O Ministério do Turismo (MTur) e a Caixa Econômica Federal (CEF) já disponibilizaram mais de R$ 33 milhões em crédito para investimentos em infraestrutura náutica no país.
O montante, fruto da parceria entre os dois órgãos, poderá ser usado por empresas de turismo na implantação e regularização de rampas, píeres e marinas, além da aquisição e manutenção de equipamentos relacionados ao turismo náutico.
Uma das regiões beneficiadas com a medida compreende os estados da já conhecida “Amazônia Azul”. Com um total de 5,7 milhões de quilômetros quadrados de extensão marítima, a área equivale a aproximadamente metade da massa continental nacional. Além disso, a região é rica em recursos para a prática do turismo náutico no país.
Conjunto de passarela e píer da Metalu, que atua há mais de 40 anos no mercado de soluções náuticas
Desde o segundo semestre deste ano, o MTur vem trabalhando em parceria com a Marinha do Brasil para maximizar o potencial das atividades marítimas, garantir espaço de desenvolvimento, proporcionar transparência e ajudar a manter à saúde do meio marinho, principalmente na região da Amazônia Azul.
O Ministério do Turismo entende que a promoção do mar e das águas interiores são elementos diferenciadores para o desenvolvimento do turismo e para o estímulo da atração de investimentos privados para o segmento no país.
O Brasil tem um grande potencial, com uma extensa faixa litorânea de 8,5 mil km, 35 mil km de vias internas e mais de 9,2 mil km de margens de reservatórios de água doce.
Além disso, o país é banhado por correntes oceânicas favoráveis à navegação, com um clima propício ao esporte e ao lazer náutico e apresenta uma infinidade de paraísos naturais intocáveis, que tornam o Brasil um dos países com maior potencial de desenvolvimento no turismo náutico do mundo.
13 cidades do interior de São Paulo receberam investimento
Em setembro, o governo estadual paulista anunciou um investimento de R$ 18 milhões em estruturas náuticas no interior de São Paulo, para promover o segmento em cidades com vocação para o turismo náutico.
A Metalu, empresa especializada no desenvolvimento, fabricação e instalação de soluções em alumínio para píeres e passarelas há mais de 45 anos, é uma das empresas que assina este projeto.
Instalações flutuantes de alumínio da Metalu Brasil, no meio do Rio Pinheiros, formam o Mirante Flutuante do Parque Bruno Covas
O aporte de R$ 18 milhões engloba 13 municípios paulistas, entre eles, Fartura, Timburi, Avaré, Rosana e Pederneiras.
Com o investimento, o número de turistas – atualmente, em torno de 1,7 milhão por ano – deve alcançar quase 6 milhões em 10 anos, de acordo com estudo do Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), ligado à secretaria.
As obras estão previstas para entrega em dezembro, implementando píeres, plataformas, deques e rampas de apoio, além de sistemas de ancoragem.
Com atuação internacional, a Metalu utiliza de tecnologia de ponta em seus projetos, com ênfase na segurança e integração estética ao ambiente. A marca, que segue padrões internacionais, é responsável pela construção de 50% das marinas francesas e por mais de 2 mil metros lineares de píeres implantados no Brasil.
Os projetos gerais incluem passarelas, píeres, painéis solares e flotters. Fazem parte do repertório mais exclusivo da empresa píeres nas Olimpíadas de 2016, mirante flutuante (sobre o rio Pinheiros) no Parque Bruno Covas, plataforma balsas para apoio em Ilhabela e uma passarela móvel durante o Rio Boat Show, entre outras obras.
Nelson Carvalhaes, da Torpedo Marine, é convidado do Loucos Por Barcos. No papo com Guilherme Kodja, Nelson explicou que um dos principais objetivos da Torpedo é não produzir barcos infláveis em série — o foco é que cada embarcação seja única.
A marca, que lançou o o T1100 — seu maior barco, com cabine e banheiro — no São Paulo Boat Show 2022, aposta em materiais franceses de alta qualidade e no design italiano, inclusive toda a parte de cálculos dos projetos é feita na Itália. Confira mais detalhes no vídeo abaixo:
A primeira embarcação que chegou aos Estados Unidos, na região de Miami, é um modelo Triton 370 HT. Com mais de 11 metros de comprimento, a 370 HT pode acomodar até 14 convidados. O valor estimado é de R$ 1,4 milhão.
Além do modelo de 37 pés, um dos mais vendidos pelo estaleiro, acabam de chegar aos EUA outras duas lanchas, do modelo 300 Sport. A previsão do fabricante é que até julho de 2023 outros modelos sejam entregues nos Estados Unidos, entre eles, o lançamento Triton 400 HT.
Nossas embarcações seguem rigorosas certificações internacionais e a entrada no mercado náutico norte-americano, um dos mais maduros e exigentes em termos mundiais, irá contribuir para avançar no cenário mundial – Allan Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts
Hoje, países como Espanha, Holanda e Itália, entre outros, já contam com embarcações da Triton navegando por suas águas.
Para o ano que vem, a ideia da marca é estruturar mais redes de vendas com o suporte necessário, além de dobrar o número de exportações nos próximos três anos.
As exportações de barcos da marca têm crescido de forma gradativa e hoje giram em torno de 20% do volume total produzido, especialmente para países da América do Sul e da Europa – Allan Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts
Nos Estados Unidos, o estaleiro é representado pela marca Hanover, em parceria com o revendedor exclusivo Blue Ride Group.
Lançada há mais de 20 anos no mercado náutico brasileiro, a Triton Yachts é uma linha de barcos construída pelo estaleiro paranaense Way Brasil — que tem 30 anos de atuação.
Segundo o estaleiro, que produz modelos que vão desde 23 até 52 pés, os principais pilares da marca são segurança, customização, qualidade na construção e o suporte necessário aos clientes.
O estaleiro pernambucano NX Boats realiza mais uma edição do Summer Day, para comemorar os oito anos de mercado. A festa acontecerá no dia 26, a partir das 13h, no Amura Carneiros, na famosa praia de Tamandaré, litoral sul de Pernambuco.
O NX Boats Summer Day irá reunir cerca de 300 pessoas, entre convidados e clientes do estaleiro, alguns dos quais chegarão ao local em suas próprias embarcações.
“Contaremos este ano com pelo menos 30 lanchas NX na água, dentre os 9 modelos que já fabricamos, inclusive o nosso grande lançamento de 2022: a NX 50 Invictus”, afirma a empresária Elizabeth Moura.
Entre as atrações do evento estarão os artistas Rafa Cout, Clara Sobral, Keu Dantas, Dj PHT e a banda Pagode 874, que prometem não deixar ninguém parado.
O grupo Tapa de Cuadril é quem assina o buffet do evento. E, para receber tamanha estrutura, o Summer Day criará uma verdadeira arena, para que o renomado restaurante aporte com seu inusitado fogo de chão, servindo assim, um grande churrasco que irá das carnes mais nobres aos frutos do mar.
Já no bar será montada uma estrutura para receber o conceituado Restaurante Beijupirá, que será responsável pelos drinks da festa.
Oito anos de mercado
A marca está presente em quase todo o território nacional e tornou-se um dos maiores do país em fabricação de barcos na categoria de 26 a 50 pés.
Com oito anos de fundação, a empresa encerra 2022 com uma marca histórica: 1.400 embarcações na água — sendo 400 delas fabricadas somente este ano — além de 18 revendas autorizadas no Brasil e algumas no exterior.
A NX realiza exportações desde 2016 e já conta com mais de 80 barcos em países como Turquia, Suíça, Malta e EUA, por exemplo. Recentemente, a marca construiu uma piscina de testes para embarcações de até 65 pés e ampliou a estrutura fabril e a capacidade produtiva.
“A NX nasceu para ser um estaleiro global. Queremos compartilhar todas essas conquistas com nossos clientes e amigos”, explica o empresário e CEO da NX Boats Jonas Moura, que comanda o estaleiro junto com a empresária Elizabeth Moura.
Jonas acrescenta que a NX Boats está preparada para atender a demanda que espera do mercado externo — a meta é destinar 30% de sua produção a outros oceanos.
Para alcançar esse resultado ousado, o estaleiro montou nos Estados Unidos uma nova operação de fábrica para comercialização e assistência técnica de todas as embarcações exportadas, o que proporcionará um atendimento mais próximo do cliente americano.
Além disso, a NX Boats também assinou contrato com a lendária casa de design Italiana Pininfarina, conhecida pelos seus desenhos e linhas esportivas e com trabalhos para algumas marcas famosas, como Ferrari e Maserati.
A Pininfarina promete nos entregar, em breve, um barco de 44 pés com design jamais visto antes no mercado náutico – Jonas Moura
Responsabilidade social
A NX Boats também desenvolve ações de responsabilidade social e o evento Summer Day deste ano abraça a causa: “Plástico, não obrigado!”.
O objetivo é proporcionar a conscientização aos usuários de embarcações, renovando os esforços aos seus convidados, ao não uso do plástico, através da distribuição dos copos reutilizáveis, canudos biodegradáveis e ilhas de lixeiras de coleta seletiva que serão distribuídas por todo ambiente do evento.
A ação está sendo coordenada pela empresária e consultora de eventos Roseane Cabral, que também assina toda a concepção do NX Boats Summer Day.
“Enfocaremos diversas ações sustentáveis que estão sendo desenvolvidas no mundo e as metas que devemos atingir para alcançar um oceano limpo, transparente, saudável e seguro”, ressalta.
Roseane Cabral também chama atenção para outro ponto: o estaleiro NX Boats foi condecorado como Amigo da Marinha do ano 2022 e contará com a presença do alto escalão da corporação nesse evento.
“Teremos um espaço exclusivo, que ficará à disposição dos convidados que queiram tirar qualquer dúvida em relação aos temas de segurança do tráfego aquaviário, salvaguarda da vida humana no mar e poluição hídrica, bem como, documentação, habilitação e outros assuntos ligados ao nosso serviço afim”, finaliza.
Na hora de amarrar uma embarcação, é necessário usar um cabo feito de material resistente, para que ele aguente qualquer tipo de situação.
Neste episódio da série Náutica Responde, o consultor técnico Guilherme Kodja responde qual o melhor tipo de cabo de amarração do barco. Confira o vídeo completo:
Com expectativa de crescer 10% em relação ao ano passado, o mercado náutico no Brasil já está em ritmo de fim de ano. Para incentivar ainda mais as compras nesta época do ano, a Kapazi Náutica vai apostar na Black Friday para lançar promoções.
O período costuma ser bastante produtivo para o setor, que hoje tem registradas quase 1 milhão de embarcações no país. Além da venda de barcos, outro segmento que cresce nos últimos meses do ano é o de acessórios.
Estamos com duas grandes ações para a Black Friday. Uma delas é frete grátis para toda linha de pisos náuticos. A outra é o desconto de até 33% na nossa linha de copos térmicos – Fernando Soares
Há mais de 40 anos no mercado de tapetes e capachos, a Kapazi atua também na linha náutica com revestimento para barcos. A empresa estima um aumento de 30% das vendas para este final de ano.
Segundo o gestor comercial, Fernando Soares, “nesse período do ano o mercado é aquecido devido às férias. Todos querem navegar com o barco renovado. Nossa expectativa acompanha esse movimento e, por isso, nos preparamos para atender melhor e mais rápido”, comenta.
Quem tiver interesse em aproveitar as ofertas, terá do dia 24 a 30 de novembro para realizar as compras direto pelo site da empresa.
Após um ano de lançamentos de produtos e investimento no segmento online, a Kapazi já tem boas previsões para 2023.
“Temos uma expectativa de crescimento em torno de 15%, colhendo os resultados de estratégias de expansão que fizemos durante 2022. Confiamos que será um bom ano”, finaliza o gestor.
Além do amor pelo futebol, muitos jogadores da Seleção Brasileira escalados para a Copa do Mundo no Catar também dividem uma paixão por relaxar sobre as águas. Basta uma folga no calendário de jogos para grandes astros da bola serem flagrados desfrutando a bordo de lanchas, iates e jets.
Alguns dos jogadores do Brasil já têm barcos para chamarem de seus, enquanto outros optam por alugar embarcações para curtirem com os amigos e família por um período.
De Neymar a Lucas Paquetá, passando pelo experiente Daniel Alves, confira aparições dos craques brasileiros da Copa do Mundo a bordo de embarcações.
Neymar
Um dos nomes mais importantes da Seleção, o menino Ney é frequentemente visto curtindo seus momentos de férias em diversas embarcações ao redor do mundo. Um dos destinos comuns do craque é Ibiza, na Espanha, onde Neymar curte animadas festas com seus “parças”.
Neymar também já foi dono de uma grande lancha. O jogador comprou uma embarcação de 78 pés em 2012, batizada de Nadine 78, em homenagem à mãe. Com quatro suítes, banheira de hidromassagem, deck com solário e até um bar molhado, o barco foi vendido em 2015 para o cantor Gusttavo Lima.
Nadine 78, a lancha de 78 pés que Neymar comprou aos 20 anos
Vinícius Júnior
Também na lista de atacantes convocados para a Copa, o jogador do Real Madri Vinícius Júnior compartilhou mais de uma vez seus momentos de lazer a bordo de embarcações. Vinícius curtiu passeios pelas águas de Ibiza, na Espanha, em 2020 ao lado dos amigos — entre eles, o também jogador Éder Militão.
Outro destino de Vini Jr. foi a ilha de Sardenha, também em 2020. Por lá, o jogador passeou de barco junto com a cantora Anitta e outros amigos na região de Porto Cervo.
Outro atacante que já mostrou bons momentos sobre as águas é Gabriel Jesus. Curtindo suas férias em agosto do ano passado, o jogador mostrou um vídeo de um passeio com uma moto aquática da Sea-Doo junto com sua mãe.
Daniel Alves, escalado por Tite como lateral — o que gerou polêmica entre os torcedores –, é um dos jogadores de confiança do atual técnico do time brasileiro.
Dani Alves aproveitou suas férias junto da esposa, Joana Sanz, em uma embarcação na região de Tenerife, na Espanha, em junho deste ano.
Thiago Silva
Um dos zagueiros convocados para disputar a Copa do Mundo 2022 é Thiago Silva. Desde 2020 ele possui uma lancha de 56 pés para curtir momentos de lazer com a família.
Batizado de Silva, Sol & Mar, o barco do estaleiro Azimut tem mais de 17 metros de comprimento e é repleto de itens de conforto, áreas de estar, lounge na proa e suítes.
Lucas Paquetá
Aproveitando suas férias em junho deste ano, o meia Lucas Paquetá compartilhou em suas redes sociais, fotos com sua esposa, Duda Fournier, em Angra dos Reis.
A embarcação em que o casal estava foi ancorada na Ilha da Gipóia. No passeio, além de fazer um churrasco a bordo da lancha, o casal pôde descansar em um tapete flutuante, desfrutando de uma bela vista.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O Portless Catamaran, criado pela empresa húngara DDD Manufaktúra, é um brinquedo aquático grande, mas que ainda assim pode ser transportado no porta-malas do carro. Trata-se de um catamarã elétrico, com motor elétrico e dois andares.
Contando com dois decks, um de 9 m² e outro de 3 m², o catamarã tem a capacidade de acomodar até seis tripulantes com conforto. Os criadores dele afirmam que, graças as soluções instaladas, você gasta menos de 10 minutos entre tirar o produto do porta-malas e poder navegar com ele.
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Inflável, moderno e versátil, esse catamarã tem sua base construída com material parecido com o usado na confecção das pranchas de stand-up paddle. Seu peso total é de cerca de 120 kg e, depois de montado, seu tamanho pode atingir mais de 4 metros.
https://youtu.be/vHjcNzzHsw4
Para funcionar, o catamarã inflável utiliza um motor elétrico, alimentado por baterias de íons de lítio. Com essa solução, a autonomia declarada pela empresa é de 16 milhas (ou 30 quilômetros).
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A velocidade máxima é de 7 km/h, que pode ser atingida graças ao painel solar instalado, capaz de gerar 200 watts. Segundo a DDD, em dias de muito sol esse painel pode manter o brinquedo funcionando o dia todo.
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O preço do catamarã inflável portátil pode chegar a quase 12 mil euros — cerca de R$ 67 mil, na cotação atual (valores convertidos em novembro de 2022).
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O estaleiro catarinense Evolve Boats, que participou recentemente da Fort Lauderdale International Boat Show, anunciou a exportação de mais uma lancha de 40 pés para o mercado internacional.
Novamente uma lancha do modelo Evolve 400 HT está a caminho da Flórida, nos Estados Unidos, em uma viagem de navio que ainda levará ao menos duas semanas para terminar. Com essa, já são 23 embarcações da Evolve nos Estados Unidos.
Conheça mais sobre a Evolve 400 HT
Para atrair cada vez mais clientes, o barco possui três versões diferentes e que atendem os desejos do cliente. O grande destaque é a porta de vidro com acabamento em inox, que faz a separação da área do cockpit com a praça de popa.
Outro fator diferencial é o amplo espaço da cabine, além do grande nível de conforto tanto nos camarotes de proa quanto nos de meia-nau.
A embarcação aceita dois tipos de motorização: dois motores com até 300 hp ou dois motores com até 430 hp.
Em setembro, o estaleiro participou do São Paulo Boat Show 2022 com suas lanchas de 36 e 40 pés com hardtop, além de anunciar o projeto do modelo Evolve 420 Flybridge.
Há mais de 13 anos no mercado, a Evolve Boats se consolida como um dos principais estaleiros brasileiros. Desde a sua criação, em 2009, a marca emprega o conceito do melhoramento contínuo em seus processos e embarcações.
Com sede em Palhoça, região metropolitana de Florianópolis, a Evolve Boats tem à frente o empresário Ricardo Wilges. Da linha de montagem do estaleiro, atualmente saem quatro modelos de lanchas: a 235 Cab, a 270 Cab, a 360 HT e a 400 HT.
O advogado pernambucano e entusiasta do mundo náutico Guilherme Veiga acaba de lançar o “Guia Básico para um Navegador”, pela editora Autores do Brasil, abordando desde os cuidados básicos com segurança até dicas para conhecer novos lugares.
Com cerca de 100 páginas, o livro é de fácil leitura, com capítulos curtos e até algumas imagens, para ilustrar explicações — como o caso do giro de 360 graus de barco ancorado.
Na obra, o leitor aprende plano de navegação, como fazer a checagem do barco, instruções sobre ancoragem e até quais alimentos e em que quantidade leva-los a bordo, sempre acompanhado de links com sugestões de vídeos com explicações complementares.
Navegador experiente, Guilherme Veiga costuma passar todos os feriados prolongados e datas festivas a bordo, junto com a mulher e filhas. No Réveillon deste ano, por exemplo, ele atravessou todo o litoral de Alagoas e entrou no rio São Francisco, enquanto na Páscoa a família Veiga navegou pelo litoral de Pernambuco.
O livro está disponível em formato digital para leitura em e-readers, como Kindle, e pode ser comprado pelo site da Amazon.
Francesco Caputo, CEO da Azimut Yachts no Brasil, participou da edição especial do Loucos Por Barcos, gravado durante o São Paulo Boat Show 2022.
Em bate-papo com Guilherme Kodja, Caputo falou sobre o sucesso do estaleiro, que produz no Brasil um terço dos modelos que a marca italiana possui. Ele também comentou o sucesso da 27 Metri, que conta com diversos itens tecnológicos e muitos detalhes sofisticados, mas que também entrega performance.
O estádio Al Janoub será um dos palcos para os jogos da Copa do Mundo 2022, que começa no próximo dia 20, no Catar. Construído em uma das cidades mais antigas da região, ele tem linhas inovadoras pensadas para homenagear os antigos pescadores da região.
O projeto conta com uma mistura de desenho pós-moderno e futurista, com linhas inspiradas no casco do Dhow, barco típico da região. Outra homenagem está nas arquibancadas, todas pintadas de azul com branco, simbolizando o mar.
Dhow, o milenar barco usado por pescadores no Golfo Pérsico. Reprodução: Zanzibar Yacht Carter
Um dos estádios em que a cerveja foi proibida na Copa, o Al Janoub foi construído na região de Al Wakrah, a mais de 20 quilômetros ao Sul da capital, Doha — seu nome faz menção justamente a isso: em tradução livre para o português, significa “Estádio do Sul”.
Nessa mesma localidade, um dos motores econômicos antigamente era a pesca de pérola — isso até o meio do século 20, quando as reservas de petróleo e gás foram descobertas, mudando drasticamente a economia local.
Ao redor do Al Janoub existem áreas para passeios a cavalos, pistas de corridas, área verde com mais de 800 árvores e diversas estradas. Todo o projeto demorou mais de 10 anos para ficar pronto e a inauguração aconteceu em maio de 2019.
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Nas laterais do estádio, estruturas facilitam o fluxo de entrada dos torcedores. As lojas e as áreas de conveniências ficam localizadas nessa parte. Devido ao seu tamanho, a capacidade máxima é de 40 mil torcedores.
Após o encerramento da Copa do Mundo 2022, o número de assentos do estádio será reduzido pela metade — mesmo assim, a construção ainda irá sediar outros jogos de futebol, principalmente aqueles em que o time local Al Wakrah Sport Club estará em campo.
O desenho do estádio foi projetado pelo famoso escritório de arquitetura Zaha Hadid. Internamente, as vigas de sustentação, localizadas no teto, representam o casco da embarcação e com a abertura, há a entrada de luz no campo.
O teto conta com materiais tecnológicos inclusive para isolamento térmico, já que o Catar é um país de clima desértico, em que as temperaturas podem chegar aos 50°C nos dias mais quentes.
Confira os jogos que serão disputados no estádio Al Janoub:
22/11, 16h – França x Austrália
24/11, 7h – Suíça x Camarões
26/11, 13h – Tunísia x Austrália
28/11, 13h – Camarões x Sérvia
30/11, 12h – Austrália x Dinamarca
2/12, 12h – Gana x Uruguai
5/12, 12h – Oitavas de final (1ºE x 2ºF)
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O Catar, sede da Copa do Mundo 2022, é um dos países mais ricos do mundo, graças à exploração de petróleo e gás. Mas nem sempre foi assim: até a primeira metade do século 20, este era um dos territórios mais pobres do Golfo Pérsico, que vivia do comércio de pérolas e da pesca, usando um tipo de barco batizado de Dhow.
Neste braço de mar no coração do Oriente Médio, o povo da região utilizava o barco milenar em suas atividades pesqueiras, por seu porte e excelente capacidade de carga. O Dhow é tão marcante para a história do povo catariano que um estádio da Copa tem desenho inspirado no barco.
Para os historiadores ainda há uma certa dúvida acerca da invenção do Dhow, mas estima-se que ele surgiu em 600 d.C., criado pelos árabes ou pelos indianos.
Movido com velas latinas, o Dhow tem casco diferenciado, com linhas elegantes, longas e finas, e pode ter até dois mastros. Eles são vistos no Catar, no Mar Vermelho e no Oceano Índico. Pelo seu tamanho, estima-se que a tripulação variava de 12 até 30 pessoas.
A região de Sultanato, em Omã, abriga uma concentração de construtores deste tipo de embarcação. Atualmente, todos os modelos novos já são equipados com potentes motores, capazes de movimentar o peso de mais de 300 toneladas da embarcação.
Reprodução: Sail World
As madeiras usadas na construção dessa embarcação típica geralmente vinham de Kerala, na Índia. Para mantê-las conservadas, os navegadores usavam cordas de coco.
Reprodução: Hideaways Africa
Para atrair mais turistas, hoje os países do Golfo usam os Dhows para passeios turísticos, como cruzeiros ao pôr do sol e jantares exclusivos.
Regatas com este tipo de embarcação também acontecem na região, divididas em três categorias: 22, 43 e 60 pés. Realizados em meados de maio e setembro, os torneios aceitam apenas competidores árabes e dos povos que vivem próximo ao Golfo.
Reprodução: Zanzibar Yacht Carter
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
A NHD Boats caprichou na receita da NHD 280, lancha cabinada repleta de soluções interessantes em relação às embarcações do seu porte. A começar pela plataforma lateral que se abre no costado, formando um espaço extra de convivência na popa, a área preferida pelos brasileiros quando o barco está parado.
Outro ponto forte da NHD 280 é o desempenho. A lancha do estaleiro catarinense oferece navegação estável e, consequentemente, confortável, passando bastante confiança a quem está a bordo. Sem contar a versatilidade da motorização, que tanto pode ser de popa quanto de centro-rabeta.
Esses detalhes credenciam o barco a ocupar lugar de destaque entre as lanchas de 28 pés, levando no casco um nome que, cada vez mais, funciona como um aval de qualidade.
Sucessora da extinta HD Marine (com mais de 1.500 lanchas entregues, a maioria ainda navegando em nossas águas), a NHD Boats é uma marca jovem, mas já com destaque no mercado nacional, em virtude da construção de cascos robustos, de altas qualidade e navegabilidade.
Em apenas quatro anos, de suas instalações na catarinense Itajaí já saíram cerca de 200 lanchas, de modelos que variam entre 27 e 37 pés.
Esta aqui, a cabinada NHD 280, é produzida em duas versões: popa e centro-rabeta. Ao lado da NHD 270 Open, é um dos carros-chefes do estaleiro comandado pela dupla André Maranhão e Eduardo Lacet.
Recentemente, além das nossas águas, a 28 pés passou a navegar por mares internacionais, já que com algumas unidades foram exportadas para a Turquia.
Com 8,35 metros de comprimento (27,4 pés), a NHD 280 é uma day cruiser— como o próprio nome diz, uma lancha voltada prioritariamente aos passeios diurnos, com excelente aproveitamento da área externa, embora tenha uma boa cabine para pernoites curtos ou descansos durante os passeios.
Seu cockpit acomoda bem até 12 pessoas. E ainda tem um algo mais na popa, que é o chamado open deck: uma abertura, de acionamento manual, a bombordo, que aumenta a largura da plataforma em cerca de 1 metro.
Já no embarque pela popa, percebe-se que a lancha ostenta uma bela área de lazer para uma embarcação do seu porte. A plataforma é ampla e se expande com o open deck abaixado, proporcionando um espaço agradável para quem gosta de ficar pertinho do mar.
Para deixar a passagem para o cockpit desimpedida, o espaço gourmet não fica centralizado e sim à direita da plataforma, ou seja, a boreste.
O móvel que protege a churrasqueira, uma pia pressurizada e uma tábua de corte é de madeira, com tampa equipada com amortecedor. Na frente do móvel há um extenso pega-mão; nos bordos, quatro porta-copos; embaixo, um armário na medida exata para guardar o material de salvatagem, além de outros itens.
A escada de acesso ao mar, de quatro degraus, tem um pegador de madeira que empresta um toque de requinte a essa área, em harmonia com a tampa do móvel gourmet. Por sua vez, a mangueira do chuveirinho, com água pressurizada, é bem comprida, permitindo a quem volta do mar não apenas lavar os pés como tomar um banho e até lavar o bote.
No cockpit (que tem uma targa com 1,87 metro de altura, na qual o sistema de som está distribuído) fica o espaço de confraternização, com dois sofás, sendo um em L, na popa, com uma mesa rebatível à frente, e outro, do tipo divã, ao lado do posto de comando.
Para aumentar o aproveitamento de espaço, embaixo dos assentos há um bom conjunto de paióis, sendo que um deles está dimensionado (já com travas afixadas) para a colocação de um cooler.
Entre os itens de conforto no cockpit, destaque para caixa de gelo, a bombordo, que é bem profunda e, portanto, oferece espaço para armazenar muita coisa. Ao lado dela há três porta-copos; na frente, um conveniente pega-mão; e embaixo, uma interessante cristaleira. Já a boreste, atrás do posto de comando, o projetista instalou outros dois porta-copos e uma segunda caixa, não tão profunda quanto a anterior, que pode ser usada como porta-trecos, além de uma lixeira embutida.
O banco do piloto, individual, tem regulagem de distância e pode ser rebatido, para pilotagem mais alta. O painel de comando tem espaço para um eletrônico multifunção e vários relógios para a leitura dos medidores do motor. Opcionalmente, todos os instrumentos podem ser digitais.
Compatível com a potência do motor, em relação ao tamanho do casco, a NHD 280 tem flapes como item opcional, recurso que combina bem com o barco (especialmente na hora de planar), além do trim da rabeta, controlado no manete.
O acesso à proa é feito por meio de degraus ao lado do posto de comando e de uma abertura no centro do para-brisa. Lá na frente, há um convidativo trampolim no bico de proa; o guarda-mancebo, de inox, está bem-dimensionado; o solário estofado faz uma curva, contornando a gaiuta; e o guincho de âncora tem comandos ao seu lado e também no painel do piloto.
A cabine, com 1,60 m de altura, se encaixa na proposta do barco, que é levar uma dúzia de pessoas para passeios diurnos, com opção de pernoite para um casal. Para isso, o sofá em V da proa, com mesa central, transforma-se em uma cama com 1,95 m de comprimento, com entrada de ar e luz através de uma ampla gaiuta e quatro vigias laterais (uma delas localizada no banheiro).
A iluminação ambiente, de led, é agradável. Tem ainda uma pia, uma cristaleira e um nicho para a instalação de uma pequena cozinha, com espaço para um micro-ondas.
Com 1,50 metro de altura, o banheiro é adequado, mas não permite ficar totalmente de pé. Contudo, oferece pia com torneira, vaso sanitário, ducha higiênica, espelho e degraus de teca.
Navegação da NHD 280
Testamos a NHD 280 em Balneário Camboriú, em um dia de mar não muito agitado, mas com ondas de 70 centímetros de altura e um pouco de vento. Seu casco não deixou nada a desejar em termos de navegabilidade, a começar pela agilidade, quase esportiva.
Equipada com um motor V8 de 300 hp, da Volvo Penta, a NHD 280 chegou a ótimos 36,2 nós de máxima, com duas pessoas a bordo. Na aceleração, foi de 0 a 20 nós em apenas 7,3 segundos, outra boa marca.
Além disso, ela se mostrou ágil e eficiente, fazendo curvas com excelente raio e apresentando respostas rápidas às investidas no manete e no volante. Mérito do casco bem projetado. Por conta de seu V profundo, ela aderna nas curvas fechadas, mas sempre mantendo o controle e o curso.
Outro detalhe que agradou bastante foi a navegação suave, sem nenhuma pancada forte. O conforto a bordo também surpreende. Cortando as ondas em alta velocidade, ou seja, acima de 30 nós, ela se mostrou bastante firme e sem jogar água para dentro do convés.
O acesso ao motor é feito com o levantamento do sofá de popa. Já por uma portinha no centro do cockpit alcança-se o tanque de combustível, de alumínio, com capacidade de 200 litros.
Versátil na motorização, a NHD 280 aceita tanto motor de popa quanto de centro-rabeta, a diesel ou gasolina, de 250 a 300 hp. A escolha por um ou outro depende de algumas variáveis, como o tipo de água (doce ou salgada) onde se pretende navegar, por exemplo.
Uma das vantagens do motor de popa é a possibilidade de navegar em lugares com menor profundidade, pois o piloto pode visualizar o trabalho do hélice próximo à superfície, o que facilita na hora de atracar em uma praia ou sair de um baixio, além de não angular a cruzeta, como o motor de centro-rabeta.
Além disso, o motor de popa é mais barato, deixa mais espaço a bordo e tem manutenção fácil. Já o motor de centro-rabeta é econômico, silencioso, facilita a atracação de popa, dá mais estabilidade à embarcação e dura mais. Diesel ou a gasolina? O consumo e a autonomia são bem melhores com diesel, mas o motor a gasolina é mais barato.
Em resumo, uma ótima combinação de lancha com desempenho quase esportivo com bom barco familiar. Começamos chamando a NHD 280 de Day Cruiser. Depois desse teste, é melhor mudar o conceito para “Sport Cruiser”, tal a sua agilidade e desempenho.
Enfim, é uma lancha com tudo para agradar a quem busca um segundo barco maior ou deseja entrar no mercado com uma cabinada de primeira-mão.
Saiba tudo sobre a NHD 280
Pontos altos
O desempenho esportivo
Abertura lateral na plataforma de popa
Amplo espaço gourmet
Pontos baixos
A altura da cabine
Banheiro compacto
Boca um pouco estreita
Características técnicas
Comprimento máximo: 8,35 m
Boca máxima: 2,70 m
Peso leve: 1.400 kg
Calado: 0,55 metro
Tanque de água: 130 litros
Tanque de combustível: 200 litros
Capacidade (dia): 12 pessoas
Capacidade (noite): 2 pessoas
Motorização: popa ou centro-rabeta
Potência: 250 a 300 hp
Quanto custa a NHD 280
A partir de R$ 445.700,00, com um motor de 250 hp a gasolina. Preço pesquisado em novembro/2022. Para saber mais sobre o modelo testado, acesse o site oficial da NHD Boats.
Consultor técnico: Guilherme Kodja Edição de texto: Gilberto Ungaretti Edição de vídeo: Luiz Becherini Fotos: Victor Oliveira e Divulgação
Diretor da Ventura Experience, Marco Garcia é o convidado do Loucos Por Barcos. Na conversa com Guilherme Kodja, Garcia contou que a empresa celebrou, durante o São Paulo Boat Show, a entrega de seu barco número 20 mil — o modelo que atingiu a marca foi uma V300.
Para o ano que vem, a Ventura prepara uma série de novidades. Garcia conta que dois modelos serão apresentados durante o Rio Boat Show 2023: uma embarcação de 37 pés e outra de 52 pés, ambas com hard top. Já no setor de veículos off-road, a grande novidade será a linha elétrica dos UTVs, quadriciclos e as e-bikes. Conheça mais detalhes no vídeo abaixo, com a entrevista completa:
A equipe de NÁUTICA navegou por águas fluminenses na última semana, testando os barcos da linha Ride da Victory Yachts, a denominação para linha de passeio da marca. Foram avaliadas as lanchas Victory 310 Ride e Victory 300 Ride.
Guilherme Kodja, piloto de testes e consultor técnico de NÁUTICA, pilotou a cabinada 310 Ride no último dia 10, no mar esmeralda de Angra dos Reis. Já a 300 Ride, com center console, foi testada no dia 11, no Rio de Janeiro.
Ambas as embarcações oferecem uma série de opcionais para deixar o barco mais amigável para passeios em família, criando um barco de pesca com menos cara de pesca.
O consultor técnico de NÁUTICA, Guilherme Kodja, a bordo da lancha Victory 300 Ride nas águas da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro
Quase totalmente produzido por infusão à vácuo — moderníssimo processo que faz barco ser cinco vezes mais resistente e ter três vezes menos peso –, os barcos do estaleiro nascem desde a planilha de cálculos planejado para fabricação neste sistema.
Durante os testes de NÁUTICA, feitos com bom tempo, encontramos condições de navegação excelentes e os barcos apresentaram uma navegação sólida e muito macia. O resultado da avaliação dos barcos da Victory Yachts você confere em breve no canal NÁUTICA no YouTube e também nas páginas da revista NÁUTICA de janeiro.
A dupla formada pelo baiano João Britto e a sergipana Tainá Magalhães conquistou o primeiro lugar nas disputas R2, R4 e R5, levando o título de Campeonato Jovem do Brascat, finalizado no domingo (14).
Reprodução: Ana Patricia Mendonça
Essa vitória nos mostrou que o treino é muito importante, mas a vontade de vencer também ajuda. É uma grande conquista para mim, que entrei há pouco tempo no time do Hobie Cat 16 – João Britto
Atleta do Yacht Club da Bahia, João veleja na classe há pouco mais de um ano — ele deixou a Optimist porque excedeu a altura para o barco, velejado por crianças de 8 a 15 anos.
Já as vice-campeãs e campeãs brasileiras feminino da Categoria Vela Jovem do Brascat 2022 foram a pernambucana Milena Araújo e a sergipana Manuela Oliveira. Vale pontuar que a dupla teve apenas poucos dias de treino juntas.
Reprodução: Ana Patricia Mendonça
O resultado é satisfatório, estou bem contente porque tinha vento, correnteza, foram regatas bem técnicas, de muito aprendizado – Milena Araújo
Em terceiro lugar ficou a dupla Lucas Alves, de Sergipe, e Thomas Mendonça, do Rio de Janeiro. A cerimônia de premiação da categoria juvenil aconteceu na última terça-feira 15, na Arena Brascat, na Praia dos Artistas,.
Reprodução: Ana Patricia Mendonça
Agora o desafio será a realização das onze regatas do Brascat 2022 Geral, em uma raia montada especialmente para o evento, no mar de Sergipe. Desta vez, João Britto será timoneiro. Já Milena, Manuela, Lucas e Thiago serão os proeiros de experientes catistas.
Reprodução: Lucas Matos
A regata de abertura do Brascat 2022 Geral aconteceu na segunda-feira, reunindo cerca de 100 velejadores da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
As disputas seguem até o dia 18, na Praia dos Artistas, em Aracaju. Já a cerimônia de encerramento das classes HC 14 e HC 16 será no dia 18, a partir das 19h, no Iate Clube de Aracaju.
Reprodução: Lucas Matos
O 48º Campeonato Brasileiro da Classe Hobie Cat 14 e 45º Brasileiro de Hobie Cat 16 são organizados pelo Icaju e Associação Brasileira da Classe Hobie Cat (ABCHC), com apoio da Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Após percorrer mais de 20 mil milhas náuticas cruzando a Passagem Noroeste, Aleixo Belov, de 79 anos, desembarcou com sua equipe em Salvador. Essa foi a primeira tripulação com bandeira do Brasil a fazer a travessia completa pela região, serpenteando por estreitos acima do Círculo Polar Ártico.
O time chegou a navegar por lugares considerados extremamente difíceis, como o estreito de Bering.
A tripulação era formada pela estudante Ellen Brito, o mecânico Hermann Brinker, o engenheiro civil Maurício Pitangueiras, o fotógrafo Leonardo Papini e a oceanógrafa Larissa Nogueira.
Foi um grande desafio, mas nós conseguimos vencer. Estamos muito felizes por voltar para Salvador, principalmente depois de realizar essa travessia do Ártico – Aleixo Belov
Jefferson Peixoto/Divulgação
Toda a aventura começou no dia 5 de fevereiro, quando o veleiro Fraternidade saiu da capital baiana. A primeira parada da navegação foi em Natal (RN) e depois o barco passou por Caribe, Panamá, Havaí, Canadá, Alaska, Groenlândia e pelos Açores, território autônomo de Portugal.
Diversos problemas foram enfrentados pela tripulação durante o trajeto, desde o risco de colisão com grandes navios no canal que liga o Atlântico ao Pacífico — uma das rotas comerciais mais importantes do mundo — até rajadas de ventos fortíssimos, que quase rasgaram as velas, na região entre Panamá e Havaí.
Jeferson Peixoto/Divulgação
Quando atravessamos o Estreito de Bering, podíamos ver o Alasca por Boreste e a Sibéria por bombordo. Como já sabíamos que havia muito gelo em Barrow, fomos mais devagar, confiando que ele iria derreter – Aleixo Belov
Porém, o degelo da região retrocedeu e, em alguns momentos, o Fraternidade teve de ser preso aos blocos de gelo à deriva, esperando o momento ideal para a navegação continuar em frente, em meio ao mar congelado.
A travessia da Passagem Noroeste foi finalizada com sucesso pela equipe em meados de setembro.
Leonardo Papini/Divulgação
No retorno ao Brasil, Aleixo foi recebido pelas bandas Didá e da Marinha, que animaram o público presente formado por familiares, amigos e admiradores. Autoridades da Marinha também estiveram presentes, como o vice-Almirante Humberto Caldas Silveira Junior e o Capitão dos Portos da Bahia, Capitão de Mar e Guerra Paulo Rafael Ribeiro Gonzalez.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Gerente de marketing do estaleiro catarinense Intech Boating, fabricante das lanchas Sessa Marine no Brasil, Débora Felipe é a convidada do Loucos Por Barcos. Ela revelou que a empresa está expandindo sua fábrica, para conseguir dobrar a capacidade de produção.
Na entrevista com Guilherme Kodja, Débora contou ainda que a Intech Boating está estudando algumas atualizações na Sessa C36 — entre elas, uma nova janela e até uma versão com motor de popa. Confira mais detalhes no vídeo abaixo:
Na hora de equipar o barco, uma dúvida frequente é em relação a alimentação de energia da embarcação. Desde o tamanho correto, potência e até a quantidade ideal de baterias, muita gente fica sem saber pelo que optar.
Neste episódio do Náutica Responde, Guilherme Kodja resposta essa pergunta e dá outras dicas sobre baterias. Confira o vídeo:
Uma cidade flutuante com desenho de tartaruga marinha e capaz de levar 60 mil pessoas a bordo. O estúdio italiano Lazzarini Design, comandado por Pierpaolo Lazzarini e famoso por embarcações inovadoras, acaba de divulgar o conceito de um ambicioso projeto.
Batizado de Pangeos, a embarcação tem 1.800 pés (cerca de 550 metros) de comprimento e sua largura atinge os 2.000 pés (610 metros) — mais do que megaiate, seria um teraiate. Com todo esse tamanho, poderia acomodar confortavelmente mais de 60 mil pessoas e funcionar como uma cidade flutuante dos oceanos, oferecendo todas as comodidades que um resort seria capaz.
O nome do projeto serve como uma homenagem à Pangea, o supercontinente que existiu há milhares de anos, entre os períodos Paleozóico e o início do Mesozóico.
Reprodução
Desde 2009, Pierpaolo cria este projeto visionário de luxo e autossustentável. Nas suas projeções, a tartaruga gigante terá uma espécie de portão, o qual permitirá a entrada de iates no Pangeos, para que os navegantes possam desfrutar dos privilégios embarcados. Suas instalações incluem: resorts, shoppings centers, helipontos, hangares, jardins, clubes, praias artificiais e até infraestrutura para carros elétricos.
Por seu porte colossal, tirar o projeto do papel demandaria a construção de um estaleiro próprio, já que nenhum estaleiro atualmente teria condições de construir o Pangeos. Até o momento, todo o desenho ainda está na sua fase inicial e não há muitos detalhes de suas partes internas.
O designer, entretanto, já disse que toda a construção poderia ser entregue em até oito anos, custando mais de US$ 8 bilhões — o equivalente a R$ 42 bilhões (valores convertidos em novembro de 2022).
Reprodução
Para movimentar toda a cidade itinerante, serão instalados nove motores HTS, com cada um fornecendo quase 17 mil hp. A velocidade máxima será de 5 nós, cerca de 9 quilômetros por hora. Uma solução encontrada para obter um maior ganho de energia é a instalação de painéis solares no topo da embarcação, bem como usar energia a partir da força das ondas.
O casco do Pangeos será de aço, com 30 mil células individuais em sua estrutura, tornando-o inafundável, segundo seu criador.
Lazzarini deve lançar o Pangeos no Metaverso no início de 2023, através de uma série de NFTs, com credenciais para acessar propriedades virtuais. Essas mesmas credenciais servirão como depósito para uma propriedade física, se a embarcação for efetivamente construída. Há ainda a opção de participar de um financiamento coletivo.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O representante da Evolve Boats, Ricardo Wilges é o convidado da vez do programa Loucos Por Barcos. No bate papo com Guilherme Kodja, Wilges contou sobre a história do estaleiro — desde seu primeiro barco em 2009 — e o que a Evolve tem preparado de novidades.
Em 2023, os holofotes estarão voltados para a Evolve 420 Fly. Ela será a primeira embarcação do estaleiro com flybridge, tem quatro metros de boca e é a única da categoria com três camarotes. Para saber tudo sobre as novidades da Evolve, confira a entrevista completa:
Depois de mais de onze horas de competição, o Troféu das Ilhas terminou na noite do último sábado (12). O barco Bruschetta, de Ubatuba, foi Fita Azul e campeão da disputa — esta é a segunda vez que a equipe recebe esse título do campeonato.
Com o percurso estimado em 35 milhas náuticas, a regata dá a volta na ilha do Mar Virado e na ilha da Vitória, em Ubatuba, ambas por bombordo. O final da competição aconteceu por voltas das 23 horas.
Os integrantes da equipe Bruschetta cruzaram a linha de chegada no primeiro lugar geral e depois foram consagrados campeões com a correção do tempo. A navegação foi cumprida em 11h02min.
A embarcação usada pelo time vencedor era do modelo J-24, o qual já possui o título de tetracampeão mundial. Completando o pódio, ficaram as embarcações: Super Bakana, em segundo, e a Beleza Pura, em terceiro.
Divulgação: Aline Bassi/Balaio de Ideias
Estamos felizes com essa vitória. Essa foi uma regata dura, como esperamos, mas saímos com o objetivo alcançado. Agora vamos nos preparar para o Mini Circuito de Ubatuba e a Regata do Marinheiro – Evandro Csordas
O time foi comandado por Evandro Csordas e por Maurício Santa Cruz — pentacampeão mundial, com dois ouros em Pan-Americanos e atleta olímpico. Ricardo Delgado e Fabinho Kiss completam a tripulação, que segue com bons resultados desde o final de 2020, com destaque para o bicampeonato Brasileiro.
Os próximos eventos disputados pela equipe serão em dezembro: o Mini Circuito de Ubatuba (em 11/12) e a Regata do Marinheiro (em 17/12).
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O campeonato Pan-Americano de Formula Kite, realizado em São Luís (MA), contou com um trio de brasileiros no pódio. O maranhense Bruno Lobo foi o melhor colocado entre todos os participantes do continente americano na categoria masculina. Já na categoria feminina, a melhor das Américas é a piauiense Socorro Reis. Lucas Fonseca, também natural do Maranhão, ficou em terceiro lugar no masculino.
O pódio do torneio, encerrado neste domingo (13), ainda teve Tiger Tyson (de Antigua e Barbuda) como segundo lugar na categoria masculina, enquanto a disputa feminina teve Catalina Turienzo (Argentina) em segundo lugar e Maria Lizeth Rojas (Colômbia), em terceiro.
Bruno Lobo e Socorro Reis conquistaram os títulos de melhor das Américas
O atleta Bruno Lobo comemorou o pódio, que lhe garante também a classificação para o campeonato Pan-Americano de Formula Kite de 2023 — que será realizado em Santiago, no Chile. O evento é mais uma etapa no sonho do brasileiro de representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris.
Agora é manter o foco com o objetivo do Chile no ano que vem e das Olimpíadas. Para mim, que ajudei a começar este esporte aqui no Maranhão, é motivo de muita alegria conquistar esse título em casa – Bruno Lobo
Quem também já está de olho na próxima temporada é Socorro Reis, que conta estar animada para representar o Brasil no ano que vem, no Chile.
Estou muito feliz, consegui um título inédito para mim. Vou focar para melhorar ainda mais, o próximo ano vai ser de muitos desafios – Socorro Reis
Essa foi a primeira vez que o Brasil sediou o Pan-Americano de Formula Kite. A abertura oficial do campeonato foi realizada na terça-feira (8), com o início das regatas no dia seguinte.
Para Rogério Luna, organizador local do campeonato, ter São Luís como sede vai ajudar a abrir portas para o Maranhão e o Brasil. “Foram dias maravilhosos, em que o sol e o vento colaboraram para que pudéssemos fazer um excelente campeonato. Os atletas estavam muito felizes de estar aqui e encontraram condições excelentes para a competição e a prática do kitesurf como um todo”, pontuou ele.
O maranhense Lucas Fonseca ficou em terceiro lugar no masculino
Na categoria Open, que engloba os participantes de todas as nacionalidades, o vencedor entre os homens foi Max Maeder, de Singapura, enquanto o segundo lugar ficou para Martin Dolenc, da Croácia. Bruno Lobo também conquistou o pódio nessa categoria: ficou com o terceiro lugar geral.
Entre as mulheres, a vencedora da modalidade open foi Lauriane Nolot (França). O pódio ainda contou com Jemima Crathorne (Reino Unido) e Sofia Tomasoni (Itália).
O que é AIS? É obrigatório ter a bordo? Como é uma dúvida recorrente, neste episódio do Náutica Responde Guilherme Kodja explica o que é e como funciona esse importante sistema de identificação.
Confira o vídeo:
Você também tem uma dúvida técnica? Envie sua pergunta para nossa equipe no formulário do Náutica Responde, que você encontra nesta página, logo abaixo.
Com praias lindas e desertas, em vilas charmosas que abrigam construções históricas, o litoral do Alentejo tem também uma praia badalada, eleita a melhor da Europa
Portugal tem estreita relação com o mar, fruto de uma costa de 943 km banhada pelo oceano Atlântico e uma história de aperfeiçoamento da construção naval e domínio da navegação astronômica que o levou à conquista de novas terras.
O litoral alentejano combina praias charmosas em meio a falésias, rica gastronomia e construções históricas.
Charmosas praias entre as falésias em Porto do Corvo, Sines
Se o mar abriu as portas do mundo para Portugal, o país se abre para receber o mundo durante o verão europeu. Nessa época do ano, o Alentejo — maior região portuguesa, cobrindo quase um terço do país — fica ainda mais sedutor com sua costa litorânea preservada, pequenos paraísos de sol e praia, vilas charmosas, construções históricas e vinhedos.
Um dos mais bonitos da Europa, o litoral do Alentejo tem 165 quilômetros de extensão e guarda cenários de belezas variadas, desde falésias impressionantes e que proporcionam vistas impecáveis do oceano, trilhas para os mais aventureiros e até praias de areias douradas e mar azul profundo.
Recortada por altas falésias, a pequena vila Zambujeira do Mar, uma das mais visitadas do Alentejo, tem praias ideais para surfe e bodyboard
Nada mal aproveitar o calor e fazer um roteiro completo pelo litoral alentejano, conhecendo locais paradisíacos com areias douradas e paisagens que são verdadeiros cenários cinematográficos.
O ideal é começar o tour a partir de Setúbal, atravessando o estuário do Rio Sado de ferry boat, num trajeto de uma hora, para chegar a um dos mais extensos areais de Portugal: a Praia de Tróia Galé, na Península de Tróia.
Com 60 km de areias brancas, a badalada praia de Comporta foi eleita a mais chique da Europa
Além de aulas de surfe, caminhadas ao longo da praia, jogos de golfe e a observação de golfinhos na Reserva Natural do Estuário do Sado, vale explorar o rico patrimônio histórico, como as Ruínas Romanas de Troia, local com mais de 2 mil anos situado em um espaço abençoado pela natureza.
A apenas 17 km está a badalada Comporta, com mais de 60 quilômetros de areias brancas, eleita pelo jornal espanhol La Vanguardia a praia mais chique da Europa. Extensos arrozais e dunas brancas selvagens protegidas por lei atraíram personalidades como Christian Louboutin, Philippe Stark, Carolina de Mônaco, Madonna.
O passeio pelas praias e arrozais “Cavalos na Areia” e assistir ao pôr do sol no Porto Palafítico da Carrasqueira são programas bem procurados. Há bons restaurantes, lojas cool e praias com águas da cor do Caribe.
Vila Nova de Milfontes
Pouco adiante, chega-se em Carvalhal, enorme areal rodeado de dunas e banhado por mar calmo. Sua beleza singular harmonizada com a natureza do entorno foi destaque na revista Condé Nast Traveller, que considerou o destino como a aldeia mais bonita de Portugal.
Seguindo para o interior, a 40 minutos, é possível descobrir o castelo de Alcácer do Sal, imponente edifício de arquitetura de estilo islâmico, e a sua pacata vila. Mais ao sul, pela costa, a surpreendente Melides é um dos segredos mais bem guardados do litoral do Alentejo: suas praias são praticamente desertas.
Até Sines, a costa alentejana é uma extensão de areia contínua com agradáveis praias, como a do Pinheirinho e a da Galé. Em Melides e em Santo André pode-se escolher entre as praias de mar e as lagoas — são bons locais para canoagem e windsurfe. A encantadora Lagoa de Santo André é uma enorme reserva de água salgada situada literalmente ao lado do oceano, perfeita para levar as crianças.
Sines é uma das mais importantes cidades do Alentejo, com seu porto e um cabo de mar. Simpática, a cidade natal do navegador Vasco da Gama abriga um museu que conta sua história e nos leva a uma viagem no tempo. A rica gastronomia, que tem os frutos do mar como ingrediente principal, vale a visita. Prove a açorda de mariscos, a feijoada de búzios e as migas com peixe frito, e vai desejar repetir tudo!
Carvalhal, rodeada de dunas
A partir do porto de Sines, a paisagem se transforma e as suaves baías se alternam com praias mais cênicas, de formações rochosas. Entre todas as praias, São Torpes, Morgável e Vale Figueiros merecem uma parada.
Chegou a hora de se aventurar nas profundezas do mar e ver as impressionantes formações de corais de Porto Côvo, pitoresca aldeia de pescadores. Após um delicioso banho de mar, siga para o interior da região para apreciar as ruínas do sítio arqueológico de Miróbriga, em Santiago do Cacém. Localizado a apenas 18 quilômetros de Sines, é um importante vestígio da ocupação romana em Portugal.
O rio Sado dá um encanto especial à pacata Alcacer do Sol
A próxima parada é Vila Nova de Milfontes, onde os passeios de barco ou de canoa são muito agradáveis entre a praia e o rio Mira. Além de praias encantadoras, ali é produzido o vinho Cortes de Cima Branco, eleito um dos melhores do mundo.
Mais ao sul, o Cabo Sardão é um lugar agreste, mas também um miradouro deslumbrante sobre a costa recortada. Em pleno parque natural, a cegonha branca nidifica nas falésias. A poucos minutos, já se avista a antiga freguesia de Zambujeira do Mar, uma das mais visitadas do Alentejo. Recortada por altas falésias, de onde se pode apreciar a incrível vista para o mar agitado, conta com diversas pequenas praias ideais para a prática de surfe e bodyboard.
O rico patrimônio histórico na praia de Tróia Galé, como as Ruínas Romanas
A partir de Zambujeira do Mar, uma atividade imperdível para os aventureiros que praticam caminhadas é seguir pelo Trilho dos Pescadores até Odeceixe, que é parte de uma rede de trilhas da Rota Vicentina, que soma 400 quilômetros de paisagens deslumbrantes.
Essa trilha de 18 quilômetros está sempre junto ao mar, seguindo os caminhos usados pelos locais para acesso às praias ao longo das falésias, e é um passeio espetacular!
Representante do estaleiro Triton Yachts, Allan Cechelero é o convidado da vez no Loucos Por Barcos. Uma das novidades expostas no São Paulo Boat Show 2022 foi a atualização da linha Flyer, que aumentou para 38 pés.
Sobre as novidades do estaleiro para 2023, Allan revelou detalhes do projeto da lancha 400 HT e os planos de exportação para os Estados Unidos. Assista ao vídeo da entrevista completa:
O primeiro episódio da nova temporada da série “The Crown”, que acaba de estrear, dá destaque ao famoso iate Britannia — embarcação onde a princesa Diana e o (até então) príncipe Charles passaram a lua de mel.
A série, exibida pela plataforma de streaming Netflix, mostra uma cena de flashback do momento em que a rainha Elizabeth II, interpretada por Claire Fox, participa do lançamento oficial da embarcação, em 1953.
O lançamento foi feito pouco antes da coroação de Elizabeth II e a embarcação fez parte da frota real por 44 anos. Com tanto tempo de serviço, o iate pôde navegar mais de um milhão milhas náuticas.
Membros da família real britânica, em 1985, no iate Britannia. Da esquerda para a direita: princesa Margaret, príncipe Andrew, rainha Elizabeth II, príncipe Philip, Peter Phillips, príncipe Edward, princesa Diana segurando príncipe William, príncipe (hoje rei) Charles segurando Harry, princesa Anne e Zara Phillips
Com comprimento de 126 metros, divididos em cinco andares, possui diversas salas de jantar, estar e camarotes. Para mover a embarcação, haviam dois motores Parsons, que, juntos, alcançavam 1.200 hp. Com toda essa potência, sua velocidade máxima era de 22 nós (40 km/h).
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O iate foi projetado pela John Brown & Co. LTD, a mesma empresa que cuidou dos navios de cruzeiros Queen Mary e Queen Elizabeth, também em 1953. Dos três, o Britannia possui um desenho mais inovador, com três mastros de até 42 metros.
Reprodução
Como serviu a família real britânica, diversos presidentes e importantes ministros tiveram a honra de estar a bordo da embarcação. Foi cenário de lua de mel para a princesa Margaret (irmã de Elizabeth II) com Antony Armstrong-Jones, além de receber os pombinhos Charles e Diana, em 1981, em viagem pelo Mediterrâneo.
Reprodução
Por precisar de uma reforma mais elaborada, o iate teve de ser desativado em 1997. À época, Elizabeth II chegou a se emocionar em um pronunciamento.
Olhando para esses 44 anos passados, nós podemos refletir com orgulho e gratidão para essa grande embarcação que serviu o país, a Marinha Real e minha família com tanta distinção – Elizabeth II
Hoje o Britannia está ancorado em Edimburgo, capital da Escócia, e virou um museu. Para homenagear a monarca, todos os relógios do navio mostram permanentemente 15h01 — horário exato em que Elizabeth II desembarcou pela última vez.
Reprodução
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Jaime Alves, um dos diretores da Flexboat, contou um pouco sobre o sucesso da marca em entrevista ao programa Loucos Por Barcos, além de falar sobre o lançamento da Flex 1100 open.
No bate-papo com Guilherme Kodja, Jaime revelou que a Flexboat planeja, para 2023, produzir semanalmente um Flex 450 completo. Confira a entrevista completa.
Lançada em 2022 e já com algumas unidades na água, a Victory 398 é uma lancha feita sob medida para agradar quem procura uma embarcação para pesca oceânica e, ao mesmo tempo, com atributos para satisfazer nos passeios em família — conceitos e objetivos aparentemente inconciliáveis, mas que são plenamente atendidos.
Estaleiro dirigido por um time de feras, tanto na construção de barcos quanto em navegação — em que diretor técnico, projetistas e gerentes comerciais são capitães de oceano, somando, juntos, mais de 200 mil milhas navegadas —, a Victory Yachts é referência na produção de lanchas de pesca no Brasil, com quase 20 anos de atuação no mercado.
Usando tecnologia de ponta e matéria-prima de alta qualidade, seus cascos são laminados 100% por infusão a vácuo com Divinycell, inclusive abaixo da linha d’água, processo que garante menos peso e maior resistência. Das instalações da empresa, em Santa Terezinha do Itaipu, no Paraná, saem oito modelos de lanchas, abertas ou cabinadas, não apenas de pesca, mas também de passeio — quando não, as duas coisas ao mesmo tempo, como é o caso da Victory 398.
Para alcançar a versatilidade, a Victory Yachts — além de se basear na experiência de seu time de craques — afirma ter estudado as expectativas de potenciais compradores.
Ao projetar um novo barco, o estaleiro sempre escuta quem já usa o produto no dia a dia, ficando aberto a sugestões para melhorar e aprimorar os futuros modelos – Eduardo Granda, capitão do estaleiro.
Na avaliação dessas expectativas, ficou claro que os potenciais clientes gostariam de uma embarcação com casco seguro, rápido e bom de mar, para enfrentar travessias oceânicas (esse é o sonho de todos nós).
Mas não só isso: junto com o alto desempenho, o desejo de que tivesse um cockpit com bom arranjo, recheado de acessórios para pesca e — ao mesmo tempo — espaço e recursos de uma daycruiser, além de um design caprichado.
O resultado foi uma lancha center console “todo terreno”, um verdadeiro 4×4 marítimo, com as comodidades de um modelo de luxo.
Os aficionados podem pescar no sábado e passear com a família no domingo. Ou, com tanto conforto, podem ir todos juntos até o mar azul.
Com quase 40 pés (12,10 metros de comprimento), proa alta, flare acentuado e 3,82 metros de boca, a Victory 398 é uma lancha que se diferencia por oferecer acomodações para até 18 passageiros curtirem um passeio tipo day use, além de atender todas as exigências de uma típica lancha de pesca de oceano.
Ou seja, é um barco para aventuras e expedições com conforto, integrando toda a segurança, estabilidade e desempenho de um casco feito para enfrentar longas travessias.
Um exemplo dessa versatilidade está na praça de popa da lancha, que oferece espaço para até 10 pessoas sentadas e está equipada com uma caprichadíssima estação gourmet, com bancada de madeira maciça de cedro, mesa rebatível, pia pressurizada, duas caixas térmicas e churrasqueira completa.
Muito bem pensado, esse ambiente garante a socialização entre amigos e familiares em grande estilo e com bastante espaço. Sem contar que, mesmo com a motorização de popa, ainda há espaço na plataforma, pertinho do mar, como todo mundo gosta, inclusive os pescadores na hora do embarque dos peixes.
A proposta é aproveitar o cockpit da melhor maneira possível durante as ancoragens, seja promovendo um churrasco, ou simplesmente descansando, quando não tomando um gostoso banho de sol. Para isso, na proa, há um sofá em forma de U, com amplo espaço para cinco ou seis pessoas sentadas.
A borda livre alta em toda a lancha proporciona encostos elevados que garantem proteção aos passageiros contra o vento e respingos.
À sua frente, uma mesa de madeira rebatível, duas bancadas com caixas térmicas (novamente, com fino acabamento em madeira de cedro), porta-copos, banco tipo espreguiçadeira para três pessoas e solário duplo acima da cabine, do jeito que todo mundo gosta.
Além disso, as passagens laterais do convés são confortáveis e largas, facilitando a circulação e operação do barco. Ela vem de série com um amplo hard top sustentado por tubos de inox com iluminação, gaiuta e espaço para instrumentos.
Opcionalmente, o estaleiro oferece uma versão com segundo comando na torre, para melhor avistar os cardumes. Este tipo de “Tuna Tower” pode ser customizado pelo proprietário e proporciona ampla visão do mar, além de mais emoção na pilotagem.
Para quem acha tudo isso pouco, a Victory 398 apresenta outras características especiais. Por exemplo, a ergonomia, que garante conforto e bom funcionamento postural de toda tripulação.
As bordas, por exemplo, têm alturas projetadas para que, na hora da briga com os peixes, a parte de trás da coluna dos pescadores trabalhe na posição correta.
Por sua vez, no posto de pilotagem — com aspecto de nave espacial, com suas três telas — o capitão tem uma ampla visão de navegação, com duas opções de altura no piso, em uma estação de comando com três lugares, incluindo o co-piloto e o terceiro passageiro.
Destaque para os bancos ergonômicos com encostos de cabeça, apoios de braço e assentos rebatíveis.
Na hora do descanso, a cabine tem o conforto na medida para uma lancha aventureira. Não é sofisticada, mas muito prática e adequada.
Com 1,97 m de altura, piso revestido com carpete EVA e acabamentos com madeira maciça de cedro, tem um sofá em “U” reversível para cama de casal, armários para roupas e cozinha completa com pia e gaveteiro, além de micro-ondas e geladeira.
O banheiro, de bom tamanho, com 1,85 m de altura, tem vigia de ventilação, é fechado e totalmente equipado, recurso mais do que bem-vindo para todos a bordo.
Para quem, acima de tudo, escolhe o barco pelos cuidados do estaleiro com a construção e o desenvolvimento do projeto, a Victory Yachts é referência. Seus cascos, segundo o fabricante, não afundam de jeito nenhum. Mesmo que rompidos, eles mantêm a flutuabilidade.
Para isso, contam com vários quesitos de segurança, como convés auto-esgotante, enclausuramento de poliuretano, infusão a vácuo com materiais de primeira qualidade e densidade da construção menor que a da água.
Para empurrar tudo isso — ou melhor, deslizar sobre as ondas –, a Victory 398 é versátil também na motorização, com opções que vão desde um par de motores de 300 hp até uma trinca de 400 hp, ou ainda um quarteto de 300 hp (sim, 1.200 hp!), passando por uma parelha Yamaha de 425 hp.
O tanque de alumínio de 1.450 litros permite navegar até 400 milhas náuticas (dependendo da motorização e velocidade), uma excelente autonomia. Já o tanque de água, de 208 litros, fica na medida para um fim de semana a bordo.
Comprovando sua vocação para a pesca, a Victory 398 oferece cinco urnas térmicas para gelo e peixes, quatro grandes compartimentos no piso e mais dois na proa.
Navegação da Victory 398
Para ver se o casco correspondia à expectativa criada desde que o estaleiro anunciou o seu lançamento, aceleramos a Victory 398 nas águas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em um dia de mar relativamente agitado e ventos médios com rajadas de 15 nós.
Na verdade, testamos duas versões dessa lancha, lado a lado. Aproveitando o fato dela ser versátil na motorização, testamos uma Victory 398 equipada com três motores de popa de 300 hp cada (totalizando 900 hp); e a outra com um quarteto de 300 hp (sim, 1.200 hp!).
Dada a partida, nas proximidades da Fortaleza de Santa Cruz, vem a confirmação: ambas são ágeis e velozes, mas a arrancada da versão com quatro motores, obviamente, é absolutamente mais impressionante.
Essa quase 40 pés é uma lancha de navegação ao mesmo tempo forte e suave. Com os flapes levantados, pegando um pouco de mar de través, seu casco não teve nenhuma dificuldade em cortar as ondas de aproximadamente um metro de altura, em período curto, amortecendo os impactos, como era de se esperar de uma embarcação feita para navegar em alto-mar.
Além disso, durante as manobras, mostrou muita desenvoltura, fazendo curvas com raio de giro reduzido, o que é sempre bom na pesca esportiva.
Testamos a versão com três motores na saída da boca da barra, com a maré entrando. Após acelerar fundo, em poucos segundos o giro sobe e o barco plana, revelando um arranque muito forte.
A proa subiu pouco e logo abaixou, e o barco se manteve extremamente na mão, sob controle, inclusive nas ondas maiores e com forte vento lateral.
Na versão com motorização tripla, a velocidade final chegou a 47 nós, marca que impressiona. A torre do barco testado reduz um pouco de sua aerodinâmica, além do peso extra, é claro. Sem esse opcional, a velocidade de top seria próxima dos 50 nós com os mesmos motores.
Na aceleração, foram necessários apenas 6,2 segundos para ir da marcha lenta aos 20 nós, outra bela marca.
Assumimos também o segundo posto de comando, no alto da torre. Com o gps anotando 34 nós no mar picado, fizemos sucessivas curvas e o casco adernou pouco, mantendo a sensação de controle, claro que com mais emoção, devido a altura em relação ao mar.
Ao mesmo tempo, o barco se manteve seco, sem respingos no para-brisa, e olha que estávamos em um dia de vento forte e mar com muita ondulação do lado de fora da Baía de Guanabara, o que mostra o acerto do projeto.
Por sua vez, a versão com quatro motores se mostrou um torpedo na água, superando os 65 nós de velocidade máxima e com uma aceleração realmente empolgante.
Em resumo, uma lancha impressionante na performance, na construção, na versatilidade e no conforto. Com ela, a evolução das lanchas cabinadas center console alcança um novo patamar, enquanto o estaleiro atinge uma ampla gama de clientes, desde um navegador que curte passeios em família, aqueles com estilo mais aventureiro e até o pescador mais “casca grossa”.
Saiba tudo sobre a Victory 398
Pontos altos
Casco navegador e cortador de ondas
Desempenho esportivo com aceleração empolgante
Qualidade da construção, estrutura e acabamento
Pontos baixos
Acabamento sem luxos, mas adequado à proposta do barco
Fixação da tampa do espaço gourmet
Painel elétrico na cabine sem porta protetora
Características técnicas
Comprimento máximo: 12,10 metros
Boca (largura máxima): 3,82 metros
Pé-direito na cabine: 1,97 metros
Pé-direito no banheiro: 1,85 metros
Ângulo de V na popa: 21 graus
Calado com propulsão: 0,60 m
Peso sem motor: 4.800 kg
Motorização: popa
Potência: de 600 a 1200 hp
Tanque de combustível: 1.450 litros
Tanque de água: 208 litros
Capacidade dia: 18 pessoas
Capacidade pernoite: 2 pessoas
Quanto custa a Victory 398
A partir de R$ 2,12 milhões, com três motores de popa de 300 hp cada. Preço pesquisado em novembro/2022. Para saber mais sobre o modelo testado, acesse o site oficial da Victory Yachts.
Consultor técnico: Guilherme Kodja Edição de texto: Gilberto Ungaretti e Denise de Almeida Edição de vídeo: Luiz Becherini Fotos: Victor Oliveira e Divulgação
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