Quem sonha em desfrutar de um oásis de privacidade e lazer, capaz de reunir em seus terrenos o melhor do luxoe da natureza, vai se interessar pela ilhade 220 mil m² que está à venda em Itumbiara, município no sul de Goiás (GO).
O ponto chave da questão é que a ilha em Goiás fica situada dentro da represa de Itumbiara, sendo assim, é cercada por água doce. De quebra, o local ainda possui preservada toda a mata virgem da região.
Por dentro da ilha
O futuro dono desse generoso pedaço de terra certamente não enfrentará problemas com espaço. Isso porquê a metragem total da ilha pode ser dividida em 194 lotes, e ainda sobra o suficiente para a construção de ruas, uma área de lazer de 26,8 mil m² e até um heliponto. Além disso, mesmo com as construções, seria possível preservar com tranquilidade o equivalente a 56,7 mil m² de área verde.
“Ela tem escritura, registro e matrícula individual”, explicou Antunes em outro post na rede social. “Então, ela pode ser construída, loteada, pode ser feito até um resort — olhando as leis que regem o município em que ela está”.
Segundo o corretor, a ilha se formou após a desapropriação de uma antiga fazenda que foi transformada em uma represa. Na época, o pedaço de terra que hoje é circundado por águapertencia a uma região ainda maior.
É possível comprar ilhas?
A empresa de energia Eletrobras esclarece que não existem ilhas em Goiás, e sim remanescentes ilhados em reservatórios de acumulação de água para geração de energia elétrica, sob a concessão da empresa.
Por não ser um bem pertencente à União do estado, a ilha é considerada uma propriedade particular e, portanto, pode ser vendida, conforme consta no artigo 1.249 do Código Civil: “As [ilhas] que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.”
Um experimento inusitado no campo elétrico abriu espaço para que futuras gerações de barcos contem com baterias alimentadas pela mesma substância em que as embarcações navegam: água.
Embora a ideia soe um tanto contraditória, têm se provado um sucesso para a equipe global de pesquisadores liderada pela RMIT University(Instituto Real de Tecnologia de Melbourne), na Austrália, responsáveis pela inovação.
Um dos motivos é a impossibilidade de a bateria pegar fogo ou explodir, diferentemente das que usam íons de lítio e que estão presentes em aparelhos como celulares e computadores.
Mas não para por aí. Segundo o professor e principal pesquisador Tianyi Ma, as baterias de água podem ser aplicadas em grande e pequena escala, com capacidade para alimentarem desde pequenos aparelhos eletrônicos, até veículos elétricos.
“Nossas baterias agora duram significativamente mais – comparáveis às baterias comerciais de íons de lítio no mercado – tornando-as ideais para uso intensivo e de alta velocidade em aplicações do mundo real”, comentou.
Outro ponto positivo da novidade está intimamente relacionado ao desafio mundial de dar um fim consciente ao lixo eletrônico. Ciente dos problemas que “consumidores, indústria e governos enfrentam” nesse quesito, os pesquisadores garantiram que as baterias de água “podem ser desmontadas com segurança e os materiais podem ser reutilizados ou reciclados”.
Como funcionam as baterias de água
O verdadeiro nome da inovação é “baterias aquosas de íons metálicos”. Elas usam água para substituir algumas substâncias presentes nas baterias comuns, chamadas eletrólitos orgânicos – que permitem o fluxo de corrente elétrica entre os terminais positivo e negativo.
Além disso, são fabricadas com materiais como magnésio e zinco, abundantes na natureza. “[São] baratos e menos tóxicos do que as alternativas utilizadas em outros tipos de baterias, o que ajuda a reduzir os custos de fabricação e reduz os riscos à saúde humana e ao meio ambiente”, aponta Ma.
Hidroavião ficou destruído após acidente que matou seu dono recordista, mas foi recuperado e enfrentou batalhas judiciais até voltar para sua cidade natal
O icônico hidroavião Bluebird K7, que pertenceu ao recordista britânico Donald Campbell, poderá voltar à ativa em breve. O ‘barco voador’, responsável por quebrar quatro recordes mundiais, passou décadas debaixo d’água, mas foi restaurado e agora ocupa um lugar de destaque no Museu Ruskin.
A instituição cultural, focada em guardar o melhor da história de Coniston, na Inglaterra, recebeu o aeroplano neste mês e informou que planeja solicitar às autoridades locais a permissão para operar o Bluebird K7 novamente.
Embora reforce que o projeto “não é algo que acontecerá do dia para a noite”, garantiu que “será feito” e que uma equipe de engenharia está a postos para fazer o famoso hidroavião funcionar.
Vitórias e desastres
A história por trás do Bluebird K7 é um tanto conturbada. Em seus anos dourados, o ‘barco voador’ permitiu que Campbell estabelecesse quatro recordesmundiais de velocidadenas competições realizadas no lagoConiston Water. Ele chegou a receber um motornovo, mais potente e leve para tentar quebrar o quinto recorde, em janeiro de 1967.
Contudo, a empreitada não só não deu certo, como foi fatal para o piloto. O ‘barco voador’ atingiu 510 quilômetros por hora e decolou, mas não suportou a velocidade e quebrou-se, caindo de volta na água. A morte de Campbell foi instantânea.
Nas décadas que se seguiram, o Bluebird enfrentou um longo período abandonado no fundo do lago, até ser recuperado em 2001 e restaurado. Em 2018, já estava novamente inteiro e o engenheiro Bill Smith, que teve grande participação na reconstrução do hidroavião, reivindicou sua posse.
Disputa pelo Bluebird K7
Se por um lado Smith queria o Bluebird para si, pelo outro a filha de Campbell, Gina, alegava o mesmo direito de propriedade.
A batalha foi para o campo judicial e permaneceu longe dos olhos do público por vários anos, até que, recentemente, o hidroavião foi entregue ao museu, evento que marcou o retorno dele para a cidade natal após 20 anos na cidade de North Shields. Na ocasião, uma multidão se acumulou nas ruas para dar as boas-vindas de volta ao Bluebird K7.
O hidroavião agora repousa em uma ala especial, dedicada a Campbell. Segundo Jeff Carroll, vice-presidente dos curadores do museu, o espaço está aberto desde 2010, mas até então operou como se fosse um “anel sem diamante”, situação que mudou com a chegada do aguardado ‘barco voador’.
O consumo de carne de tartaruga marinha foi responsável por levar a óbito diversas pessoas na ilha de Pemba, no arquipélago de Zanzibar, na Tanzânia. Além disso, outras 78 foram levadas ao hospital, segundo informações do jornal The Guardian.
Já foram registradas as mortes de um adulto e oito crianças. Segundo Dr. Haji Bakari, médico do distrito de Mkoani, o adulto em questão era mãe de uma das crianças envolvidas no incidente. O profissional de saúde comunicou à Associated Press que todas as vítimas comeram carne de tartaruga marinha.
Considerada uma iguaria em Zanzibar, a ingestão do animal marinho ocasiona algumas mortes frequentemente devido ao quelonitoxismo — um tipo de intoxicação alimentar provocada pelo consumo desse animal.
Para tentar frear o consumo da carne de tartaruga marinha no local, as autoridades de Zanzibar enviaram uma equipe de gestão de desastres à região, com mensagens pedindo aos moradores para que não comam este animal.
Infelizmente, este não é o primeiro caso que acaba em tragédia. Em novembro de 2021, sete pessoas, entre elas uma criança de três anos de idade, morreram no mesmo local após também consumirem carne de tartaruga marinha.
Tartarugas marinhas não são as culpadas
Além da possibilidade de intoxicação com o consumo de sua carne, as tartarugas marinhas também lutam pela sobrevivência constantemente. Afinal, nos últimos 200 anos, as atividades humanas fizeram pender a balança contra estes seres marinhos.
Vítimas de abatimentos de seus ovos, carne, pele e cascas, as tartarugas marinhas sofrem com a caça furtiva e exploração excessiva, bem como a destruição do habitat natural e a pesca ilegal. Outros fatores, como as alterações climáticas, também têm impacto nas espécies.
De acordo com a lista vermelha de espécies ameaçadas da International Union for Conservation of Nature – IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), que classifica o nível de vulnerabilidade de diversos animais, diversas espécies de tartarugas marinhas pelo globo estão em perigo.
Os casos mais preocupantes são da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) e da tartaruga-de-kemp (Lepidochelys kempii), que estão “criticamente ameaçadas de extinção”. A tartaruga-verde (Chelonia mydas), por sua vez, é definida como ameaçada de extinção.
Já as espécies tartaruga-oliva (Lepidochelys olivácea), tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) estão classificadas como vulneráveis. Por fim, todas as espécies citadas estão diminuindo, segundo a IUCN.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Em 2024, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição. Para comemorar esse momento histórico, a equipe de NÁUTICA vai revisitar o passado novamente para mais uma edição da série Memória Náutica. Hoje é dia de relembrar o Rio Boat Show 2005, que levou ao seus visitantes uma possibilidade real de começar a navegar.
O salão náutico do Rio de 2005 sagrava a já 8ª edição do evento. Durante 10 dias, de 29 de abril a 8 de maio, quem compareceu à Marina da Glória saiu mais do que satisfeito com o que encontrou. Da mesma forma, também empolgou quem ainda não tinha embarcação — e percebeu que era perfeitamente possível adquirir uma.
Quem só foi à Marina da Glória para conhecer e passear ou saiu satisfeito com o passeio, ou entusiasmado em entrar, também, para o mundo náutico– dizia a edição 201 da Revista Náutica
O que acontecia no mundo em 2005
Em 2005, a cidade do Rio de Janeiro celebrava seus 440 anos, com uma série de ações em comemoração à data especial. Em uma delas, o cantor estadunidense Lenny Kravitz se apresentou em um show na praia de Copacabana, de forma inteiramente gratuita. O artista arrastou uma multidão de cerca de 300 mil pessoas, naquela que foi a sua primeira apresentação na América Latina.
Naquele ano, a cidade do Rio receberia ainda outros artistas internacionais, como Judas Priest, White Stripes, Whitesnake, Avril Lavigne, Slipknot e Kings of Leon.
Ainda durante as homenagens aos 440 anos da cidade, a rede de telefonia fixa Telemar (atual Oi) lançou uma edição especial de cartões de telefone público, com imagens da Baía de Guanabara em 1962 e 2000, que traziam no verso um pouco da história do Rio de Janeiro.
Para além do Rio, em 2005 o mundofoi impactado com duas grandes notícias: a morte do Papa João Paulo 2º e o casamento do Príncipe Charles com Camilla Parker-Bowles. Ainda naquele ano, o YouTube recebia o seu primeiro vídeo, intitulado Me at the zoo, em que o co-fundador da plataforma, Jawed Karim, aparece no Zoológico de San Diego. O vídeo, publicado em 23 de abril de 2005, ainda pode ser visualizado no site.
Voltando às terras nacionais, um assalto ao Banco Central do Brasil, em Fortaleza, no valor de R$ 165 milhões, marcou o país naquele ano como o maior da história — e segue sendo até os dias atuais.
Como foi o Rio Boat Show 2005
Como dizia a Revista Náutica daquela época, “a primeira surpresa de quem visita o Boat Show pela primeira vez é que é perfeitamente possível ter um barco. A segunda é que, ao contrário de salões tradicionais, no Rio dá para testá-los lá mesmo.”
Concretizando-se como o maior polo do lifestyle náutico do país, o Rio Boat Show 2005 teve mais de 60 modelos com unidades diretamente na águadisponíveis para testes drive. E, claro, sendo esse o evento náutico mais charmoso da América Latina, os visitantes interessados em adquirir uma dessas embarcações puderam navegar pelas águas da Baía de Guanabara, sob os braços do Cristo Redentor.
A junção de uma atmosfera que parecia feita a mão para os amantes do setor, aliada à diversidade de opções, fez daquela edição uma das mais propícias para se sair do Rio já contando milhas. Isso porque haviam embarcações para todos os gostos — e bolsos.
Para se ter uma ideia, com menos de R$ 10 mil era possível voltar para casa a bordo de um veleiroThop Classic 16, da Thop Boats que, na ocasião, saia por R$ 9,8 mil. O bom preço aliado às boas condições de financiamento — que ganharam força naquela edição do salão –, foram o vento que faltava para o impulso de sair navegando pela primeira vez.
Para os já mais maduros do setor, porém, quem chamou atenção mesmo foi uma Trawler GFT 93, do estaleiro MCP, tida como o barco mais sofisticado da feira. Com seus imponentes 93 pés, a embarcação era equipada com 5 suítes, adega, cozinha profissional, piso acolchoado, academia e hidromassagem.
Como se não bastasse, o barco tinha ainda a capacidade de cruzar o Atlânticosem reabastecimento. Para isso, só para encher os tanques de diesel do modelo (de quase 21 mil litros), era necessário passar nove horas abastecendo — sem parar.
Para além dos barcos, as atrações do evento foram novamente um sucesso. Desta vez, o público do salão pôde curtir um “momento zen”, com massagem especial com jatos d’água quente no estande da Golden Cross. O sorteio de um veleiro dingue foi feito entre mais de 5 mil participantes, e o sortudo da vez foi o carioca José Antonio Rocha Filho.
Quem frequentou o salão aproveitou para dar uma passadinha no estande do extinto banco ABN Amro, onde eram oferecidos cursos gratuitos de vela e de nós. A Marinha do Brasil, por sua vez, novamente possibilitou aos visitantes a chance de sair do salão com a carteira de arrais amador, com um exame eletrônico.
Além de saírem do evento habilitados, os visitantes puderam sair prontos para mergulhar, graças às aulas de mergulho do Projeto Mergulhar.
No estande da Barracuda, mais um aprendizado: cursos práticos de laminação, com alunos construindo, ao vivo, várias peças em fibra.
Rio Boat Show 2005 em números
Durante os 10 dias de salão, o Rio Boat Show 2005 reuniu mais de 55 mil visitantes, que puderam ver de perto cerca de 188 embarcações, entre lanchas, jets, veleiros, botes e tudo mais que a indústria náutica decidiu revelar em águas cariocas.
Dentre tantos barcos, dois em especial chamaram a atenção do público pelo tamanho: o já mencionado Trawler MCP GFT, de 93 pés, e um catamarã Sancat 80, da Sunboats, de quase 400 metros quadrados de área útil. Por outro lado, um caíque de 2 metros, da Nautika, atraiu olhares por caber dentro de uma mala.
A 8ª edição do evento contou com 200 fabricantes, 250 estandes e mais de 100 expositores, que proporcionaram aos visitantes da icônica Marina da Glória uma verdadeira imersão no setor, em um ambiente que, desde 1998, faz do Rio Boat Show o maior ponto de encontro dos amantes da náutica.
Entre os estaleiros, estavam marcas como Spirit Ferretti, Alternativa, Cabrasmar, Thop Boats, Allfibras, Tecnoboats, Super Boats, Nautika, Sea-Doo, Evolution Boats, Real Powerboats, Ventura, Holos, Flexboat, Riostar, Colunna, Kalmar, Brasil Cat, Yamaha, Schaefer Yachts, Runner e Zefir.
Confira mais fotos da edição de 2005 do Rio Boat Show
Vem aí o Rio Boat Show 2024!
Evento náutico mais charmoso do Brasil, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição recheado do que de melhor esse lifestyle pode oferecer. As águas da Baía de Guanabara, na Marina da Glória, recebem o evento entre os dias 28 de abril e 5 de maio. Por lá, o grande público poderá ver de perto os principais lançamentos e destaques do mercado náutico com barcos na água e test-drive de embarcações.
O repertório é grande: lanchas, veleiros, iates, jets, motores, equipamentos, acessórios, decoração e serviços náuticos estarão reunidos em um só lugar, ao lado de especialistas do setor, preparados para auxiliar todos os visitantes. Além disso, o Rio Boat Show exibe destinos náuticos, artigos de luxo e quadriciclos.
O público da 25ª edição do evento terá ainda atrações diversas, como palestras, desfile de moda e o tradicional Desfile de Barcos — em que os modelos de destaque do evento navegam pela Baía de Guanabara, junto com um show de luzes, música e até mestre de cerimônia.
Anote aí!
RIO BOAT SHOW 2024 Quando: De 28 de abril a 5 de maio; Horário: De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h | sábado e domingo, das 13h às 22h; Onde: Marina da Glória (Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória); Ingressos: site oficial de vendas
Mais informações: rioboatshow.com.br.
No último dia 8 de março, a Marinha do Brasil celebrou um feito inédito com uma das embarcaçõesda instituição: o Navio Polar (NPo) Almirante Maximiano cruzou o Círculo Polar Antártico pela primeira vez.
Batizada carinhosamente de “Tio Max”, a embarcação já soma mais de 50 anos. O marco, além de inédito, contribui para o desenvolvimento de pesquisas e projetos científicos, uma vez que faz parte da 42ª Operação Antártica (OPERANTAR).
“O fato de ter cruzado o Círculo Polar Antártico representou um estímulo para toda tripulação e pesquisadores após cinco meses de comissão”, declarou o Capitão de Mar e Guerra e comandante do NPo Dieferson Ramos Pinheiro.
Além do desafio de navegar em ambiente tão inóspito e longínquo, o ineditismo para a pesquisa científica brasileira foi inspirador– Dieferson Ramos Pinheiro, Capitão de Mar e Guerra e comandante do NPo
42ª Operação Antártica
Além de reforçar o compromisso da Marinha do Brasil em garantir ao país a condição de Membro Consultivo do Tratado da Antártica (acordo firmado desde 1959, que determina o uso do continente para fins pacíficos), o feito do Navio Polar Almirante Maximiano eleva o Brasilna promoção de pesquisas na 42ª Operação Antártica.
A OPERANTAR integra o Programa Antártico Brasileiro, e é dividida em atividades tanto logísticas quanto de pesquisa, sendo que essas são realizadas durante o período de verãoda OPERANTAR — de outubro a março.
Os estudos são desenvolvidos a bordo dos navios da Marinha — como o Tio Max — , na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), no módulo Criosfera 1, em acampamentos isolados e em estações estrangeiras, por meio de acordos de cooperação entre os países.
Participam da operação os projetos de pesquisa aprovados e divulgados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo que cada grupo de estudo apresenta a proposta de trabalho e as necessidades de apoio para a operação, por meio de formulários científicos, logísticos e ambientais, que serão avaliados.
De acordo com a Agência Marinha de Notícias, com a base nas informações adquiridas, os projetos são distribuídos nas fases de pesquisa, fazendo uso dos meios disponíveis para acessar os locais autorizados, onde ocorre a coleta de amostras e a realização de estudos e experimentos científicos.
O Navio Polar Almirante Maximiano
O NPo Almirante Maximiano teve o seu “batimento de quilha” (cerimônia que marca o início da construção de um navio) em 20 de agosto de 1973, sendo que a embarcação foi lançada ao marem 13 de fevereiro de 1974 e entregue em junho do mesmo ano.
Sua incorporação à Marinha do Brasil, contudo, se deu em 3 de fevereiro de 2009 e, antes disso, o navio teve outros nomes, como Ocean Empress, Naeraberg, American Empress, Maureen Sea, Scotoil I, e Theriot Offshore I, antes de ser rebatizado em homenagem ao Almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, hidrógrafo de destaque e Ministro da Marinha de março de 1979 a março de 1984.
Um gigante dos mares, o Tio Max possui 93,4 m de comprimento, 13,4 m de boca e 6,59 m de calado. O navio é movido por 2 motoresdiesel de 12 cilindros Caterpillar, modelo 3612TA de transmissão direta, que geram 4.262 bhp cada, acoplados a dois eixos com hélices de passo fixo.
A embarcação atinge uma velocidadede 10 nós em cruzeiro e 13 nós de velocidade máxima. Seu raio de ação lhe fornece 20.000 milhas náuticas e 90 dias de autonomia. Ao todo, 106 pessoas (76 militares e 30 pesquisadores) conseguem navegar a bordo do Navio Polar Almirante Maximiano.
Entre as grandes façanhas do mundo náutico, uma que muito chama atenção são os velejadores que cruzam o globo a bordo de suas embarcações, afinal, nada parece ser mais desafiador do que isso. Contudo, o suíço Louis Margot promete mudar essa história com o projeto Human Impulse, em que dará uma volta ao mundo usando apenas a força humana.
Sempre sozinho e com trajetos intercalados entre a bicicleta e um barco a remo, o desafio de circum-navegação começou em 3 de setembro de 2023. Ainda Há um recorde a ser quebrado, que atualmente é de 5 anos e 11 dias, de acordo com o Guinness World Book (o livro dos recordes). A Human Impulse propõe que a jornada seja finalizada em menos de 3 anos.
Louis Margot já deu início ao trajeto, sendo que a primeira etapa do percurso foi percorrida de bicicleta, saindo de Morges, na Suíça, rumo a Portimão, em Portugal— rota que levou 25 dias. De lá, o suíço partiu para Limón, na Costa Rica, a bordo do barco a remo. Atualmente, o aventureiro já atravessou o Atlântico, rumo ao seu destino — mesmo em meio a grandes desafios.
Foram 76 dias e mais de 6.500 km para cruzar o Oceano Atlântico, remando desde as Ilhas Canárias, na Espanha. De lá, Louis partiu em 13 de dezembro rumo a Martinica, no Caribe, e chegou na manhã do dia 28 de fevereiro.
Ele aproveitou o destino caribenho para ter alguns das de descanso antes de seguir para a Costa Rica, onde irá concluir a segunda etapa do trajeto.
Na terceira parte da Human Impulse, Louis partirá para os Estados Unidos de bicicleta. De lá, seguirá para Bali, na Indonésia, de barco — de onde voltará sobre duas rodas para a Suíça. Todo o percurso pode ser acompanhado ao vivo no site oficial da Human Impulse.
Quem é Louis Margot, participante da Human Impulse
Nascido na comuna de Morges, na Suíça, Louis Margot, de 30 anos, sempre foi apaixonado por esportes— e aventuras. Logo cedo, aos 13 anos, ele — que já praticava judô — começou a remar e entrou no Clube de Remo Avançado de Morges.
A partir daí, conquistou medalhas no Campeonato Suíço em 2008, foi convocado para a seleção suíça de remo e ganhou um título mundial no Campeonato Mundial Júnior (na República Tcheca, em 2010) na categoria de quatro homens.
Seus estudos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, lhe proporcionaram a oportunidade de entrar para o Cambridge University Boat Club, e assim participar da Boat Race, um evento anual realizado em Londres, que opõe as tradicionais universidades de Cambridge e Oxford.
Em busca de novos desafios no esporte, o suíço desenvolveu paixão também pelo ciclismo, que o levou a uma prova de mais de 3.000 km rumo a Istambul, na Turquia.
Quando você pensa que os extravagantes megaiates não têm como surpreender ainda mais, aparece um Leona. Esta embarcação, de 263 pés (80 metros de comprimento), conta com muito espaço, uma piscina cercada por estátuas greco-romanas e detalhes que exalam luxo.
O megaiate Leona foi construído pelo estaleiro turco Bilgin, em parceira com a Unique Yacht Design e a H2 Yacht Design. Enquanto a Unique ficou responsável pela arquitetura naval e design exterior do megaiate, a H2 deu conta das áreas internas — e estão de parabéns. É justamente no interior do barco que a magia acontece.
A parte externa tem seu valor, mas é a interna que diferencia o Leona dos demais — afinal, não é todo barco que tem uma piscina com cobertura no convés. Com estátuas brancas greco-romanas ao redor — que, inclusive, esguicham água — , uma bela área de estar logo em frente vira coadjuvante.
Revestida com azulejos, a piscina é cercada por pisos e painéis de mármore nas paredes. Um vídeo feito pelo especialista em imóveis de luxo Enes Yilmazer publicado em seu Tik Tok leva a audiência para dentro desta parte encantadora do megaiate de 80 metros.
A luxuosa parte interna do megaiate de 80 metros conta com outras comodidades além da piscina. Enquanto no convés inferior há duas cabines comuns, o convés principal conta com duas cabines VIPs, que dispõem de camarins e banheiros, além de muito espaço para armazenamento adicional.
O interior da embarcação oferece ainda uma lareira externa, aquário, sala de narguilé, piano-bar e uma área de cinema, revestida de veludo vermelho. O proprietário pode aproveitar uma suíte com vista palaciana e acesso ao deque dianteiro, que faz conexão com a piscina, o terraço e com o spa.
O Leona tem acomodações para 10 convidados e até 20 tripulantes, incluindo o capitão. E como se fosse pouco luxo, todos a bordo do megaiate pisarão em piso feito de mármore e encontrarão elementos dourados, tecidos nobres e lacas brilhantes, que aumentam a extravagância do barco.
Na parte técnica, o megaiate é movido por dois motores MTU, com velocidade máxima de 19 nós (35 km/h) e uma velocidade de cruzeiro de 11 nós (20 km/h).
Megaiate e mega caro
Este megaiate de 80 metros tem tudo para virar febre entre os milionários ao redor do mundo. Lançado em 2023, a embarcação custa US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 297 milhões, em conversão realizada em março de 2024).
Este megaiate é o maior construído pela Bilgin Yachts, e o proprietário desse humilde barco é mantido em sigilo.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Uma baleia-cinzenta chocou pesquisadoresnorte-americanos ao ser avistada nadando pelas águas do oceano Atlântico, região da qual está extinta há cerca de 200 anos. O evento foi descrito como algo “incrivelmente raro”.
O registro da baleia-cinzenta foi feito em 1º de março deste ano, quando os pesquisadores do Aquáriode Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, sobrevoavam a costa de Nantucket, em Massachusetts.
“Meu cérebro estava tentando processar o que eu estava vendo, porque esse animal era algo que não deveria existir nessas águas”, disse Kate Laemmle, uma das pesquisadoras que estava no avião, ao Aquário.
A forma com que a baleia-cinzenta nadava fez com que os cientistas chegassem à conclusão de que ela provavelmente estava se alimentando no momento em que foi vista.
Teorias
Especialistas da área de biologiamarinha apontam as mudanças climáticas como possível causa para o aparecimento da baleia-cinzenta na região. Isso porque a passagem entre as ilhas ao norte do Canadá, que conecta o Pacífico e o Atlântico, costumava ser coberta de gelo, que derreteu devido ao aumento das temperaturas globais.
Sem a obstrução do caminho pelos icebergs, as baleias conseguem realizar a travessia com maior facilidade, algo que não seria possível no século passado.
Embora tenha chocado os pesquisadores, esta não é a primeira vez que a espécie é vista no Atlântico. Nos últimos 15 anos, houve cinco registros das baleias-cinzentas fora do Pacífico, nadando pelas mesmas águas deste mês e também pelas do Mediterrâneo.
Quem costuma se deslocar com frequência de uma cidade a outra sabe que uma das melhores alternativas é abusar, quando possível, do bom e velho trem. Mas do outro lado da Terra, a viagem pela linha férrea conta com um tempero a mais: quase metade dela é feita por baixo do mar, como é o caso do túnel japonês Seikan Tunnel.
Inaugurado em 1988 após mais de 40 anos de pesquisa, planejamento e construção, o túnel une as ilhas de Honshu e Hokkaido e conta com uma infraestrutura gigante de 53,85 quilômetros, sendo 23,3 quilômetros subaquáticos, a cem metros abaixo do mar.
A grandeza da obra japonesa lhe rendeu o posto de segundo túnel ferroviário mais longo do mundo – atrás apenas do Gotthard Base Tunnel, que passa pelos Alpes Suíços, mas não vai por baixo do mar. Vale destacar que o túnel japonês Seikan também não ganha em maior extensão subaquática: a vitória pertence ao The Channel Tunnel – que liga a Inglaterraà França – e que possui 37,9 quilômetros submersos.
Projeto de bilhões
É de se imaginar que a construção do Seikan Tunnel não saiu nada em conta. Estima-se que o valor total empregado foi de 689 bilhões de ienes, equivalentes a cerca de R$ 23 bilhões (valor convertido em março de 2024). Há ainda quem diga que o gasto chega a 1,1 trilhão de iene (R$ 37 bi), embora a origem da estimativa não seja clara.
Até hoje, mais de 50 trens de carga e de passageiros utilizam a mega estrutura do túnel japonês por dia, mas não pense que tirá-lo do papel foi moleza. As escavações começaram em 1964 e a Linha Ferroviária Nacional do Japão, que comandou a obra, teve que lidar com diversos perrengues.
Um bom exemplo é a instabilidade da rocha e do solo sob o Estreito de Tsugaru, o que impediu o uso de maquinário para a perfuração do túnel e fez com que os trabalhadores tivessem que explodir 54 quilômetros em uma grande zona suscetível a terremotos.
Além disso, dos mais de três mil funcionários empregados no projeto, foram registradas ao menos 34 mortes no período da obra.
Ideia desembarcou no Brasil
Assim como o The Channel Tunnel, que permite que viajantes se desloquem rapidamente da Inglaterra em direção à França – e vice e versa –, o Seikan Tunnel garante o percurso de Tóquio a Hakodate, uma das principais cidades de Hokkaido, em apenas quatro horas.
No Brasil, a ideia de um túnel subaquático tem ganhado espaço e pode representar a primeira construção do tipo na América Latina. Caso tome forma, a proposta ligará as cidades de Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, e reduzirá a costumeira viagem de 50 minutos de carro para breves um minuto e meio de trem.
Entre os dias 2 e 3 de março, classes como ORC, RGS Geral, Clássicos, HPE25, C30, BRA-RGS, RGS A e BRA-RGS C obtiveram seus primeiros resultados e, no último final de semana, entre os dias 9 e 10, a competição teve o seu desenrolar final, começando pelos veleiros da RGS Cruiser (nova denominação da Bico de Proa), que se juntaram às demais classes.
Panorama geral do 3º dia de Copa Mitsubishi de Vela
Em um dia de ventos constantes, na faixa dos 10 nós, os veleiros da RGS Cruiser se juntaram às demais classes da Copa Mitsubishi. A classe rodou suas primeiras milhas na competição com uma regata de percurso, largando na extremidade do canal e contornando duas marcas ao norte.
Dentre as cinco equipes que participaram da categoria, o Aries, de Alex Calabria, se sagrou o fita azul da regata. Contudo, como a classe agora também usa o rating, a vitória no tempo corrigido ficou com o Cambada, de Luiz Fernando Giovannini.
O Aries ficou com a segunda colocação, seguido do BL3 Mangalô, de Pedro Rodrigues. O Alphorria, de Mario Gomide e o Tutatis, de Luiz Bolina, ocuparam as colocações seguintes.
Duas regatas foram feitas na BRA RGS, ambas vencidas pelo Zeus, de Paulo F. Moura. Ainda na primeira regata, a segunda colocação ficou com o Kameha Meha, de Gabriel Borgstom, e a terceira, com o Sossegado, de Marco Hidalgo. Na segunda regata do dia, o Sossegado foi o segundo e o Comanda, de Sebastian Menendez, o terceiro.
Nos clássicos, o Jão Sereno, de Robinson Leite, anotou duas vitórias. A C30, por sua vez, contou com três regatas. Na primeira delas, quem venceu foi o Caiçara – Cat Technologies, de Marco de Oliveira Cesar, seguido pelo Kaikias, de Daniel Hilsdorf/Fabio Aurichio e do Bravo, de Jorge Berdasco.
Na segunda regata, vitória do Bravo, Kaikias em segundo e Relaxa Building, de Tomas Mangabeira, em terceiro. A última regata do dia teve vitória do Kaikias, com o bravo em segundo e o Caiçara na terceira colocação. Essa alternância de resultados e o equilíbrio das equipes fez com que a C30 fosse para o último dia de regatas com apenas um ponto de diferença entre os três primeiros.
Na HPE25, duas regatas foram disputadas e ambas foram vencidas pelo Ginga, de Breno Chvaicer, com o Crazy Phoenix, de Mario Lindenhayn, em segundo. As classes ORC Racer e Cruiser também tiveram duas regatas para competir. Na Racer, ambas foram vencidas pelo Phoenix, de Fabio Cotrim, com o Inaê Soto, de Bayard Umbuzeiro Neto, em segundo e o Rudá 3, de Mario Martinez, em terceiro.
Na primeira regata da ORC Cruiser, vitória do Xamã, de Sergio Klepacz, com o Lucky V, de Luiz Villares, em segundo e o Orson, de Carlos Eduardo Souza e Silva, em terceiro. A segunda regata, por sua vez, teve o Lucky como vencedor, seguido do Orson e do Xamã.
Panorama geral do último dia de Copa Mitsubishi de Vela
O último dia de competições terminou com mais uma regata para as classes BRA-RGS, Clássicos e RGS Cruiser, além de duas regatas para a ORC, C30 e HPE25, disputadas com ventos sul na casa do 10 nós.
A Classe C30 fez brilhar os olhos dos amantes da vela, com 10 regatas disputadas em completo equilíbrio. Todas as cinco equipes da classe venceram, ao menos, uma regata. O Bravo, de Jorge Berdasco, contudo, com três vitórias, foi quem somou menos pontos perdidos (18 no total), sagrando-se o campeão da classe.
Com 21 pontos, o Kaikias EMS, de Daniel Hilsdorf/Fabio Aurichio, ficou em segundo, seguido do Relaxa Building, de Tomas Mangabeira. Na quarta e quinta colocação, respectivamente, ficaram o Caiçara CAT Technologies, de Marcos de Oliveira Cesar e o Tonka, de Demian Pons.
Na HPE25, que disputou 7 regatas, o Ginga, de Breno Chvaicer, terminou a etapa na primeira colocação, com 6 pontos. Em segundo, com 11, ficou o Crazy Phoenyx, de Mario Lindenhayn. Já na RGS A, o Zeus, de Paulo F. Moura, foi o vencedor, com 5 pontos. Em segundo veio o Sossegado, de Marco Hidalgo, com 11, seguido do Kameha Meha, com 13. O Bl3 Urca, de Clauberto Andrade, foi o quarto colocado.
Na divisão B da RGS, vitória para o estreante Blu1, de Marcelo Ragazzo, com 7 pontos, mesma pontuação do segundo colocado, o Asbar II, de Daniela Sanches. Em terceiro, com 11, veio o Aventador, de Maurício Pavão.
Na RGS C, vitória para o Comanda, de Sebastian Menendez, com 5 pontos em 6 regatas. O segundo colocado, com 11 pontos, foi o Triton/Daikin, de Ricardo Zamboni. O Brazuca, de José Rubens Bueno, garantiu a terceira colocação, com 25 pontos. Táquion, Malagueta e Spalla foram, respectivamente 4º, 5º e 6º colocados.
Com a participação de 6 equipes, a RGS Cruiser teve vitória do Cambada, de Luiz Fernando Giovannini, com 2 pontos. O Aries, de Alex Calabria, foi o segundo, com 4. Em terceiro, com 7 pontos, ficou o Alphorria, de Mario Gomide. BL3 Mangalô, Tutatis e Helios ocuparam as três posições subsequentes.
Supremacia do Phoenix, de Fabio Cotrim/Mauro Dottori na ORC Racer, que venceu seis das sete regatas disputadas. Em segundo veio o Inae Soto, de Bayard Umbuzeiro Neto, com 11 pontos. O Rudá3, de Mario Martinez, foi o terceiro colocado, seguido do 4z Phytoervas, de Robert Scheidt/Fabio Bodra.
Na ORC Cruiser, vitória do Lucky Alforria, com 9 pontos em sete regatas, seguido pelo Xamã/Andbank, de Sergio Klepacz, com 11 pontos e do Orson, de Carlos Eduardo Souza e Silva (14 pontos). Na quarta, quinta e sexta colocações, ficaram o Jazz, Zorro e o My Boy.
Próximas etapas da Copa Mitsubishi de Vela
Com o encerramento da 1ª etapa da 24ª edição do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica – Copa Mitsubishi 2024, os velejadores já podem se preparar para a próxima etapa do circuito, que deve acontecer nos dias 15, 16, 22 e 23 de junho.
Na sequência vem a 51ª edição da tradicional Semana de Vela de Ilhabela, que acontece de 20 a 27 de julho, seguida pela 3ª etapa, nos dias 21, 22, 28 e 29 de setembro e a 4ª, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.
A Sessa Marine tem uma missão clara para o ano de 2024: alcançar novos mercados. Um bom exemplo disso foi a abertura do novo escritório do estaleiro italiano nos Estados Unidos e, agora, a marca confirma sua presença no Auckland Boat Show, na Nova Zelândia.
No evento — realizado de 14 a 17 de março, na cidade de Auckland, na Nova Zelândia — a Sessa apresentará modelos de sua linha Cruiser, com a Sessa C47 e a C44.
A presença da Sessa pela primeira vez neste salão, contudo, vai muito além da exposição das lanchas, já que a Nova Zelândia possui a maior proporção de barcospor pessoa do mundo.
Mais um passo importante na jornada de expansão global. Este evento nos permitirá fortalecer nossa posição como uma das principais marcas do mercado náutico mundial– Débora Felipe, diretora de marketing da Sessa Marine
Para se ter uma ideia, a cidade de Auckland conta com 12 marinas, com cerca de 5 mil vagas molhadas, incluindo a Westhaven Marina — a maior do Hemisfério Sul, com 1.800 vagas.
Isso torna o país um grande ponto de comércio de embarcações e, consequentemente, uma forte oportunidade de crescimento para a Sessa Marine — que já é considerado um dos estaleiros de maior prestígio no mundo, com mais de 65 anos de atuação.
A Nova Zelândia é um mercado estratégico que oferece muitas oportunidades. Estamos confiantes de que nossas embarcações possuem características que vão agradar ao gosto do consumidor neozelandês– Débora Felipe, diretora de marketing da Sessa Marine
Desde que a Intech Boating adquiriu a marca italiana, em 2023, a Sessa Marine vem navegando por novos mares e concretizando um processo de sincronia entre suas fábricas, visando unificar linhas e produtos.
Ainda em território nacional, o estaleiro já é presença confirmada na histórica 25ª edição do Rio Boat Show. O evento, que acontecerá na Marina da Glória, de 28 de abril a 5 de maio, receberá a linha completa de embarcações da marca italiana.
Em 2024, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição. Para comemorar esse momento histórico, a equipe de NÁUTICA vai revisitar o passado novamente para mais uma edição da série Memória Náutica. Hoje é dia de relembrar o Rio Boat Show 2004, tido como uma grande festa do mercado náutico.
Em 2004, a 7ª edição do Rio Boat Show atracou na Marina da Glória entre os dias 16 e 25 de abril. Por lá, o público pôde observar ao vivo um grande salto da indústria náutica nacional que, naquele ano, foi a grande estrela do salão. Entre barcos, lançamentos, atrações e público, o Boat Show do Rio percorria suas milhas de sucesso.
Como ocorre há 7 anos, o Rio Boat Show foi um grande e divertido happening, no qual nem mesmo as crianças e adolescentes deixaram de ser atendidos. Durante uma semana, houve na Marina da Glória muito de tudo para todos– dizia a edição 189 da Revista Náutica
O que acontecia no mundo em 2004
Se hoje a população passa grande parte do seus dias de olho no celular, 2004 certamente foi o ano que deu início a essa tendência — mesmo que os aparelhos da época ainda fossem primitivos. Isso porquê, naquele ano, redes sociais como o já falecido Orkut e o Facebookforam criadas, juntamente com o YouTube.
Nos esportes, o ano de 2004 foi marcado pelos Jogos Olímpicos de Athenas, evento vitorioso para o Brasil. Por lá, o velejador Robert Scheidt trouxe para terras brasileiras uma medalha de Ouro na categoria Laser, enquanto Marcelo Ferreira e Torben Grael ganharam a medalha dourada na categoria Star.
Na cultura, obras que marcaram uma geração ganharam vida, como o filme Shrek 2 e o 3º filme da saga Harry Potter, com O Prisioneiro de Azkaban. A série Friends, por sua vez, exibia naquele ano seu último episódio. No carnaval do Rio, a escola Beija-Flor de Nilópolis conquistava seu bicampeonato.
Como foi o Rio Boat Show 2004
Quando a revista Náutica disse que o Rio Boat Show 2004 teve “muito de tudo para todos”, não foi um exagero. Naquela edição, os visitantes do salão náutico mais charmoso da América Latina puderam participar de uma série de atrações, para todos os gostos.
Uma delas, que chamou bastante atenção, foi a presença de um aquário com 12 mil litros de águae cerca de mil peixesde água doce, de espéciesvariadas, no meio da feira. Naquela edição, até quem nunca pisou em um barcoteve a chance de percorrer as primeiras milhas, graças a escola C&L, que levou mais de 450 pessoas para navegarem em Optimists e Dingues.
Amyr Klink novamente ancorou na Marina da Glória com seu superveleiro Paratii 2, de 90 pés (28,8 metros), recém-chegado de sua segunda circunavegação da Antártica, em uma viagem que durou cinco meses.
O estande da Barracuda Advanced Composites deu sequência a já tradicional construção de barcos ao vivo durante a feira. Na ocasião, a empresa construiu uma lancha de 25 pés (7,6 metros) — o maior até então — com materiais de alta performance.
O curso de arrais foi novamente um sucesso, e rendeu a cerca de 760 pessoas a carteira de habilitação de arrais amador, em exame realizado no estande da Marinha do Brasil. Ainda entre as atrações, um tanque de mergulhode 4,5 metros de profundidade, organizado pela Revista Mergulho e pela Fishing, instruiu mais de 400 visitantes à prática.
No já esperado sorteio de um barco, a sortuda da vez foi a bióloga Marie Elisabeth Christine Classen, do Rio de Janeiro, que levou para casa um veleiro Dingue.
Principais novidades do setor
Entre as principais novidades do setor no Rio Boat Show 2004 estavam o lançamento de embarcações de quatro grandes estaleiros. Um deles foi o da Spirit Ferretti, que escolheu o salão carioca para estrear a Ferretti 78, tendência de maior volume entre suas embarcações de duplo comando. Além disso, a marca embelezou a feira com o maior barco do salão, uma cabinada com flybridge de 81 pés (24,7 metros).
A Intermarine, por sua vez, ancorou na Marina da Glória com sua linha completa, incluindo a elegante 520 Full Gold. Naquele ano, de acordo com a Revista Náutica, a Schaefer Yachts já era considerada líder entre os estaleiros emergentes na busca por excelência, e sua nova lancha, uma Phantom 470 com flybridge, chegava como prova disso, reunindo design arrojado e arranjo prático.
Outro destaque do salão ficou por conta da Real Powerboats. Já conhecida como uma marca de barcos com boa performance, o estaleiro investiu no acabamento e surpreendeu os visitantes com a nova Class 34.
Rio Boat Show 2004 em números
A 7ª edição do Rio Boat Show reuniu na Marina da Glória um total de 221 barcos, 16 embarcações a mais do que em 2002. Ente tantos modelos, 67 deles estavam em seu habitat natural, sobre as águas da Baía de Guanabara, enquanto 157 ficaram em terra firme.
Os barcos de estaleiros nacionais foram novamente maioria, com 191 embarcações (28 a mais do que em 2002), enquanto os importados somaram 30 modelos.
Entre as 221 embarcações, 116 eram lanchas, 44 infláveis, 19 caiaques, 15 jets, 7 veleiros oceânicos e 4 monotipos, 5 jetboats e 11 modelos diversos, como botes. O maior barco foi uma Spirit Ferretti, com 81 pés (24,7 metros). A Regata Boat Show daquele ano, por sua vez, reuniu nada menos que 410 veleiros.
Foram cerca de 50 lançamentos, entre barcos, motores, equipamentos e variedades. Marcas como Ferretti, Romano Marine, Cobra, Magna, Real Powerboats, Intermarine, Klase, Hobie Cat, Princess, Colunna, Coral, Schaefer Yachts, Phoenix, Runner, Real Marine, Fibra Sul, Nautika, Flexboat, Emisul, Sea-Doo, Volvo, Mercruiser, Yanmar, Mercury, Scania, Evinrude e Megatech apresentaram suas últimas novidades no salão.
Confira mais fotos da edição de 2004 do Rio Boat Show
Vem aí o Rio Boat Show 2024!
Evento náutico mais charmoso do Brasil, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição recheado do que de melhor esse lifestyle pode oferecer. As águas da Baía de Guanabara, na Marina da Glória, recebem o evento entre os dias 28 de abril e 5 de maio. Por lá, o grande público poderá ver de perto os principais lançamentos e destaques do mercado náutico com barcos na água e test-drive de embarcações.
O repertório é grande: lanchas, veleiros, iates, jets, motores, equipamentos, acessórios, decoração e serviços náuticos estarão reunidos em um só lugar, ao lado de especialistas do setor, preparados para auxiliar todos os visitantes. Além disso, o Rio Boat Show exibe destinos náuticos, artigos de luxo e quadriciclos.
O público da 25ª edição do evento terá ainda atrações diversas, como palestras, desfile de moda e o tradicional Desfile de Barcos — em que os modelos de destaque do evento navegam pela Baía de Guanabara, junto com um show de luzes, música e até mestre de cerimônia.
Anote aí!
RIO BOAT SHOW 2024 Quando: De 28 de abril a 5 de maio; Horário: De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h | sábado e domingo, das 13h às 22h; Onde: Marina da Glória (Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória); Ingressos: site oficial de vendas
Mais informações: rioboatshow.com.br.
Fortes tempestades no meio do oceanoforam as responsáveis pelo naufrágiode muitas embarcaçõesao longo dos anos. Uma delas, o SS Nemesis, sofreu as consequências desse fenômeno da natureza 120 anos atrás e, só agora, teve seus destroços encontrados — alguns ainda intactos.
Como era comum naquela época, o SS Nemesis partiu de Newcastle, na Inglaterra, com destino a Melbourne, na Austrália, em julho de 1904, carregado de carvão. O que era para ser mais uma viagem comum, contudo, tomou rumos trágicos quando a embarcação se deparou com uma forte tempestade, que a fez desaparecer no mar.
O naviode 73 metros de comprimento e 1.393 toneladas havia sido avistado pela última vez, até então, perto de Wollongong, ao sul de Sydney, por outro navio que também foi atingido pela forte tempestade. Desde então, o barco nunca mais foi visto.
Vestígios do acidente começaram a dar sinais algumas semanas depois, quando os corpos de alguns dos 32 tripulantes que estavam a bordo da embarcação — entre australianos, britânicos e canadenses –, começaram a chegar à praia de Cronulla, junto com destroçosdo SS Nemesis.
Descoberta foi feita por acidente
A história do SS Nemesis começou a ganhar novos rumos em maio de 2022, quando a Subsea Professional Marine Services, uma empresa de pesquisa marítima, acidentalmente encontrou destroços do navio enquanto procurava contêineres de carga perdidos na costa de Sydney.
Os destroços do navio desaparecido em 1904 foram encontrados a 28 km da costa do estado australiano de Nova Gales do Sul, submersosa 160 metros. Mas não foi tão simples assim avaliar que os restos eram, realmente, do SS Nemesis.
Para isso, foram necessários quase dois anos para que especialistas analisassem as evidências e confirmassem de que se tratava, realmente, do navio desaparecido. A Subsea Professional Marine Services, então, relatou a descoberta ao Heritage NSW, o Ministério do Meio Ambiente e Patrimônio de Nova Gales do Sul.
No fim das contas, só em setembro de 2023 o naufrágio foi identificado oficialmente como SS Nemesis, quando a CSIRO, a agência científica nacional da Austrália, se envolveu nas investigações e capturou imagens subaquáticas da embarcação, que confirmaram as teorias.
Estruturas ainda intactas
As imagens capturadas pela CSIRO mostram o navio de ferro ainda em pé, e, segundo a instituição, o SS Nemesis foi encontrado com “danos significativos na proae na popa”, mas com “algumas estruturas importantes ainda intactas e identificáveis, incluindo duas âncoras.”
De acordo com informações do The Guardian, os pesquisadores acreditam que a embarcação naufragou durante a tempestade porque seu motorficou sobrecarregado e, no momento em que foi atingido por uma grande onda, a embarcação afundou rápido demais, tirando a chance de os tripulantes usarem os botes salva-vidas.
Para botar um fim de vez nessa história centenária, informações do The Independent dizem que autoridades de Nova Gales do Sul agora vão procurar familiares dos tripulantes australianos, britânicos e canadenses.
Esta descoberta e confirmação da identidade do naufrágio não só fornece informações arqueológicas significativas sobre o navio e o evento do naufrágio, mas, mais importante, pode oferecer algum consolo às famílias e amigos daqueles que morreram a bordo– Brad Duncan, arqueólogo marítimo sênior do Heritage NSW
O mundo dos iates de luxo não para de surpreender os amantes da náutica, com ideias cada vez mais ambiciosas e exclusivas. O projeto do megaiate Colossea, contudo, promete levar esse setor a um nível nunca antes visto. Isso porque a embarcaçãotem nada menos que 669 pés (cerca de 203 metros) e vem acompanhada com seu próprio dirigível removível — e ele ainda é maior que a maioria dos iates.
O Lazzarini Design Studio, responsável pelo projeto Colossea, já é conhecido por criar embarcações que passam bem longe do comum. Foi essa a empresa que criou outros projetos curiosos, como a cidade flutuante em forma de tartaruga, na Arábia Saudita, e outras embarcações peculiares, incluindo um iate em forma de cisne.
Ainda assim, o megaiate Colossea parece estar à frente de tudo isso, afinal, são cerca de 203 metros de comprimento, o que equivale a quase dois campos de futebol padrão FIFA. O destaque principal do projeto, claro, está no dirigível, que repousa sobre o convés superior do megaiate.
A aeronave, que em tamanho ultrapassa a maioria dos iates do mercado, foi projetada para encaixar perfeitamente no convés superior, e funciona como heliponto, permitindo decolagens e pousos acima da embarcação.
O dirigível ainda oferece espaço para 24 passageiros e 10 tripulantes, enquanto o iate dispõe de 22 suítes luxuosas, deques impressionantes e diversas piscinas, tanto internas quanto externas. Segundo a Lazzarini, o Colossea é um protótipo derivado e inspirado no Plectrum, outro megaiate futurista projetado pela empresa.
No entanto, a embarcação colossal também presta homenagem ao dirigível N1 Norge, o primeiro veículo tripulado a chegar ao Polo Norte, em 1926. Ou seja, o megaiate Colossea faz uma fusão de luxoentre o passado, presente e, principalmente, o futuro.
Apesar de ser apenas um conceito audacioso neste momento, a Lazzarini não deixa de expressar que tem interesse em colaborar com um estaleiro para tornar o Colossea uma realidade.
Esse sonho luxuoso, contudo, tem um preço do tamanho da embarcação: a estimativa mínima para construir o iate é de nada menos que US$ 1 bilhão, cerca de R$ 4,9 bilhões (valores convertidos em março de 2024).
Ainda não se sabe se a ideia sairá do papel, mas o projeto certamente tem potencial para revolucionar a maneira como estaleiros constroem embarcações de luxo.
Lidar com a perda de um ente querido não é difícil apenas pela dor da partida, mas também por todas as burocracias que envolvem o momento para o qual ninguém está preparado. Como, então, tornar esse período menos doloroso, ou, ao menos, mais simbólico? Mauricio Noronha e Rodrigo Brenner tiveram uma ideia que rendeu a eles o “Oscar do Design”, com uma urna em forma de barcofeita a base de fungos.
Muito além de um objetopara guardar cinzas, a urna sustentável em forma de veleiro e feita a base de fungos foi batizada de Sail (navegar, em português), e reúne “simbologia, poesia e bons negócios“, como definiu Rodrigo Brenner, um dos criadores do produto, à Forbes.
A junção desses três pontos rendeu a ele e ao colega Mauricio Noronha o iF Design Award de 2024, considerado o “Oscar do Design.”
Em colaboração com a startup Mush, fundada por cientistas de Ponta Grossa (PR), a dupla, eleita Forbes Under 30 em 2018, está à frente do Furf Design Studio, que há mais de dez anos cria artefatos que unem o apelo social às invenções sustentáveis — como o Sail — que, consequentemente, geram a eles bons negócios.
A urna em forma de barco é feita a base de micélio (massa formada por um aglomerado de filamentos de um fungo), uma matéria orgânica de origem renovável e biodegradável que, em poucos dias, se dissolve na águaou na terra, servindo, inclusive, como um fertilizante natural.
O veleiro simboliza uma viagem final leve e significativa, em completa harmonia com a natureza– definiu o iF Design Award
A criação da dupla se destaca não somente pela criatividade no sentido sustentável, como também no âmbito social. Isso porque o objeto é mais acessível que as urnas convencionais, e torná-la de fácil acesso era um dos pontos mais importantes para os dois.
Hoje, no Brasil, a maioria das urnas funerárias são feitas de metal ou de cerâmica, são muito caras (mais de mil reais) e, depois de espalhar as cinzas, na maioria das vezes no mar, elas se tornam inúteis– explicou Brenner à Forbes
A inspiração para o nome Sail, ou, em português, navegar, ressalta o simbolismo da obra, que tem como inspiração a frase do poeta Fernando Pessoa: “navegar é preciso.”
“Acredito que a urna tenha sido premiada justamente por isso: ela tem uma sensibilidade ambiental, emocional e também econômica”, completa Brenner.
Para garantir um futuro sustentável é necessário um compromisso global com a adoção de práticas que visem a preservação do planeta– Furf Design
Vale ressaltar que o iF Design Award é um prêmio alemão que acontece desde 1954, e é considerado um dos maiores e mais importantes do setor. São várias categorias, desde design de produto à arquitetura, design de interiores e User Experience (UX).
Apesar de os barcosde madeira terem praticamente caído em desuso, os amantes da náutica ainda carregam certo saudosismo por essas embarcações, afinal, os modelos registraram um ponto alto e tradicional do setor. Com base nisso, o maior iate de madeira do mundo, construído em 2020, está à venda pelo equivalente a quase R$ 44 milhões, e não poderia ter saído de outro lugar: os Emirados Árabes Unidos.
O Afra, como é chamado, obra do estaleiro Henderson Marine, dos Emirados Árabes Unidos, contrasta com os tradicionais iates brancos feitos em fibra de vidro, mesclando tradição com inovação. Tendo em vista o local de sua construção, já fica fácil imaginar que, apesar de ser inspirado em barcos do século passado, o Afra é repleto de confortos do século 21.
Inclusive, esse é um dos principais fatores para a embarcação de 50 metros custar cerca de US$ 9 milhões, aproximadamente R$ 44 milhões (valor convertido em março de 2024). O iate foi feito mergulhando folhas de tecaem águafervente, que depois foram revestidas em torno de uma superestrutura de plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV).
A madeira âmbar quente, que substitui o típico acabamento em pintura branca, dá ao barco o ar que os mais conservadores do setor tanto buscam. Inclusive, o casco do superiate foi mantido no estilo tradicional, e o proprietário recorreu às técnicas clássicas de construção naval utilizadas para construir dhows (veleirosda região) que transportavam mercadorias através do Mar Vermelho e do Oceano Índico.
Antigamente, a construção dos barcos em madeira consistia em costurar pranchas do material com várias fibras. O processo começava com a imersão de folhas de madeira em água fervente dentro de uma caixa de vapor para amolecer as fibras, a fim de torná-las mais maleáveis. A dobra a vapor, porém, ajudou a modernizar essa prática.
Com o passar dos anos, esse método sucumbiu às exigências da economia e aos novos materiais que aumentaram a produtividade, como a fibra de vidro, o aço e o alumínio. O maior iate de madeira, contudo, tem em sua raiz uma longa tradição de construção de barcos.
Essa região tem muita mão de obra qualificada no mercado. A maioria das pessoas fica chocada ao descobrir que a tradição de construção de barcos de madeira ainda existe. Quando eles encontram um iate como este, eles se lembram do que é possível– Brett Noble, cofundador da corretora internacional de iates Bush & Noble
Como é o maior iate de madeira do mundo
O Afra não só busca estabelecer ligações com o passado, como encontrar formas de preservar o patrimônio cultural da região. Um exemplo claro disso está no salão principal do superiate, que ostenta uma boca mais larga que a média, com 10,56 metros.
No interior do convés principal do maior iate de madeira, a clássica teca folheada é intercalada com ornamentos tradicionais do mobiliário italianoe do mármore. O espaço recebe boa iluminação natural, graças as grandes janelas, que são equipadas com persianas elétricas.
O superiate de madeira navega a uma velocidademáxima é de 18 nós, e pode acomodar confortavelmente até 12 convidados em suas 6 cabines luxuosas. Inclusive, a embarcação dispõe de ambientes super espaçosos, com muitos sofás e poltronas, que garantem o conforto de todos os passageiros — principalmente em viagens mais longas.
Um desses ambientes é a sala de estar principal, que garante elegância com móveis e sistemas italianos de alta qualidade. Os espaços ao ar livre incluem um deck de popa completo com uma mesa de jantar ao ar livre, onde os hóspedes podem aproveitar um tempo em conjunto.
Em termos de manutenção, Noble explica que proteger a madeira não é mais difícil do que preparar um casco feito de aço, alumínio ou mesmo PRFV. “Contanto que você execute o processo de verniz corretamente, [o superiate] estará protegido. Depois, durará os habituais cinco anos até precisar ser lixado e repintado”, diz ele.
O universo náutico é, tradicionalmente, um ambiente que envolve muito mais homens do que mulheres. Arianna Schreiber, porém, conseguiu seu espaço no setor, e hoje é head de marketing da Volvo Penta, uma das mais emblemáticas marcas de equipamentos náuticos do mundo. Essa história é contada pela própria Arianna no 10º episódio da série Elas no Comando, já disponível no Canal Náutica no YouTube.
Arianna Schreiber tem hoje uma carreira consolidada, dentro de uma das principais marcas náuticas ao redor do globo. Em entrevista à Thalita Vicentini, diretora do Boat Show, durante o São Paulo Boat Show 2023, a head conta como conciliou carreira profissional e família durante sua jornada, assim como os feitos que já realizou no setor.
Para se ter uma ideia, a publicitária catarinense — que foi morar em Curitiba ainda aos 8 anos –, começou sua trajetória profissional nas agências de publicidade, antes de decidir que queria navegarpor outros mares. Com a ideia amadurecida, ela foi ao Canadáestudar inglês e, na sequência, ficou por 10 anos atuando no marketing farmacêutico.
Personagem principal da própria história, Arianna entrou em uma nova temporada de vida no mundo náutico pouco antes do São Paulo Boat Show 2022, quando ingressou na Volvo Penta. Logo de cara, a head viajou para a Suécia, casa da Volvo, onde imergiu na história da marca e trouxe inovações já para aquela edição do salão náutico paulista.
A história completa de Arianna e seus feitos na Volvo você confere no 10º episódio do Elas no Comando, já disponível no Canal Náutica no YouTube.
Não se assuste, você está no site certo. Por mais que a foto de destaque desta matéria não pareça um barco, acredite, ela é. Afinal, estamos falando do L’invisible (O Invisível, em tradução para o português), uma embarcação camuflada com o formato de rochas flutuantes.
O gênio por trás dessa criação confusa — porém fascinante — , é o artista francês Julien Berthier, de 49 anos. Com o uso principalmente de poliestireno e resina epóxi, ele transformou um barco em algo parecido com uma formação rochosa que navega sozinha — numa velocidade nada normal para uma pedra.
Como se estivesse sendo empurrado por um fantasma, o L’invisible pôde ser visto algumas vezes no ambiente dos Calanques de Marselha, na França, e em riachos da região, causando estranheza em quem passava por perto. Não demorou para a embarcação chamar atenção da mídia e intrigar usuários das redes sociais — até mesmo fora do país.
Ainda não há informações sobre o interior do barco, mas é possível perceber uma escotilha na área externa. Essa “saída” é usada para subir a bordo da rocha flutuante, além de ser o único meio do piloto enxergar algo do lado de fora — parecido com um tanque de guerra.
Obra e mensagem
Talvez não seja este tipo de barco que você espera ter, mas certamente é aquele que você tiraria uma foto caso ele passasse do seu lado, a caminho do Mediterrâneo. Mas, além de atrair olhares e cliques, o artista também procura transmitir uma mensagem através de sua obra.
Conforme Julien Berthier explica em seu site, a ideia do barco é expressar alguns pontos sobre a indústria náutica, os efeitos ambientais do homem, a vida moderna e a possibilidade de intervir “imperceptivelmente” no ambiente — além de colocar em prova a lucidez de alguns.
Um artista náutico
O dirigível em forma de rochas flutuantes não é a única obra de Berthier que envolve barcos. Há mais de 10 anos, o artista criava o “Love Love”, uma lancha projetada para parecer que está constantemente afundando.
Por incrível que pareça, o barco é realmente funcional, já que é possivel navegar a bordo da embarcação. Com o nome que satiriza a expressão em inglês “love boat” (barco de amor), ele já pôde ser visto passeando em alguns países da Europa — e certamente preocupou alguma pessoas.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O estilo vibrante e colorido de Romero Britto está presente no universo náutico. O renomado artista brasileiro e sua arte tomada por formas geométricas e padrões multicoloridos agora fazem parte do Lady Nadia, iate do cantor norte-americano Marc Anthony e sua esposa Nadia Ferreira — modelo paraguaia.
Em seu perfil no Instagram, Britto publicou um vídeo com o famoso casal no iate atracado na costa de Miami, nos Estados Unidos. Na popa da embarcação, está uma arte criada por Romero de maneira característica: muitas cores vivas e formas aleatórias. Confira abaixo!
Depois de descerem para a popa, o casal recebe o artista brasileiro no barco e posa para alguns vídeos com o artista e Lucas Vidal, CEO e Diretor de Marketing do BRITTO Group. No momento, a publicação soma mais de meio milhão de visualizações na sua conta do Instagram.
Conheça o iate pintado por Romero Britto
O iate de Marc Anthony e Nadia Ferreira é um dos seis modelos LSX 92. Ele mede 92 pés (cerca de 28 metros de comprimento) e foi construído nos Estados Unidos em 2012, pelo estaleiro Lazzara, que também projetou o interior do barco.
Sua velocidade máxima pode chegar aos 31 nós (57,4 km/h) e a 25 nós (46,6 km/h) em cruzeiro. O iate conta com a potência de quatro motores diesel Volvo Penta. Ele acomoda até oito pessoas em quatro cabines, que incluem várias comodidades, além de até três tripulantes.
Além da suíte máster com varanda rebatível sobre o mar, todas as cabines têm banheiro privativo e televisão. Vale destacar que o barco passou por reformas para ficar como está hoje.
Parcerias de Romero Britto sobre as águas
Essa não é a primeira vez que Romero Britto e o universo náutico se misturam. No meio do ano de 2022, o estaleiro italiano Bellini — especialista na restauração de barcos antigos Riva e na venda de iates novos e usados — fechou uma parceria com o brasileiro, que teve sua arte estampada no casco e estofados do barco.
Outra incursão do artista plástico no meio náutico foi anunciada para acontecer no navio Sun Princess, por meio de uma experiência gastronômica inspirada na arte do brasileiro. O espaço será chamado de Love by Britto. Recentemente, o navio teve sua estreia adiada — seu lançamento estava marcado para o início de 2024.
Marc Anthony: fã de barcos e amigo de Britto
Ex-marido de Jennifer Lopez, Marc Anthony também tem uma ligação muito forte com barcos. O estadunidense é dono de uma equipe da E1 Series, competição de corrida de barcos elétricos que tem várias celebridades no comando dos times — como Tom Brady, Didier Drogba e Rafael Nadal.
Anthony é dono do Team Miami, que atualmente ocupa a segunda colocação geral da competição, atrás apenas do Team Brady. Até o momento, apenas um GP foi disputado, com o próximo marcado para os dias 11 e 12 de maio, em Veneza, na Itália.
A relação entre Marc Anthony, Nadia e Romero Britto vem de longa data e essa não foi a primeira vez que a arte do brasileiro esteve presente na vida do casal.
Nadia e Marc têm diferentes obras de Romero em sua casa, incluindo um quadro com o rosto dos pombinhos e um urso colorido dedicado ao bebê deles. Além disso, durante a gravidez de Nadia, a arte de Romero estampou até mesmo a barriga da modelo.
Um tecnológico catamarã elétrico movido a bateria foi escolhido para integrar a Autoridade Marítima e Portuária de Singapura (MPA), e vai trabalhar diretamente com o governo singapurense e pesquisadores associados para operar em portos, sendo essencial para a segurança nos mares do país.
Chamado Hydroglyder, este barco é um conceito de catamarã elétrico desenvolvido pela marinEV, marca pertencente a Yinson GreenTech (YGT). Com apenas quatro anos, a companhia de tecnologia sustentável tem projetos que vão de mobilidade urbana e veículos autônomos até infraestrutura de recarga elétrica.
Este foi apenas um dos barcos vencedores da competição de embarcações portuárias elétricas (e-HC) feito pela MPA. Depois de 30 empresas concorrentes e 55 propostas, 11 empresas foram selecionadas e apenas seis trabalharão diretamente com Singapura.
Catamarã elétrico, tecnológico e sustentável
A Hydroglyder se trata de um tecnológico catamarã de transferência de tripulação, que combina o hidrofólio movido por propulsão elétrica e baterias substituíveis com a zero emissão na jusante, segundo a empresa. Sendo assim, é uma das poucas opções de transporte marítimo com essa característica.
A tecnologia do Hydroglyder eleva o casco acima da água, que reduz o arrasto e proporciona um passeio mais suave. Segundo a marinEV, a embarcação entrega até 50% a 70% de economia de energia e 90% de redução no custo operacional em comparação com barcos convencionais.
Além disso, o acoplamento automático é outro recurso de alta tecnologia neste catamarã elétrico, concebido para ser adaptado para operações totalmente autônomas no futuro. Esta moderna embarcação também está equipada com sistemas de navegação e sensores de última geração.
De acordo com a marinEV, tudo foi cuidadosamente pensando peara otimizar a eficiência energética: desde o casco leve feito de materiais compósitos, assentos impressos em 3D — que são mais leves — e operações adaptáveis a diferentes perfis operacionais.
Mais rápido do que parece
Este catamarã elétrico mede 39 pés (pouco menos de 12 metros de comprimento) e foi projetado para transportar seguramente até 12 passageiros, com uma tripulação máxima de duas pessoas. E sua velocidade também não deixa a desejar, tanto de cruzeiro quanto na máxima.
Em termos de desempenho, ele promete uma velocidade máxima de 30 nós (55,5 km/h) e de 20 a 25 nós (37 a 46 km/h) em cruzeiro. Além disso, possui um alcance de 15 milhas náuticas (27,7km). Por fim, a embarcação portuária conta com um sistema de atracação automática.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
O litoral norte de Pernambuco foi palco da Regata Recife-Coroa do Avião, no último dia 24, em um evento que transcendeu a competição esportiva e transformou-se em uma grande celebração da cultura náutica e da beleza regional. A partida, dada no histórico Marco Zero do Recife, deu início a um dia memorável que combinou esporte, turismo e confraternização.
Mais de 150 velejadores e 27 barcos navegaram em busca da vitória, com o veleiro Maguni, liderado por Rafael Chiara, conquistando a cobiçada Fita Azul e a liderança na classe Aberta.
O veleiro Algo +, comandado por Paulo Carvalho, venceu na classe Mocra Turismo. As águas testemunharam a habilidade e a paixão dos competidores em categorias variadas, destacando a diversidade da regata e a riqueza do esporte.
A Regata Recife-Coroa do Avião foi enriquecida pela presença de lanchas de passeio e pesca, integrando a comunidade náutica em uma festa de espírito coletivo. Esta união simbolizou a essência do encontro: a celebração das águas, do esporte e da amizade.
Além das competições, os participantes e espectadores foram agraciados com o esplendor da Ilha de Itamaracá, um verdadeiro paraíso a 47 km do Recife, conhecido por suas praias de areia branca e águas cristalinas.
Entre seus tesouros está o Forte Orange, uma relíquia histórica da época holandesa em Pernambuco, construído em 1631. Após a expulsão dos holandeses, o forte foi dominado por forças luso-brasileiras, transformando-se em um símbolo de resistência e patrimônio cultural.
Restaurado pelos portugueses como a Fortaleza de Santa Cruz, o Forte Orange hoje conta a história de um passado marcante, enquanto oferece aos visitantes uma experiência única de mergulho na história.
A Praia do Forte Orange, com sua infraestrutura acolhedora, permite aos visitantes desfrutar da gastronomia local e de uma variedade de atividades aquáticas, desde passeios de catamarã até aulas de kitesurf, proporcionando diversão e aventura para todos os gostos.
A região, com sua beleza natural e histórica, contribuiu para o sucesso da Regata Recife-Coroa do Avião, transformando o evento em uma vitrine para o turismo náutico e cultural de Pernambuco.
A competição não apenas destacou o talento dos velejadores, mas também promoveu a integração entre diferentes amantes do mar, desde velejadores a turistas, todos unidos pela paixão pelas águas e pela rica história da região.
O percurso da Regata Recife-Coroa do Avião proporcionou vistas deslumbrantes de locais como Mangue Seco, Coroa do Avião, Itamaracá e Canal de Santa Cruz, contribuindo para o fomento do turismo náutico na região.
A presença de figuras importantes, como o Comodoro do Cabanga, Altair Júnior, e o Capitão de Mar e Guerra Carlos Frederico Tojal do Vale, sublinhou a importância do evento para a comunidade náutica e local.
A grande festa de premiação não foi apenas o fim de uma competição, mas a celebração de uma paixão compartilhada pelo mar e pela vela. O evento foi realizado pelo Cabanga Iate Clube e FREVO-Flotilha Recifense de Veleiros Oceânicos, com o apoio da Federação Pernambucana de Vela, garantindo que a Regata Recife-Coroa do Avião fosse um sucesso retumbante.
Mais do que uma competição, a Regata Recife-Coroa do Avião foi uma celebração da vida náutica, da história e da beleza natural de Pernambuco, fortalecendo os laços comunitários e promovendo o turismo na região.
O evento deixou uma marca indelével no coração dos participantes e espectadores, reiterando o espírito de aventura e descoberta que o mar sempre inspira.
* Texto de Guilherme Veiga, Walter Neukranz e Jerreneri Vital
Era uma vez, no fundo do mar, uma lula-vampiro que nadava tão distraída em busca de suas presas, que acabou se afundando numa região sem oxigênio. Fruto de seu descuido, o pobre animal se sufocou, e hoje o único registro que temos dele é um fóssil congelado nas profundidades do oceano.
Essa história realmente aconteceu há 183 milhões de anos, mas o único vestígio desse animal só foi descoberto recentemente. Segundo estudo publicado no Swiss Journal of Paleontology, um fóssil em Luxemburgo revela informações sobre a evolução da lula-vampiro-do-inferno — sim, esse é o nome.
Um trio de paleontólogos na Alemanha encontrou a forma fossilizada da lula-vampiro preservada em calcário da era Jurássica, em Bascharage. De acordo com os cientistas, trata-se de uma espécie nova, porém extinta, chamada de Simoniteuthis michaelyi.
O fóssil descoberto mede 38 centímetros (15 polegadas) de comprimento, e ainda contém vestígios de estruturas de tecidos moles, incluindo globo oculares e tecido muscular. Segundo a pesquisa, a morfologia deste animal é intermediária entre as famílias Loligosepiidae e Geopeltidae.
Atualmente, há apenas uma espécie da lula-vampiro nos mares: o Vampyroteuthis infernalis — conhecido também como lula-vampiro-do-inferno. Com pele vermelha escura e olhos também avermelhados, não seria exagero afirmar que este bicho realmente tem uma aparência diabólica.
Uma raridade no fundo do mar
Comparado com outros fósseis de “vampimorfos” encontrados no Jurássico, inclusive aos desenterrados no mesmo depósito de xisto próximo de Luxemburgo, o vestígio encontrado conta com “apenas” oito braços, compostos por quatro pares — outros costumam ter cinco ou quatro com um “quinto par” rudimentar.
No momento, a falta de mais dados impedem os paleontólogos de concluírem o motivo da inexistência deste quinto par. Entretanto, a espécie mais recente pode ser uma parte importante da linha do tempo, e o análogo mais próximo até agora dos seus parentes vivos.
Outro fator importante é o fato que fósseis deste calibre raramente sobrevivem por muito tempo. Isso justifica o motivo dos melhores restos já encontrados terem sido quando o oxigênio nos oceanos ainda era relativamente escasso, como há 183 milhões de anos.
Por isso, as condições hipóxicas (em que não chega oxigênio suficiente às células e tecidos do corpo) impedem a decomposição, além de evitarem que eles sejam consumidos por animais, segundo o portal Science Alert.
Diferente dos iguais
Por incrível que pareça, a lula-vampiro não é, de fato, uma lula. Eles podem ser definidos como pequenos cefalópodes, intimamente relacionados aos polvos — e realmente se assemelham. Porém, seus oitos braços ligados por uma teia de pele criam uma pequena “rede de pesca” única.
A presença de dois peixes ósseos na área sugere que Simoniteuthis michaelyi atacava em águas profundas no momento do seu congelamento. Em contraste com a lula-vampiro-do-inferno, o antigo costumava caçar em águas mais rasas, comportamento típico de “vampimorfos” da linhagem troca mesozóica.
Segundo os cientistas, é possível que tenha ocorrido uma migração vertical — ou seja, para águas mais profundas. Eles associam esse movimento a uma mudança no comportamento alimentar, que se iniciou no Oligoceno (entre 36 milhões e 23 milhões de anos).
O triste fim da lula-vampiro
O descuido que levou a única espécie Simoniteuthis michaelyi a sucumbir tem nome: afundamento por distração. Faminta, a lula-vampiro perseguia dois peixes até morrer sufocada de tamanha profundidade que alcançou, mas morreu abocanhando sua última refeição.
Tanto é que os restos mortais de dois peixes foram encontrados no fóssil, situados perto da boca, entre dois globos oculares acinzentados. Sendo assim, a desatenção custou a vida deste animal, e a última lula-vampiro desta espécie está destinada a agarrar sua última presa para a eternidade.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
Uma regata de volta ao mundo solitária, sem escalas e nos barcosmais rápidos do planeta é o desafio que propõe a Arkea Ultim Challenge. A competição, que fez sua estreia neste ano, teve um capitão francês de 50 anos como vencedor, após mais de 50 dias em alto-mar.
A bordo de trimarãs equipados com foil, embarcações consideradas as mais rápidas do mundo, capitães experientes enfrentaram mais de 50 dias no marna primeira edição da Arkea Ultim Challenge.
Contudo, somente um deles se sagrou campeão: o francês Charles Caudrelier, da Gitana Team. Ele cruzou a linha de chegada em 27 de fevereiro, após 50 dias, 19 horas, 7 minutos e 42 segundos de regata.
Ao todo, foram 28.938 milhas percorridas a uma velocidademédia de 23,74 nós (cerca de 43,9 km/h), em um trimarã da classe ULTIM, com 32 m de comprimento, dentro de um percurso que começou em Brest, na França, e passou pelo mundo todo.
Caudrelier, inclusive, enfentou o Cabo Horn, no Chile, trecho muito temido por velejadores, com ondas de mais de 15 metros, ventos com força de furacão e correntezas assustadoras. O francês chegou a navegarde forma muito lenta ao se aproximar da região durante mais de 36 horas, buscando evitar uma tempestade no local.
O maior duelo de Caudrelier durante a regata foi com Tom Laperche, de 26 anos, que precisou se retirar para a Cidade do Cabo, na África do Sul, devido a danos causados em sua embarcação após uma colisão. O francês, que venceu a prova com maestria, também teve que lidar com pequenos problemas, incluindo uma quebra na carenagem dianteira de seu barco.
Além disso, a viagem “tranquila” do Atlântico Sul até ao sul da Austráliacompensou a segunda metade da regata do francês, muito mais problemática, incluindo a pausa antes do Cabo Horn e uma paragem estratégica nos Açores, em Portugal.
Para Charles Caudrelier, a vitória na Arkea Ultim Challenge foi a realização de um sonho, já que, para ele, vencer uma corrida sozinho ao redor do mundo era um desejo desde a juventude. O êxito na competição, somado às vitórias do francês na The Ocean Race, o tornam um dos melhores capitães entre os grandes franceses.
A histórica 25ª edição do Rio Boat Show já começou a revelar seus expositores e, entre eles, não poderia faltar a Sessa Marine, que vai ao evento com sua linha completa. Por lá, os aficionados pelo lifestyle náutico poderão ver de perto, sobre as águas da Baía de Guanabara, cinco modelos do estaleiro.
No estande do Sessa Marine no Rio Boat Show 2024 estarão expostas as lanchas Sessa F48, Sessa F42, Sessa C44, Sessa C40 e Sessa C36. O evento náutico mais charmoso da América Latina acontecerá durante nove dias, de 28 de abril a 5 de maio, na icônica Marina da Glória, palco já consagrado do salão.
Diante de um cenário deslumbrante e sob os braços do Cristo Redentor, o Boat Show do Rio vai expor as principais novidades do setor, entre barcos, equipamentos, acessóriose muito mais.
Para quem gosta de barcos estilo open, o Rio Boat Show 2024 será também uma oportunidade dos visitantes entenderem, diretamente no estande da Sessa Marine, sobre o retorno da produção da linha open do estaleiro no Brasil, já que modelos emblemáticos, como a KL27 e a nova KL40, sairão em breve da recém-inaugurada fábrica do estaleiro em Palhoça, Santa Catarina.
Barcos da Sessa Marine no Rio Boat Show 2024
Sessa F48
Maior barco da Sessa Marine no Rio Boat Show 2024, a Sessa F48 é um modelo com flybridge inspirado na versão italiana da Sessa F47. A lancha visa privilegiar o uso da área externa, mantendo o conforto e a privacidade do projeto original. São 7 m² no cockpit e uma plataforma que acomoda uma área gourmet funcional.
Um dos destaques da embarcação são as duas cabines para visitantes que, segundo o estaleiro, veio de um pedido antigo dos clientes. Outro ponto forte são as duas opções de layouts de cozinha: uma com área de copa centralizada à meia-nau e outra com a cozinha na popa, integrada ao cockpit.
Sessa F42
Com 26 m² de área de convivência, a Sessa F42 possui dois camarotes (sendo uma suíte na proa) e dois banheiros, além de plataforma de popa com churrasqueiraintegrada e uma mesa grande no cockpit. A lancha leva até 14 pessoas a bordo, sendo que quatro podem fazer pernoite. Trata-se de uma lancha com flybridge que não perde em desempenho nos seus 13,20 metros de comprimento por 4 metros de boca.
Sessa C44
Lancha com hard top, a Sessa C44 é um modelo esportivo moderno. Suas grandes janelas laterais favorecem a ventilação e a entrada de luz natural, tanto na cabine como no cockpit. Um de seus diferenciais é que o proprietário pode decidir entre duas configurações de cockpit: a clássica, com amplo solário e garagem para um bote, ou a versão com duas mesas e dois sofás na praça de popa, com acomodações para até 12 pessoas.
Na cabine, entre as duas suítes há uma sala de estar com TV e espaço para quatro pessoas, além de uma cozinha completa. Com 1,83 metros de altura, a suíte de proa tem uma cama de casal conversível em duas camas de solteiro. Seu banheiro tem pé-direito de 1,85 m.
Sessa C40
A Sessa C40 é um barco completo, com amplas janelas laterais que, aliadas ao hard top de vidro, favorecem a entrada de luminosidade natural na embarcação. No interior, destaque para o acabamento e a otimização do espaço interno, que permite duas cabines e um banheiro espaçoso.
Sessa C36
Assim como em outras embarcações da marca, a Sessa C36 possui grandes janelas, que favorecem a luminosidade natural na cabine. A distribuição de espaços no cockpit agrada a quem prioriza os passeios diurnos, com eventuais pernoites a bordo. Na proa da lancha, os solários podem ser rebatidos, convertendo-se em espreguiçadeiras.
Vem aí o Rio Boat Show 2024!
Evento náutico mais charmoso do Brasil, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição recheado do que de melhor esse lifestyle pode oferecer. As águas da Baía de Guanabara, na Marina da Glória, recebem o evento entre os dias 28 de abril e 5 de maio. Por lá, o grande público poderá ver de perto os principais lançamentos e destaques do mercado náutico com barcos na água e test-drive de embarcações.
O repertório é grande: lanchas, veleiros, iates, jets, motores, equipamentos, acessórios, decoração e serviços náuticos estarão reunidos em um só lugar, ao lado de especialistas do setor, preparados para auxiliar todos os visitantes. Além disso, o Rio Boat Show exibe destinos náuticos, artigos de luxo e quadriciclos.
O público da 25ª edição do evento terá ainda atrações diversas, como palestras, desfile de moda e o tradicional Desfile de Barcos — em que os modelos de destaque do evento navegam pela Baía de Guanabara, junto com um show de luzes, música e até mestre de cerimônia.
Anote aí!
RIO BOAT SHOW 2024 Quando: De 28 de abril a 5 de maio; Horário: De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h | sábado e domingo, das 13h às 22h; Onde: Marina da Glória (Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória); Ingressos: site oficial de vendas
Mais informações: rioboatshow.com.br.
Não faltam projetos surpeendentes de iates no mercado, e as marcas estão sempre buscando inovações para atrair olhares milionários. Pensando nisso, a austríaca do design Design Storz apostou em um megaiate de nada menos que 358 pés (109 metros), com uma piscina de vidro em forma de cascata e mais uma série de comodidades do mais alto luxopara chamar atenção dos que buscam por muita sofisticação.
Batizado de Skia, o megaiate é descrito pela marca como “uma obra-prima de última geração”, e não é para menos. Quem tiver a sorte de um dia navegara bordo da embarcaçãopoderá curtir comodidades como uma enorme academia aberta, um spa lounge com jacuzzi e sauna e um heliporto touch-and-go, além, claro, da grande estrela do barco: uma piscina de vidro em forma de cascata.
Até porque, no mundodos iates de última geração, piscina de borda infinita é coisa do passado. Na verdade, a ideia pode até seguir equipando barcos, mas um toque a mais sempre é bem-vindo. No caso do Skia, esse toque de luxo está no vidro, que dá a elegância necessária a uma ideia de peso, que não só impressiona quem pretende usá-la, como quem vê de fora, já que se torna parte do designdo megaiate.
Aliás, falando em design, o Skia traz consigo um perfil esbelto ao mesmo tempo em que apresenta traços esportivos, atingindo vários grupos de compradores de alto padrão. Achim Storz, engenheiro de Fórmula 1 e à frente da Achim Storz há mais de 40 anos, menciona que “o Skia tem um elemento gráfico icônico em seu perfil, inspirado em roupas esportivas atléticas.”
As áreas ao ar livre são um grande destaque do Skia. Sua plataforma de popa submergível e seus espaçosos decks de popa garantem que os passageiros possam apreciar vistas livres do oceano, inclusive enquanto nadam na piscina de vidro em forma de cascata. O beach club completa a área aberta do barco, com espreguiçadeiras e acesso livre à grande plataforma de popa.
Todo o luxo envolvido no megaiate poderá ser aproveitado por 14 convidados e 30 tripulantes. Mas, como tudo isso ainda é um projeto, não há detalhes quanto à propulsãoda embarcação. Contudo, levando em conta as últimas tendências do mercado, é provável que o Skia seja movido de forma híbridaou totalmente verde.
Em 2024, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição. Para comemorar esse momento histórico, a equipe de NÁUTICA vai revisitar o passado novamente para mais uma edição da série Memória Náutica. Hoje é dia de relembrar o Rio Boat Show 2003, que reuniu amantes da náutica, famosos e curiosos na Marina da Glória.
No ano de 2003, o Rio Boat Show celebrava sua 6ª edição como um evento glamuroso, que levou às águasda Baía de Guanabara não somente embarcações, motorese equipamentos, mas também muitas personalidades que estavam em alta na época, prontas para conhecerem o que de mais novo atracava no mundonáutico.
Teve gente bonita, gente famosa, gente que foi lá porque queria comprar um modelo novo de barco e também gente que só visitou a Marina da Glória para olhar o movimento e curtir o glamour que exalava das grandes lanchas expostas nos estandes– dizia a edição 177 da Revista Náutica
Entre os nomes de peso que passaram pelo salão estavam o apresentador Luciano Huck, o músico Dudu Nobre, o então técnico da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira, a atriz Fernanda Souza, o campeão do mundo Bebeto e até Dhomini, vencedor do Big Brother Brasil 3, que foi ao salão em busca de um jet— e testou por lá um Sea-Doo GSX.
O que acontecia no mundo em 2003
Em 2003, a China enviou seu primeiro astronauta ao espaço — até então, só Estados Unidos e Rússia/União Soviética tinham conseguido esse feito. Já no Brasil, o salário mínimo aumentou, saindo dos R$ 200 e indo para os R$ 240. Ainda falando sobre dinheiro, foi neste ano que a moeda de R$ 1 toda prateada deixou de circular no bolso dos brasileiros.
Na cultura, a Beija-Flor de Nilópolis vencia o carnaval do Rio de Janeiro e conquistava seu 7º título, enquanto o então ministro da cultura, Gilberto Gil, era premiado com um Grammy Latino de personalidade do ano. Um grande sucesso do Acústico MTV, com a banda Charlie Brown Jr., ganhou um certificado de platina e, Senhor dos Anéis, por sua vez, ganhava seu último filme da trilogia, com “O Retorno do Rei”.
Também em 2003 nascia — o agora já falecido — horário de verão, amado e odiado pela população brasileira em semelhantes proporções.
Como foi o Rio Boat Show 2003
Diferente de anos anteriores, em que o sol se fez presente durante todo evento, em 2003 uma forte chuva caiu na Marina da Glória durante os primeiros dias do salão. Mas não tinha jeito: o Rio Boat Show já estava consagrado no setor. Entre lançamentos e atrações, famosos, aficionados e curiosos de plantão puderam ver de perto o que de mais novo atracava no mercado.
Falando em atrações, o salão de 2003 reuniu muitas delas, começando com um bate-papo com Beto Pandiani e Duncan Ross, velejadores que, à época, acabavam de completar a travessia da mítica Passagem de Drake (que divide a Antárticada parte sul da América do Sul e é considerada uma das mais perigosas do mundo), a bordo de um pequeno Hobie Cat.
O curso de arrais amador realizado dentro do Rio Boat Show, que já havia sido um sucesso em 2002, foi ministrado por Ricardo Farias, da Escola de Vela Brisamar. Em 2003, contudo, a prova no estande da Marinha do Brasil deixou o papel e a caneta de lado para dar lugar aos computadores. As 150 vagas do curso foram preenchidas em poucas horas.
Outra atração dentro do Rio Boat Show 2003 ficou a cargo da Escola de Vela Cinta & Lula, que levou o charme dos veleirosà Baía de Guanabara, permitindo que crianças, jovens e adultos tivessem a oportunidade de navegara bordo de Optimists e Dingues.
Como por aqui já se sabe que nem só de barcos vive o Boat Show, a 6ª edição do evento contou com uma degustação de bebidas, como vinhos argentinos e chilenos.
O brinde do salão ficou por conta da Revista Náutica: quem assinou a revista durante o Rio Boat Show 2003 levou para casa uma miniatura da capa com sua foto, feita por uma câmera digital — grande novidade na época. A Regata Boat Show daquele ano, por sua vez, reuniu 410 barcos, 50 a mais do que em 2002.
Novas tendências do salão em 2003
O Rio Boat Show 2003 levou ao setor as mais recentes tendências do mercado, principalmente em relação aos barcos a motor. As lanchas cabinadas conversíveis ganhavam os holofotes, no salão, a inglesa Princess V58 foi destaque. Os modelos Pershing 43 e Pershing 52, fabricadas no Brasil pela Spirit Ferretti com tecnologia italiana, também foram sucesso.
Uma outra tendência dos barcos a motor que crescia na época diz respeito à pescaesportiva que, naquele ano, fez estaleiros especializados em barcos de cruzeiro, como Schaefer Yachts, Seatek (Runner) e Tecnoboats, investirem em modelos de barcos que pudessem ser utilizados tanto para pesca, quanto para o lazer — coisa que acontece até os dias atuais.
A Phantom 345, da Schaefer, foi um exemplo disso. A embarcação ganhou uma versão com comando superior montado em uma torre, bancada com caixa de iscas vivas e superplataforma de popa.
Já nos jets, os visitantes do Rio Boat Show 2003 conheceram naquela edição o jet de três lugares mais potente do mundo na época: o 4-Tec Supercharger, apresentado pela Bombardier (BRP). O modelo era equipado com um motor de quatro tempos de 185 hp. A Yamaha, por sua vez, lançava o GP 1300 R, de dois lugares, que prometia chegar aos 113 km/h com motorização de 165 hp.
Outro lançamento da época foi o MSX 140 HO, da Polaris (marca americana distribuída no Brasil pela Mercury), com três lugares e equipado com motorização de 140 hp. Especializada em lanchas do tipo jetboats, a Colunna exibiu o XR2, com motorização de até 250 hp.
Em relação aos motores, a novidade maior ficou a cargo da Honda, que levou ao evento um modelo de popa V6, de quatro tempos, com 225 hp de potência. A Mercury, por sua vez, chamou atenção dos que gostavam de alta performance, com um motor V8 496 MPI (centro-rabeta gasolina), com nada menos que 425 hp.
Rio Boat Show 2003 em números
Para fazer com que o Rio Boat Show 2003 se tornasse uma realidade, mais de 6 mil pessoas foram envolvidas. Entre elas, 3.500 eram expositores, 1.300 montadores, 500 prestadores de serviço, 400 responsáveis pela manutenção do salão, 300 profissionais de imprensa e 100 da organização do evento.
Foram exibidos, ao todo, 205 barcos, divididos entre estaleiros nacionais (163) e do exterior (42). Entre tantos modelos, o maior deles foi um Trawler da Riostar de 82 pés (24,9 metros), feito em fibra. Já o menor ficou a cargo da Nautika, com o modelo Ventura 190, de 5,5 pés (1,70 metros).
Mais de 40 lançamentos foram expostos no evento, entre lanchas, jets, veleiros, botes, motores e equipamentos. Marcas como Schaefer Yachts, Princess, Spirit Ferretti, Cobra, Altamar Yacht, Tecnoboats, Seatek, Riostar, Hobie, Real Powerboats, FS Yachts, Triton, Bayliner, Krause, Porto Marino, Dolphin, Beneteau, Yamaha, Polaris, Colunna, Nautiflex, Flexboat, Mercury e MWM mostraram sua últimas novidades no salão.
Vem aí o Rio Boat Show 2024!
Evento náutico mais charmoso do Brasil, o Rio Boat Show chega a sua 25ª edição recheado do que de melhor esse lifestyle pode oferecer. As águas da Baía de Guanabara, na Marina da Glória, recebem o evento entre os dias 28 de abril e 5 de maio. Por lá, o grande público poderá ver de perto os principais lançamentos e destaques do mercado náutico com barcos na água e test-drive de embarcações.
O repertório é grande: lanchas, veleiros, iates, jets, motores, equipamentos, acessórios, decoração e serviços náuticos estarão reunidos em um só lugar, ao lado de especialistas do setor, preparados para auxiliar todos os visitantes. Além disso, o Rio Boat Show exibe destinos náuticos, artigos de luxo e quadriciclos.
O público da 25ª edição do evento terá ainda atrações diversas, como palestras, desfile de moda e o tradicional Desfile de Barcos — em que os modelos de destaque do evento navegam pela Baía de Guanabara, junto com um show de luzes, música e até mestre de cerimônia.
Anote aí!
RIO BOAT SHOW 2024 Quando: De 28 de abril a 5 de maio; Horário: De segunda a sexta-feira, das 15h às 22h | sábado e domingo, das 13h às 22h; Onde: Marina da Glória (Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória); Ingressos: site oficial de vendas
Mais informações: rioboatshow.com.br.
Em um dia de sole bastante vento, 37 equipes registraram suas primeiras milhas na competição no sábado (2). O percurso na capital da vela começou pouco antes da Ponta das Canas, ainda dentro do Canal de São Sebastião. Por lá, as equipes contornaram uma boia nas proximidades da praia do Jabaquara, antes de seguirem para uma próxima, já nas proximidades de São Sebastião.
A partir daí, as classes ORC, C30 e HPE 25 retornaram à marca do Jabaquara, enquanto a RGS teve o percurso encurtado em cerca de 1 milha e meia antes da anterior, por consequência da diminuição do vento — o que não foi um problema, já que, assim, as equipes cruzaram a linha de chegada próximas uma das outras.
Panorama geral do 1º dia de Copa Mitsubishi de Vela
O fita azul do primeiro dia de competição foi o veleiro Phoenix, de Mauro Dottori e Fabio Cotrim, da classe ORC. No tempo corrigido, o vencedor foi o Lucky Alforria, de Luiz Villares. O Phoenix garantiu o segundo lugar, enquanto o Inaê Soto ficou na terceira colocação.
Na RGS Geral, o Zeus, de Paulo F. Moura, venceu no tempo real e corrigido. O segundo lugar ficou com o Comanda, de Sebastiam Menendez, enquanto o Bl3 Urca, de Clauberto Andrade, garantiu a terceira colocação. Nos Clássicos, vitória do Mantra, de Helio Magalhães, com o Jão Sereno na segunda colocação.
O Ginga, de Breno Chvaicer ficou com o primeiro lugar na HPE25, enquanto o Crazy Phoenix, de Mario Lindenhayn, ocupou a segunda colocação. Já na C30, que teve “pegas” acirrados, quem levou a melhor foi o Relaxa Building, de Tomas Mangabeira, seguido pelo Bravo, de Jorge Berdasco, e do Tonka, de Demian Pons.
Panorama geral do 2º dia de Copa Mitsubishi de Vela
No domingo, dia 3, a capital da vela recebeu as embarcações para o segundo dia da 24ª edição do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica – Copa Mitsubishi 2024. Mais uma vez, as condições climáticas eram boas e colaboraram com as regatas.
Na ocasião, foram realizadas duas barla-sota (geralmente mais curta, demarcada por duas boias na direção do vento e uma boia de largada) para as classes ORC, BRA-RGS, Clássicos e HPE25, e três para a C30. Na RGS Cruiser, a disputa está acirrada, já que os três primeiros terminaram o final de semana com apenas 3 pontos de diferença.
A primeira regata teve vitória do Orson, de Carlos Eduardo Souza e Silva. Luiz Villares e a tripulação do Lucky V terminaram em segundo, seguidos por Xamã, de Sergio Klepacz, que, inclusive, venceu a segunda regata do dia, deixando o Lucky V em segundo e o Orson como terceiro colocado.
A categoria ORC Racer tem mostrado regularidade entre os barcos. Foram, até então, três vitórias para o Phoenix, de Mauro Dottori e Fabio Cotrim, três segundo-lugares para o Inaê Soto, de Bayard Umbuzeiro Neto, e três terceiras colocações para o 4z Phytoervas, de Robert Scheidt. O Rudá, de Mario Martinez, chega na quarta colocação geral.
Na RGS A, Paulo F. Moura e o time do Zeus venceram as duas regatas. O Sossegado, de Marco Hidalgo, ficou em segundo, enquanto o Bl3 Urca, de Clauberto Andrade, foi o terceiro na primeira regata e trocou de posição com o Kameha Meha, de Gabriel Borgstrom, na segunda.
Outra embarcação que venceu as duas regatas do dia foi o Asbar II, de Daniela Sanches, na RGS B. Em seguida vem o Blu1, de Marcelo Ragazzo, seguido pelo Aventador, de Maurício Pavão. Na BRA-RGS C, o Comanda, de Sebastian Menendez, também conquistou duas vitórias. O Triton, de Ricardo Zamboni, ficou em segundo nas duas regatas.
Na HPE 25, duas vitórias do Ginga, de Breno Chvaicer. Mario Lindenhayn e a equipe do Crazy Phoenix ficaram em segundo. Na C30, a vitória na primeira regata foi de Demian Pons e a equipe do Tonka. O Relaxa Building, de Tomas Mangabeira, ficou em segundo, seguido pelo Kaikias, de Daniel Hilsdorf e Fabio Aurichio.
Na segunda regata do dia, vitória do Kaikias, segundo lugar para o Caiçara- CAT Technologies, de Marco de Oliveira Cesar, e o Bravo, de Jorge Berdasco, em terceiro. Na última regata, mais uma vitória do Relaxa Building, com o Tonka e o Bravo na sequência.
Etapa se encerra no próximo final de semana
No próximo final de semana, entre os dias 9 e 10, acontecem as últimas regatas desta primeira etapa da competição. Além das regatas para todas as classes, acontecerão as especiais para a classe RGS Cruiser (antiga Bico de Proa). Ainda no dia 10, os vencedores da 1ª etapa serão premiados.
As etapas seguintes da Copa Mitsubishi 2024 serão realizadas nos meses de junho, setembro e dezembro.
Em um mundo com empresas levando pessoas tanto ao espaço, quanto para morar sobre as águas, fica difícil se sobressair no quesito inovação. Por isso, a britânica DEEP resolveu apostar em um ambiente ainda não explorado pelos multimilionários: o fundo do mar. A ideia da marca é, simplesmente, levar pessoas para morarem nas profundezas do oceano.
A empresa de tecnologia oceânica e exploração DEEP quer, até 2027, garantir a presença humana no fundo do mar. Para isso, a marca britânica criou o projeto Sentinel, que nada mais é que um habitat submersívelequipado com quartos, banheiros, espaços de trabalho, áreas sociais, de jantar e até salas para pesquisa.
O projeto prevê que o Sentinel seja construído em uma pedreira de calcário cheia de água a oeste da Inglaterra, que soma 600 m de comprimento, 100 m de largura, 80 m de profundidade e 20 m de visibilidade. “É lá que teremos o primeiro Sentinel implantado. Esperamos ter o primeiro teste em águas profundas até o final de 2026”, mencionou Sean Wolpert, presidente da DEEP, em entrevista à Forbes.
Ainda em entrevista ao veículo, Wolpert afirmou que a empresa quer “trazer a humanidade de volta para o oceano.” “É sobre aumentar a conscientização e destacar a importância do oceano, que é o coração e os pulmões de nosso planeta, responsável pelo oxigênio em pelo menos a cada dois suspiros que você dá”, comentou Wolpert.
Um dos focos do projeto é também criar observatórios versáteis para que cientistas possam pesquisar em baixas profundidades por até 28 dias seguidos, com acesso único às plataformas continentais do mundo e a um ponto mais profundo no oceano.
A exploração e mapeamento do oceano ainda estão no começo, e as potenciais aplicações para a saúde que ele contém são significativas– afirmou Wolpert à Forbes
O presidente da DEEP completou ainda que a empresa pode posicionar o Sentinel “a uma profundidade de até 200 metros.” Assim, a capacidade de explorar as profundezas desconhecidas do oceano oferecerá aos cientistas a chance de o observar mais de perto.
Para que o Sentinel vire realidade até 2027, o cronograma inclui obter aprovações ainda em 2024 e, a partir daí, “começar a derreter metal até o final deste ano”, conforme afirmou Wolpert à Forbes. O projeto, segundo o próprio Wolpert, será destinado a pessoas com “um patrimônio líquido altíssimo.”
Entusiastas de wake agora têm uma opção de embarcação sustentável para ajudar a criar marolas para a prática do esporte. O Arc Sport é um barco elétrico desenvolvido por ex-engenheiros da SpaceX e que já está à venda.
A startup Arc Boat Company afirma estar preparada para a produção contínua do novo modelo, que foi lançado no mês passado — embora tenha produzido menos de 24 embarcações até o momento. Além disso, o Arc Sport é o segundo modelo de barco elétrico da marca em apenas três anos.
Parte da edição limitada chamada Arc One, o barco elétrico de wake mede 23 pés (cerca de 7 metros de comprimento) e pode transportar até 15 pessoas por vez. Ele também não decepciona no quesito velocidade, já que atinge a máxima de 40 mph (64 km/h).
O barco elétrico de wake possui uma grande bateria com energia suficiente para durar de quatro a seis horas — segundo a fabricante. É equipado com propulsores dianteiros e traseiros, e conta com motor silencioso, torre de hardtop retrátil automática e sistema de som controlado por tela.
Na parte tecnológica, o painel do leme conta com um display digital que exibe informações fundamentais do barco e da navegação. Também tem o sistema de touchscreen com partida por botão de toque e possibilidade de atualizações via software.
E óbvio, não podemos esquecer do principal. O barco elétrico de wake cria ondas por causa do seu lastro de águacomputadorizado, que permite o ajuste das marolas — ideal para esportes aquáticos — que gera a ondulação no mar. Por fim, o Arc Sport ainda tem um potente motor de 570 cavalos.
Aposta alta
Com estrelas da NBA entre um dos investidores (Kevin Durant e Klay Thompson) e o ator Will Smith, a Arc Boat Company fez uma imersão no mercado de barcos elétricos. O co-fundador e CEO da Arc, Mitch Lee, disse que passou sua juventude praticando esqui aquático, kneeboard e wakeboard.
No entanto, o cheiro de diesel queimado nas marinas e o escoamento dos motores o incomodava. Por isso, queria fazer algo para reduzir os efeitos negativos desses esportes e tornar a prática uma “melhor experiência de navegação”.
Viver essa experiência, é claro, tem seu preço. As reservas do barco elétrico de wake já estão abertas no site da marca, com preço inicial fixado em US$ 258 mil (cerca de R$ 1,3 milhão, em conversão realizada em março de 2024).
Por outro lado, a marca explica que, diferentemente dos barcos de esqui tradicionais, o modelo não precisa de reparos frequentes, por ter menos peças móveis do que embarcações movidas por gasolina. Outras vantagens apontadas pela Arc são o carregamento fácil e a junção da engenharia aeroespacial e a tecnologia EV (veículo elétrico).
A empresa pretende iniciar as entregas do Arc Sports ainda em 2024.
Por Áleff Willian, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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