nossas iniciativas.
NÁUTICA: Você tem observado mudanças relevantes nos países em prol dos oceanos?
FS: Sim, definitivamente. Portugal e Quênia acabam de acolher a segunda Conferência dos Oceanos da ONU em Lisboa. Mais de 6 mil delegados estiveram presentes e 24 chefes de estado participaram do evento.
Há uma onda de comprometimento dos países e muitos deles estão dispostos a investir mais na ciência oceânica, na conservação, criando novas áreas marinhas protegidas, e também desenvolvendo novas políticas para promover o combate à poluição e às mudanças climáticas.
É importante promover a colaboração internacional entre os países para proteger o oceano. Nenhum país sozinho é capaz de fazer isso.
NÁUTICA: Qual país está mais comprometido com essa causa?
FS: Não há um único país que seja o mais comprometido, eu diria. Mais e mais países estão fazendo a sua parte para salvar coletivamente nosso oceano.
O Brasil está em luto! Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, nos deixou nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. Considerado o maior jogador da história do futebol, o “rei” da modalidade e personalidade mundial do esporte, Pelé também tinha sua ligação com o mundo náutico.
Em 1969, no mesmo ano em que fez o milésimo gol de sua carreira, o maior jogador de todos os tempos comprou uma lancha Carbrasmar modelo Xaréu 22. O barco foi batizado com o nome de sua primeira filha, Kelly Cristina, nascida dois anos antes.
O melhor de tudo é que a lancha que pertenceu ao Rei do Futebol ainda existe e está como nova. Já com mais de 50 anos de mar, o primeiro barco de Pelé foi resgatado pelos irmãos Danilo e Leandro Iakimoff, que não tinham ideia, a princípio, do passado daquela embarcação.
Barco de Pelé foi restaurado
Cultuadores de barcos de madeira, Danilo e Leandro garimpavam um casco antigo, mas ainda em boa forma, quando um amigo anunciou ter encontrado, em Santos, uma Carbrasmar modelo Xaréu 22, ano 1969, do jeito que eles queriam.
Confiando na informação, eles fecharam o negócio “às cegas”, ou seja, sem conferir o estado de conservação da mercadoria. Dias depois, quando finalmente viram a lancha, levaram um susto. “O motor estava fundido, o costado, solto, e a madeira, deteriorada. Pouca coisa se salvava”, conta Danilo.
Ao conferir os documentos daquela embarcação clássica, porém, os irmãos Iakimoff tiveram uma surpresa que compensou, com juros e correção, o investimento de R$ 10 mil: a Kelly Cristina — o nome estava bem visível no casco da joia — tinha valor histórico.
Seu primeiro e famoso dono tinha sido simplesmente o rei Pelé, que comprou a lancha um ano antes do Tricampeonato mundial, quando jogava no Santos.
Como bons restauradores, Danilo e Leandro encararam, então, o desafio de deixá-la nova outra vez, garimpando peças e acessórios originais. Em apenas três meses, a restauração foi concluída. “O próprio Pelé visitou o barco, e se emocionou por lembrar seu pai, Dondinho, que na época usava muito a sua lancha”, conta Danilo.
A velha Carbrasmar ficou novinha de novo, e linda, tal qual saiu de fábrica. Para o retorno à água, eles escolheram o dia 19 de novembro de 2009, data do 40º aniversário do milésimo gol do rei.
Um acontecimento conhecido como Rei Pelé
Nascido na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1940, filho de João Ramos do Nascimento (também ex-jogador de futebol, conhecido como Dondinho) e Celeste Arantes do Nascimento, Pelé foi influenciado pelo pai no gosto por futebol.
Começou a fazer parte dos times de garotos que jogavam nas ruas de Bauru e gostava de atuar no gol, inspirado no goleiro José Lino da Conceição Faustino, o Bilé, amigo de time de seu pai, o Vasco de São Lourenço (Minas Gerais), e que inspirou seu apelido.
Como Edson não conseguia pronunciar o nome Bilé corretamente, durante os jogos com os amigos, ele falava algo semelhante com “Seguuura, Pilééé!”, quando fazia suas defesas. O fato fez com que os amigos passassem a chamá-lo de Pelé. Ele não gostou disso, e foi aí que o apelido pegou! Mal sabia ele tudo o que viria pela frente e que ficaria mundialmente conhecido por tal apelido…
Pelé começou a ser reconhecido nacionalmente ainda com 16 anos de idade, e é até hoje o jogador mais novo a vencer uma Copa do Mundo de Futebol. Com apenas 17 anos e 8 meses, foi campeão do mundo em 1958, na Suécia.
O então garoto fez seis gols em sua primeira Copa do Mundo e foi o artilheiro do Brasil. Nessa edição, Pelé foi chamado pelos franceses de Rei do Futebol.
O primeiro gol de Pelé em uma Copa do Mundo foi contra o País de Gales, nas quartas de final do Mundial de 1958. O feito concede a Pelé o recorde de jogador mais novo a fazer um gol em uma Copa do Mundo.
Na Copa da Suécia, Pelé recebeu a camisa 10, número que ficou eternizado em suas costas, e rendeu aos jogadores mais habilidosos o uso dela.
Além do sucesso nos campos brasileiros, Pelé também jogou nos Estados Unidos, e despediu-se do futebol em 1977, em um jogo do Cosmos (time norte-americano) contra o Santos, nos Estados Unidos, onde disputou o primeiro tempo da partida com a camisa do Cosmos e o segundo tempo com a camisa do Santos.
De acordo com o Livro dos Recordes, Pelé marcou em sua carreira 1.281 gols, sendo o maior artilheiro da história do futebol.
A vida voltou às águas do Rio Pinheiros. Agora, com as suas margens revitalizadas e o meio ambiente preservado o rio integra-se novamente à cidade. Mas a transformação mais evidente, e talvez a mais importante, se deu nas áreas de maior vulnerabilidade social, onde a chegada do saneamento levou mais saúde e qualidade de vida para cerca de 3 milhões de famílias.
A pergunta que se faz é: o que foi feito de diferente agora para que o Rio Pinheiros passasse a ter vida novamente?
Como se sabe, a partir do trabalho de despoluição, que começou em 2019, peixes começaram a ser vistos nadando no Rio Pinheiros. Imagens gravadas pela população surpreenderam as redes sociais. Segundo especialistas, a presença dos animais é um indicativo de recomeço de vida no local. Sinal de que encontraram no rio que cruza a zona sul de São Paulo oxigenação suficiente para continuar vivos.
Junto com o Governo do Estado de São Paulo (e de outros órgãos, como a Prefeitura de São Paulo), a Sabesp, responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios paulistas, liderou a frente de saneamento do mais bem-sucedido programa de despoluição de sua história.
A meta inicial da Sabesp no Programa Novo Rio Pinheiros era fazer a conexão, até o fim de 2022, de 530 mil novos imóveis à rede de esgoto da cidade de São Paulo.
A empresa não apenas cumpriu a meta como avançou 30% acima do objetivo, conectando mais de 650 mil imóveis à rede de esgoto! “Isso só foi possível porque conseguimos a adesão das pessoas ao Programa de despoluição”, conta Fernandes Hayashi, engenheiro da Sabesp.
Fernandes Hayashi, engenheiro da Sabesp: meta cumprida 30% acima do objetivo – Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP
Desde o planejamento do Programa, ficou definido pela Companhia que o engajamento da população, sobretudo com a mobilização das comunidades, seria essencial. E a população reagiu positivamente, sensibilizada pela proposta de resgate da dignidade, da saúde, da esperança e da consciência.
“Quando os dois lados se entendem, começa a nascer uma relação de confiança. As comunidades confiaram que estávamos lá para levar um benefício. Isso foi importante porque gerou sinergia”, acredita Hayashi.
O foco do trabalho foi na recuperação dos afluentes do Rio Pinheiros. “Concentramos os esforços junto às comunidades que vivem no entorno do rio e dos córregos, com construção da rede de esgoto, de coletores e de troncos. Justamente para pegar esse esgoto e levar até a estação de tratamento”, explica Alexandre de Oliveira, engenheiro ambiental da Sabesp.
O engenheiro ambiental Alexandre Oliveira, funcionário da Sabesp há 35 anos, conheceu o rio quando ainda era estudante. Hoje, já observa vida às margens do rio Pinheiros – Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP
Também foram criadas pela Sabesp as chamadas Unidades de Recuperação de Qualidade da Água. São estações de tratamento que recuperam a qualidade dos córregos, melhorando sua qualidade e trazendo benefícios para o meio ambiente, para a sociedade e, no fim da ponta, contribuindo para a despoluição do Pinheiros.
Cada Unidade de Recuperação capta a água de um córrego afluente e a devolve em seguida ao curso natural sem cheiros e com maior capacidade de abrigar vida aquática. Uma solução criativa que colabora na recuperação das águas de córregos como Jaguaré, Pirajussara, Cachoeira, Antonico e Água Espraiada.
Dessa forma, as águas do Pinheiros foram gradativamente melhorando de qualidade, permitindo a redução do odor e o retorno da vida aquáticas nos cursos d’água.
Em 2013, o rio Pinheiros foi declarado morto. 80% do rio era esgoto. Em 2019, a Sabesp e o Governo de São Paulo encararam um desafio que parecia impossível: trazer a vida de volta ao rio Pinheiros — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP
Como um efeito positivo puxa outro, a população está voltando a ocupar as suas margens (como fazia até a década de 1960) e a desfrutar de novas opções de lazer, como o Parque Bruno Covas (com pista de caminhada, quadras esportivas, estações de ginásticas, quiosques e playground) e a Ciclovia Franco Montoro. Isso se chama qualidade de vida. “Antes, eu só passava por aqui de carro mesmo. Era só lixo, um cheiro horrível. Agora, mudou a chavinha. Dá até para a gente comer um lanche às margens do rio”, testemunha a ciclista Kátia Cristina, que passou a ser assídua frequentadora do lugar.
Mais de 650 mil imóveis foram conectados à rede de coleta e tratamento de esgoto, levando dignidade e qualidade de vida para os paulistas
Trata-se de diretriz institucional. A aproximação com a população faz parte do firme compromisso da Sabesp com a sustentabilidade e as melhores práticas de responsabilidade social e ambiental. “O que a gente faz aqui tem um impacto muito positivo para o meio ambiente”, defende o biólogo Fábio Akiyama, que atua na estação de tratamento de esgoto da Sabesp em Barueri, na Grande São Paulo.
O biólogo Fábio Akiyama: as ações têm impacto no meio ambiente
Com suas grandes obras em São Paulo, a Companhia revela também um grande cuidado e respeito pelas pessoas, sob a forma de garantia da segurança hídrica, da qualidade da água, da coleta e tratamento do esgoto. Conquistas que se refletem em melhoria da saúde e da qualidade de vida e, em mais alto grau, na renovação da esperança e da dignidade.
A tese é que o acesso ao saneamento básico deve ser encarado como um instrumento de transformação social tão poderoso quanto os que são aplicados em áreas como saúde, educação e cultura, contribuindo para subverter a desigualdade social.
O acesso às redes de água e de esgoto é um direito do cidadão, uma das formas mais legítimas de combate à desigualdade. Melhora a qualidade de vida, aumenta a produtividade, promove dignidade e devolve a esperança.
“Eu tinha vergonha de trazer minha família para cá, por causa do córrego e do mau cheiro. Tinha rato, tinha barata, essas coisas. Mas agora, graças a Deus, depois que vieram os tubos, que cimentaram tudo direitinho, agora eu posso chamar minha família para almoçar em casa. Eu tenho a minha caixinha de água, tenho meu esgoto. Hoje a vila não é vila. Está parecendo um bairro”, diz Irene Angelo da Silva, moradora de Americanópolis, em um depoimento que, melhor que um tratado sociológico, revela a extensão do alcance do trabalho da Sabesp.
Irene tinha vergonha de receber a família em casa devido ao forte odor e a poluição onde mora. O saneamento mudou sua vida e a de todos os seus vizinhos — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP
“Para os resultados continuarem, nosso esforço agora é o de conscientizar cada um de nós sobre a importância de sermos zeladores desses córregos”, diz Danieli Lolito, técnica em sistema de saneamento da Sabesp.
Atitudes simples mudam o mundo, como o descarte correto de lixo para que estes não cheguem no rio e seus afluentes. Então, as pessoas precisam rever seus hábitos e só deixar ir para os cursos d’água somente aquilo que não altera sua composição natural e que, consequentemente, não vai poluí-los. O Novo Rio Pinheiros é uma conquista de todos nós. Vamos juntos cuidar.
A melhoria da qualidade de vida vem sendo o principal resultado da despoluição do Rio Pinheiros. A vida está voltando ao rio Pinheiros. E o Pinheiros está voltando à vida — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP
Para saber mais sobre o trabalho do Programa Novo Rio Pinheiros, confira a série especial em vídeo.
Hoje é comum vermos famílias e, principalmente, bebês utilizando blusas com proteção solar até mesmo na piscina, imagine então a proteção necessária para quem navega constantemente. Não tem como fugir: a necessidade por proteção para quem navega é muito maior do que para quem vai à praia ou faz um passeio pela orla.
E, por causa da radiação UVA/UVB e dos raios de alta energia visível, as proteções solares devem ser muito mais eficientes no mar aberto. Além do popular protetor solar em creme, gel e todas as variedades disponíveis no mercado, podemos nos proteger com roupas específicas para este fim.
Por isso, NÁUTICA listou alguns aspectos fundamentais numa roupa de proteção de alta qualidade, com consultoria da Pelagic Brasil. Confira:
Proteção solar nativa
As roupas devem ter um bom nível de proteção solar impregnada diretamente no fio. O melhor é evitar as roupas que são tratadas com produtos químicos após a confecção, pois sua proteção sai com as lavagens.
Conforto térmico
Além da proteção solar, é fundamental uma roupa que proporcione conforto térmico durante os passeios. Tecidos técnicos favorecem uma eficiente troca de calor, podendo reduzir em até dois graus a sensação térmica.
Conforto tátil
Uma roupa de qualidade deve ser confortável, com tecido que não incomode no corpo. Assim, a qualidade do material usado na confecção é fundamental para o passeio ser mais prazeroso. Tecidos sintéticos de baixa qualidade costumam ser desconfortáveis.
Secagem rápida
Roupas para uso náutico devem secar rapidamente. Navegar com a roupa molhada pode ser incômodo e não te deixa aproveitar o passeio ao máximo.
Existem muitas outras qualidades que uma boa roupa pode ter: repelência a água, antibactericidas que evitam mau-cheiro, antimanchas para os amantes da pesca, etc.
O importante é sempre estar protegido e confortável, com suas principais necessidades atendidas. Se a roupa for bonita e combinar com seu estilo, ainda melhor.
Uma das mais bem-sucedidas marcas náuticas do mundo, parte do Grupo Ferretti desde 2000, a Riva tornou-se ícone do universo náutico de luxo e símbolo do brilho italiano.
Fundada em 1842, comemorou 180 anos em grande estilo: na festa de gala no Gran Teatro La Fenice, em Veneza, foi apresentado o curta-metragem Riva The Persuaders (assista abaixo).
Filmado e produzido pelos Estúdios Armando Testa na Côte d’Azur e em Mônaco, sob a direção de Federico Brugia, o filme é estrelado pelo ícone do futebol David Beckham, o famoso ator italiano Pierfrancesco Favino e o piloto de Fórmula 1 Charles Leclerc.
Meus agradecimentos a Pierfrancesco, David e Charles pela amizade, paixão e diversão que colocaram no projeto: o resultado é espetacular. A história da Riva parece um filme e este extraordinário curta-metragem, com seu incrível trio de protagonistas, é a celebração perfeita dos 180 anos da marca – Alberto Galassi, CEO da Ferretti
Inspirado na série de TV de ação do início dos anos 1970, The Persuaders, estrelada por Roger Moore e Tony Curtis, o curta-metragem de três minutos é repleto de ação e mostra Beckham em um Maserati vintage correndo contra Favino em uma Ferrari antes que a ação se mova para a água, onde as três celebridades dirigem iates — Beckham em um Diable 68, Favino a bordo de um Rivale 56 e Leclerc em um Rivamare de 39 pés.
O trio acaba sendo visto junto a bordo de um superiate Navetta 37 da Custom Line, outra marca do Grupo Ferretti.
Formada em Economia, a francesa Louise Neutrino é artista por vocação. Embora sonhe em pintar cada vez mais, ela divide o seu tempo entre as aquarelas e seu trabalho na área de TI.
Louise acabou de se mudar de Nantes, cidade às margens do rio Loire, na região da Alta Bretanha, oeste da França, para a costa sul da Bretanha, perto do mar, de onde vem sua família.
Ela mostra habilidade pelo desenho desde criança e fez vários cursos para aprimorar sua arte e aprender novas técnicas, mas é na aquarela mesmo — técnica que surgiu na China, há 2 mil anos —que Louise encontrou o caminho para expressar a suavidade que vê em um barco velejando ou a força de um kite vencendo as ondas.
Pinto apenas com aquarela, o que me permite variar o quanto preciso de suavidade e força, e oferece muitas possibilidades, mas nem sempre é fácil de controlar – Louise Neutrino
Sua pintura minimalista, que só expressa os traços necessários, parecem fluir naturalmente, como se levados pela correnteza, dando uma aparência quase abstrata às obras.
As formas e as emoções da vela estão ali, no papel, reveladas por meio da luz e das cores, em pinceladas precisas.
Ela não é velejadora nem surfista — “mas adoro estar em qualquer barco, a qualquer hora” — e, curiosamente só pinta veleiros, windsurfe e kitesurf: “Sou intensamente atraída pelo oceano e por todos os veleiros. Eles significam design e elegância para mim. Sinto que herdei essa paixão do meu avô, que era um bom construtor naval”.
Geralmente Louise faz muitos esboços antes de capturar a forma específica de cada veleiro e gerar uma interpretação que lhe dê personalidade. “Nas minhas pinturas, quero que os barcos ou windsurfe ou kite sejam, ao mesmo tempo, realistas, mas com um sentimento poético, como se saíssem de um sonho colorido e alegre”.
Eleito o melhor restaurante de peixes e frutos do mar de São Paulo por vários anos, o Amadeus se consagrou como o destino favorito de quem ama pescados.
Com cerca de 35 anos de história, o restaurante passou por uma renovação em 2002, quando a chef Bella Masano, filha do casal proprietário Ana e Tadeu Masano, assumiu a cozinha.
A vedete são pescados e frutos do mar, sempre frescos. A casa tem cultivo próprio de ostras, vieiras e mariscos em Florianópolis, que desembarcam vivos em São Paulo, trazendo um pouco da brisa marítima.
O rigor na escolha dos ingredientes e a perfeição no preparo valorizam tanto os pratos clássicos da casa quanto as criações ousadas da chef, que realçam o sabor dos frutos do mar.
Com passagem pela Le Cordon Bleu, em Paris, Bella flerta com a alta gastronomia, mas não deixa de lado os clássicos que deram fama à casa.
Sempre em busca de novas técnicas de cocção, combinações e apresentações diferentes, Bella faz questão de buscar os melhores produtos e receitas para valorizá-los, sem tirar o brilho e o sabor dos pescados.
Desde criança ela frequenta o restaurante dos pais, mas nunca pensou em trabalhar ali. Formada em turismo, queria se dedicar ao planejamento turístico, mas após os estudos no exterior, que ela buscou apenas porque gostava de cozinhar, sem a intenção de se tornar chef, passou a dar palpites no cardápio e foi se envolvendo naturalmente.
O Amadeus já era um restaurante consagrado, e Bella tinha apenas 20 anos. Ela agiu com cautela, implementou mudanças aos poucos e foi imprimindo seu estilo.
Qualquer pedido do cardápio — das entradas ao camarão com arroz negro, os famosos cuscuz e moqueca ou o simples peixe grelhado —, tudo agrada, não só pelo sabor, mas também pelo esmero da apresentação.
Entre uma receita e outra, a chef Bella Masano falou com NÁUTICA. Confira abaixo a entrevista.
NÁUTICA: A que se deve o Amadeus ser considerado um dos melhores restaurantes de frutos do mar?
Bela Masano: A cozinha do Amadeus sempre se alicerçou na busca por ingredientes frescos e respeito por esses ingredientes.
NÁUTICA: Qual é a sua relação com o mar?
BM: Sou uma grande admiradora do mar. Mergulho desde criança.
NÁUTICA: Qual peixe ou fruto do mar você mais gosta de cozinhar?
BM: O mais fresco.
NÁUTICA: Como cria seus pratos?
BM: É um processo que pode variar tanto… às vezes se inicia pela curiosidade de unir ingredientes. Em outros momentos, o ponto de partida é um território já bem conhecido, uma receita clássica ou uma referência mais afetiva.
NÁUTICA: A sua chegada ao restaurante trouxe uma renovação. Como foi esse processo?
BM: As mudanças foram graduais e pontuais, sempre tentando respeitar o que já estava estabelecido.
NÁUTICA: Você mantém clássicos da casa com receitas mais autorais, certo?
BM: A grande dificuldade do cardápio sempre foi eleger o que tirar para dar espaço a novas experimentações. Os clássicos sempre tiveram maior peso. Hoje buscamos reduzir o cardápio fixo aos pratos mais emblemáticos e sugerir outros, de acordo com a disponibilidade de matéria-prima.
NÁUTICA: Quando assumiu como chef, qual a lembrança que tinha do restaurante dos seus pais?
BM: O Amadeus é meu irmão mais novo, que sempre deu mais trabalho para os meus pais. Brincadeiras à parte, o restaurante sempre foi uma extensão da nossa casa.
NÁUTICA: O restaurante mantém influências da França e Itália, como na origem?
BM: Priorizamos o uso de ingredientes brasileiros e clássicos, como Moqueca e Bobó, que são ícones do cardápio. Mas eu sempre brinco que o Amadeus tem passaporte diplomático, o que nos deixa bastante à vontade para navegar livremente e incorporar referências de outras cozinhas do mundo. Talvez possa dizer que é um restaurante paulistano, que abarca a multiplicidade cultural da cidade e, em especial, as nossas influências familiares.
NÁUTICA: Seus pais ainda dão palpites nas suas receitas?
BM: Os meus pais sempre estiveram presentes no dia a dia do restaurante, compartilhando as decisões sobre cardápio e gestão. Diria que a minha mãe sempre foi a alma do Amadeus. Por um longo período, eu e minha mãe estivemos mais presentes. Mais recentemente, o meu pai voltou a se envolver mais e até a cozinhar no Amadeus. Anda até fazendo sobremesas com os netos, o que me faz lembrar também das minhas primeiras “participações” no Amadeus, ainda criança.
Camarão à Paulista (4 porções)
Confira a receita da chef Bela Masano, do Amadeus.
Ingredientes:
Molho Caesar
12 camarões Rosa gigantes
1 cabeça de alho
1 maço de salsinha (sem os talos maiores)
200 ml de azeite extravirgem
metade de um limão
Sal e pimenta-do-reino a gosto
24 cogumelos
Modo de preparo
Limpe os camarões pelas costas, preservando as cascas e a cabeça (ou peça para o seu peixeiro fazer isso). Tempere com sal, pimenta-do-reino e algumas gotas de limão.
Lamine o alho e higienize a salsinha.
Aqueça 2/3 do azeite em uma frigideira grande. Coloque os camarões para fritar, por cerca de 40 segundos de cada lado. Adicione as lâminas de alho e coloque os camarões “sentados” na frigideira, apoiados pela cabeça, para que terminem de cozinhar.
Quando o alho estiver dourado, adicione a salsinha e coloque o restante do azeite. Retire do fogo. Acrescente os cogumelos e sirva imediatamente.
A Itália, lar do antigo Império Romano, guarda resquícios preciosos desse período da história, mas nenhum como o Parque Arqueológico Subaquático de Baia, a 25 km de Nápoles, uma área marinha protegida no sul do país.
Cidade turística por séculos, Baia atendia aos caprichos recreativos dos ricos e poderosos da elite romana, de 100 a.C. a 476 d.C.
Localizada sobre aberturas vulcânicas naturais, a cidade era famosa por suas fontes termais medicinais e clima ameno que atraíram algumas das figuras mais poderosas da antiguidade, como Nero, Cícero, Júlio César e Marco Antônio.
Vários deles construíram luxuosas casas de veraneio com direito a termas e piscinas com mosaicos de azulejos, como o imperador Adriano, que morreu ali em 138 d.C.
“Temos vestígios de enormes salas luxuosas que devem ter recebido festas contínuas”, disse o arqueólogo Enrico Gallochio. “Você pode imaginar que, durante as férias de verão, este era um lugar de autoindulgência, onde a nobreza romana podia enlouquecer.”
Mais de 2 mil anos atrás, Baia era um balneário festivo, onde os romanos podiam satisfazer seus desejos mais selvagens. Um de seus moradores teria criado um santuário dedicado às ninfas, uma gruta privativa cercada de estátuas de mármore, voltado aos prazeres mundanos.
Localizada nas encostas do Campi Flegrei, a “terra em chamas” grega que abriga o grande vulcão que passou pelo fenômeno do bradissismo — lento movimento da crosta terrestre que faz com que o solo se mova para cima ou para baixo.
Graças a esse fenômeno, grande parte de Baia foi perdida para o mar ao longo dos séculos, submergindo todas as edificações ali construídas, lugares de grande importância na época romana, quando Pozzuoli era a cidade comercial mais famosa; Baia, destino de veraneio, e Miseno, a sede da frota militar.
O que hoje é o Parque Arqueológico Subaquático de Baia foi visto pela primeira vez na década de 1940, quando um piloto da força aérea italiana que sobrevoava o local tirou fotos aéreas da cidade em ruínas, onde estradas, paredes e colunas de mármore ainda podiam ser identificadas.
As escavações só começaram nos 1960, quando autoridades italianas enviaram um submarino para analisar os fragmentos da cidade que permaneciam debaixo d’água.
E o que eles descobriram foi fascinante. Desde a época romana, a pressão subterrânea fez com que as terras que rodeavam Baia emergissem e afundassem constantemente, empurrando as ruínas antigas para cima, em direção à superfície do mar, antes de engoli-las lentamente mais uma vez.
Somente em 2002, o sítio arqueológico subaquático foi formalmente classificado como área de proteção e aberto ao público. Desde então, a tecnologia 3D e outros avanços da arqueologia submarina permitiram olhar a fundo para esse capítulo da antiguidade.
Mergulhadores, historiadores e fotógrafos conseguiram registrar diferentes estruturas submersas, incluindo o famoso Templo de Vênus — uma sauna, na verdade —, descobertas que sugerem as diversões na Roma antiga.
Devido à ondulação da crosta terrestre, as ruínas se encontram, na verdade, em águas relativamente rasas, com uma profundidade média de 6 metros, permitindo que os visitantes vejam algumas das estruturas submersas a bordo de um barco “panorâmico” com fundo de vidro, mergulho com snorkel ou submarino em torno da cidade imersa no mar Tirreno.
Área marinha protegida desde 2002, na cidade subaquática de 1.768 m² é possível mergulhar entre os antigos pilares do Porto Giulio, entre as esplêndidas muralhas da Villa dei Pisoni, entre os restos do palácio imperial do imperador Cláudio, onde há uma estrada pavimentada de quase 200 m, explorar a Villa do Protiro com seu grande piso de mosaico geométrico preto e branco, testemunhar a atividade vulcânica, uma espécie de jacuzzi natural com bolhas de gás escapando continuamente na Secca delle fumose, visitar o tanque de peixes, ver os mosaicos ainda intactos, todos cercados por nuvens de peixes.
Além de muitas estátuas como as de Cláudia Otávia (filha do imperador Cláudio) e Ulisses, que sinalizam a entrada das grutas submarinas, com seus braços estendidos cobertos de crustáceos.
Há também muito para ver na superfície. Muitas das esculturas submersas são, na realidade, réplicas. Os originais podem ser encontrados no topo da colina, no Castelo de Baia, onde a Superintendência Arqueológica da Campânia administra um museu com as relíquias recuperadas do mar.
Muitas ruínas estão localizadas nas proximidades do Parque Arqueológico das Termas de Baia, parte da cidade antiga que ainda se mantém acima do nível do mar.
É possível observar nessa área restos de terraços feitos com mosaicos e construções semelhantes a cúpulas, que constituem o Templo de Mercúrio, com uma piscina; o Templo de Vênus, em forma octogonal, com oito grandes janelas em arco e varanda com vista para a piscina; e o Templo de Diana, que foi usado para banhos termais.
Perto do parque, encontra-se a moderna Baia, à sombra de sua antiga grandiosidade. Atualmente, a costa, que era salpicada de mansões e casas de banho, possui uma pequena marina, um hotel e um punhado de restaurantes de frutos do mar, todos localizados em uma estrada estreita que segue para o nordeste, em direção a Nápoles.
Com três níveis de painéis solares integrados para carregar uma bateria altamente eficiente, foi projetado para mostrar o compromisso da Rossinavi com a tecnologia verde, já que a capacidade do iate de aproveitar a energia renovável minimiza seu impacto no ambiente marinho.
Além dos painéis solares que permitem a navegação elétrica, há um centro de controle acionado por Inteligência Artificial para monitorar o consumo de energia e o status da bateria, além de observar o impacto ambiental para aconselhar sobre a navegação mais sustentável.
O cruzeiro completamente elétrico, com emissão zero, é possível 100% do tempo em viagens curtas, de um dia. Em viagens mais longas, a Rossinavi estima que será preciso ligar o motor em 30% do tempo, economizando cerca de 40 toneladas de CO2 em comparação com uma embarcação convencional.
Obviamente, os painéis solares não podem fazer todo o trabalho, por isso a bateria pode ser recarregada com o barco atracado.
Além disso, o barco pode ser usado como fonte de energia móvel: basta conectá-lo ao seu refúgio remoto numa ilha, por exemplo, e ele fornecerá energia suficiente para luz e calor.
“Essa busca pela sustentabilidade ambiental é impulsionada pelo desejo de conservar o bem-estar dos ecossistemas oceânicos”, disse o estaleiro.
As inovações tecnológicas e a filosofia de sustentabilidade do Rossinavi são inspirados no fitoplâncton, uma pequena alga marinha que converte a luz solar em energia e fornece mais da metade da produção anual de oxigênio da Terra.
“Esses bilhões de organismos microscópicos nos lembram que, trabalhando juntos, todos podemos contribuir para um ambiente mais saudável”.
Zaha Hadid Architects teve liberdade para se entregar às formas fluidas e dinâmicas que caracterizam seu trabalho. O design do exterior e do interior do Oneiric foi influenciado pela fluidez e dinamismo das ondas do mar.
Seu visual é forte, sem chamar a atenção. Seu design considerou também os benefícios de eficiência permitidos pela distribuição de peso — de acordo com o estaleiro, a relação comprimento-largura proporciona melhor eficiência hidrodinâmica.
As linhas sinuosas e as superfícies refletivas do exterior continuam por todo o interior. O uso da refletividade é outro elemento chave do design, com paredes curvas, superfícies e janelas que refletem o movimento constante das ondas.
“Isso ajuda a ‘desfocar os limites’ entre o barco e o mar, com paredes e tetos que se afastam da horizontal para remover quaisquer barreiras visíveis entre os conveses e o oceano”, disse a arquiteta Zaha Hadid.
O interior da embarcação comporta 10 passageiros e 7 tripulantes, com a suíte do proprietário, que tem vista de 180 graus com uma composição de clarabóias que permitem a entrada de luz, e dá acesso ao grande convés, e 4 cabines de hóspedes.
Há múltiplas áreas de estar e jantar internas e externas, e sala de mídia com tecnologias de entretenimento. Os espaços interiores da embarcação se interligam, uma característica bem diferenciada do design.
Como todos os catamarãs, os cascos duplos são moldados e posicionados para a melhor combinação de equilíbrio, estabilidade e eficiência hidrodinâmica, e o Oneiric aproveita ao máximo o espaço do convés. Há um amplo espaço de descanso nos decks e no interior, com lounge ao ar livre e área para refeições unidos pelo salão principal.
Os móveis foram selecionados de acordo com suas características visuais e táteis, e dispostos para definir um ambiente imersivo que acentua a fluidez do projeto. Materiais leves — muitos reciclados e recicláveis — foram escolhidos pela eficiência energética.
O modo elétrico do Oneiric é capaz de operações silenciosas, mas o barco se beneficia também da tecnologia Rossinavi Zero Noise, instalada a bordo de todas embarcações do estaleiro há vários anos.
Para Fabien Cousteau, neto de Jacques-Yves Cousteau, a água tem sido um meio de vida. Como aquanauta e conservacionista do oceano, ele seguiu os passos do avô a fim de desvendar os mistérios da vida subaquática. Agora, ele está focado em um novo objetivo: criar o maior laboratório de pesquisa subaquática do mundo.
Batizado em homenagem ao deus marinho mitológico, Proteus foi concebido como a versão subaquática da Estação Espacial Internacional. Será uma plataforma habitável de 370 metros quadrados, capaz de acomodar até 12 pessoas, para pesquisa científica e oceânica.
Com base no legado das bases subaquáticas em que Jacques Cousteau foi pioneiro na década de 1960, Proteus dá um passo à frente. Equipado com laboratórios de última geração, permitirá que os pesquisadores processem suas amostras em tempo real.
Proteus não só fornecerá acesso sem precedentes ao oceano para os aquanautas e cientistas a bordo, mas também para o mundo – Fabien Cousteau
“Haverá um laboratório de produção de última geração no local, que permitirá a transmissão ao vivo das palestras, conexão às redes sociais e a realização de entrevistas com a imprensa. Ter esse tipo de acesso ao oceano é necessário para que quaisquer mudanças sejam feitas — já que, como disse meu avô, ‘As pessoas protegem o que amam, amam o que entendem e entendem o que lhes é ensinado’. Sem o conhecimento do oceano sendo explorado e compartilhado, como podemos começar a criar qualquer mudança significativa?”
Ligado ao fundo do oceano por pernas projetadas para se adaptar ao terreno variável, o projeto é assinado por Yves Béhar, do Fuse Project, que apresentou soluções para os desafios enfrentados por Fabien quando passou um mês a bordo do Aquarius, em 2014.
Uma série de cápsulas modulares são fixadas ao corpo principal e acomodam uma variedade de usos, como laboratórios, dormitórios, banheiros, compartimentos médicos e sistemas de armazenamento.
A cápsula maior contém um local para a ancoragem de submersíveis. Essas cápsulas podem ser anexadas ou desconectadas para se adaptar às necessidades específicas dos usuários ao longo do tempo.
O projeto de Yves Béhar não inclui apenas a adição de laboratórios no local, mas um layout que maximiza a qualidade de vida debaixo d’água. Os dois andares do Proteus são conectados por uma rampa em espiral para estimular a atividade física e o movimento dos habitantes.
O espaço social central é cercado por cápsulas que abrigam salas de estar, laboratórios, instalações médicas, área para refeições, cozinha e banheiros, projetados para serem acolhedores e confortáveis.
A base de pesquisa também terá a primeira estufa subaquática para que os residentes possam cultivar alimentos vegetais frescos, para resolver o desafio de não poder cozinhar.
Além disso, o Proteus incluirá uma instalação de produção de vídeo, capaz de transmitir a partir do oceano, em resolução de 16K. Fabien espera que seja uma versão moderna dos especiais de TV dos quais seu avô foi pioneiro e que inspirou gerações de exploradores marinhos a partirem para a pesquisa de campo.
Vigias e claraboias ajudam a trazer o máximo de luz natural possível, enquanto as luzes de espectro total garantirão que os cientistas recebam a quantidade mínima de exposição aos raios ultravioleta necessária a cada dia.
A criação do Proteus foi inspirada pela Mission-31, uma experiência realizada em 2014, onde Fabien Cousteau viveu 31 dias a bordo do habitat submarino Aquarius, acompanhado por uma equipe de 5 aquanautas.
O habitat foi desenvolvido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) em 1986 e, em 2013, a Universidade Internacional da Florida assumiu o seu comando.
Um dos empolgantes benefícios do Proteus é que ele permitirá um estudo mais extenso da vida no fundo do mar. “Viver debaixo d’água dá a dádiva do tempo e a incrível perspectiva de ser um residente no recife. Você não é mais apenas um visitante”, diz Sylvia Earle, bióloga marinha, exploradora e Embaixadora do Oceano do Fabien Cousteau Ocean Learning Center.
Os dados capturados pelo Proteus podem ampliar a compreensão dos cientistas sobre a salinidade, acidez, variações de temperatura e poluição e, assim, elaborar previsões mais assertivas de tempestades e fornecer uma imagem mais completa do aquecimento dos oceanos. Além disso, amostras de algas, corais e peixes podem levar empresas farmacêuticas a encontrar novas curas para doenças humanas.
A equipe do Fabien Cousteau Ocean Learning Center espera ter o projeto pronto em três anos. Por meio dele, Fabien espera aumentar a conscientização sobre a necessidade de avançar na pesquisa oceânica. “Embora Proteus possa parecer uma ideia maluca, todos os envolvidos na concretização do projeto são apaixonados, conhecedores e ousados”, afirma Cousteau.
“O entusiasmo com esse desafio contagia ainda mais pessoas — e ilustra como a exploração subaquática é tão inspiradora quanto a exploração espacial. E se não for tão importante, é mais importante. Embora eu seja um grande defensor da exploração espacial — e um dia espero explorar as águas de Marte –, por que ir a centenas de milhares de quilômetros de distância quando você pode mergulhar debaixo d’água em nosso próprio planeta Terra?”
A ideia é que o habitat de pesquisa subaquática fique localizado na costa de Curaçao, no Caribe, a 18 metros de profundidade, como plataforma para a colaboração global entre os principais pesquisadores, acadêmicos, agências governamentais e corporações do mundo para promover o avanço da ciência, a fim de beneficiar o futuro do planeta.
Além do Proteus, Fabien Cousteau ambiciona construir mais um habitat, o Triton, a mais de 182 metros de profundidade. E tem planos de usar robôs submarinos autônomos para explorar o oceano a uma profundidade de mais de 609 metros.
Com ventos constantes, a praia de Barra Grande, no Piauí, tornou-se reduto de kitesurf. E foi justamente numa kite trip junto com a esposa Marie, em 2011, que o chef belga Hervé Witmeur caiu de amores pelo litoral do Piauí.
Não deu outra: fincaram suas pranchas por ali! Mais que isso, abriram o restaurantes La Cozinha, em 2012. Por ser Barra Grande o local do momento, descolado e cool, logo ganhou fama por oferecer uma experiência gastronômica das melhores. Mais tarde, ganhou seis bangalôs, tornando-se também hospedagem.
Nascido e criado na Bélgica, o chef Hervé Witmeur passou parte da vida na cozinha do restaurante do pai, em Bruxelas. Após estudar gastronomia e atuar em alguns restaurantes locais, embarcou em um intercâmbio para a Austrália junto com a esposa, a educadora Marie. Na Oceania, adquiriu não só um novo idioma, como também bagagem profissional.
Apaixonado pela natural cuisine, o chef tem como marca registrada a criatividade na combinação das técnicas tradicionais com os insumos locais, a simplicidade, e o uso de orgânicos.
“Na Bélgica, a gente usa muito a comida francesa, então eu cheguei ao Brasil com as técnicas da gastronomia francesa e comecei a brincar com os produtos locais. Tento usar ao máximo os produtos da região e fazer uma gastronomia internacional”, explica o chef.
Entusiasta do aproveitamento integral dos alimentos, Hervé é comprometido com o desenvolvimento de uma forma de cozinhar que combina agricultura orgânica e produtos de alta qualidade.
Adepto a um lifestyle com os pés na areia e as mãos na terra, o sonho do chef Hervé de produzir seus próprios insumos cresceu e, junto com o amigo David Saey e a esposa Marie, cultivam 14 hectares de terra nos Tabuleiros Litorâneos, em Parnaíba.
Com práticas que integram agroecologia e permacultura, a fazenda de orgânicos La Reserva cultiva frutas, vegetais, verduras e superalimentos, como a moringa, a acerola e a cúrcuma, que abastecem o La Cozinha e o Éllo, seu restaurante mais sofisticado e autoral em Jericoacoara.
O excedente da produção é comercializado no vilarejo, difundindo a importância do consumo de alimentos sem agrotóxicos em uma região pobre de abastecimento de produtos agrícolas de qualidade.
“Gosto muito de usar na cozinha produtos que planto a semente, colho… Mexer com o produto que você acompanha na terra, trabalhar o produto que a gente plantou, é uma sensação incrível”, comenta o chef.
Enquanto o La Cozinha, em Barra Grande, propõe uma explosão de sabores, com uma forma natural de cozinhar baseada em uma rota curta — da semente ao prato —, em um ambiente que reflete a essência da natureza, o Éllo, em Jericoacoara, no Ceará, oferece um cardápio refinado e criativo.
Barra Grande se manteve preservada e sossegada mesmo com o gradual crescimento do turismo e dos negócios ao redor, em grande parte de estrangeiros.
De olho nisso, Witmeur transformou o La Cozinha também em uma pousada, com seis bangalôs confortáveis e uma área de piscina, que se somaram ao restaurante onde ele faz uma fusão criativa de técnicas tradicionais francesas com sabores locais.
Com turistas quase o ano todo, Barra Grande bomba mesmo na temporada de kitesurf, que vai de agosto a dezembro, quando os ventos são fortes e constantes e os praticantes da atividade lotam as pousadas.
Distante 180 quilômetros de Barra Grande e inaugurado pouco antes do início da pandemia com um projeto ousado, o Éllo é repleto de tropicalidades, mas bem contemporâneo com sua parede forrada de plantas, cozinha aberta e piso com mosaico.
Inspirado na culinária brasileira e francesa, base da escola de Witmeur, além dos peixes e frutos do mar fresquíssimos, direto dos pescadores, os vegetais tomam protagonismo em uma cozinha aberta que permite contemplar o ballet incessante dos cozinheiros.
O Éllo oferece ainda um menu degustação de seis tempos, com pratos que variam de acordo com a sazonalidade dos insumos e do que brota na La Reserva. Quem provou, garante que se trata de uma experiência que vale a pena.
Receita de Ceviche de Robalo, Manga e Moringa
Ingredientes Ceviche
140 g de robalo
1 manga
Suco de 3 limões
1 pimenta dedo-de-moça
½ dente de alho
30 g de gengibre
1 cebola roxa
1 maço de cebolinha
1 maço de coentro
1 talo de salsão
Sal e pimenta
Ingredientes Espuma
½ dente de alho
4 limões
2 maços de coentro
½ cebola roxa
2 maços de salsinha
250 ml de leite de coco
½ xícara (chá) de pó de moringa
Fatie a cebola e um pouco de salsão bem fino, corte o peixe em cubos de 2 cm e pique os demais ingredientes de maneira uniforme. Deixe a manga por último. Finalize com o leite de tigre (preparo abaixo). Misture e sirva imediatamente.
Modo de preparo leite de tigre
Ponha no liquidificador o suco de limão, o gengibre, a cebola roxa média e o talo de salsão. Acrescente 1 xícara de aparas de filé de peixe, 1 xícara de manga, 2 gelos e sal a gosto. Bata bem. Junte 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes e fatiada e 1 xícara de coentro. Dê um pulso no liquidificador e coe.
Modo de preparo espuma de moringa
Em uma panela, esquente o leite de coco junto com o pó de moringa e resfrie. Bata a salsinha, o coentro, o suco de limão, meio dente de alho, meia cebola, sal e pimenta-do-reino no liquidificador, junto com o leite de moringa, até obter uma mistura homogênea. Passe tudo na peneira. Coloque em um sifão com duas cargas de gás e mantenha na geladeira.
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