Próximo destino: França! Com direito a três barcos emblemáticos, a Schaefer Yachts atracará no prestigiado Cannes Yachting Festival, um dos eventos náuticos mais tradicionais e influentes do mercado. Em sua 48ª edição, o festival acontecerá de 9 a 14 de setembro, nas águas da Côte d’Azur.
A participação em Cannes é estratégica para a marca, que busca consolidar a sua imagem globalmente. Por lá, o estaleiro brasileiro apresentará os modelos Schaefer V44, Schaefer V33 e a Schaefer 375 — barcos cuidadosamente escolhidos para atender às expectativas de um público exigente.
Schaefer V44. Foto: Ito Cornelsen / Divulgação
A Schaefer já marca presença no Boot Düsseldorf, na Alemanha, e agora amplia sua atuação no salão náutico de Cannes– conta Igor Phelippe, gerente de exportação da Schaefer, ao NSC Total
Em águas francesas, o estaleiro deseja se posicionar entre outros gigantes do mundo náutico, enquanto leva um toque de brasilidade ao Vieux Port e ao Port Canto, em Cannes, como prova de que a excelência brasileira conquistou seu espaço globalmente.
Os barcos da Schaefer são desenvolvidos com padrão internacional, mas preservam características únicas que refletem o perfil brasileiro, conquistando regiões como Caribe, Flórida e Mediterrâneo– explica o gerente
“As generosas áreas externas voltadas à convivência, como praças de popa amplas, espaços gourmet completos e varandas laterais retráteis são elementos que proporcionam maior integração com o mar, o que é muito valorizado e desejado pelo público europeu”, completa.
Barcos da Schaefer em Cannes
Schaefer V44
Projetada para o mercado americano, a Schaefer V44 atracará em Cannes com tudo para cair no gosto dos franceses. Com 13,61 m de comprimento (44,8 pés) e 4,17 m de boca, a walk around nasceu com os avanços da indústria náutica de ponta do mundo, começando pela tripla motorização de popa de 400 hp cada — que pode chegar a uma trinca de 600 hp cada.
Schaefer V44. Foto: Ito Cornelsen / Divulgação
O modelo ainda apresenta um cockpit com beach club em um único nível, duas amplas varandas de 2,40 m de comprimento, acionamento elétrico e plataforma de popa submersível, privilegiando a área externa da embarcação. Durante o dia, a V44 acomoda até 14 pessoas — quatro no pernoite.
O barco, já testado por NÁUTICA, é também o queridinho da modelo brasileira Gisele Bündchen. A V44 foi adquirida ainda este ano por Joaquim Valente, namorado da top model, a tempo de celebrar a chegada do primeiro filho do casal (e terceiro da modelo), River.
Schaefer V33
Lançada em 2020 no São Paulo Boat Show, a Schaefer V33 é uma walk around contemporânea, esportiva, versátil e, ao mesmo tempo, clássica, que pode servir tanto para pesca quanto para passeio. O barco de 33 pés apresenta um interior completo, com sofá e cama para duas pessoas.
Schaefer V33 durante navegação em Bahamas. Foto: Revista Náutica
Além disso, a lancha da Schaefer que estará em Cannes pode ser motorizada de diferentes maneiras, conforme a opção do cliente: com uma parelha de motores de popa de 200 a 300 hp; uma parelha de centro-rabeta a diesel de 220 hp ou um motor de centro-rabeta acima de 320 hp.
Também játestada por NÁUTICA, a Schaefer V33 privilegia as áreas externas com sua proa aberta e um amplo espaço na praça de popa. Tudo isso sem perder o aconchego de uma cabine para duas pessoas pernoitarem, enquanto acomoda até 10 passageiros durante o dia.
Schaefer 375
A Schaefer 375 atracará em Cannes pronta para repetir o sucesso que teve em águas brasileiras. O modelo conta com duas varandas retráteis, uma praça de popa ampla e totalmente integrada ao cockpit, interior com 1,90m de pé direito e exclusiva passagem interna — com acesso à proa do barco.
Schaefer 375. Foto: Victor Santos/ Revista Náutica
A lancha de 38 pés chama atenção pelas varandas laterais retráteis, que ampliam o espaço na praça de popa para 5,95 metros. Além disso, traz motorização de popa — do jeito que o mercado internacional gosta e que tem agradado cada vez mais, também, os brasileiros. Há ainda a opção de dois motores de centro-rabeta, a diesel ou a gasolina.
Testada por NÁUTICA, a Schaefer 375 oferece seis possibilidades de configuração do cockpit, em qualquer uma delas com acomodações para até 14 pessoas nos passeios durante o dia.
A 52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval (SIVI) chegou ao seu 4º dia de disputas nesta quinta-feira (24). Desta vez, embora tenha demorado a chegar, o vento deu as caras no meio da tarde. Com a entrada de rajadas mais fortes de leste, oito regatas puderam ser realizadas — e mexeram na classificação.
Na classe ORC, o Crioula, de Eduardo Plass, segue na liderança mesmo após um quarto lugar na primeira regata do dia. O +Bravíssimo, de Luciano Secchin, venceu uma prova e ficou em segundo na outra, assumindo a vice-liderança, seguido pelo Phytoervas, de Marcelo Bellotti.
Foto: Neto Ilhabela / FOTOP / Reprodução
Já na BRA-RGS — classe mais numerosa dessa SIVI, com 35 veleiros — , o Kia Kaha, de Fábio Kohler, venceu as duas regatas do dia e assumiu a liderança geral e na divisão B. Estreante na competição, o barcotambém é a casa de seu comandante, que o está testandopara travessias futuras.
Na RGS-Cruiser, o Blue Wind, de James Bellini, ampliou a liderança com um primeiro e um terceiro lugar, seguido pelo Invocado e BL3 Urca. Entre os Clássicos, o Kameha Meha manteve a ponta com um primeiro e um segundo lugar, abrindo seis pontos sobre o Vendetta. O Fuga III aparece em terceiro.
O dia ainda contou com o início das regatas Soto 40 Super Series. Até o momento, a liderança da categoria pertence ao Phytoervas, que está na frente do Saci, de Mauro Dottori, por 0,1 ponto. O Inaê Soto Transbrasa fecha o pódio momentâneo.
Semana de Vela de Ilhabela: confira os resultados acumulados do 4º dia
RGS Cruiser
Blue Wind (James Bellini) – 133,30 pontos;
Invocado (Marco Polo de Mello Lopes) – 126,50 pontos;
BL3 Urca (Clauberto Andrade) – 106,90 pontos;
Mandachuva (Mario Sorensen Garcia) – 95 pontos;
Kon-Tiki (Michael Downey) – 94,10 pontos.
ORC
Crioula 52 (Eduardo Plass) – 90,20 pontos;
+Bravíssimo (Luciano Secchin) – 82,8 pontos;
Phytoervas (Marcelo Augusto Bellotti) – 73,10 pontos;
Saci (Mauro Dottori) – 70,90 pontos;
America del Sur (Pablo Maffei) – 70,10 pontos.
C30
Kaikias EMS (Daniel Hilsdorf) – 46,10 pontos;
Bravo C30 (Jorge Berdasco) – 37,50 pontos;
Tonka (Demian Pons) – 36,40 pontos;
Relaxa Building (Thomas Funari Negrão) – 34,70 pontos;
Zeus Team (Inácio Vandresen) – 27,20 pontos.
Clássicos
Kameha Meha (Xavier Marie Georges) – 71,80 pontos;
Vendetta (Marco Nico D’ippolito) – 65,30 pontos;
Fuga III (Fabiana de Souza Leite) – 64,40 pontos;
Pepa XXI (Manfred Kaufmann Jr.) – 61,60 pontos;
Pepa XIX (Carlos Frederico Hackerott) – 59,20 pontos.
A principal competição de vela da América Latina volta as águas já nesta sexta-feira (25), às 12h, com regatas para todas as classes e premiações na C30, Equipes e Soto 40. Todos os resultados oficiais e atualizados de cada categoria podem ser conferidos aqui.
Agenda da Semana de Vela de Ilhabela 2025
19 de julho (sábado)
Das 9h às 22h: Credenciamento (todas as classes);
13h: Regata Vela do Amanhã (todas as classes);
17h: Reunião de Comandantes (todas as classes);
17h30: Coquetel de boas-vindas (todas as classes);
19h: Abertura oficial da SIVI 52.
20 de julho (domingo)
Das 8h às 16h: Credenciamento (todas as classes);
10h30: Desfile dos barcos (todas as classes);
11h20: Apresentação da esquadrilha da fumaça (todas as classes);
12h20: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classe ORC);
12h30: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classe C30);
12h40: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classes RGS A e B);
12h40: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classes BRA-RGS C; RGS CRUISER A, B e C; CLÁSSICOS A, B E C).
21 de julho (segunda-feira)
Dia livre.
22 de julho (terça-feira)
12h: Regata Mitsubishi – Eduardo de Souza Ramos (todas as classes);
17h: Premiação da regata do dia.
23 de julho (quarta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Premiações das Regatas de Alcatrazes, Toque-Toque e do desfile.
24 de julho (quinta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Confraternizações no Yacht Club de Ilhabela (todas as classes).
25 de julho (sexta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
20h: Premiações do Campeonato Brasileiro de Classes C30;
20h20: Premiação da regata por equipe;
20h30: Premiação da Classe Soto 40.
26 de julho (sábado)
12h: Regatas (todas as classes);
19h: Premiação da SIVI 52.
O eventoé apresentado pelo Banco Daycoval e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela. Conta ainda com o apoio da Marinha do Brasil e o patrocínio de empresas privadas.
Há 19 anos no mercadoe com mais de 40 mil unidades mundo afora, o sistema IPS da Volvo Penta já é consolidado entre estaleiros e consumidores. Ainda assim, a marca sueca lançou seu olhar para o futuro e acaba de revelar o produto na versão elétrica — que deve chegar ao Brasil ainda em 2025.
É o que afirma Leandro Barbosa, head de Operação Marítima da Volvo Penta. Em entrevista ao Estúdio Náutica, ele revelou que embora leve “elétrico” no nome de forma global, trata-se de um equipamentohíbrido, que não deixa de viabilizar o uso do motora combustão.
Você tem um motor elétrico, que atua no IPS, mas tem um setup híbrido, que viabiliza o uso tanto do motor a combustão, quanto do elétrico– explicou
O Inboard Performance System (IPS) é um conjunto de tecnologias que inclui motores, hélices e controles eletrônicos integrados para proporcionar uma experiência de navegação otimizada, principalmente no consumo do barco. Nesse sentido, Leandro detalha que a nova tecnologia vai funcionar de forma semelhante ao que acontece no mercado automotivo.
Sistema IPS da Volvo esteve no Marina Itajaí Boat Show 2025. Foto: Rivo Biehl/ Revista Náutica
O motor a combustão não será acoplado diretamente ao IPS, mas, sim, o elétrico, tocado por baterias. Elas, por sua vez, serão carregadas, justamente, pelo motor a combustão — tudo automatizado, ao melhor estilo “easy boating” da Volvo Penta.
Esse processo traz uma situação de eficiência muito mais atrativa– destacou
Além das vantagens técnicas, o equipamento híbrido promete dar ao usuário uma experiência de navegação que encanta pelo silêncio. “Dá a impressão de que o vento está te levando. Você escuta a água, a natureza. Essa possibilidade é muito bacana e muito atrativa”, relatou o head da marca.
Testado e aprovado
Barbosa destaca que a Volvo Penta preza pela responsabilidade quando o assunto são lançamentos. Por isso, segundo ele, antes de ganhar esse título, o novo IPS elétrico passou por testesem situações severas por mais de 3 mil horas.
Toda solução que chega ao mercado náutico de lazer é colocada antes em parceiros de aplicação comercial. Já está testado e comprovado– ressalta o head
O novo produto chegará ao mercado como IPS 900 Elétrico, o equivalente, em termos de performance, a um IPS 900 hp a combustão — ideal para barcos de 56 a 60 pés. Para a marca, esse é um projeto que vai se consolidar primeiro em mercados maduros, como o europeu, embora já exista uma demanda considerável de grandes estaleiros nacionais.
Eu acredito que é questão de muito pouco tempo para essa realidade estar implementada nas águas do nosso país– enfatizou Barbosa
De acordo com Barbosa, o IPS elétrico da Volvo Penta já está disponível para a fábrica e começa a ser entregue a partir do último trimestre de 2025.
Imagine passar uma semana a bordo de um superiatefeito sob medida para a prática de esportes? Agora é possível — desde que o investimento de 390 mil euros por semana — cerca de R$ 2,5 milhões na cotação de julho de 2025 — não seja um obstáculo. Trata-se do Limerence, embarcaçãode 52,5 metros (172,2 pés) entregue em 2025 pelo estaleiro Alia Yachts, e que agora integra a frota de fretamento da Christie Yachts.
Neste verão europeu (que vai até setembro), o Limerence navegapelo Mediterrâneo Ocidental. Os planos envolvem cruzar o Atlântico no final do ano para passar a temporada de inverno no Caribe e nas Bahamas (entre dezembro de 2025 e março de 2026).
Foto: Christie Yachts / Reprodução
Arsenal esportivo a bordo
O grande diferencial do Limerence é sua vocação esportiva. Além de uma academia completa, o iate conta com um centro de mergulhode última geração com itens para mergulho autônomo, livre e pescasubmarina.
Foto: Christie Yachts / Reprodução
O arsenal a bordo ainda inclui jets, caiaques, catamarãs a vela, pranchas de wakesurf e wakeboard, bolas para diversas modalidades, tacos com bolas biodegradáveis de golfe e outros brinquedos aquáticos.
Foto: Christie Yachts / Reprodução
Outro destaque é o heliponto de classificação comercial e de reabastecimento, que pode ser transformado em uma verdadeira arena poliesportiva. A bordo, há redes, cercas, tobogãs e tapetes que adaptam o espaço para diferentes jogos e atividades.
Foto: Christie Yachts / Reprodução
Como se não bastasse, o Limerence ainda vem com uma plataforma inflávelflutuante, equipada com escorregador, trapézio, parede de escalada, docas para jet e pódios de gladiadores — ideal para batalhas aquáticas — que garantem ainda mais diversão.
Foto: Christie Yachts / Reprodução
Luxo não fica de fora
Apesar do espírito aventureiro, o Limerence ainda é um superiate luxuoso. À noite, o ambiente pode receber festas com DJs, karaokê, globo de discoteca e jogos de luzes. Mas, para quem prefere algo mais tranquilo, também pode ser palco para jantares à luz de velas, cinema ao ar livre ou tempo de qualidade, relaxando em espreguiçadeiras sob as estrelas.
Foto: Christie Yachts / Reprodução
O layout acomoda até seis hóspedes em três cabines, incluindo uma suíte máster com espaço adicional para duas crianças. Também há espaços fixos para descanso, como na extremidade do heliponto (ou quadra poliesportiva).
O valor do fretamento é válido tanto para a alta quanto para a baixa temporada. O preço, no entanto, não inclui despesas extras, como alimentação, bebidas, taxas de atracação, pilotos ou impostos locais (IVA), que são cobradas à parte conforme os padrões internacionais de charter.
Fundada em 2014, a pernambucana NX Boats, comandada por Jonas Moura, chama atenção pelo rápido crescimento, impulsionado por investimentos em inovação e lançamentos que atraem e retém clientes. Em dez anos, o estaleiro ocupa um lugar de destaque em seu segmento. De sua fábrica, onde ocupa uma área construída de 12 mil m², já saíram quase 2 mil barcos — incluindo a NX44 Design by Pininfarina.
Atualmente, o estaleiro produz 11 modelos de lanchas, de 26 a 50 pés, que são distribuídas por boa parte do país e até no exterior. São embarcações únicas e com projetos exclusivos, que estão sendo certificadas internacionalmente — o que abriu para o estaleiro a possibilidade de exportação para os Estados Unidos — , já que o objetivo da NX Boats é ser uma empresa global.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Para enfrentar a concorrência, seu mais recente trunfo foi firmar uma parceria com um dos mais importantes estúdios de design do mundo, o italiano Pininfarina, famoso por ter desenhado quase todas as Ferraris, entre outros carros de luxo, como Alfa Romeo, Lamborghini e Maserati. Nasceu, assim, a NX44 design by Pininfarina.
A lancha de passeio rápido — não é uma esportiva — foi totalmente criada pelo estúdio insular. “A NX44 é o primeiro barco 100% desenhado pela Pininfarina”, afirma Jonas Moura. Lançada no Rio Boat Show 2024, o barco logo caiu no gosto dos fãs da marca.
O casamentoBrasil-Itália — ou NX-Pininfarina — resultou em muitos detalhes interessantes que uma avaliação detalhada da NX44 revela. Começando pelas linhas esportivas da superestrutura, harmônica e rica em detalhes, com curvas salientes na targa incorporada à casaria.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Feliz, também, foi a combinação de cores, com o emprego de preto, cinza, bege e frisos vermelhos nos estofados. Por sua vez, os seis grandes cunhos de amarração de embutir, de 25 cm cada, vieram diretamente da Itália, estampados com o símbolo da NX Boats. E o que dizer do reluzente guarda-mancebo de inox na proa, que mais parece uma escultura metálica criada por algum artista do país de Michelangelo.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A plataforma de popa de 1,61 m de comprimento por 3,38 m de largura chama atenção. Ela serve de apoio para quem estiver pilotando a área gourmet, composta por tábua de cortar, pia, caixa térmica e grelha elétrica equipada com corta-corrente, para cortar a energia caso a tampa desta grelha seja abaixada sem se desligar o botão de acionamento do equipamento.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Na unidade testada por NÁUTICA, a primeira da série Pininfarina, o estaleiro instalou uma plataforma de mergulho, apelidada de fun dive, com acionamento hidráulico elétrico abaixo da parte fixa de popa. Este arranjo resulta na formação de uma prainha particular na popa. Porém, pode-se encomendar a lancha com a tradicional plataforma submersível hidráulica.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Na passagem para o cockpit, uma elegante portinhola de correr — embutida no móvel do sofá de popa quando aberta — é mais um exemplo da criatividadeemprestada pelo estúdio italiano à embarcação brasileira — geralmente, nossas lanchas usam portas articuladas.
Uma ducha de padrão internacional, com água quente e fria, fica estrategicamente posicionada próxima a essa portinhola, assim como a lixeira.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A praça de popa, com convés revestido por madeirateca e convenientemente protegido por um toldo elétrico (itens de série), tem um sofá em L a bombordo, com assentos para cinco adultos, e outro menor a boreste, para duas pessoas.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A mesa de centro — decorada com as cores do barco — oferece regulagem de altura com acionamento elétrico. Com um simples toque de botão, o tampo oscila da altura normal de uma mesa de refeições para uma posição mais baixa, indicada para beber um bom vinho, por exemplo, e vice-versa.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Outra solução interessante adotada pelo estaleiro são as portas de entrada do cockpit, que podem ser deslocadas para um bordo ou outro, facilitando a circulação. Com isso, a cozinha, posicionada à bombordo do salão, pode ficar totalmente integrada à praça de popa, com as folhas da porta de correr à boreste. Se houver necessidade de proteção contra o vento, basta voltá-las à posição normal.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
O pé-direito na entrada no salão é de 2,12 m. Apenas na passagem pela porta que a altura cai para 1,93 m. Uma TV de 32 polegadas fica embutida — por acionamento elétrico — atrás do móvel do posto de comando, voltada para quem estiver na praça de popa.
E para iluminar todo o ambiente com luz natural, os projetistas instalaram grandes janelas de vidroe um igualmente generoso para-brisas, além do teto solar elétrico.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A cozinha vem de fábrica com fogão elétrico por indução de duas bocas — na unidade testada, porém, faltou a grelha de proteção, para evitar que as panelas saiam do lugar — , forno, caixa térmica, pia e uma pequena geladeira com uma prática porta de correr. Tudo a ver com a simplicidade e a beleza atemporaltípicas dos designs by Pininfarina.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Gavetas e armários junto à bancada da cozinha oferecem bom espaço para guardar mantimentos e utensílios como louças e panelas. Para os copos e taças, há uma cristaleira. Porém, para quem navegacom um número grande de convidados a bordo, vale a pena colocar uma placa de refrigeração na caixa térmica da bancada da cozinha, já que a geladeira elétrica não é lá muito grande.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
No posto de comando, o piloto conta com um banco fixo duplo — duas pessoas se sentam com folga — , cuja parte dianteira do assento pode ser rebatida para que o condutor fique sentado em uma posição mais alta. Usamos este recurso durante a fase de navegação deste teste.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Um suporte para os pés do piloto, útil para cruzeiros mais longos, também está presente. No painel, há dois monitores de 12 polegadas da Garmin, com gps e sonda, que são itens de série, assim como sistema de som, o ar-condicionado e o gerador Onan de 9 kVA.
Todos os instrumentos, assim como o timão, os manetes, aceleradores, o joystick e os botões de acionamento dos flaps, estão bem-posicionados. As exceções ficam com o rádio VHF, fixado muito baixo, obrigando o piloto a se abaixar para visualizar o canal em uso no visor deste aparelho.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Merecem elogios também o revestimento escuro na parte superior do painel, o que evita reflexos no para-brisa, e a visibilidade do piloto, muito boa, com poucos pontos cegos — como nas colunas de sustentação do teto solar. O quadro elétrico dos disjuntores está instalado no móvel do banco do piloto, com acesso fácil e protegido com porta, o que dificulta o acesso de crianças.
O acesso à proa é fácil e seguro: basta transpor uma portinhola e, em seguida, uma porta maior, a bombordo, com amortecedor hidráulico, o que facilita a abertura e o fechamento — a abertura dessa porta promove uma ventilação natural abundante dentro do cockpit, dispensando o ar-condicionado.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
O corredor até a proa é largo e protegido por um elegante guarda-macebo de inox. Lá na frente, há um grande solário para três adultos, além de um pequeno sofápara duas pessoas na frente, formando uma espécie de lounge.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
O acesso ao guincho da âncoraé muito bom. Um chuveiro de água doce permite tanto lavar a corrente da âncora como refrescar quem estiver tomando sol. Porém, falta uma trava para a corrente, recurso que impede a descida acidental do ferro, além de evitar danos à coroa do guincho elétrico, que “sofre” com os trancos causados pelas marolas de outras lanchas.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Uma escada com degraus dá acesso à cabine, em que cinco podem pernoitar a bordo, em duas suítes e um sofá na sala conversível em cama. A escada, com um degrau individual para cada pé, é elegante, mas muito íngreme — provavelmente o estaleiro modificará essa inclinação nas próximas unidades.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
O sofá do pequeno salão do convés inferior, à bombordo, tem 1,90 m de comprimento, daí poder ser usado como uma cama individual. Embaixo dele há gavetas, úteis para guardar alguns pertences — durante este teste, a equipe de NÁUTICA deixou ali suas bolsas e mochilas. Uma janela à bombordo deixa passar luz natural, assim como o próprio para-brisas. O pé-direito é de 1,89 m.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Na proa, fica o camarote para os convidados, com 1,87 m de altura na entrada e cama de casal medindo 1,81 m x 1,42 m, ladeada por vários armários e gavetas e com uma TV de 32 polegadas na frente. Janelas e vigias nos dois bordos garantem boa iluminação e ventilação natural ao ambiente, que tem luzes individuais de leitura e, claro, pode ser climatizado.
Um banheiro pequeno, mas completo, com pé-direito de 1,87 m e vigia para ventilação natural, serve tanto este camarote na proa como para a área social durante os passeiosdiurnos, já que tem duas portas, uma voltada para o camarote e outra, para a sala.
A maior surpresa fica por conta da suíte principal, à meia-nau, com aproveitamento completo da boca do barco, que é de 3,83 metros. Normalmente acanhado, já que fica embaixo do salão, esse cômodo neste barco é bem amplo, com 1,75 m de pé-direito junto à cama — a altura só fica mais baixa à bombordo.
A entrada da suíte de meia-nau é muito bem iluminada por duas janelas laterais, ambas equipadas com vigias para ventilação livre do ar-condicionado, o que é muito bom.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A entrada de luz natural amplia a sensação de espaço, colaborada pelo sofá, à boreste, e por um móvel grande a bombordo, equipado com vários nichos. Armários e uma TV de 32 polegadas completam este ambiente, cuja cama de casal mede 1,93 m x 1,40 m, um bom tamanho para o porte desta lancha. O banheiro dessa suíte é exclusivo e conta com box separado para banho, com 1,16 m por 0,49 m.
Navegação da NX44 Design by Pininfarina
Se rouba a cena quando parada, seus encantos não se resumem a formas atraentes. No desempenho, a expectativa é de uma lancha de passeio rápido — lembrando que ela não é uma esportiva — , embora com bom fôlego nos motores. Para avaliar se sua performance corresponde ao DNA, levamos a NX44 Design by Pininfarina para as águasfora da barra de Itajaí, em Santa Catarina.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Após a transição do Rio Itajaí-Açu para o Atlântico, as águas não costumam ser tranquilas. Mas, nos dois dias pelos quais se estendeu este teste, não havia ondas significativas e os ventos estavam na casa dos 9 nós.
Nessas condições, não ideais para pôr à prova toda a capacidade do casco, cruzamos as marolasproduzidas pelo próprio barco, além de outras embarcações que cruzaram a nossa proa. Naturalmente, reduzindo a velocidade e aproando o casco contra as ondulações.
O resultado? Gostamos da agilidade deste conjunto, com os dois motores a diesel de centro-rabeta D6/440 da Volvo Penta de 440 hp cada.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
A aceleração até os 20 nós (37 km/h), condição onde toda lancha está planando, foi de 11,1 segundos, tempo coerente com o porte e a categoria desse barco, que pesa 12,8 toneladas quando vazio e 16,5 toneladas totalmente carregado, de acordo com o que informa o fabricante. Durante o teste, o peso estimado era cerca de 14,5 toneladas. A bordo havia quatro adultos, 630 litros de diesel e 400 litros de água doce.
Nas manobras na velocidadede cruzeiro econômico, que foi de 28,8 nós — sim, quase 30 nós, o que mostra a eficiência do conjunto casco-motores — , importantes para desviar de um objeto flutuante, como os troncos que costumam boiar próximo a barras ou a ligações de rios ou canais com o mar, como em Itajaí, não tivemos nenhuma surpresa preocupante.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Em todos os zigue-zagues intencionais, a lancha se comportou de maneira previsível, sem afundar demasiadamente a proa na água nem fazer o piloto perder o leme. E quando o joystick entra em operação, manobrar esta lancha passa a parecer brincadeira de criança.
Tanto as manobras quanto as medições foram feitas com as rabetas totalmente abaixadas (marcação menos cinco no painel de instrumentos) e sem o acionamento dos flapes. Manter as rabetas totalmente baixas é normal na navegação com esse tipo de barco. Já os flapes costumam ser indispensáveis — não na NX44 Design by Pininfarina, que tem um ângulo de V na popa de 14,3 graus.
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Barcos de lazer deste porte e categoria costumam ter um ângulo de V na popa entre 13 e 17 graus. É claro que, se houvesse ondas, provavelmente, deixaríamos os flapes atuantes. Mas, navegando em mar calmo, essa lancha não precisa deles, o que reforça o equilíbrio perfeito entre o casco e a motorização.
A velocidade máxima, de 37,3 nós (69 km/h), também é compatível com o peso e a potência dessa lancha, e cerca de 20% maior que a média das lanchas com flybridge deste porte. Durante os dois dias deste teste, o convés permaneceu seco na proa, sinal que o desenho do fundo do casco é eficiente, não deixando os respingos subirem além do verdugo (linha de união do casco e com o convés, marcada por um friso de borracha com metal).
Foto: Victor Santos / Revista Náutica
Ao desembarcar, veio a certeza de que a NX44 Design by Pininfarina atende bem tanto quem navega no mar quanto quem pretende usá-la em água doce. Nesta condição, a alta capacidade de carga (ela está homologada para 20 pessoas nos passeios diurnos) é um diferencial e tanto, assim como o bom aproveitamento de espaço na proa e na popa, onde a plataforma de mergulho serve de trampolim para as crianças.
Em resumo, uma lancha que faz jus ao nome Pininfarina estampado no casco.
Saiba tudo sobre a NX44 Design by Pininfarina
Pontos altos
Design exclusivo e atraente;
Guarda-mancebo e cunhos bem-feitos;
Tamanho da suíte à meia-nau;
Pontos baixos
Escada de acesso à cabine muito íngreme;
Geladeira na cozinha é pequena;
Faltam drenos na canaleta da tampa de acesso aos motores;
Características técnicas
Comprimento máximo: 13,75 m (45 pés);
Comprimento do casco na linha d’água: 11,50 m;
Boca (largura máxima do casco): 3,83 m;
Calado propulsão/casco: 1,10 m/0,75 m;
Ângulo do V na popa: 14,3 graus;
Borda-livre proa: 1,67 m;
Borda-livre popa: 1,57 m;
Peso sem motores: 12.800 kg;
Tanque de combustível: 1000 litros;
Tanque de água: 400 litros;
Capacidade (dia): 20 pessoas;
Capacidade (noite): 4/5 pessoas;
Motorização: popa ou centro-rabeta;
Potência: 2 x 380 e 600 hp cada.
Navegação da NX44 Design by Pininfarina com 2 motores centro-rabeta a diesel de 440 hp cada.
Equipamentos de série (itens principais)
Teto solar elétrico, para-brisa de vidro com limpador de aço inox, âncora tipo bruce com corrente, guincho elétrico para âncora, churrasqueira elétrica na popa, fogão elétrico de duas bocas, geladeira elétrica, micro-ondas, ar condicionado, gerador Onan de 9 kVA, carregador de bateria, duas bombas de porão de 2000 GPH com acionamento automático, seis baterias de 150 Ah cada para motores e serviço, vasos sanitários elétricos, sistema de água pressurizada quente e fria, tanque para águas servidas, flaps elétricos, dois exaustores na sala de máquinas e seis cunhos de embutir de aço inox de 25 cm cada.
Equipamentos opcionais (itens principais)
Estabilizador de movimento do barco, sistema de flaps automáticos, radar, piloto automático, AIS (sistema de identificação da embarcação por rádio), luzes subaquáticas.
Preço estimado da NX44 Design by Pininfarina: R$ 4,05 milhões — valor apurado em julho de 2024, com dois motores de centro-rabeta a diesel Volvo Penta D6/440, de 440 hp cada, ar-condicionado, gerador Onan 9kVA, instrumentos eletrônicos para navegação (exceto radar e piloto automático), som e totalmente pronta para ir para a água.
Por muito tempo, perpetuou-se um debate sobre a existência de uma imensa camada de gelo que cobria completamente o Oceano Ártico. Agora, um novo novo estudo promete colocar um fim nessa discussão. Segundo a pesquisa, a enorme plataforma gelada nunca esteve lá — nem em lugar nenhum.
De acordo com o artigo, publicado na Science Advance, a plataforma continental de mais de 14 milhões de km² não ficou completamente coberta de gelo em nenhum momento dos últimos 750 mil anos — período que engloba as duas últimas eras glaciais. Ou seja, as águas do Ártico estiveram abertas o tempo todo.
Foto: Image-Source/ Envato
Pesquisadores da Into the Blue (i2B) analisaram a bioprodutividade da superfície da água, para estudar a quantidade de vida marinha presente na região. Afinal, se uma plataforma de gelo gigante pairasse por ali, o local seria pouco próspero — ou até inabitável — para as espécies aquáticas.
Os resultados surpreenderam: em vez de gigantes camadas geladas contínuas, houve, na verdade, gelo marinho sazonal (que se forma e derrete em diferentes épocas do ano). Além disso, os pesquisadores detectaram floração de fitoplâncton, tanto em períodos glaciais quanto interglaciais.
Foto: kiraliffe/ Envato
Por meio de um biomarcador químico, os estudiosos ainda identificaram a presença contínua de gelo marinho sazonal nos últimos 750 mil anos. Logo, mesmo durante as eras glaciais “recentes”, houveram períodos de águas abertas, que permitiam a prosperidade da vida marinha.
Pode ter havido plataformas de gelo de curta duração em algumas regiões do Ártico durante fases de frio especialmente intenso– Jochen Knies, autor do estudo, ao site da Universidade Ártica da Noruega
Porém, há uma exceção: durante o Estágio Isotópico Marinho (MIS) 16 — por volta de 676 mil a 621 mil anos — , os níveis de gelo marinho e fitoplâncton foram extremamente baixos, o que sugere condições particularmente severas. Logo, especula-se que existiu plataformas maiores ou de curta duração.
Estava ali o tempo todo
Para a pesquisa, os cientistas usaram o Modelo do Sistema Terrestre (AWI-ESM2), que simulou as condições climáticas do Ártico em alta resolução. Também foram analisados núcleos de sedimentos coletados no fundo do mar, que possuem minúsculas químicas de algas que viveram no oceano há milhares de anos.
Foto: Image-Source/ Envato
Segundo o estudo, a massa de água levava gelo marinho o ano todo, até mesmo durante o auge glacial dos últimos 750 mil anos. Inclusive, os Mares Nórdicos, que também foram analisados no artigo, apresentavam gelo marinho sazonal por conta da persistência de águas quentes do Atlântico.
Mesmo nessas glaciações extremas, a água quente do Atlântico ainda fluía para o Ártico. Isso ajudou a evitar que partes do oceano congelassem completamente– afirmou Knies
“Isso nos diz que deve ter havido luz e água aberta na superfície. Você não veria isso se todo o Ártico estivesse coberto por uma camada de gelo com um quilômetro de espessura”, completou o principal autor do estudo.
Para entender a complexidade do clima ártico há milhares de anos, a pesquisa enfatiza a diferença entre plataformas de gelo e gelo marinho: a primeira é composta por grandes massas de gelo flutuantes conectadas a geleiras, enquanto a outra é uma formação que se dá pela congelação da água do mar.
Contudo, Jochen Knies é categórico sobre a existência de uma enorme plataforma de gelo no Ártico, conforme se debatia: “não encontramos evidências de uma única plataforma de gelo maciça que cobrisse toda a região por milhares de anos”, e ponto final.
Casamentos costumam vir acompanhados de ônus e bônus comuns da convivência diária. Mas no caso de Christine Kesteloo, decidir partilhar a vida com seu marido lhe trouxe um novo modo de viver. Graças a ele, que é engenheiro-chefe da tripulação de um navio de cruzeiro, ela trocou sua casa em terra firme para morar de graça a bordo — e agora compartilha essa realidade nas redes sociais.
Conhecida no TikTok como “American Girl”, Christine soma 1 milhão de seguidores na plataforma, onde produz conteúdos sobre o seu cotidiano pouco comum. O que mais chama a atenção do público, claro, são as regalias de morar nesses navios, famosos pela estrutura completa — quase como uma cidade flutuante.
Foto: Instagram @christinekesteloo / Reprodução
Em cruzeiros, Christine tem acesso a uma série de vantagens. Além de acomodação, comida e bebidas gratuitas, a “esposa a bordo” pode frequentar a piscina, o espaço de spa e a academia da embarcaçãosempre que quiser — isso sem contar que esse estilo de vida já a fez visitar quase 110 países ao redor do mundo.
No entanto, embora possa desfrutar de muitas mordomias, a American Girl é tida como uma “convidada da tripulação” — o que implica a ela algumas regras. Em um de seus vídeos mais viralizados, Christine lista, também, os pontos negativos de viver a bordo de cruzeiros. Confira abaixo!
Um deles está no cassino: ”Não tenho permissão para ficar sentada em frente a uma máquina caça-níqueis e jogar com todas as minhas forças até ganhar, porque pareceria um pouco estranho se eu, como esposa do engenheiro-chefe, ganhasse um grande prêmio”, explica.
Sua circulação a bordo, embora livre tanto nas áreas dos hóspedes como nas da tripulação, tem regras. Christine é obrigada, por exemplo, a usar um crachá nos andares dos funcionários, para não ser confundida com um passageiro perdido.
Já nas paradas — quando o navio chega a um de seus destinos—, a estadunidense precisa aguardar todos os hóspedes desembarcarem para, então, descer também, o que pode levar até 1h.
Há ainda mais restrições: Christine precisa ceder seu lugar aos hóspedes quando as áreas de lazer, como piscina e spa, estão cheias. Além disso, ela tem que portar, obrigatoriamente, um seguro de viagem internacional válido.
Foto: Instagram @christinekesteloo / Reprodução
Para muitos internautas, contudo, nada disso é problema. “Nota para mim mesmo: casar com alguém que trabalhe em um navio de cruzeiro”, escreveu um. “Por favor, me indique um homem a bordo”, complementou um segundo. “Não vejo nada negativo aqui!”, observou outro.
Embora a vida a bordo seja a grande atração dos perfis de Christine nas redes sociais, quando em terra, ela também compartilha seu trabalho como “diretora de cruzeiros”, organizando cruzeiros em grupos.
Dessa vez, o vento não recusou o convite para participar do 3º dia da 52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval. Com direito a tarde de premiações das regatas Alcatrazes e Toque-Toque — que aconteceram no primeiro dia de regatas –, o evento teve uma tarde cheia de disputas nesta quarta-feira (23).
O Crioula, de Eduardo Plass, subiu duas vezes ao palco do Yacht Club de Ilhabela, realizador do evento, para receber os troféus das classes ORC Geral e da divisão ORC Performance. A equipe gaúcha também recebeu a honraria Fita Azul, dada ao primeiro velejador a cruzar a linha de chegada.
Além das premiações, a 52ª Semana de Vela de Ilhabela entrou no 3º dia de disputas — desta vez, com ventos mais favoráveis. Com sol forte e sopros sul-sudoeste com rajadas de até 20 nós (aproximadamente 37km/h), os 120 velejadores largaram dentro do canal de São Sebastião. Confira os resultados acumulados do 3º dia de Semana de Vela de Ilhabela:
ORC
Crioula 52 (Eduardo Plass) – 68,20 pontos;
+Bravíssimo (Luciano Secchin) – 57,30 pontos;
America del Sur (Pablo Maffei) – 56,10;
Xamã (Sergio Klepacz) – 52,10;
Phytoervas (Marcelo Augusto Bellotti) – 51,10.
BRA-RGS
Zeus (Paulo Fernando Moura) – 68 pontos;
Catuana Kim (Paulo Cocchi) – 68 pontos;
Kia Kaha II (Fabio Kohler Harkot) – 67 pontos;
Comanda (Sebastian Menendez) – 59 pontos;
Cosa Nostra (Luciano Gubert) – 58 pontos.
RGS-Cruiser
Blue Wind (James Bellini) – 101,30 pontos;
Invocado (Marco Polo de Mello Lopes) – 92,50 pontos;
Apoena (Saci – ORC, Marlim – BRA-RGS, João das Botas – Cruiser) – 63 pontos;
Manguaças (Boto V – ORC, Mais Rabugento – BRA-RGS, Mamanguá – Cruiser) – 44 pontos;
Caiçara (Xamã – ORC, Bora Bora – BRA-RGS, Bossa Nova – Cruiser) 43 pontos.
A principal competição de vela da América Latina volta as águas já nesta quinta-feira (24), às 12h, com regata para todas as classes. Todos os resultados oficiais e atualizados de cada categoria podem ser conferidos aqui.
Agenda da Semana de Vela de Ilhabela 2025
19 de julho (sábado)
Das 9h às 22h: Credenciamento (todas as classes);
13h: Regata Vela do Amanhã (todas as classes);
17h: Reunião de Comandantes (todas as classes);
17h30: Coquetel de boas-vindas (todas as classes);
19h: Abertura oficial da SIVI 52.
20 de julho (domingo)
Das 8h às 16h: Credenciamento (todas as classes);
10h30: Desfile dos barcos (todas as classes);
11h20: Apresentação da esquadrilha da fumaça (todas as classes);
12h20: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classe ORC);
12h30: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classe C30);
12h40: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classes RGS A e B);
12h40: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classes BRA-RGS C; RGS CRUISER A, B e C; CLÁSSICOS A, B E C).
21 de julho (segunda-feira)
Dia livre.
22 de julho (terça-feira)
12h: Regata Mitsubishi – Eduardo de Souza Ramos (todas as classes);
17h: Premiação da regata do dia.
23 de julho (quarta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Premiações das Regatas de Alcatrazes, Toque-Toque e do desfile.
24 de julho (quinta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Confraternizações no Yacht Club de Ilhabela (todas as classes).
25 de julho (sexta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
20h: Premiações do Campeonato Brasileiro de Classes C30;
20h20: Premiação da regata por equipe;
20h30: Premiação da Classe Soto 40.
26 de julho (sábado)
12h: Regatas (todas as classes);
19h: Premiação da SIVI 52.
O eventoé apresentado pelo Banco Daycoval e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela. Conta ainda com o apoio da Marinha do Brasil e o patrocínio de empresas privadas.
Está selada uma parceria que promete catapultar ainda mais o sucesso da Fibrafort — e, de quebra, o mercado náutico brasileiro. As lanchas Focker agora serão assinadas com exclusividade pelo renomado e multipremiado Tony Castro, um dos maiores designers de barcos do mundo.
O acordo foi revelado com exclusividade à NÁUTICA por Bárbara Martendal, diretora de negócios da Fibrafort. Em entrevista a Pedro Dias, no Estúdio Náutica, ela contou mais detalhes sobre a parceria e anunciou os próximos planos do estaleiro a longo prazo.
A partir do São Paulo Boat Show 2025 — que acontece de 18 a 23 de setembro — , os próximos barcos da Fibrafort serão desenhados pelo estúdio britânico Tony Castro Yacht Design, que tem no portfólio centenas de embarcações lançadas e diversos prêmios internacionais.
Escolhemos o estúdio por conhecer e entender o produto, o que o consumidor gosta, a funcionalidade do barco — algo que sempre nos preocupamos muito. Avançamos justamente pela experiência dele no segmento– apontou Martendal durante a entrevista
Português nascido em Lisboa, Tony Castro começou a carreira projetando barcos de regata, incluindo veleiros de alta performance para competições de prestígio, como a America’s Cup e a Admiral’s Cup. Ao longo de sua trajetória profissional, o designer já desenhou mais de 500 projetos, desde as lanchas até os superiates, passando por marcas como Princess Yachts, Sunseeker, Dufour, Jeanneau, Bavaria e, agora, a Fibrafort.
A gente já começou a ver o esboço de alguns desenhos dos nossos próximos produtos. É de ficar impressionada com a habilidades que eles têm– destaca a diretora
Barcos da Fibrafort no Marina Itajaí Boat Show 2025. Foto: Victor Santos/ Revista Náutica
De acordo com Bárbara, os barcos Fibrafort assinados por Tony Castro devem começar a ser lançados depois do São Paulo Boat Show 2025. A Fibrafort está confirmada no evento e, mais do que isso, nas palavras da diretora, promete um “lançamento incrível” durante o salão náutico, considerado o maior da América Latina.
Fabricação de excelência
Durante a entrevista, a diretora de negócios também comentou sobre a qualidade das lanchas produzidas pelo estaleiro. Um dos motivos, segundo ela, se deve à participação ferrenha de Márcio Ferreira, CEO da Fibrafort, em cada projeto da empresa.
“A disciplina que ele traz cascateia para o time todo: disciplina com a qualidade, com os projetos, com a implantação de processos. Tem instrução de trabalho por toda a fábrica”, explica Martendal.
Há uma série de dinâmicas para garantir a qualidade. Esse é o nosso principal foco: qualidade e confiabilidade na marca– destaca
NÁUTICA mostra a nova fábrica da Fibrafort. Foto: Revista Náutica
Como parte do cuidado na hora da fabricação, Bárbara pontua a liquidez dos barcos produzidos pela Fibrafort, que possuem 10 anos de garantia estrutural. Segundo ela, os clientes que compram as embarcações da marca, daqui dois anos, vendem pelo mesmo preço.
São 200 horas de stress test.Os barcos só são entregues após essas sessões. Temos esses cuidados para entregar um produto que gere segurança ao consumidor final– detalha Bárbara
Surpresas históricas podem emergir dos lugares mais improváveis — como o leito do Rio Fox, em Wisconsin, nos Estados Unidos. Arqueólogos navegavam pela região em busca de potenciais sítios culturais quando o sonar de alta resolução revelou os destroços de um barco de 90 pés. Acredita-se que a embarcação seja o vapor LW Crane, que afundou em 1880 após um incêndio.
A descoberta foi anunciada no início de julho pela Sociedade Histórica de Wisconsin (WHS). O achado aconteceu em 12 de abril, durante uma expedição do Programa de Preservação Marítima, em parceria com a Associação de Arqueologia Subaquática de Wisconsin (WUAA).
Equipe do Projeto Sonar do Rio Fox. Foto: Associação de Arqueologia Subaquática de Wisconsin / Reprodução
A equipe esperava encontrar vestígios do vapor Berlin City, naufragado em 1870, ou identificar potenciais sítios culturais, como osarqueológicos. Mas o que surgiu no radar foi algo inesperado: uma carcaça retangular a 26 pés (cerca de 8 metros) de profundidade, que media 90 pés (27,4 metros) de comprimento e 23 pés (7 metros) de largura — dimensões não correspondentes às do Berlin City.
Imagem do sonar do naufrágio no rio Fox. Foto: Associação de Arqueologia Subaquática de Wisconsin / Reprodução
Após novas análises, os arqueólogos passaram a acreditar que os destroços pertenciam ao LW Crane, construído em 1865 na cidade de Berlin, em Wisconsin. O vaportransportava passageiros e cargas entre Green Bay e Oconto, navegando justamente pelo Rio Fox. Mais tarde, também operou também nos rios Illinois e Wisconsin, após ser comprado por outras empresas.
Registro do LW Crane, antes do naufrágio. Foto: Wisconsin Shipwrecks / Reprodução
O fim trágico veio em 1880, quando o barco pegou fogo atracado na doca da ferrovia St. Paul, em Oshkosh, Wisconsin. O incêndio consumiu a embarcação até a linha d’água e o que sobrou afundou nas águas.
Embora os estudos ainda estejam em andamento, tudo indica que os restos encontrados pertençam ao LW Crane, um naufrágio que permaneceu fora do radar por quase um século e meio.
Mapa da área escaneada do Rio Fox em 12 de abril de 2025. Foto: Associação de Arqueologia Subaquática de Wisconsin / Reprodução
Mais do que uma peça rara da história náutica americana, a descoberta reforça o caráter dinâmico da arqueologia. Afinal, a ciência estuda o passado, mas também pode ser surpreendida pelo presente.
A 52ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval (SIVI) segue a todo vapor no litoral norte de São Paulo — embora o vento tenha recusado o convite para a festa. O trabalho duro das equipes e o cancelamento das disputas de duas classes marcaram o segundo dia de regatas, que aconteceu nesta terça-feira (22).
Depois de diversas largadas, as classes C30, RGS Cruiser e Clássicos conseguiram concluir suas regatas — diferentemente das equipes da ORC e da BRA-RGS, que viram as disputas serem canceladas devido as condições do vento.
Os barcosda SIVI voltam para a água já nesta quarta-feira (23), às 12h, com regatas para todas as classes. Até lá, confira os resultados gerais acumulados do segundo dia:
Clássicos
Kameha Meha (Xavier Marie Georges) – 34,80 pontos;
Vendetta (Marco Nico D’ippolito) – 32,30 pontos;
Pepa XXI (Manfred Kaufmann Jr) – 31,60 pontos;
Fuga III (Fabiana de Souza Leite) – 31,40 pontos;
Pepa XIX (Carlos Frederico Hackerott) – 30,20 pontos.
RGS Cruiser
Blue Wind (James Bellini) – 67,30 pontos;
BL3 Urca (Clauberto Andrade) – 63,90 pontos;
Invocado (Marco Polo de Mello) – 61,50 pontos;
Spalla (Paulo Sergio Boscarioli) – 37,40 pontos (DNF);
João Das Botas (Paulo Ricardo Donario) – 35,20 pontos (DNF).
C30
Relaxa Building (Tomas Funari Negrão) – 11,70 pontos;
Tonka (Demian Pons) – 11,40;
Bravo C30 (Jorge Berdasco) – 10,50 pontos;
Kaikias EMS (Daniel Hilsdorf) – 9,30 pontos;
Loyalty 06 (Alexandre Leal) – 7,60 pontos.
Agenda da Semana de Vela de Ilhabela 2025
19 de julho (sábado)
Das 9h às 22h: Credenciamento (todas as classes);
13h: Regata Vela do Amanhã (todas as classes);
17h: Reunião de Comandantes (todas as classes);
17h30: Coquetel de boas-vindas (todas as classes);
19h: Abertura oficial da SIVI 52.
20 de julho (domingo)
Das 8h às 16h: Credenciamento (todas as classes);
10h30: Desfile dos barcos (todas as classes);
11h20: Apresentação da esquadrilha da fumaça (todas as classes);
12h20: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classe ORC);
12h30: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classe C30);
12h40: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classes RGS A e B);
12h40: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classes BRA-RGS C; RGS CRUISER A, B e C; CLÁSSICOS A, B E C).
21 de julho (segunda-feira)
Dia livre.
22 de julho (terça-feira)
12h: Regata Mitsubishi – Eduardo de Souza Ramos (todas as classes);
17h: Premiação da regata do dia.
23 de julho (quarta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Premiações das Regatas de Alcatrazes, Toque-Toque e do desfile.
24 de julho (quinta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Confraternizações no Yacht Club de Ilhabela (todas as classes).
25 de julho (sexta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
20h: Premiações do Campeonato Brasileiro de Classes C30;
20h20: Premiação da regata por equipe;
20h30: Premiação da Classe Soto 40.
26 de julho (sábado)
12h: Regatas (todas as classes);
19h: Premiação da SIVI 52.
O eventoé apresentado pelo Banco Daycoval e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela. Conta ainda com o apoio da Marinha do Brasil e o patrocínio de empresas privadas.
De 18 a 23 de setembro, o pavilhão do São Paulo Expo, na zona sul da capital paulista, estará recheado com os principais lançamentos do mercado náutico — e você já pode garantir o seu lugar nesse espetáculo. Isso porque estão abertas as vendas de ingressos para a 28ª edição do São Paulo Boat Show!
Durante seis dias, os amantes desse universo poderão imergir em um marde possibilidades — mesmo que em terra firme. O maior salão náutico da América Latina reúne estaleiros de nomes nacionais e internacionais, que escolhem o evento como palco para apresentar suas principais novidades.
Na edição de 2024, mais de 170 embarcações foram expostas, sendo 50 delas lançamentos — e a expectativa para 2025 é superar esses números.
Lancha com aparência de carro, casa flutuante, bicicleta aquática, pranchas de e-foil, veículos off-road, carros esportivos, desfile de moda, sorteio de barco e até um helicóptero são algumas das atrações que já passaram pelo evento.
Foto: Revista Náutica
Tudo isso a alguns metros de distância, o que garante uma comparação precisa e qualificada na hora de escolher onde investir, já que o ambiente também garante trocas valiosas com especialistas do setor.
Adquira o seu ingresso para o São Paulo Boat Show 2025
Para garantir sua presença no maior salão náutico da América Latina, basta acessar o site oficial de ingressos e selecionar a quantidade e tipo de entradas desejadas. As formas de pagamento aceitas são cartão de crédito (em até 12 vezes) e pix. Crianças de até 1 metro de altura não pagam.
O ingresso para o São Paulo Boat Show 2025 custa R$ 110, mais taxas de serviço. Idosos e pessoas com deficiência (PcD’s) têm direito a meia-entrada, por R$ 55 (mais taxas). Leitores de NÁUTICA têm desconto: usando o cupom NAUTICA30 no site de vendas, a tarifa inteira sai por R$ 77 (mais taxas).
São Paulo Boat Show 2025
A edição de 2025 do São Paulo Boat Show promete ser histórica, quebrando todos os recordes e reforçando a posição de principal vitrine de negócios da indústria náutica no Brasil. Os maiores estaleiros e fabricantes do país estão entre as mais de 80 marcas confirmadas no salão náutico.
Em uma experiência completa de negócios, lazer, lifestyle e inovação, o São Paulo Boat Show exibirá barcos de pequeno, médio e grande porte; motos aquáticas; uma variada seleção de motores; equipamentos e acessórios náuticos.
Foto: Victor Santos/ Revista Náutica
Além disso, o conceito do São Paulo Boat Show 2025 propõe uma imersão estética que conecta a náutica, a cidade e a inovação. Com o mote “A arte rompe o concreto e navega por Sampa desenhando o futuro”, o evento adota a arte como linguagem central de sua narrativa visual e institucional.
A expectativa da Boat Show Eventos, que organiza o evento, é superar os números da edição de 2024 — quando o salão exibiu mais de 170 embarcações, comercializou mais de 700 barcos e recebeu 40 mil pessoas.
Anote aí!
SÃO PAULO BOAT SHOW 2025
Quando: De 18 a 23 de setembro de 2025 Onde: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – Vila Água Funda, São Paulo – SP) Horário: Dia 18, das 15h às 22h; de 19 a 22, das 13h às 22h; e no dia 23, das 13h às 21h. Mais informações: no site do evento Ingressos: site oficial de vendas
A tecnologia está nos levando para lugares que, sozinhos, nunca conseguiríamos. Em feito inédito, um veículo subaquático autônomo (AUV) fotografou nódulos de manganês — minério crucial para a transição energética global — numa área nunca antes vista pela ciência: no fundo do oceano, a 5. 645 metros de profundidade.
O registro aconteceu próximo à Fossa das Marianas — o ponto mais profundo da Terra — ao leste da Comunidade das Ilhas Marianas do Norte. A descoberta é resultado de uma super expedição liderada pelo Instituto Cooperativo de Exploração Oceânica (OECI), com o apoio da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) e outras agências ambientais dos Estados Unidos.
Nódulos de manganês. Foto: Wikimedia Commons/ Creative Commons/ Reprodução
A missão visava mapear e entender melhor as áreas remotas das profundezas, se concentrando justamente em ambientes e características geológicas que poderiam conter os nódulos de manganês. Esse pequeno minério — que mede entre 1 e 10 centímetros — encontrado no fundo do oceano possui propriedades geoquímicas únicas, sendo alvo de interesse para cientistas marinhos e gestores de recursos.
Realizada a bordo do Exploration Vessel Nautilus (da Ocean Exploration Trust – OET), a expedição permitiu as primeiras observações diretas desses locais remotos, validando previsões de especialistas envolvidos no estudo. Andy Gartman, líder do Projeto de Recursos Minerais Globais do Fundo do Mar da United States Geological Survey (USGS), comentou sobre a descoberta.
A planície abissal visitada nesta missão é uma das áreas menos conhecidas da Terra. Os dados e imagens compilados nos ajudam a refinar mapas de prospectividade do fundo do mar– destacou o pesquisador
Adam Soule, professor de oceanografia da Escola de Pós-Graduação em Oceanografia da Universidade de Rhode Island e diretor executivo da OECI, destacou a importância da coleta de dados que permitam a compreensão da distribuição de depósitos minerais em águas profundas.
A maior necessidade atual são os dados de base, que exigem ferramentas altamente especializadas– enfatiza Soule
Tecnologia inédita
Desenvolvido entre 2018 e 2024 pela Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) e pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, o AUV Orpheus, operado pela Orpheus Ocean, veio para contribuir — e muito — com a missão científica de mapear o fundo do oceano.
O novo veículo subaquático autônomo foi projetado para alcançar as maiores profundidades, chegando a 11 mil metros. Em missões, o dispositivo opera próximo ao fundo do mar — ou até mesmo nele — e realiza levantamentos de sensores de alta resolução.
O sistema ainda conta com coleta de amostras de água do fundo do mar em áreas de interesse com cerca de 1km². Logo, essa tecnologia é crucial para explorar e caracterizar ambientes bentônicos (regiões do fundo de qualquer corpo d’água), devido a sua capacidade de usar cargas úteis personalizáveis e prática autônoma.
Para isso, a Orpheus Ocean prioriza a colaboração com governos, instituições de pesquisa e outros grupos dedicados ao avanço da ciência e conservação. É isso o que defende Aurora Elmore, gerente do programa de Exploração Oceânica da NOAA.
Para administrar de forma responsável o fundo do mar e seus recursos, precisamos alavancar parcerias público-privadas e tecnologias emergentes para coletar informações básicas críticas– afirma a gerente.
Por mais inusitado que pareça, uma carcaça de vaca foi lançada no fundo do Mar do Sul da China para um experimento científico. O objetivo era observar como a fauna local reagiria ao material, e o resultado revelou um comportamento até então inédito de tubarões-dorminhocos-do-Pacífico (Somniosus pacificus).
A carcaça foi amarrada a 1.629 metros de profundidade e monitorada por uma câmera subaquática. Durante o experimento, os pesquisadores registraram oito tubarões-dorminhocos se alimentando do material, comportamento até então pouco documentado em regiões fora das águas frias e profundas do hemisfério norte.
As imagens mostraram os tubarões atacando a carcaça e se posicionando em fila durante a alimentação. Além disso, outro padrão curiosofoi observado: os tubarões maiores investiam direto e agressivamente, enquanto os menores se aproximavam com cautela, em movimentos circulares antes de morderem o alimento.
Tubarão dorminhoco de porte pequeno perto da carcaça de vaca. Foto: Ocean-Land-Atmosphere Research 2025 / Reprodução
Os vídeos revelaram que enquanto um tubarão se alimentava, outros aguardavam por perto, em uma espécie de revezamento. O comportamento foi comparado pelos cientistas ao que já foi observado em grandes carcaças de baleias flutuantes, onde também há uma aparente hierarquia de alimentação entre os tubarões.
Essa dinâmica pode indicar que a prioridade alimentar entre os tubarões segue uma lógica de intensidade competitiva. Mesmo nas profundezas, a ordem e o comportamento “educado” durante a alimentação podem refletir estratégias adaptativas ligadas à sobrevivência desses predadores.
Tubarão dorminhodo de grande porte se alimentando da carcaça de vaca. Foto: Ocean-Land-Atmosphere Research 2025 / Reprodução
Durante a análise, também foram observados pequenos parasitas brancos aderidos ao dorso dos tubarões. No entanto, os cientistas não conseguiram identificar as espécies com precisão por falta de imagens comparativas, e levantaram hipóteses sobre sua origem — que podem ser da superfície ou nativos de águas profundas.
Além dos tubarões e parasitas, as imagens revelaram outros habitantes das profundezas, como um peixe-caracol (família Liparidae), isópodes gigantes do gênero Bathynomus e anfípodes coloridos pertencentes à família Hirondelleidae.
O estudo ressalta que os tubarões-dorminhocos-do-Pacífico eram, até então, documentados principalmente no Pacífico Norte. A aparição nas Ilhas Salomão e Palau já era considerada um avanço, mas o registro no Mar da China Meridional é o mais ao sul já feito.
Essa nova localização indica uma possível expansão para o sudoeste no alcance da espécie. A descoberta amplia a compreensão sobre a distribuição geográfica desse animale levanta novas questões sobre os fatores ambientais e ecológicos que motivam esse deslocamento.
Em terra, os veículos utilitários esportivos — do termo Sport Utility Vehicle, ou simplesmente SUV — são conhecidos por combinar características de carros de passeio e utilitários. Essa tendência vem sendo levada também para as águas, com modelos que unem elementos de diferentes embarcações para criar iatespotentes e luxuosos: os chamados “SUVs do mar”.
Nesse contexto, o estaleiro Antonini Navi se uniu ao renomado estúdio de design Fulvio de Simoni para lançar uma embarcação no melhor estilo crossover que essa nova categoria — se é que pode ser considerada uma — sugere.
O resultado foi o iate SUY110, revelado durante eventoem Mônaco neste ano. O próprio nome faz referência à sigla SUV, onde o “V” de Vehicle (veículo) foi substituído por “Y”, de Yacht (iate).
Foto: Antonini Navi / Reprodução
A embarcação combina a potência e a autonomia de um barcoexplorador com o acabamento e o design elegantes cada vez mais valorizados no setor náutico — bem distante do visual robusto que os exploradores costumam apresentar. E ainda é personalizável aos gostos do proprietário.
“SUV do mar”: saiba as novidades
Com 109 pés (33,5 metros), o SUY110 foi projetado para acomodar até dez hóspedes em cinco cabines, incluindo uma suíte master com a largura total da boca (7,5 metros). Há também espaço reservado para seis tripulantes.
Foto: Antonini Navi / Reprodução
O desempenho prevê velocidade de cruzeiro de 12 nós, máxima de 13 nós e autonomia de 4 mil milhas náuticas a 10 nós — resultado da dupla de motores Caterpillar C18, que variam entre 1.800 e 2.100 rpm.
Foto: Antonini Navi / Reprodução
A venda do modelo é realizada pela Moravia Yachting, empresa com mais de 60 anos de atuação no mercadode iates de luxo. Embora o preço não tenha sido divulgado, a corretora afirma que, por já contar com arquitetura totalmente definida, o processo de construção e entrega é mais ágil do que o habitual — com prazo estimado em até dois anos.
Foto: Antonini Navi / Reprodução
Mesmo sem unidades prontas, a novidade do estaleiro italiano já rendeu duas vendas. Ambas têm entrega prevista para 2026.
Por dentro do SUY110
O iate é distribuído em quatro níveis que prezam pela versatilidade — por isso, o design de interiores é inteiramente personalizável. No primeiro andar, um hangar de 45 m², localizado na popa, permite guardar um bote auxiliar de 5 metros, um bote secundário menor, jetse ainda sobra espaço para outros brinquedos náuticos.
Foto: Antonini Navi / Reprodução
Um nível acima, o deque elevado de 60 m² se conecta ao convés principal, formando um espaço flexível entre interior e exterior. Há também uma varanda de 60 m² que pode receber jacuzzi e até um veleirode pequeno porte, a depender da configuração escolhida.
Por essas e outras, o SUY110 é ideal para quem busca flexibilidade e estilo — seja para passeios de aventura, escapadas em família com requinte ou uma experiência de navegaçãomais generosa e multifuncional.
Há 131 milhões de anos, um animal semelhante a um golfinhonavegava pelas águas do que hoje é o Parque Nacional Torres del Paine, no Chile, quando foi atingido por um deslizamento de terra subaquático e morreu. Trata-se de Fiona, um ictiossauro que teve seus ossos encontrados há 16 anos. Além de indicar que a fêmea estava prenhe, o fóssilrevela aspectos das mudanças geológicas da Terra naquela época em um novo estudo.
O fóssil de ictiossauro foi encontrado por Judith Pardo-Pérez, paleontóloga da Universidade de Magallanes, no Chile, em 2009. No ano seguinte, ao retornar ao local, a pesquisadora teve a surpresa: os ossosaparentes — fruto do derretimento das geleiras da região da Patagônia, que vem aumentando nos últimos anos — indicavam a presença de um feto de 15 centímetros de comprimento.
O processo para o estudo do ictiossauro seguiu por anos, até que, em 2022, o fóssil de 3,3 metros de comprimento foi transportado de avião em cinco pedaços, cada um pesando cerca de 180 kg, para o Museu de História Natural Río Seco, em Punta Arenas, no Chile.
Uma pesquisadora estuda Fiona no Museu de História Natural do Rio Seco. Foto: Irene Viscor / Divulgação
A partir daí, o animal foi identificado como Myobradypterygius hauthali. A análise foi publicada em fevereiro deste ano na revista Journal of Vertebrate Paleontology. Após a publicação do artigo, uma tomografia computadorizada das partes do fóssil que ainda estão envoltas em rocha revelou outro feto completo preservado dentro de Fiona.
Revelando a história
O ictiossauro recebeu o apelido da famosa ogra do filme “Shrek” pela cor esverdeada que os ossos ficaram como reação à cola usada para protegê-los. Mas depois voltaram à coloração natural. Fiona é a única ictiossauro prenhe totalmente preservada e escavada do Chile, e a primeira nessa condição conhecida do Hauteriviano, um período do Cretáceo Inferior.
Ilustração representa possível aparência de ictiossauros. Foto: Heinrich Harder / Wikimedia Commons / Reprodução
Sua gravidez trouxe à tona uma curiosidade: embora alguns ictiossauros dessem à luz com a cabeça do filhote saindo primeiro, o posicionamento do primeiro feto de Fiona sugere que ele teria saído do canal de parto com a cauda, como os golfinhos e baleiasmodernos.
Os restos mortais também permitiram identificar o que teria sido sua última refeição, porque os pesquisadores encontraram pequenas vértebras de peixena caixa torácica de Fiona. Além disso, os estudiosos observaram sinais de uma lesão cicatrizada em sua barbatana e ossos fundidos — que podem ter sido resultado de uma infecção.
Razão da morte de Fiona remete a mudanças geológicas da Terra
As rochas ao redor do fóssil de Fiona ajudam a contar a história de sua morte. Durante o Cretáceo Inferior, a Terra passava por rápidas transformações geológicas.
Segundo o geólogo sedimentar Matt Malkowski, da Universidade do Texas, em Austin (EUA), a separação da América do Sul do supercontinente Gondwana deu origem à bacia oceânica de Roca Verdes, no atual sul do Chile, em um processo que provocou intensa atividade geológica, com terremotos, vulcões e deslizamentos submarinos.
Os pesquisadores acreditam que um desses deslizamentos subaquáticos tenha lançado o ictiossauro para o fundode um cânion e o soterrado rapidamente — daí a boa conservação de seus restos mortais.
Seu focinho teria ficado enterrado em cerca de dez centímetros de areia, o que indica que o corpo foi coberto por sedimentos quase imediatamente após a queda. “Esses deslizamentos provavelmente aprisionaram os ictiossauros e os empurraram para o fundo, onde foram cobertos”, explicou Judith Pardo-Pérez ao New York Times.
No mesmo campo glacial onde Fiona foi encontrada, cientistas identificaram outros 87 ictiossauros fossilizados. No entanto, os indícios sugerem que eles não morreram ao mesmo tempo, mas em múltiplos deslizamentos de terra ao longo dos anos.
Para esclarecer o que aconteceu, a equipe realiza atualmente análises geoquímicas que buscam reconstruir o ambiente daquela antiga bacia oceânica. “Estamos tentando entender se tratou de um único evento ou de vários, e quais fatores os desencadearam”, afirma Malkowski.
Outro fato curiosoé que os cientistas descobriram na área neonatos e recém-nascidos, o que indica que o local pode ter funcionado como um berçário natural de ictiossauros. Pardo-Pérez acredita que novas expedições podem revelar mais fêmeas grávidas e reforçar essa hipótese.
A 52ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval (SIVI) já tem seus primeiros resultados após as regatas de domingo (20). O primeiro dia de disputa ficou marcado pelo esforço dos velejadores, que precisaram enfrentar as dificuldades do vento que não chegou com força ao litoral norte de São Paulo.
Depois de um show da Esquadrilha da Fumaça, o Navio-Veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, abriu passagem para os mais de 120 barcosque participam da principal competição de vela da América Latina.
Os veleiros das Classes ORC e BRA-RGS fizeram a regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil, enquanto os demais (RGS-Cruiser, Clássicos e C30) encararam o percurso da Ilha de Toque-Toque por Boreste.
Foto: Esquadrilha da Fumaça / FAB / Divulgação
Grande parte dos barcos passou a noite no mar — um deles só chegou na segunda-feira (21) de manhã — , o que demonstra a dificuldade enfrentada pelos velejadores logo no primeiro dia de regatas. Confira os resultados do 1º dia da Semana de Vela de Ilhabela:
Relaxa Building (Tomas Funari Negrão) – 7,70 pontos;
Loyalty 06 (Alexandre Leal) – 6,60 pontos;
Bravo C30 (Jorge Berdasco) – 5,50 pontos;
Tonka (Demian Pons) – 4,40 pontos;
Kaikias EMS (Daniel Hilsdorf) – 3,30 pontos.
Agenda da Semana de Vela de Ilhabela 2025
19 de julho (sábado)
Das 9h às 22h: Credenciamento (todas as classes);
13h: Regata Vela do Amanhã (todas as classes);
17h: Reunião de Comandantes (todas as classes);
17h30: Coquetel de boas-vindas (todas as classes);
19h: Abertura oficial da SIVI 52.
20 de julho (domingo)
Das 8h às 16h: Credenciamento (todas as classes);
10h30: Desfile dos barcos (todas as classes);
11h20: Apresentação da esquadrilha da fumaça (todas as classes);
12h20: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classe ORC);
12h30: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classe C30);
12h40: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classes RGS A e B);
12h40: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classes BRA-RGS C; RGS CRUISER A, B e C; CLÁSSICOS A, B E C).
21 de julho (segunda-feira)
Dia livre.
22 de julho (terça-feira)
12h: Regata Mitsubishi – Eduardo de Souza Ramos (todas as classes);
17h: Premiação da regata do dia.
23 de julho (quarta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Premiações das Regatas de Alcatrazes, Toque-Toque e do desfile.
24 de julho (quinta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Confraternizações no Yacht Club de Ilhabela (todas as classes).
25 de julho (sexta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
20h: Premiações do Campeonato Brasileiro de Classes C30;
20h20: Premiação da regata por equipe;
20h30: Premiação da Classe Soto 40.
26 de julho (sábado)
12h: Regatas (todas as classes);
19h: Premiação da SIVI 52.
O eventoé apresentado pelo Banco Daycoval e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela. Conta ainda com o apoio da Marinha do Brasil e o patrocínio de empresas privadas.
Um palete como casco e um pedaço de pau para remar. Assim Aaron Vinod John, de 17 anos, começou a construir o seu sonho de navegação. Embora criticado e muitas vezes mal compreendido, ele não deixou de lado sua ambição, e hoje colhe os frutos de sua persistência.
Jogar videogame ou ir para festas não estava nos planos do garoto indiano que, em 2023, se mudou para a Nova Zelândia com a família. Para Aaron, a diversão se escondia em lugares remotos, que ele visitava de bicicleta em busca de solitude e aventura— qualquer semelhança com os amantes do mar, nesse caso, não é mera coincidência.
Foto: Instagram @aaronvinodjohn / Reprodução
Eu sofria bullying por ser diferente. Mas eu só precisava estar perto das pessoas certas– relatou ao NZ Herald
De projeto escolar a projeto de vida
As águas da bacia de Whangārei, ao norte da Nova Zelândia, testemunharam os primeiros passos desajeitados de Aaron rumo a uma vida no mar. Por lá, ele chegou manobrando um palete que encontrou na rua, com a ajuda de um pedaço de pau.
Isso porque a turma de marcenaria de sua escola teve a ideia de construir uma jangada — e essa parecia a oportunidade perfeita para o garoto aprender o suficiente para confeccionar seu próprio barcode palete.
Foto: Instagram @trashmancrew / Reprodução
A colaboração, contudo, não deu certo, e logo Aaron viu seu pequeno projeto afundar assim que ele pulou a bordo. “Fiquei encharcado” relembrou.
Um velho marinheiro me avisou para ter cuidado. Eu nem sabia o que estava fazendo, só sabia que queria flutuar– contou
Entretanto, ele não desanimou. A vontade de estar na água o faria superar qualquer obstáculo — e o próximo já estava à vista. Após ver seu projeto — literalmente — afundar, Aaron o deixou preso ao corrimão do cais durante a noite, não sem pedir a um marinheiroque morava a bordo para que ficasse de olho nele.
No dia seguinte, contudo, o garoto foi surpreendido com um pedido da marina para que o palete fosse removido do local. Esse foi outro imprevisto logo superado pelo jovem sonhador, mas que, desta vez, veio com um “bônus”.
Um marinheiro, que observava o seu esforço, não só o incentivou a continuar como lhe deu uma dica valiosa: a área de reciclagem da marina. Por lá, Aaron pôde coletar garrafas plásticas, que ajudariam o barco a flutuar — mesmo que ainda desajeitado.
Com apoio se vai mais longe
As investidas de Aaron para estar no mar não passaram despercebidas. Já com um espaço permanente no cais — raso demais para embarcações maiores —, logo ele ficou conhecido por moradores, que registravam os momentos em vídeo. Uma dessas filmagens viralizou nas redes sociais, dando ao garoto um apoio ainda maior.
Foto: Instagram @aaronvinodjohn / Reprodução
Não demorou para que seu barco de palete fosse substituído por um caiaque novinho, doado, junto com outros equipamentospara navegação, por duas empresas de Northland.
Eu estava na água todos os dias depois da escola, mesmo com o tempo ruim. Só deitado no meu caiaque, sorrindo para o céu, sonhando em morar num veleiro– relembrou
Em março deste ano, esse sonho se tornou realidade. Dos pais, Aaron ganhou um Farr Platu 25, considerado um veleirode alto desempenho, que foi batizado por ele mesmo de SV Trashman.
Foto: Instagram @trashmancrew / Reprodução
Era o que faltava para o garoto começar a viver na água em tempo integral. Seus estudos, inclusive, passaram a ser no barco, para que Aaron dedicasse a vida à vela.
Aaron Vinod John acredita ser o indiano mais jovem a viver em tempo integral em um veleiro. Seu próximo objetivo é se tornar arquiteto naval, para projetar seu próprio barco e navegar pelo mundo, inclusive por destinos remotos, como a Antártica.
Quero inspirar outros a buscar a liberdade– destacou
Com voltas emocionantes e desfalques de última hora, o SailGP do Reino Unido teve fortes disputas nas históricas águas de Portsmouth, na Inglaterra. Entre boas regatas e momentos de oscilação, o estreante Mubadala Brazil garantiu um 9º lugar na sétima etapa da “Fórmula 1 da Vela”.
O evento, que aconteceu neste último final de semana (19 e 20 de julho), trouxe respostas positivas do time brasileiro, que largou em boas posições em algumas das regatas. Os melhores resultados da equipe verde e amarela consistiram num 5º e 6º lugar em corridas no sábado e domingo, respectivamente.
Foto: AT Films/ Mubadala Brazil SailGP Team/ Divulgação
Ao todo, a equipe comandada por Martine Grael — bicampeã olímpica e primeira mulher a ser capitã de um barco na história do SailGP — finalizou a etapa de Portsmouth na 9ª colocação, somando 20 pontos. Logo, o Brasil terminou à frente de times como a França (10ª), Alemanha (11ª) e Estados Unidos (12ª).
Esta etapa foi marcada por regatas que exigiram muito das equipes, não somente em termos de estratégia, mas também de concentração e técnica– declarou Martine Grael
Apesar do resultado inferior ao conquistado na histórica etapa de Nova York — onde o Mubadala ficou apenas a uma posição do pódio e venceu uma regata pela primeira vez na história da equipe no SailGP — , Martine está cada vez mais otimista com o crescimento da equipe.
Martine Grael é a primeira mulher a assumir o posto de capitã na história da disputa. Foto: AT Films / Divulgação
Foram corridas desafiadoras, mas a cada evento que passa nos sentimos mais preparados e familiarizados com o barco e com a nossa dinâmica enquanto time– finalizou a capitã do Mubadala Brazil
A participação do Brasil no GP de Portsmouth não se resumiu a 9ª colocação. O neozelandês Andy Maloney, Flight Controller do time Brasil, esteve entre os atletas de maior precisão (que tomaram as melhores decisões nas regatas) deste último domingo (20), apontados pelo SailGP.
Além do neozelandês e Martine Grael, a equipe Mubadala participou do GP de Portsmouth com Marco Grael — irmão de Martine — , Mateus Isaac e Breno Kneipp (Grinders) e com os britânicos Leigh McMillan (Wing Trimmer) e Paul Goodison (Strategist).
Acidentes, surpresas e recordes
A etapa de Portsmouth entrou para a história: com mais de 25 mil espectadores assistindo às disputas alucinantes, a corrida se tornou o maior evento de vela com ingressos já realizado no Reino Unido — e o maior evento do SailGP no Hemisfério Norte, segundo a organizadora.
Foto: AT Films/ Mubadala Brazil SailGP Team/ Divulgação
Por muito pouco, a multidão inglesa não viu o time da casa conquistar a etapa. Em disputa acirrada, o Reino Unido ficou com o 2º lugar geral do GP, atrás apenas da Nova Zelândia, vencedora da etapa. A Suíça fechou o pódio, com Austrália, Itália, Espanha, Dinamarca e Canadá nas posições seguintes.
No primeiro dia de regatas, o Brasil terminou as três primeiras disputas em 10°, 11° e 8°, respectivamente. Já no domingo, o desempenho foi melhor: 5º, 9º, 7º e 6º nas quatro corridas finais. Com o resultado obtido na Inglaterra, o Mubadala está na 10ª posição na classificação geral, com 10 pontos.
Foto: AT Films/ Mubadala Brazil SailGP Team/ Divulgação
Quem esteve em apuros no sábado foi a França, que tem como investidor o jogador de futebol Kylian Mbappé. O time participava do treinamento pré-prova, a 30 minutos da largada, quando a parte superior da vela-asa, de 24 metros, cedeu. Nenhum tripulante se machucou, mas a equipe não participou do primeiro dia de regatas, retornando às disputas no dia seguinte.
Foto: Instagram @sailgp/ Reprodução
De acordo com o SailGP, uma investigação sobre a causa do acidente já está em andamento. Essa já é a segunda turbulência enfrentada pelos Les Bleus na competição de vela, visto que perderam as duas primeiras etapas pois o F50 — catamarã padrão para todas as equipes — da equipe não ficou pronto a tempo.
Reino Unido virou passado. Agora, o foco está na próxima etapa do SailGP, que atracará pela primeira vez na Alemanha, com o Germany Sail. As corridas acontecerão na cidade de Sassnitz, no fim de semana dos dias 16 e 17 de agosto.
No mar, todos os caminhos levam para as belas águas do litoral norte de São Paulo, onde acontece a 52ª edição da Semana Internacional de Vela de Ilhabela (SIVI). Neste ano, além de ter o multicampeão Robert Scheidt como embaixador, a disputa presta homenagem ao Navio-Veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil. As regatas foram abertas em grande estilo no domingo (20), com um show da Esquadrilha da Fumaça.
Depois do tradicional desfile de barcos abrilhantar as águas da ilha, os olhares foram parar no céu. Ao todo, cinco caças da Esquadrilha da Fumaça deram um show de acrobacias aéreas, para a alegria das milhares de pessoas que acompanhavam o espetáculono Centro Histórico de Ilhabela.
Foto: FOTOP / Reprodução
Logo após, foi a vez do Navio-Veleiro Cisne Branco dar a largada aos 120 veleirosda competição para as regatas Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil e Toque-Toque por Boreste. Essa foi a primeira vez na história em que os caças da Força Aérea Brasileira e o Cisne Branco se encontraram em um mesmo evento.
Levar nossas manobras a esse cenário único, entre o mar e a serra, certamente marcou não só a nossa equipe, mas também todos que estiveram presentes neste momento tão especial– Capitão Aviador André Nery, do Esquadrão de Demonstração Aérea
Mantendo a tradição iniciada há quase duas décadas, a SIVI presta homenagem a um barco histórico a cada edição. Em 2025, o homenageado é o Cisne Branco, veleiro da Marinha que representa o país em eventos internacionais, regatas e visitas protocolares, além de contribuir para a formação dos militares da Força.
Navio Veleiro Cisne Branco. Foto: Marinha do Brasil / Divulgação
Medalhistas olímpicos e mundiais marcam presença na 52ª Semana de Vela de Ilhabela
Grandes nomes nacionais e internacionais do segmento dividem espaço com amadores na maior competição de vela oceânica da América Latina. O destaque é o bicampeão olímpico Robert Scheidt — também embaixador da disputa — que, nesta edição, será tático e timoneiro do Tonka, atual campeão da Classe C30 — que, aliás, concentra o maior número de figuras conhecidas deste esporte.
Robert Scheidt é embaixador da 52ª SIVI Daycoval. Foto: Divulgação
Além de Scheidt, marcam presença: Alex Kuhl, campeão mundial de Optimist; Geison Mendes, campeão sul-americano da classe 470; Maurício Santa Cruz, bicampeão pan-americano e pentacampeão mundial (Snipe e J24), André Fonseca (Bochecha), participante de três Olimpíadas e três Ocean Race e Fábio Pillar, campeão mundial de Laser Radial.
Já na classe ORC — que neste ano promete estar ainda mais competitiva com a entrada de novos Soto 40 — , o experiente Samuel Albrecht comanda o Crioula, em busca do tricampeonato.
Olhando para o futuro com a Regata Vela do Amanhã Mauro Dottori
No sábado (19), a tradicional Regata Vela do Amanhã teve número recorde de participantes. Ao todo, 183 crianças de 16 projetos de ensino de vela do estado de São Paulo aqueceram as águaspara a abertura da 52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval.
Foto: On Board Sports / Reprodução
A ação visa incentivar a formação de novos talentos, promovendo inclusão social e educação ambiental. O evento contou com a presença do medalhista olímpico Lars Grael, que conversou com os jovens sobre sua trajetória e a importância da democratização do esporte.
Foto: On Board Sports / Reprodução
A Regata Vela do Amanhã Mauro Dottori, agora batizada em homenagem ao velejador que ajudou a idealizar o projeto — e multicampeão da SIVI — , proporcionou aos jovens uma experiência a bordo de veleiros de alta performance, ao lado de atletas veteranos e ídolos da modalidade.
Barcos consagrados como o Crioula, Boto V e o clássico Morgazek participaram, apoiando a iniciativa, além da Escola de Vela Lars Grael, entre outras instituições de São Paulo e do Rio de Janeiro. A regata é realizada pelo Yacht Club de Ilhabela (YCI), em parceria com a organização da SIVI.
Agenda da Semana de Vela de Ilhabela 2025
19 de julho (sábado)
Das 9h às 22h: Credenciamento (todas as classes);
13h: Regata Vela do Amanhã (todas as classes);
17h: Reunião de Comandantes (todas as classes);
17h30: Coquetel de boas-vindas (todas as classes);
19h: Abertura oficial da SIVI 52.
20 de julho (domingo)
Das 8h às 16h: Credenciamento (todas as classes);
10h30: Desfile dos barcos (todas as classes);
11h20: Apresentação da esquadrilha da fumaça (todas as classes);
12h20: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classe ORC);
12h30: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classe C30);
12h40: Largada da Regata de Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil (classes RGS A e B);
12h40: Largada da Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste (classes BRA-RGS C; RGS CRUISER A, B e C; CLÁSSICOS A, B E C).
21 de julho (segunda-feira)
Dia livre.
22 de julho (terça-feira)
12h: Regata Mitsubishi – Eduardo de Souza Ramos (todas as classes);
17h: Premiação da regata do dia.
23 de julho (quarta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Premiações das Regatas de Alcatrazes, Toque-Toque e do desfile.
24 de julho (quinta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
17h: Confraternizações no Yacht Club de Ilhabela (todas as classes).
25 de julho (sexta-feira)
12h: Regatas (todas as classes);
20h: Premiações do Campeonato Brasileiro de Classes C30;
20h20: Premiação da regata por equipe;
20h30: Premiação da Classe Soto 40.
26 de julho (sábado)
12h: Regatas (todas as classes);
19h: Premiação da SIVI 52.
O eventoé apresentado pelo Banco Daycoval e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela em parceria com a Prefeitura de Ilhabela. Conta ainda com o apoio da Marinha do Brasil e o patrocínio de empresas privadas.
Não bastasse deter uma das coloraçõesmais raras do reino animal, o tubarão-azul (Prionace glauca) ainda consegue mudar sua cor. É o que aponta um estudo da Universidade da Cidade de Hong Kong, que imergiu na curiosacapacidade do animal. A pesquisa foi apresentada em 9 de julho, durante a Conferência Anual da Sociedade de Biologia Experimental, em Antuérpia, na Bélgica.
De acordo com os pesquisadores, o segredo por trás da “mágica” está nas nanoestruturas do animal — mais especificamente, nas cavidades pulpares das escamas. Esses dentículos dérmicos, semelhantes a dentes, revestem toda a pele do tubarão-azul.
Por lá, cristais de guanina funcionam como refletores azuis, enquanto vesículas com melanina — os melanossomas — absorvem os demais comprimentos de onda.
Dentículos dérmicos de um tubarão-azul. Foto: Dra. Viktoriia Kamska / Divulgação
Viktoriia Kamska, pesquisadora de pós-doutorado no laboratório do Professor Mason Dean, na Universidade da Cidade de Hong Kong, explica em comunicado que “esses componentes são agrupados em células separadas, que lembram bolsas cheias de espelhos e bolsas com absorvedores pretos, mas mantidos em estreita associação para que funcionem juntos”.
Nesse mecanismo, um pigmento (melanina) colabora com um material estruturado (plaquetas de guanina de espessura e espaçamento específicos) para aumentar a saturação da cor.
Ao combinar esses materiais, você também cria uma poderosa capacidade de produzir e mudar a cor– esclarece o professor Mason Dean
Em busca do segredo do tubarão-azul
Para desvendar o segredodos tubarões-azuis, os pesquisadores combinaram diversas técnicas avançadas de análise. O estudo começou com a coleta de amostras da pele dos animais e seguiu com dissecções minuciosas, que revelaram a estrutura interna dos dentículos dérmicos — as pequenas escamas em forma de dentes que revestem o corpo do tubarão.
Foto: TravelSync27 / Envato
Em seguida, a equipe utilizou microscopia óptica e eletrônica para observar, em escala nanométrica, a presença de cristaisde guanina e melanossomas responsáveis pela produção da cor. Por meio da espectroscopia (método que estuda as interações entre a matéria e a radiação), foram analisadas como essas estruturas interagem com a luz, confirmando que os cristais funcionam como refletores seletivos de cor azul.
É desafiador manipular manualmente estruturas em uma escala tão pequena, então essas simulações são incrivelmente úteis para entender a paleta de cores disponível– destacou Kamska
Para entender melhor o comportamento dessas nanoestruturas, os cientistas também recorreram a simulações computacionais, que permitiram testardiferentes espaçamentos entre os cristais e seus efeitos sobre a cor refletida.
Essas simulações mostraram que pequenas alterações estruturais — como as provocadas por variações de pressão ou umidade— podem alterar a tonalidade da pele do tubarão, sugerindo um mecanismo de camuflagem sensível ao ambiente.
Logo, o processo se dá a partir de mudanças nas distâncias relativas entre as camadas de cristais de guanina dentro das cavidades da polpa do dentículo. Por exemplo: espaços mais estreitos entre as camadas resultam em azuis icônicos, mais fortes, enquanto o aumento desse espaço transforma a cor em tons de verde e dourado.
Na prática, em águas mais profundas, a pressão forçaria os cristais de guanina, que provavelmente se uniriam e escureceriam a cor do tubarão, para o animal se adaptar melhor ao ambiente.
O próximo passo é ver como esse mecanismo realmente funciona em tubarões que vivem em seu ambiente natural– destaca Kamska
Descoberta para além do reino animal
A descoberta das nanoestruturas responsáveis pela cor azul e pela capacidade de mudança de tonalidade na pele dos tubarões-azuis abre caminho para aplicações inovadoras na engenharia bioinspirada (soluções tecnológicas com base em estruturas, processos e sistemas encontrados na natureza).
Essas estruturas podem inspirar o desenvolvimento de materiais inteligentes, capazes de mudar de cor em resposta ao ambiente, sem o uso de pigmentos químicos. Isso pode beneficiar áreas como revestimentos navais sustentáveis, tecnologia têxtil adaptativa e dispositivos de camuflagem.
Além disso, como a coloração estrutural não utiliza tintas tóxicas, ela representa uma alternativa mais ecológica para diversas indústrias, contribuindo para a redução da poluição e da toxicidade de materiais, especialmente em ambientes marinhos.
Mirando a consolidação das marcas no Centro-Oeste do Brasil, Ventura Experience e Via Boats inauguraram, na última quinta-feira (17), uma nova loja em Goiânia, no estado de Goiás. A novidade faz parte do plano de expansão do grupo Via Boats, que hoje também é concessionário da empresa de powersports em Brasília (DF).
Marco Garcia, diretor comercial da Ventura, destacou à NÁUTICA que o estado de Goiás “tem muitos lagos favoráveis ao uso de embarcações”, além de uma ascensão no agro — oportunidade para o uso dos ATVs e UTVs da marca mineira.
Marcos Chain, vice-presidente do Grupo Primavia e um dos sócios da Via Boats; Marco Garcia, diretor comercial da Ventura; Carlos Motta, um dos proprietários da Ventura; José Carlos dourado, presidente do grupo Primavia e um dos sócios da Via Boats e João Câmara, operador e sócio da Via Boats. Foto: Ventura / Divulgação
No lançamento do evento vendemos 3 embarcações e cerca de 5 ATVs. Foi fora de série– detalhou
Além do ponto estratégico no estado, a loja fica bem-posicionada também na cidade de Goiânia, na Avenida 136. Marco explica que trata-se de “uma das mais renomadas da cidade, com um fluxo contínuo que começa logo cedo e vai até a noite”.
Foto: Ventura / Divulgação
Ainda segundo ele, a nova loja da Ventura vai abranger grande parte do portfólio da marca, com bicicletas elétricas, ATVs, UTVs, jets, lanchase até pontoons. “Vai ter tudo”, ressaltou.
Nossa expectativa é muito favorável para o local, para a parceria em geral. Eu tenho certeza de que vai ser uma grande fonte de negócios– finalizou
O novo ponto da Ventura em parceria com a Via Boats fica na Avenida 136, Quadra F47, Setor Sul de Goiânia (GO). A loja já está aberta ao público.
Um estaleiro, dois estúdios de design, décadas de experiência e um único propósito. Foi dessa união entre o estaleiro italiano Baglietto, a equipe de design também italiana Enrico Gobbi e o estúdio nova-iorquino Meyer Davis que nasceu o Vesta 56, um superiateque foge do futurismo chamativo e aposta em linhas elegantes e acolhedoras.
Com 56 metros (183 pés) de comprimento, o projeto foi desenvolvido para resistir ao tempo. A estrutura e o perfil externo foram criados pelo grupo Gobbi, enquanto o interior leva a assinatura de Meyer Davis, que imprimiu um estilo chique, confortável e orgânico, pensado para quem quer luxosem abrir mão da sensação de estar em casa.
Foto: Estúdio Meyer Davis de Design / Reprodução
O próprio nome do modelo remete à figura da mitologiaromana Vesta, deusa do lar, da lareira e da família. E são justamente esses valores que norteiam o conceito do superiate: acolhimento, refúgio e familiaridade. Ou seja, nada de ostentação visual gratuita ou linhas excessivamente futuristas.
Um dos pontos centrais do projeto é o uso generoso de formas arredondadas, que suavizam a arquitetura e criam harmonia visual. Elas aparecem em diferentes elementos, tanto em ambientes internos quanto externos: pés de cadeiras, mesas, vasos, sofás, lustres, molduras de gesso, tapetes, deques, corrimãos, móveis de apoio e outros detalhes a bordo seguem essa curvatura.
Vesta 56 tem muitos acabamentos arredondados. Foto: Estúdio Meyer Davis de Design / Reprodução
O Vesta 56 também incorpora soluções comuns em embarcações ainda maiores da Baglietto, como o convés de proa reservado exclusivamente ao proprietário e a piscina de borda infinita integrada à plataforma de popa.
Foto: Estúdio Meyer Davis de Design / Reprodução
A estrutura externa impressiona pelo jogo de volumes refinados e pelo envidraçamento contínuo ao longo do casco, marca registrada de Enrico Gobbi, que garante leveza ao perfil sem abrir mão da presença.
Foto: Estúdio Enrico Gobbi de Design / Reprodução
No interior, o estúdio Meyer Davis apostou na suavidade das formas e no uso inteligente de texturas e materiais naturais. Travertino, ráfia, couro em tom conhaque e acabamentos em antracite escuro ajudam a compor uma atmosfera sofisticada e tátil.
Foto: Estúdio Meyer Davis de Design / Reprodução
Will Meyer, cofundador do estúdio, enfatiza que o objetivo foi criar um barcoque envelheça com elegância, que possa ser vivido como uma extensão do lar.
A prática de afundar embarcações inativas é mais comum do que parece — especialmente quando se trata de gigantes dos mares. É exatamente o que vai acontecer com o transatlântico SS United States, que, com seus 302 metros de comprimento, terá como lar definitivo o fundo do mar, onde será transformado em um imenso recife artificial de corais. Mas, antes disso, precisa passar por um preparo meticuloso.
O responsável por liderar esse processo é Tim Mullane, de 54 anos, cuja principal função, desde 2022, é limpar completamente navios destinados a um “descanso eterno” nas profundezas. Embora pareça uma ocupação exótica, o trabalho carrega bastante responsabilidade.
Foto: Nick Herber / @nickherber / Flickr
À National Geographic, Mullane explicou que o trabalho no preparo de cada navio é diferente, mas nem tanto. Isso porque, em linhas gerais, alguns passos criteriosos devem ser seguidos, como:
remoção de todas as pinturas, inclusive das grades;
limpeza completa dos tanques de combustível — no caso do SS United States, são 120 deles;
abertura das vigias (ou escotilhas);
retirada de todos os materiais de isolamento (térmico, acústico ou quaisquer outros).
E o mais importante: todo esse processo precisa ser feito de forma que não ofereça riscos nem à equipe, nem ao meio ambiente. Como muitas vezes o preparo ocorre com a embarcação ainda na água, o cuidado com vazamentos e resíduos precisa ser redobrado.
A razão de tanto zelo é simples: garantir que o navio não se torne um amontoado de ameaças ecológicas. A ideia é deixá-lo pronto para passar, literalmente, uma eternidade submerso sem causar danos.
Somos os agentes funerários do navio, levando-o para seu local de descanso final– resume Mullane
Foto: Nick Herber / @nickherber / Flickr
Etapas do preparo do navio
No caso do SS United States, a equipe já removeu os quatro hélices e a tinta de várias estruturas. Segundo Mullane, agora estão sendo retirados os materiais perigosos. E, em breve, um guindaste de 61 metros será usado para içar os dois funis de 19,8 metros cada, que hoje repousam no fundo da embarcação.
Além dos cuidados ambientais, é preciso garantir que o navio não afunde antes da hora. Como o trabalho envolve maquinário pesado e força bruta, qualquer rompimento no casco pode levar ao afundamento precoce — inclusive com a equipe a bordo.
Para evitar esse tipo de acidente, engenheiros desenvolveram um modelo virtual do SS United States para entender onde os furos podem — e precisam — ser feitos para que o transatlântico afunde no momento e na direção ideais. Afinal, como o objetivo é transformá-lo em atração de turismo subaquático, o ideal é que o navio não tombe de ponta-cabeça ou inclinado demais.
Se tudo correr como planejado, o SS United States será finalmente afundado em novembro deste ano, no Golfo da Flórida. A iniciativa faz parte de um plano do governo do condado de Okaloosa (EUA), que espera atrair milhões de dólares por ano com a nova atração.
O governo local pagou US$ 1 milhão pelo navio, que passou três décadas abandonado em um cais na Filadélfia. Agora, após tantos anos de aposentadoria, ele recebe os retoques — ou melhor, os desretoques — finais para finalmente repousar em paz.
História do transatlântico SS United States
A primeira viagem desse então gigante dos mares foi em 1952. Apesar das proporções grandes já para a época — sendo maior que o Titanic, que tinha 269 metros de comprimento — , o navio conseguiu atingir a velocidade média de 36 nós, o equivalente a mais de 66 km/h, e conquistou o recorde de velocidade transatlântica.
SS United States em teste de velocidade. Foto: Charles Anderson / SS United States Conservancy / Reprodução
A embarcação levou três dias, 10 horas e 40 minutos para atravessar o Oceano Atlântico, superando o então recordista RMS Queen Mary com uma diferença de 10 horas.
Em 1969, o navio passou a ser de reserva (quando está equipado, mas não é necessariamente utilizado) e então transitou por vários proprietários, que apesar do intuito comum de repaginá-lo, acabaram não o fazendo. Por isso, ele ficou décadas no rio Delaware até perder a capacidade de navegarem segurança.
Em breve, a história do SS United States será ressignificada mais uma vez, quando ele deixará de ser uma carcaça de navio para viver uma nova etapa como um ecossistema.
Enquanto trabalhava em uma obra de encanamento, o construtor subaquático Ivan Bukelic descobriu uma estrutura de madeira parcialmente soterrada. Para sua surpresa, eram restos de um barco de 200 anos. O achado histórico estava no porto da Cidade Velha de Dubrovnik, na Croácia, conhecida por ser o local de filmagem da série Game of Thrones.
Embora informações sobre o barco ainda sejam escassas, como suas medidas e qual o tipo de embarcação, a arqueóloga marinha Irena Radić afirma que o achado tem aproximadamente 225 anos, sendo datado do final do século 18.
Segundo a especialista, a conclusão foi possível após análises de radiocarbono, uma técnica científica usada para determinar a idade de materiais que contém carbono — recurso essencial na arqueologia e oceanografia, por exemplo.
Foto: Visit Dubrovnik/ Divulgação
Radić acrescentou que os restos do barco medieval encontrado a 75 centímetros de profundidade estão sendo preservados para análises futuras, que serão lideradas pela cientista. A expectativa é de que a pesquisa continue em parceria com o Ministério da Cultura da Croácia.
Precisamos protegê-los para o futuro– destacou Radić
Bem-vindo a Game of Thrones
As curiosidades que envolvem Dubrovnik vão além do barco medieval. Em Game of Thrones, a cidade foi o palco principal das filmagens da capital dos Sete Reinos, conhecida como Porto Real. Ou seja: grande parte dos cenários icônicos que aparecem na série são, na verdade, pontos turísticos reais.
Foto: Visit Dubrovnik/ Divulgação
Além de garantir espaço na série ganhadora de 59 Emmys, a cidade, situada no Mar Adriático, teve importância comercial na Idade Média, servindo, à época, como um porto. Atualmente, o local é reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO.
Dubrovnik conta com apenas 2,5 mil habitantes e teve seu turismo impulsionado por Game of Thrones. Inclusive, o local enfrentou desafios pela presença em massa dos turistas nos últimos anos — assim como Sardenha, na Itália — , e precisou, em 2017, impor um limite diário de 4 mil visitantes vindos de cruzeiros.
Guia demonstra como a Fortaleza de Bokar, em Dubrovnik, aparecia na série produzida pela HBO. Foto: Sail Croatia / Reprodução
Antes disso, em dias movimentados, até oito navios ancoravam simultaneamente na cidade. Logo, milhares de turistas desembarcavam de uma vez nas ruas estreitas de Dubrovnik.
Chegou a hora da Europa ficar um pouco mais verde e amarela! Durante o verão europeu, Paris, na França, terá uma praia artificial brasileira gratuita às margens do Rio Sena — antes poluído, mas agora liberado ao público. O local poderá ser visitado até 31 de agosto.
Como parte do evento Paris Plages, que transforma as margens do Sena num resort à beira-mar, a iniciativa também engloba a Temporada Brasil-França. Em 2025, são comemorados os 200 anos de relaçõesbilaterais entre os países.
Arte oficial do evento Paris Plages 2025. Foto: Paris Plages/ Divulgação
Por isso que, durante todo o ano, a França contará com uma série de atividades culturais do nosso país. Como coincidiu com o “ano brasileiro”, o Paris Plages 2025, que acontece anualmente, estará revestido das cores verdes e amarelas, além de atrações que remetem ao Brasil.
O evento se divide em três pontos: Bras Marie, Bras de Grenelle e Quai de Bercy — lugares que dão acesso ao Rio Sena. Na praia artificial brasileira, há atividades disponíveis para crianças e adultos, como natação, esportes aquáticos, oficinas infantis, livros e exposições.
A programação do Paris Plages ainda conta com noites de cinema brasileiro ao ar livre às margens do Sena, com exibições de filmes consagrados e premiados internacionalmente, como Central do Brasil (1999) e Barbosa (1998).
Shows com artistas brasileiros, homenagem a Pelé, sets de DJ, oficinas participativas, barracas de comidas típicas e uma área de vôlei de praia — inaugurada em 12 de julho, que contempla três quadras gratuitas — fecham as diversas atrações que deixarão a França um pouco mais abrasileirada.
Um marco histórico no Sena
A iniciativa permite visitantes desfrutarem de 130 metros de areia natural na praia brasileira em Paris. Além disso, a programação conta com três exposições fotográficas de artistas do Brasil que retratam temas típicos, como a identidade amazônica e o cotidiano indígena.
Paris Plages com temática brasileira. Foto: X (Twitter) @modacitylive/ Reprodução
Inclusive, a iniciativa do Paris Plages tem como patrono um nome de peso: o ex-jogador de futebol Raí, ídolo histórico do São Paulo e do Paris Saint-Germain, da França, na década de 1990. O brasileiro — e também parisiense — admite estar empolgado para a temporada verde e amarela na região.
Neste verão, mal posso esperar para mergulhar no Sena! É um momento que ficará gravado na minha vida como parisiense, tenho certeza– afirmou Raí
A menção de Raí não é em vão. Isso porque é a primeira vez, desde 1923, que as pessoas podem nadar no Rio Sena. Após uma extensa operação de limpeza — tida como um dos legados dos Jogos Olímpicos de 2024 –, as águasfinalmente estão acessíveis para o público, desde que sigam as orientações de segurança.
Até 31 de agosto, onze pontos de nataçãode verão estarão abertos, incluindo os três no Sena. Caso seja necessário um fechamento excepcional das regiões de banho, os visitantes serão informados diretamente no local ou por meio da plataforma Paris.fr.
Não se deixe enganar pelo nome. O estaleiro Viking Cruises não trabalha com embarcações de cruzeiro na temática dos antigos guerreiros nórdicos. A causa da marca é ainda mais nobre: operar de maneira sustentável e limpa — mesmo que isso lhe custe barcos menores.
Seguindo a guinada em prol do meio ambiente, a empresa suíça de cruzeiros está renovando sua frota para o futuro. Atualmente em construção e com prazo de entrega para 2026, o Viking Libra vem para ser um “divisor de águas” na indústria naval. Afinal, ele será o primeiro navio do gênero movido a hidrogênio.
Foto: Instagram @vikingcruises/ Reprodução
O futuro lançamento do estaleiro italiano ainda armazenará o hidrogênio para utilizar a bordo. Logo, o sistema permitirá que a empresa navegue com zero emissões, o que abre portas para operações em “áreas ambientalmente mais sensíveis”.
O Viking Libra se tornará o primeiro da frota com sistema híbrido, dependendo parcialmente de hidrogênio líquido e células de combustível. A subsidiária da Fincantieri — construtora do navio — contribuiu com um sistema de propulsão de última geração, que promete produzie até seis megawatts.
Foto: Instagram @vikingcruises/ Reprodução
O barco de 784 pés (238 metros de comprimento) é relativamente pequeno e leve para os padrões de cruzeiro — tanto é que a capacidade da embarcação é de “apenas” 998 convidados, segundo o estaleiro. O tamanho, embora reduzido, lhe dá uma vantagem: atracar onde os grandões não conseguem.
Em 2027, a companhia de cruzeiros pretende expandir o leque e já operar com um segundo navio movido a hidrogênio: o Viking Astrea, já está em construção em Ancona, na Itália.
O futuro é agora
Além de sonhar com o futuro, a empresa de cruzeiros que foca em layouts escandinavos e itinerários no Norte da Europa quer, também, aplicar inovação no presente. Atualmente, a marca conta com dois navios tecnológicos no catálogo: o Viking Vela, construído em 2024, e o recém-lançado Viking Vesta.
Ambos fazem parte da nova geração de cruzeiros da empresa, que foram projetados para serem modernizados com tecnologias avançadas de emissão zero à medida que os recursos amadurecem. Ou seja: assim que essas inovações estiverem disponíveis, serão implementadas nos navios.
O Vela tem os mesmos 784 pés do Libra, sendo classificado pela própria empesa como um “pequeno navio” de 499 cabines disponíveis, capaz de acessar áreas mais remotas e exclusivas. Ambos os modelos contam com seis opções de cabines, todas com varanda.
O plano mais caro corresponde à suíte do proprietário, que ostenta 453 m² e conta com inúmeros benefícios, como reservas prioritárias, coleção de vinhos e biblioteca particular.
Suíte do proprietário. Foto: Instagram @vikingcruises/ Reprodução
Pegue todos os seus conhecimentos sobre uma disposição típica de um superiate e jogue fora. O Maiora 42 Exuma — que ficará pronto apenas em 2027 e já conta com uma unidade vendida — chegará ao mercado com um layout que promete ser totalmente diferente do que conhecemos no universo náutico.
O coração do barco, por exemplo, não está mais no salão do convés principal, mas sim no superior, que foi completamente redesenhado para um lounge aberto e projetado para relaxamento e convívio ao ar livre. Além disso, as cabines dos hóspedes não estão mais nos deques inferiores.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
Fabricada pela construtora naval italiana Maiora Yachts, o modelo de 139 pés (42,3 metros de comprimento) desafia as convenções nos seus quatro “andares”. O superiate esbanja salões centrais reduzidos e espaços generosos, com áreas otimizadas para evitar lugares “subutilizados”, como define a empresa.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
O design exterior é marcado pelo dinamismo e sofisticação, com superfícies horizontais elegantes e painéis de vidro expansivos e ininterruptos. Como todo superiate de luxo, houve também um trabalho para fundir os limites entre os espaços internos e externos — o que deu muito certo.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
Sem equipamentos que normalmente são encontrados no convés superior, como posto de comando e áreas técnicas, os projetistas não economizaram no espaço. Logo, veio uma área totalmente envidraçada e abertura por todos os cantos, sem contar com os terraços dobráveis.
O convés superior foi redesenhado como um santuário, livre de desordem técnica e caminhos operacionais– informa o site da Maiora Yachts
Diferente dos iguais
Lá no alto, o espaço interno abriga uma sala de jantar principal, enquanto o convés de popa é equipado com uma elegante piscina de vidro. Próximo à proa tem um inovador solário com controle remoto que pode ser ajustado para aproveitar os raios de sol — mesmo que ele mude de posição durante o dia.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
O espaço interno também chegará com novidades. Não mais relegadas ao convés inferior, as cabines de hóspedes podem ser encontradas perto do espaço privativodo proprietário, no convés principal — todas com volumes generosos e janelas do chão ao teto.
A suíte máster está situada na proa, para máxima privacidade do dono. O quarto oferece áreas de estar e dormir separadas, dois closets e banheiro particular para homem e mulher, além de um bar privativo. Ao todo, o superiate Maiora 42 acomoda até 12 hóspedes em quatro cabines VIP mais o “mimo” do proprietário.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
A embarcação ainda ostenta espaço para guardar brinquedos aquáticos e um grande cockpit de dois níveis. Com isso, sobrou mais espaço no convés inferior, que ficou todo dedicado para o trabalho da tripulação — que dispõem de cinco cabines para nove tripulantes.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
Um espaço multifuncional, que pode ser configurado como academia, sala de massagem, sala de mídia ou até mesmo mais uma cabine, não poderia faltar e também está incluída no projeto.
Nem tudo precisa ser radical
No design de interiores, o tradicional ganha destaque. Com uso de materiais premium, as áreas exalam elegância atemporal. A combinação do mármore com espelhos em tom de bronze claro e madeira tipo teca para o chão deixa o ambiente ainda mais sofisticado.
Maiora 42 Exuma. Foto: Maiora Yachts/ Divulgação
Quando o assunto é motorização, o futuro proprietário tem duas escolhas: dois Volvo Penta IPS 40 de 2 mil hp ou três MTUs de 2,6 mil hp. A opção mais potente pode impulsionar o barco até 30 nós (55 km/h), com uma velocidade de cruzeiro de 26 nós (48 km/h) e alcance de 1.800 milhas náuticas.
Para Sebastiano Fanizza, CEO do Next Yacht Group que integra o estaleiro Maiora, o modelo marca o início de uma nova era no setor: “quando a experiência a bordo é projetada corretamente, o iate se torna transparente aos olhos dos proprietários”.
Inauguramos uma nova era na vida marítima que supera convenções ultrapassadas para abraçar um conceito que finalmente coloca as pessoas, e não lógicas antigas, no centro do projeto– finaliza o CEO.
Com um verão que promete bater recordes de calor, mares e praias da Europa vêm atraindo multidões — inclusive nomes conhecidos do público. Para alguns famosos, o refúgio perfeito tem sido sobre as águas, a bordo de lanchas e iates que adicionam luxoe conforto ao lazer. Veja quem já entrou no clima:
O trio de amigas embarcou no clima de férias a bordo do superiate Rising Sun, do empresário David Geffen, na costa de Maiorca. A embarcaçãode 138 metros acomoda até 18 hóspedes e 45 tripulantes — e foi o palco escolhido para curtir o verão com muito estilo desde o último sábado (12).
Oprah Winfrey, Gayle King e Kris Jenner curtindo verão europeu em iate luxuoso. Foto: Instagram @gayleking e @krisjenner / Reprodução
Cristiano Ronaldo
Sem compromissos em campo até setembro, o craque português curtiu dias de folga ao lado da esposa Georgina Rodríguez a bordo de seu próprio iate Azimut Grande 27 Metri. O destino foram as ilhas gregas, com paisagens deslumbrantes.
O atacante norueguês escolheu Ibiza, na Espanha, para aproveitar o verão com sua namorada Isabel Haugseng Johansen. O casal foi visto relaxando em um iate, entre mergulhos e passeios de jet.
Foto: BackGrid / The Sun / Reprodução
Hailey Bieber
A empresária e influenciadora escolheu a cor amarela como tendência para este verão europeu — e exibiu a paleta vibrante em diversos looks durante uma passagem por Maiorca. Entre os cliques, Hailey apareceu a bordo de um iate, com direito a jet para os momentos de adrenalina.
Foto: Instagram @haileybieber / Reprodução
Kylie Jenner
Também no time das empresárias que apostaram no verão europeu em alto nível, Kylie Jenner compartilhou momentos de lazer nas águas cristalinas da Grécia. Entre calor, mare iates luxuosos, a socialite mostrou que sabe como aproveitar a estação.
Foto: Instagram @kyliejenner / Reprodução
Dua Lipa
A cantora viveu dias de descanso na costa da Serra de Tramuntana, na Espanha, no início do mês. Em meio a hospedagens sofisticadas e restaurantes renomados, Dua aproveitou para curtir o mar a bordo de iates, registrando o momento nas redes sociais.
Depois de fazer história em Nova York, o Mubadala Brazil já está preparado para o próximo desafio do SailGP, a Fórmula 1 da Vela. Nos dias 19 e 20 de julho, o time liderado por Martine Grael disputará o GP da Grã-Bretanha, na cidade portuária de Portsmouth, na Inglaterra, visando a sequência da boa fase da equipe.
No último Grand Prix, realizado nos Estados Unidos, o time verde e amarelo venceu a sua primeira regata na competição e terminou a apenas uma posição do pódio, em 4º lugar na classificação geral. Este foi o melhor resultado do Brasil em todo o SailGP, tanto em pontuação quanto em colocação.
Foto: Instagram @mubadalabrasailgp/ Reprodução
A velejadora Martine Grael, bicampeã olímpica, líder do Mubadala Brazil e primeira mulher na história do SailGP a ser capitã de uma equipe, destacou que o time está “ganhando experiência e crescendo ao longo do campeonato” e revelou suas expectativas para a disputa na Grã-Bretanha.
Chegaremos em Portsmouth não apenas mais entrosados e preparados, mas mais confiantes de que podemos alcançar outras excelentes posições– declarou Martine
Martine Grael é a primeira mulher a assumir o posto de capitã na história do SailGP. Foto: SailGP / Divulgação
Martine ressalta a oportunidade de correr regatas no Solent (estreito ao sul da Inglaterra que separa a Ilha de Wight da Grã-Bretanha), considerado “um dos berços da vela e uma das raias mais tradicionais do nosso esporte”.
Imagino que serão regatas marcadas por muita velocidade e oportunidades para ultrapassagens, o que irá exigir muito da nossa equipe em termos técnicos e táticos– analisou a capitã
O céu é o limite
Para a etapa de Portsmouth, a equipe brasileira será formada por Martine Grael (Driver), os compatriotas Mateus Isaac e Breno Kneipp (Grinders), o neozelandês Andy Maloney (Flight Controller) e os britânicos Leigh McMillan (Wing Trimmer) e Paul Goodison (Strategist).
Foto: Instagram @mubadalabrasailgp/ Reprodução
A bordo dos catamarãs F50, o Mubadala Brazil disputará o SailGP da Grã-Bretanha na esperança de escalar a tabela. Após a realização de 6 das 12 etapas agendadas para a atual temporada, a equipe brasileira ocupa a 10ª colocação na classificação geral.
No entanto, caso as águas britânicas sejam palco de igual ou melhor desempenho em comparação ao resultado de Nova York (34 pontos), a equipe pode subir até duas posições no ranking geral. Fora o último GP, a melhor pontuação brasileira havia sido de 24 pontos, em San Francisco, etapa anterior à de NY.
Foto: AT Films/ Mubadala Brazil SailGP Team/ Divulgação
No sábado (19), a Band exibe ao vivo o primeiro dia de regatas a partir das 12h. Já no domingo (20), às 10h, o SporTV 3 apresenta uma reprise das corridas anteriores, seguida da transmissão ao vivo do segundo período de competições, também a partir das 12h. No mesmo fim de semana, a Band exibirá um VT das regatas às 18h45.
Muito mais do que vela
O time brasileiro não está em franco crescimento apenas na disputa da vela. O Mubadala Brazil, em parceria com a organização socioambiental “Nas Marés”, participa da SailGP-Impact League, uma competição paralela que premia as equipes participantes por ações ambientais e iniciativas no esporte.
Clínica de treinamento de embarcações a vela do projeto Velejando Com Sentido. Foto: AT Films/ Mubadala Brazil SailGP Team/ Divulgação
Na corrida em prol de um planeta melhor, o time verde e amarelo também está fazendo história: foi o vencedor da primeira etapa da The Race to Zero Waste (A corrida para o desperdício zero, em português), com um projeto de coleta de mais de 4 toneladas de lixo na Ilha de Pombeba, na Baía de Guanabara (RJ).
Além disso, o Mubadala acaba de conquistar o 4º lugar na segunda fase da Impact League, que teve como tema “Acelerando a inclusão: promovendo a diversidade e a equidade na vela”. Batizada de “Velejando com Sentindo”, a iniciativa tem como objetivo incluir pessoas com deficiência (PCD) ao universo da vela.
O projeto — que contou com a participação de nomes como Lars Grael e Fernando Fernandes — promoveu encontros virtuais, além de clínicas teóricas e práticas, culminando em uma expedição especial às Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. A experiência proporcionou momentos multissensoriais de conexão com a naturezaaos participantes com deficiência visual e auditiva.
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